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Green House Stories

Nem todo roteiro é linear, mas seria muito conveniente descobrir o padrão, para poder resolver as coisas com mais facilidade.

No escritório da Hello, na Casa Verde.
Hello: Hoje quero fazer uma coisa diferente. Mas não um diferente qualquer! Uma categoria específica, algo inovador! O que acha, Sir Bigodón?
Sir Bigodón: *escrevendo no computador* Acho válida sua ideia.
Hello: Você não está prestando atenção no que estou falando.
Sir Bigodón: Estou sim. Você quer fazer algo diferente e inovador.
Hello: Ah! Então você está prestando atenção, no que estou falando.
Sir Bigodón: Lógico.
Hello: Me desculpe por tê-lo julgado tão mal.
Sir Bigodón: Tudo bem, não tem problema.
Hello: Que bom! Agora vou contar sobre a minha ideia diferente e inovadora.
Sir Bigodón: Não é como se eu tivesse outra escolha…
Hello: Como é, Sir Bigodón?
Sir Bigodón: Eu não tenho outra escolha se não ouvir, afinal de contas, seria bastante mal educado de minha parte não dar atenção, ao mesmo tempo que estou trabalhando. Afinal, eu sou um coelho e devo ser multitarefa.
Hello: Ah, eu não queria atrapalhar. Estava pensando em fingir ser a autora, e você ser o narrador. Mas não vou tirar você do serviço.
Sir Bigodón: Não se preocupe com o serviço. Eu já terminei.
Hello: Mas já?
Sir Bigodón: Falei que é preciso, ser multitarefa.
Hello: Pessoas multitarefas não são necessariamente rápidas.
Sir Bigodón: O que importa é que terminei. Você precisa de um narrador, e você terá.
Hello: Esse é o espírito!
Sir Bigodón: A autora está sentada na cadeira de seu escritório, sem estar de frente à mesa. Existem coisas que não precisam de uma mesa para fazer, que é olhar pela a janela com muito conforto.
Hello: *vira a cadeira giratória pra janela* Caramba! É mesmo confortável olhar pela a janela dessa maneira.
Sir Bigodón: Então? O que você vê, pela janela?
Hello: Eu vejo outra cadeira giratória.
Sir Bigodón: Como é? Está vendo o seu próprio reflexo, então.
Hello: Se fosse isso, eu estaria vendo meu reflexo também.
Sir Bigodón: De repente, você é vampira…
Hello: Não sou! Já basta ser alienígena.
Sir Bigodón: Mas existem alienígenas vampiros.
Hello: Existir, existem. Não sou um deles.
Sir Bigodón: Mas a cadeira giratória…
Hello: A minha está muito bem de saúde, obrigada por perguntar.
Sir Bigodón: Estou falando da de lá de fora.
Hello: Ah sim! A de lá de fora, eu não sei. Devo descer para perguntar.
Sir Bigodón: Não! Não faça isso.
Hello: Como não? Eu devo agir, se quiser resolver esse estranho mistério!
Sir Bigodón: Nada garante que perguntar para cadeira giratória, terá uma resposta satisfatória.
Hello: Sábias palavras. Devemos respeitar a privacidade da cadeira giratória!

– Não, eu não sei que história foi essa. E estou escrevendo em cima da hora dela sair.

Happy Green Things

Os dias são estranhos, enquanto o ano termina.

