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Pixie Tales

Não sei exatamente o motivo, mas quando a chuva vem, o sono acompanha. Coisa bizarra, não concordam?

No apartamento da Matilde, de noite.
Kekekê: Estou entediado, minha cara.
Matilde: Está falando comigo ou com a sua própria cara?
Kekekê: A minha cara não é dona do seu apartamento.
[A fada folheia uma revista, sentada no sofá. Kekekê está na poltrona.]
Kekekê: Não gostou da minha resposta?
Matilde: Não gostei, mas nem vou falar.
Kkekekê: Me desculpe.
Matilde: Tudo bem. Se tiver entediado, tem louça pra lavar.
Kekekê: Louça pra lavar? AQUI? Quem é você, e o que fez com a minha esposa Matitde?
Matilde: Estava me referindo na casa da Tuta. É dia de folga da Beta.
Kekekê: Mas eu não quero lavar a louça.
Matilde: Então continue entediado.
Kekekê: Direta, como sempre!
Matilde: Sou uma fada que preza por precisão nas minhas palavras.
Kekekê: É. Eu sei disso, melhor que ninguém.
Matilde: Ainda bem. Isso prova que você é espero.
Kekekê: Não é questão de esperteza, e sim de sobrevivência!
Matilde: Sempre tão espirituoso, com esse tipo de comentário.
Kekekê: Gosto de te impressionar.
Matilde: Depois de tantos anos de casamento?
Kekekê: Mas é lógico.
Matilde: Quanta consideração da sua parte.
Kekekê: Faço o que posso!
Matilde: Bom! *fecha a revista, e coloca em cima da mesa* Vamos pra casa da Tuta.
Kekekê: Mas eu não quero ir, lavar a louça.
Matilde: Você disse que estava entediado.
Kekekê: Verdade, mas na verdade, eu só queria que você me desse atenção.
Matilde: Você não é cachorro, pra fazer charminho pra ter a minha atenção.
Kekekê: Ainda bem que continuo charmoso.
Matilde: O que quer fazer, então?
[A luz pisca. Mas a energia fica estabilizada.]
Matilde: Pensei que teríamos que fazer jantar a luz de velas.
Kekekê: Ótima ideia! Eu trouxe um negócio que você vai gostar.
Matilde: O quê?
[Kekekê tira uma vela de barco do gorrinho. Tem embutido com ela uma luminária.]
Matilde: Isso é surpreendente. Faz muitos anos, desde que vi esse gorrinho que guarda tralha.
Kekekê: Ele não guarda tralha! São coisas. E surpresas, porque só vi hoje o que tinha dentro dele.
Matilde: Quanta coragem! Mas gostei da vela-luminária.
Kekekê: Sabia que você ia gostar!
Matilde: Deve ser assim, o romantismo dos piratas.
Kekekê: Eu concordo.
Matilde: Mas é estranho pensar em piratas românticos.
Kekekê: Eu discordo. O mar é um excelente cenário romântico!
Matilde: Você é um sonhador.
Kekekê: E você, muito pragmática.
Matilde: Deve ser por isso, que a gente combina.
Kekekê: De fato.
Matilde: Vai querer chá gelado?
Kekekê: Aceito! Deixe que eu te ajudo, a arrumar a mesa.
Matilde: E a vela não vai caber na mesa.
Kekekê: Mas eu ainda nem tentei colocar!
Matilde: É óbvio que não vai caber! Ela é gigante!
Kekekê: Tem razão, tem razão. Estou esquecendo do óbvio!

Pixie Tales

O tempo passa, tão devagar, mas passa rápido a partir do mundo que você começar a se divertir!