No escritório da autora, no estúdio Happy Green Things.
Moon: Há muitas coisas interessantes nesse mundo, Locutor-sama.
Locutor-sama: Tenho que concordar.
Moon: E você sabia o que é interessante para se pensar?
Locutor-sama: Não. Só espero que não seja entediante. Já estou aqui com sono, e prefiro não pensar em coisas chatas.
Moon: O que é estar entediado?
Locutor-sama: Eu suspeitava que fosse ser algo assim, o nosso assunto de hoje.
Moon: Vamos lá, colabore na minha reflexão, por favor.
Locutor-sama: Estar entediado é um estado de espírito que, você não consegue se divertir com coisa alguma. Podemos ir para a próxima?
Moon: Boa resposta. Mas ainda não me dei por satisfeita!
Locutor-sama: Ótimo, senhorita Moon. Pode conversar com a versão minha, de papelão.
Moon: Não banque o engraçadinho.
Locutor-sama: Já falei que estou com sono, autora. E essa conversa está me fazendo… *boceja* ficar com ainda mais sono.
Moon: Você não dormiu a noite?
Locutor-sama: Dormi.
Moon: Como ainda pode estar com sono?
Locutor-sama: Tem coisas que são inexplicáveis.
Moon: Estou vendo. Mas acontece, serei compreensiva, meu caro narrador.
Locutor-sama: Ainda bem.
Moon: De qualquer modo, eu concordo com você. Mas era mais fácil procurar o significado no dicionário.
Locutor-sama: Um dicionário pode até tirar sua dúvida, mas um dicionário não responde todas as perguntas.
Moon: Lógico que não. É um dicionário de palavras, e não de perguntas!
Locutor-sama: Existe um dicionário com perguntas?
Moon: Ia ser pergunta demais para se catalogar, em apenas um dicionário. Imagine só, volume de dicionários!
Locutor-sama: É de fato iria ser conteúdo demais para se registrar em dicionários.
Moon: E palavras são coisas estáticas.
Locutor-sama: Como assim?
Moon: Ora, elas não se movimentam por elas mesmas. Precisam de uma frase inteira. De conteúdo!
Locutor-sama: Devia imaginar que uma escritora, responderia dessa forma.
Moon: Lógico. Temos que ser metafóricos.
Locutor-sama: É realmente necessário sermos metafóricos?
Moon: É claro que é realmente necessário! Você, como meu personagem deve seguir minha linha de raciocínio.
Locutor-sama: Por falar em linha de raciocínio…
Moon: Oi?
Locutor-sama: Raciocínio parece nome de pasta de dente.
Moon: Como chegamos até o assunto de pasta de dente?
Locutor-sama: A aleatoriedade deve viver autora. Deve viver para mantermos as histórias interessantes!
Moon: Está bem. E as metáforas, eu espero que nós não estejamos esquecendo-se dela!
Locutor-sama: Lógico que não vamos esquecer. A metáfora e a aleatoriedade andam de mãos dadas.
Moon: Ainda bem. Vamos encerrar por aqui.
Locutor-sama: Ok. E eu vou dormir.

Esquecidos

Não é uma loucura, a menos que seja uma coisa repentina. Esqueci o que eu ia dizer. Que repentino!

[O narrador das histórias da Moon, está de folga. Ele está entediadíssimo. Mas alguém o salvará do tédio. Lógico, que em primeiro lugar terá que atender a porta. A oportunidade não entrará pela janela. Não dessa vez, pelo menos.]
Locutor-sama: Já vai, já vai. *abre a porta* Rika! O que está fazendo aqui?
Rika: Eu vim visitar o meu amigo em um dia de folga, ué. Bora jogar banco imobiliário?
Locutor-sama: *fez sinal para ela entrar* Banco imobiliário é muito chato.
Rika: *entra no apartamento* Ora, mas quem disse que estou me referindo ao jogo de tabuleiro?
Locutor-sama: Quer dizer que seu plano visa destruir o-
[Rika fica chocada e não permite que o narrador termine a frase.]
Rika: Que horror! Eu trouxe um banco de brinquedo, sem mobília.
[Ela tira de dentro da mochila um brinquedo da instituição financeira.]
Locutor-sama: Isso não se chama banco imobiliário. Está confundindo as coisas.
Rika: Não? *joga o brinquedo pela janela* Que chatice.
Locutor-sama: Rika, você acabou de jogar o brinquedo pela janela!
Rika: De fato, eu joguei o brinquedo pela janela.
Locutor-sama: “De fato?” VOCÊ PODE MACHUCAR ALGUÉM.
Rika: Tolinho. É um objeto mágico, ele some no meio do ar.
[Locutor está seriamente preocupado. Ele vai olhar pela janela.]
Locutor-sama: O brinquedo não está mais lá.
Rika: Aprenda em confiar em mim, meu amigo.
Locutor-sama: Está bem, está bem.
[Os dois ficam olhando um para o outro, sem dizer nada.]
Locutor-sama: Está bem. Está um ótimo momento para jogarmos banco imobiliário.
Rika: Banco imobiliário? Mas eu não trouxe o jogo de tabuleiro.
Locutor-sama: Não se preocupe. Nós podemos jogar, de qualquer forma.
Rika: Nós vamos jogar banco imobiliário invisível?
Locutor-sama: Não existe banco imobiliário invisível.
Rika: Então vamos jogar uma versão pirata de banco imobiliário?
Locutor-sama: Não. Eu vou pegar o meu banco imobiliário.
[Locutor vai para o fundo do apartamento. Ele volta, trazendo uma caixa do jogo]
Locutor-sama: Aqui está.
Rika: Não esperava que você tivesse jogo imobiliário.
Locutor-sama: Como assim? *coloca a caixa na mesa*
Rika: Você parece do tipo que tem, sei lá, jogo da vida.
Locutor-sama: Nunca fui tão insultado.
Rika: Estava brincando.
Locutor-sama: Não se brinca com isso.
Rika: Foi mal.
Locutor-sama: Tudo bem.
Rika: Posso abrir a caixa?
Locutor-sama: Não. Acabo de lembrar uma coisa.
Rika: Você é um verdadeiro estraga-prazeres?
Locutor-sama: Não é isso. Está faltando peças.
Rika: Que pena.
Locutor-sama: Realmente, é uma pena.
Rika: E jogo da vida, você tem?
Locutor-sama: Tenho.
Rika: Eu sabia!