No apartamento da Matilde.
Matilde: É hoje que começarei a vender minhas cocadas.
Tuta-sama: Vai vender as suas cocadas?
Matilde: E serei conhecida como a fada da cocada!
Tuta-sama: Matilde! Eu não estou pagando um salário bom o suficiente? Não é dinheiro o bastante pra você?
Matilde: Ah! Não é isso, minha cara. Deixe eu te explicar.
Tuta-sama: Então me explique, estou esperando.
Matilde: Estou escrevendo uma história. Sobre uma fada, com necessidades financeiras.
Tuta-sama: E essa fada não é você?
Matilde: Não!
Tuta-sama: É só pra eu ter certeza.
Matilde: De qualquer modo, eu não preciso de dinheiro. O salário que você paga é suficiente.
Tuta-sama: Ainda bem.
Matilde: Mas gosto de escrever, pois é uma maneira de organizar as ideias.
Tuta-sama: Sei.
Matilde: É verdade.
Tuta-sama: Eu acredito em você.
Matilde: Ainda bem, você de vez em quando me confunde.
Tuta-sama: É uma das minhas melhores qualidades.
Matilde: Não vejo isso como qualidade.
Tuta-sama: Como não? É lógico que é uma qualidade.
Matilde: Não é uma qualidade. É uma chateação!
Tuta-sama: Vamos concordar em discordar.
Matilde: Está bem, está bem.
Tuta-sama: Ótimo. Tomamos a atitude mais sábia.
Matilde: Sei. De qualquer forma, vá pegar um copo de água pra mim, certo?
Tuta-sama: Está bem. Vou lá pegar.
[Tuta vai até a cozinha, e deixa a fada no seu notebook.]
Tuta-sama: Já trouxe a água.
Matilde: Obrigada!
Tuta-sama: De nada. Como vai a escrita?
Matilde: Um pouco devagar.
Tuta-sama: Não parece.
Matilde: É que estou escrevendo uma fanfic, no paralelo.
Tuta-sama: Pensei que a fada das cocadas era uma fanfic.
Matilde: Quê? Lógico que não. É uma história original.
Tuta-sama: Uma história original?
Matilde: Sim, é uma história original. Está difícil de entender?
Tuta-sama: Não é que está difícil de entender.
Matilde: Não? Então qual é a questão?
Tuta-sama: A questão é, que gosto de encher a sua paciência.
Matilde: Ah. Devia ter imaginado.
Tuta-sama: Claro que você deveria ter imaginado.
Matilde: Sim, sim. Sempre tenho que estar preparada, não?
Tuta-sama: Nem sempre. Se não, perde a graça.
Matilde: Devia ter imaginado que você me diria isso.
Tuta-sama: Não. Se não, como teria um diálogo?
Matilde: De fato.
Tuta-sama: Aí seria um monólogo.
Matilde: Realmente.
Tuta-sama: De qualquer modo.
Matilde: O que há, agora?
Tuta-sama: Já acabaram as cocadas?
Matilde: Já.
Tuta-sama: Mas já???
Matilde: Sim. O Kekekê levou pros amigos.
Tuta-sama: E eu??
Matilde: Você já comeu um monte! Francamente!
Tuta-sama: Sempre cabe mais um.
Matilde: Que esterótipo de Taurina!
Tuta-sama: Ora, dá licença! Faço o que eu quiser.
Matilde: Tá bem, tá bem.

Pixie Tales

Não sei pra quando o amor vai quando ele some, pois se é pra ele ficar, ele volta!

No apartamento da Matilde.
Matilde: Kekekê! Cadê ele? Ele falou que estaria aqui…
[A campainha do apartamento é tocada. A fada voa para atender. Literalmente, pois fadas tem asas!]
Matilde: Quié??
Kekekê: Gostosuras ou travessuras!
Matilde: Eu já fiz as cocadas, Kekekê. Não precisa roubar meus papéis higiêncos esse ano.
Kekekê: Mas eu não roubei seus papéis higiênicos, Matilde.
Matilde: Então quem foi?
[A Tuta aparece no meio da sala, com o pacote dos papéis higiênicos.]
Tuta-sama: Droga! Pega no flagra.
Kekekê: É, de fato. Isso não dá para negar!
Tuta-sama: Nem com uma boa advogada?
Kekekê: Nem com uma boa advogada.
Tuta-sama: Droga.
Matilde: Tem cocada suficiente pra todo mundo.
Tuta-sama: Ainda bem, pois se não, ai dos seus…
Matilde: Estou vendo! Agora, devolva.
Tuta-sama: *larga o pacote no chão*
Matilde: Tuta.
Tuta-sama: Que foi? Eu estou te devolvendo! Agora, as cocadas.
Matilde: Estão lá na cozinha. Eu vou pegar.
[Matilde sai para a cozinha. Kekekê, de vampiro, fica sozinho com a Tuta, que está vestida de bruxa.]
Tuta-sama: Onde já se viu, uma fada vestida de bruxa?
Kekekê: A Matilde normalmente se fantasia assim.
Tuta-sama: Já percebi. E isso é extremamente revelador, entende.
Kekekê: Revelador como?
Tuta-sama: Não é óbvio? A Matilde é uma bruxa.
Kekekê: Quanta bobagem. Usar uma varinha e se fantasiar de bruxa, no dia 31 de outubro não prova nada.
Tuta-sama: Pode até ser. Mas estarei com os meus dois olhos azuis, bem abertos e atentos pra qualquer coisa, que essa bruxa pode fazer.
Kekekê: Quanto exagero, Tuta.
Tuta-sama: Eu nunca ouvi falar de fada dos doces.
Kekekê: Eu já ouvi falar de fada da cocada.
[Matilde entra na sala, com uma bandeja com as cocadas]
Matilde: Lá vem. Eu não sou a fada da cocada!
Kekekê: Mas é lógico que é, minha querida Matilde.
Matilde: Está bem, está bem. Experimentem logo as cocadas!
[Matilde oferece a bandeja. A guaxinim pega primeiro, e o duende depois.]
Tuta-sama: Como sempre, estão ótimas! Deliciosas!
Matilde: Mas é lógico. Eu tenho confiança no que faço.
Kekekê: E isso faz diferença na hora de fazer doces.
[Matilde concorda com a cabeça. Ela está claramente com sono.]
Tuta-sama: Não dormiu?
Matilde: Pois é.
Tuta-sama: Estava fazendo bruxaria?
Matilde: Estava.
Tuta-sama: Ela ainda admite!
Matilde: Todo ano é a mesma coisa. Não vou perder meu tempo dessa vez.
Tuta-sama: Tem certeza?
Matilde: Absoluta.
Kekekê: Vamos todos concordar, em comer essas cocadas, e não perder tempo com coisas desnecessárias?
Tuta-sama: Está bem, está bem.

Pixie Tales

A Terra é um belo planeta, porém ela é um globo. Mas é esse o plano!

[Matilde no seu apartamento, no telefone conversando com Kekekê]
Matilde: É hoje, Kekekê! Irei rever a minha amiga Lily, depois de tanto tempo sem conversarmos!
Kekekê: Legal! Sobre o que vocês irão conversar?
Matilde: Não sei ainda, Kekekê. Mas hoje eu te convido para ir.
Kekekê: *espantado* E-eu? Seria uma honra!
Matilde: Não exagere, Kekekê. Só vamos até uma cafeteria, conversar enquanto comemos pão de queijo!
Kekekê: Pode ser perigoso.
Matilde: Perigoso? Como assim?
Kekekê: Podem haver terraplanistas.
Matilde: Deixa de ser bobo, Kekekê. Os terraplanistas não existem!
Kekekê: É o que você pensa…

Na cafeteria dos globalóides.
[Kekekê e Matilde entram na cafeteria e encontram rapidamente a Lily]
Kekekê: Ela está ali!
Matilde: Oi Lily!
Lily: Oi, Matilde! Oi Kekekê! Chegaram bem na hora! Acabei de pedir o menu!
Kekekê: Oi Lily!
Matilde: Ainda bem que você já pediu o menu. Estou doida para comer pães de queijo!
Kekekê: Eu adoro pão de queijo!
Lily: Então, vamos pedir três bandejas de pão de queijo e falta vocês escolherem os sucos que quiserem. Eu vou de melancia.
Matilde: Eu quero suco de maracujá, acho que combina com pão de queijo.
Kekekê: Eu prefiro suco de laranja.
[O garçom chega para anotar os pedidos. Infelizmente, não tem suco de laranja.
Kekekê: Serve de abacaxi, mesmo.
Garçom: Está bem então, senhor. Peço desculpas pelo inconveniente.
Lily: Enquanto estamos esperando, sobre o que vamos falar, Matilde? Faz tempo que não nos vemos!
Matilde: Não sei, eu estava pensando… Você acha que terraplanistas existem?
Lily: Terra… pla…nistas? Tipo… em… achar que a terra… é… plana?
Kekekê: Exatamente Lily! A Matilde pensa que eles não existem.
Matilde: Quem é louco o bastante para pensar que a Terra é plana?
Lily: Nisso eu vou ter que concordar com a Matilde. Quem é louco a esse ponto? É lógico que a terra não pode ser plana. Já foi provado um milhão de vezes que ela é um globo!
Kekekê: Exato, mas existem pessoas loucas. Loucas e criativas.
Matilde: Ainda bem que você adicionou “e criativas” senão ficaria feio.
Kekekê: São as pessoas criativas, as mais loucas que você vai encontrar.
Matilde: Tenho certeza que você está confundindo as coisas.
Lily: Calma, gente, eu tenho certeza que criatividade não precisa necessariamente estar ligada à loucura… bem, talvez precise… mas não é um pré-requisito
Matilde: De qualquer modo, eu não vou deixar nenhum terraplanista interromper o meu apreciar de pães de queijo.
Kekekê: E eu, não vou permitir que nenhum terraplanista roube meus pães de queijo.
Lily: Gente, não existe terraplanistas aqui! É uma cafeteria globalóide!
Kekekê: Ainda bem! Eu tinha esquecido.
Matilde: Como é que você esqueceu, sendo que a placa é GIGANTESCA?
Lily: Realmente… E ainda é em formato de globo!
Matilde: Mais específico que isso impossível!
Kekekê: Aah, eu sou distraído
Lily: Deveras… Mas cadê nosso pedido mesmo?
[O garçom chega com os pedidos. Todo mundo fica feliz.]
Matilde: Não quero saber de terraplanista. Só isso!
Lily: Terraplanista nem acredita em pão de queijo! Eu vou é comer!
Kekekê: Sim, sim! Ao menos o pão de queijo aqui é bom!

– História escrita em colaboração com Ayumi! Obrigada!

Silly Tales

As fadas tem uma visão diferente de mundo, assim como os guaxinins.

Na cabeça da autora, um lugar inusitado para se ter um escritório.
Locutor-sama: Estamos de volta, para mais uma interessantíssima história, dentro da cabeça da senhorita Moon. E eu estou aqui, na minha versão miniatura, tomando café. Enquanto isso, acompanhem os fatos que estão acontecendo!
Matilde: Em um momento como esse, quando se tem tanto trabalho pra fazer, estou sentido-me entediada. Acha que isso é possível?
Kekekê: Troque “entediada” por “cansada” e faz mais sentido.
Matilde: Ah! Realmente, estou me sentindo sem forças. Estou precisando descansar um pouco.
Kekekê: É melhor mesmo, Matilde. Deixe as coisas comigo.
Matilde: Tem certeza?
Kekekê: É claro que eu tenho certeza! Está tudo sob controle.
[Matilde sai, mesmo com certa incerteza. A guaxinim entra em cena, com sua clone.
Kekekê: Alô, Tuta. Olá, as duas. Como é que estão as coisas?
Tuta-sama: Péssimas.
Tuta-sama²: Sumiu o meu cortador de unha.
Kekekê: Caramba!
Tuta-sama: Caramba.
Tuta-sama²: Você viu?
Kekekê: Não, eu não vi.
Tuta-sama: Se você ver o meu cortador de unha, avise sim?
Kekekê: Claro!
Tuta-sama²: Obrigada, meu bom amigo.
Kekekê: Fique tranquila, eu aviso se ver o cortador de unhas saindo correndo.
[As duas guaxinins olham uma para a outra, mas nada dizem. Elas saem do escritório do Kekekê.]
Kekekê: Onde é que eu estava? Ah sim. Eu ia pesquisar sobre yoga. Ou é ioga? Não sei como se escreve!
[O duende joga uma pequisa no site de busca.]
Kekekê: Ah! O certo é ioga, ao menos na língua de portuguesa.
[A fada retorna ao escritório.]
Matilde: Kekekê! Você não vai acreditar no que vi. Estava na sala de descanso, quando vi…
Kekekê: O cortador de unhas da Tuta correndo?
Matilde: Cortadores de unha não saem correndo, Kekekê. Você pirou?
Kekekê: Não. Mas você não devia estar descansando?
Matilde: Também iria parar de descansar, se visse um cortador de unhas correndo!
Kekekê: Ah! Então eu estava certo. Por que disse que eu pirei?
Matilde: Simples. Porque, meu caro, eu tenho dificuldade de aceitar as coisas absurdas.
Kekekê: Mas você trabalha com a Moon!
Matilde: Mesmo assim, mesmo assim. Os absurdos da Moon tem um certo limite.
Kekekê: Eu não contaria com isso…
Matilde: Com o quê?
Kekekê: Que a Moon tem limite, para as coisas absurdas que ela escreve em suas histórias.
Matilde: Deixe-me com a minha ingenuidade, meu caro. É o meu elo a sanidade.
Kekekê: Se você diz, tudo bem. Eu respeito as suas decisões!
Matilde: Deixe eu pegar esse cortador de unha. Caso contrário, eu terei meu momento de descanso interrompido.
Kekekê: É, talvez seja melhor.

Happy Green Things

Hoje é uma palavra interessante, porque você só pode usá-la uma vez por dia. Já pensou nisso???

Nos corredores do Estúdio de Happy Green Things.
Lalali: Oh! Olá, fada Matilde! Como vai você?
Matilde: Bem, obrigada. Como vai a família, Lalali?
Lalali: Vai bem. Vovó terminou o cachecol, que fez pra você.
Matilde: Ah! Agradeça sua vó por mim. Mamãe mandou lembranças.
Lalali: Gentileza dela.
Matilde: Vou lá, falar com a Moon.
Lalali: Ah! Fique a vontade.

No escritório da autora, ainda em Happy Green Things.
Moon: Hoje não é um dia como os outros, com certeza. É um bom dia! Quero dizer, tenho certeza que há sempre algo de bom, acontecendo. Em algum lugar. Mas estou de bom humor! Isso não é incrível, Locutor-sama?
Matilde: Não há nenhum Locutor por aqui, hoje.
Moon: Ufa! Ainda bem. Mantenho meu bom humor por mais tempo. Como vai você, minha boa Matilde?
Matilde: Ótima, ótima.
Moon: E que devo a alegria da sua presença?
Matilde: Pare de falar assim, bem humorada. Está me assustando!
Moon: Oh! Isso significa que, você não está o suficientemente ótima.
Matilde: Não é isso. Quando você fica assim, alegre, só pode significar uma coisa.
Moon: Estou de bom humor, mas não a ponto de me chamar “pessoa alegre”. Talvez eu chegue próxima a “pessoa com um certo nível de contentamento” mas alegre?
Matilde: Não, você está alegre. Conheço esses olhos.
Moon: Bem, seria estranho se você não conhecesse os meus dois olhos azuis.
Matilde: Que seja. Mas deixa pra lá, eu prefiro não dizer nada.
Moon: Mas fique a vontade pra dizer o que quiser, Matilde. Não me lembro de ter escrito uma historinha ainda, em que está presente no meu escritório.
Matilde: Bom, eu não acredito que haja muita diferença, pra falar a verdade. Eu já fico no escritório, na sua cabeça!
[A fada aponta para a cabeça da autora.]
Matilde: E eu estou farta de escritórios.
Moon: Está bem, está bem. Já vi que veio fazer reclamação…
Matilde: Talvez sim, talvez não.
Moon: Não me deixe nesse suspense!
Matilde: Mas não sou eu que estou escrevendo a historinha, é você. Então está deixando a si mesma no suspense!
Moon: Verdade.
Matilde: Escute, tem vindo um indivíduo (não vou citar nomes) que tem aparecido, ao lado da máquina de café.
Moon: Ele está, é? Não me surpreende. Estou 0% surpreendida.
Matilde: Estou vendo. Não vai fazer alguma coisa?
Moon: Bom, a única coisa que eu posso fazer é terminar o projeto, que inclui esse fantástico indivíduo.
Matilde: Isso seria ótimo!
Moon: Sim, seria. Enquanto isso não acontece, finjam que ele é apenas uma alucinação coletiva.
Matilde: Ele não é uma alucinação coletiva, dona Moon.
Moon: Mas é exatamente por isso que eu disse, finjam.
Matilde: Está bem. Vamos tentar. Quero dizer, melhor não prometer nada. Eu não sou os outros!

Silly Tales

Coisas são coisas, você sabe, aquela coisa! Você não sabe? Nem eu sei. O vocabulário da coisa é extremamente complexo.

Na cabeça da Moon, na sala principal.
Matilde: Alô, Kekekê. Está tudo bem, aqui com você?
Kekekê: Estou bem, mas não entendo, pra quê está fazendo essa pergunta?
Matilde: Talvez seja porque, você continue usando esse gorrinho. Com purpurina.
Kekekê: Ah! Meu gorrinho com purpurina te incomoda? Mas já estou usando ele, pela segunda vez. Na primeira vez, você não reclamou.
Matilde: Eu tenho ser uma esposa e companheira que te apoia nas suas, excentricidades. Apesar de que a Tuta, é muito mais…
Tuta-sama: Ei!
Kekekê: Matilde, eu estou vendo duplicado!
Tuta-sama²: Não é duplicado, é clonado.
Matilde: Essa é boa! Não via você fazendo isso fazia um tempo, e creio que deve ser a primeira vez que faz isso nas histórias do blog.
Tuta-sama: Tem uma primeira vez, para tudo. E se posso ter mais de uma “eu”, porquê não?
Tuta-sama²: Afinal, eu preciso conversar com alguém inteligente, às vezes.
Matilde: Ah! Agora, ela está sendo arrogante. Não concorda, Kekekê.
Kekekê: Bom, em minha opinião, tem momentos que só podemos conversar com nós, mesmos. Afinal, quem melhor que nós para entendermos nossas próprias ideias?
Matilde: *pensando* Isso, passa pano pra ela!
Tuta-sama: Ah, Kekekê! Sabia que você iria me entender…
Tuta-sama²: A Matilde também me entende, mas ela não admite.
Matilde: Não coloque palavras na minha boca, guaxinim número 2.
Tuta-sama: Mais respeito! Ela ainda continua sendo eu.
Matilde: Que seja. Pode me resolver um dilema?
Tuta-sama: Qual de nós duas?
Matilde: A original.
Tuta-sama²: Nunca ouvi maior bobagem! Ela é tão eu, quanto eu.
Matilde: Tá. Façam o Kekekê usar um gorrinho normal, por favor.
Tuta-sama: Não vejo nada de errado, nesse.
Locutor-sama: Talvez deveria usar um, com um degradê na cor.
Kekekê: Boa ideia!
Matilde: Eu não te chamei aqui, narrador.
Locutor-sama: Ah, claro que não! Ninguém me chama. A própria autora usa a sua própria narrativa, ao invés de me usar…
Tuta-sama: Estamos cortando gastos.
Tuta-sama²: Não reclame, ou levamos o seu microfone!
Locutor-sama: Céus! Não precisam se exaltar. E nem vou dizer mais nada. Vou ficar no cantinho, talvez no máximo vá até a máquina de café.
Matilde: Isso, vá lá.
Tuta-sama: Aproveite e tire o indivíduo que pode estar lá, ou não.
Locutor-sama: Pronto. Já virei o personagem dos serviços aleatórios…
Tuta-sama²: Não se preocupe, isso ainda é do Random.
Tuta-sama: Ao menos ele reclama menos, e também consome menos coisas.
Tuta-sama: O funcionário perfeito! Deveria ter mais de um, funcionário boneco de palito…. Pensando bem, melhor não.
Tuta-sama²: Não esqueça, o barato sai caro.

Silly Tales

Tenho o hábito de escrever sobre escritórios, talvez porque as palavras “escrever” e “escritório” combinem.

Locutor-sama: Estamos aqui novamente, com uma historinha que acontece dentro da cabeça da senhorita Moon. Se é metafórico, se é literal fica aberto a interpretação dos leitores. Muitas vezes, a autora é indecisa demais para decidir uma coisas…
Tuta-sama: Locutor! Precisamos da narração, e não da sua opinião.
Locutor-sama: Sim, Tuta-sama. Seguindo a narrativa, que na verdade eu não comecei, Tuta-sama está confusa. O duende Kekekê está com um gorrinho cheio de glitter, mas ninguém teve coragem de perguntar.
Tuta-sama: Eu tive coragem de perguntar sim! Mas ninguém me deixou perguntar.
Pompom: Tuta-sama, minha cara senhora, há perguntas que não devem ser feitas.
Random: Inspiração momentânea!
Pompom: O gorrinho do seu Kekekê? Concordo!
Tuta-sama: Francamente… E eu não consigo encontrar o Kekekê novamente, para perguntar pra ele. Para onde foi, o meu amigo?
[A chefe guaxinim começa a andar, de um lado para o outro. Ela vê um personagem ao lado da máquina de café e se surpreende zero por cento.]
Tuta-sama: Volta pra sua história, indivíduo!
[Locutor-sama poderia estar narrando os acontecimentos nesse momento, mas em sua versão miniatura, descobriu que estava sem o seu microfone. Então, está em seus três minutos de silêncio, porque ele é muito dramático.]
Matilde: Olá, Tuta. Como vai a vida?
Tuta-sama: Olá, minha amiga. Viu que indivíduo estava ao lado da máquina de café?
Matilde: Eu até vi, mas prefiro não comentar. E não estava procurando o Kekekê?
Tuta-sama: Realmente, eu estou a procura dele! Como adivinhou?
Matilde: Você está usando um gorrinho, na cabeça.
Tuta-sama: Coincidência! Está muito frio, hoje.
Matilde: De qualquer modo, o Kekekê tinha ido almoçar…
Tuta-sama: Ah! Então não devo importuná-lo, no horário de almoço.
Matilde: É. Acho melhor não.
[As duas conversam amenidades, até a Tuta resolve discutir sobre se é uma questão grave ou não, ter um personagem importunando e usando a máquina de café. Decidida, ela expulsa o indivíduo para ele retornar ao seu próprio local de origem.]
Matilde: Ele perguntou “em qual linha do tempo”! Mas que absurdo.
Tuta-sama: Típico de um engraçadinho, e desocupado que nem ele.
Matilde: Mas não deveria ser um desocupado, acontecem diversas coisas na história dele.
Matilde: Verdade. Para você ver, ele é um grande procrastinador…
Tuta-sama: Como a autora! Ah, olha só. O Kekekê voltou do almoço.
Kekekê: Olá, minha boa gente. O que há de novo?
Tuta-sama: Você está usando um gorrinho, cheio de purpurina.
Kekekê: *tira o gorrinho e olha pra ele* Ah, isso aqui? Ganhei da Marcy.
Tuta-sama: Ah. Devia ter imaginado…
Matilde: Sempre a resposta mais simples!

Silly Tales

A autora, procura uma ideia pra escrever. E ela encontra? Descubram agora!

Locutor-sama: Esta é uma história, que acontece na cabeça da autora. Para ser honesto, toda história passa na cabeça da senhorita Moon… É melhor eu deixar pra lá, e não continuar nessa linha de raciocínio. Começamos com o senhor Kekekê, trabalhando para escrever junto da autora. Ele está em sua sala, em companhia de Random e Pompom.
Kekekê: Não! Papel toalha não serve para secar secar cabelo, Random.
Random: Mas é chamado de papel toalha.
Kekekê: Isso não quer dizer que, sirva para secar cabelo.
Pompom: Não sei o porquê, dele estar perguntando um negócio desses. Ele não tem cabelo!
Kekekê: Shh, Pompom! Não é pra questionar a lógica do Random. Se você começar a pensar, não vai conseguir dormir a noite.
Pompom: Credo, senhor Kekekê. Quanto exagero.
Random: Ele fala a verdade.
Kekekê: *surpreso* Falo?
Random: Muitas vezes, nem eu mesmo durmo por causa da lógica.
Pompom: *confuso* Você não dorme, por causa da sua lógica?
Random: É que eu gosto muito, de fazer problemas de lógica. Eles tem umas histórias bastante interessantes. Deveriam escrever livros, sobre esses personagens.
Pompom: Sobre as personagens dos problemas de matemática?
Random: PROBLEMAS DE LÓGICA, não os de matemática.
Kekekê: Que conversa é essa, gente??
Pompom: Mas problemas de matemática, tem uma certa lógica em seus enunciados.
Random: Não tem, não. Onde já se viu, ir comprar um monte de melancia no supermercado?
Pompom: Mas é algo bastante aleatório. Você não devia gostar?
Random: Mas eu não gosto, a aleatoriedade tem limote.
Kekekê: Caramba. Eu, Kekekê, estou chocado com e essa revelação.
Random: *olha para o Pompom* Você não acha que o Kekekê está estranho, hoje?
Pompom: Sim, eu acho. Até parece que ele é um… robô.
Random: Sim! UM ROBÔ!
Kekekê: Mas eu não sou, um robô.
Random: Mas poderia ser. Imagine só, um robô duende!
Pompom: Duende robô ficaria mil vezes mais sonoro.
Kekekê: Gente…
Random: No final, dá no mesmo.
Pompom: Com todo respeito, um robô duende é um robô, que ao mesmo tempo é um duende. E um duende robô…
Kekekê: Parem, tenham misericórdia! Eu estou mais confuso, que aluno lendo enunciado de matemática, essa gente que compra um montão de melancias.
Pompom: Nós estamos brincando.
Random: É! Nós vamos parar de fazer isso.
Pompom: Se a dona Matilde aparece aqui, a graça vai ir embora, voando.
Random: A graça é uma pomba?
Pompom: Pode até ser.
[Matilde abre a porta]
Matilde: Ô MINHA GENTE, deixem o Kekekê trabalhar!
[Random sai primeiro, e Pompom vai embora também.]
Kekekê: UFA!! Obrigado, Matilde.
Matilde: Não tem de quê

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Tem dias e noites, mas o período da tarde não é tão belamente nomeado!

Na mansão da Tuta-sama, a milionária e guaxinim.
Tuta-sama: Que belo dia tranquilo, para andar vestida com roupão. Ah! A paz e a tranquilidade. Posso tomar minha bebida, e aproveitar minha folga com calma e sem pressa para nada…
Beta: *abre a porta do quarto da chefe* Com licença, Tuta-sama. Há uma visita para a senhora.
Tuta-sama: Hoje não estou para ninguém, Beta. Nós já conversamos sobre isso! Deixe-me sozinha e com a minha tranquilidade.
Beta: Eu sei que a ordem foi que você não receberia ninguém, mas a dona Matilde parece muito aflita. E ela é bastante convincente!
[A guaxinim pensa um pouco, antes de responder.]
Beta: E então, Tuta-sama?
Tuta-sama: Está bem, eu irei. Mas isso é porque eu sou curiosa!
[Tuta sai do quarto, acompanhada de sua funcionária.]
Tuta-sama: *na porta* Olá!
Matilde: Ô Tuta! Olá.
Tuta-sama: Que foi, minha cara amiga?
Matilde: Bom, eu cheguei aqui determinada em vê-la, mas… Pelo visto, a senhora está ocupadíssima!
Tuta-sama: EI! Sem ironia. Eu estava cuidando de alguém especial, eu.
Matilde: Que ocupação importante e maravilhosa. Como se você não vivesse suficiente entre os seus luxos.
Tuta-sama: Posso ter meus luxos, mas ainda sim sou uma trabalhadora! Afinal de contas, a chefe tem que dar um bom exemplo para os funcionários.
Matilde: É. Realmente, você sabe dar um bom exemplo aos seus funcionários.
Tuta-sama: Está vendo? Até mesmo você admite!
Matilde: E o outro exemplo que está dando, é saber se cuidar?
Tuta-sama: Mas é claro, minha cara amiga. Saber se cuidar é muito importante! É bom para a autoestima, para a saúde mental e física. Não é nenhuma futilidade e você sabe disso. Afinal, vive indo ao cabeleireiro!
[A fada gira os olhos, com uma leve irritação, enquanto a guaxinim dá uma risadinha, mas logo volta a sua expressão de sempre.
Matilde: Está bem, está bem.
[Agora a milionária mostra preocupação, ao perceber a inquietude da sua amiga fada.]
Tuta-sama: O que foi que aconteceu?? Está tudo bem com você?
Matilde: O quê? Está tudo bem comigo.
Tuta-sama: E com o Kekekê? E os filhos?
Matilde: Estão todos bem.
Tuta-sama: Então… Qual o problema?
Matilde: É a Moon!
Tuta-sama: A Moon?
Matilde: Sim. Ela mesma.
Tuta-sama: Se isso tiver a ver com o um-
Matilde: E eu estaria te incomodando com um negócio desses?
Tuta-sama: Você pode ter perdido a paciência.
Matilde: Bom argumento.
Tuta-sama: O quê a Moon precisa, então…?
Matilde: De uma história!
Tuta-sama: Bem. Agora ela conseguiu!