Silly Tales

Aventuras são um meio interessante de contar uma narrativa. Podem ser até previsíveis, mas sempre tem algo de diferente a acrescentar, dependendo do estilo do autor.

P-san: Hoje é uma aventura clássica. O protagonista, que sou eu, contra um dragão cuspidor de fogo! Eu estou até vestido a caráter. Sou um pinguim, vestindo uma armadura.
[O personagem anda até onde deveria encontrar o dragão, em uma caverna na floresta.]
P-san: Ô seu dragão! Ô SEU DRAGÃO!
[Ele adentra a caverna, mas o pinguim não encontra o que queria. No lugar, vários papéis grudados em lugarzinhos da caverna.]
P-san: O quê é isso… *pega um dos papéis* “Não tem dragão nenhum aqui. Estamos reduzindo custos! Assinado Tuta-sama”.
P-san: E como é que eu faço, para ter uma historinha agora? *pega outro papel* “Lute com esse golfinho de plástico. Ele é verde, por defeito de fabricação. Não faça bullying com o pobre coitado. Simule apenas uma luta coreografada. Autora”.
P-san: UM GOLFINHO DE PLÁSTICO? Quem se importa?? *joga longe o golfinho de plástico* Isso é referência a alguma coisa-
[O pinguim olha para os lados. Decide pegar outro papel, que continha outro recado da Tuta-sama. Dessa vez, pego um óculos para ler.]
P-san: “O orçamento foi estourado com câmeras, para espionar minha vizinha. Ela é suspeita demais! Tuta-sama”.
[O pinguim desiste de usar a armadura. Estava atrapalhando.]
P-san: Esqueça! Não vai haver luta nenhuma. Eu tenho princípios. Um golfinho de plástico não é um inimigo para um pinguim lutar.
[Um papel, com outro recado escrito cai nos olhos do P-san]
P-san: Para reclamações, ligue nesse número.
[Um telefone conveniente aparece, dentro da caverna.]
P-san: *digita o número* Alô?
Cola-sama: *do outro lado da linha* Alô.
P-san: Gostaria de registrar uma reclamação.
Cola-sama: Diga. Ninguém liga para esse número, para desejar bom dia.
P-san: Bom dia.
Cola-sama: Gentil da sua parte. Qual o seu problema? Diga sua reclamação.
P-san: Minha história não tem dragão.
Cola-sama: Dragão?
P-san: Sim! Eu ia ser o corajoso herói que derrotaria um dragão.
Cola-sama: Caramba. O orçamento seria caríssimo.
P-san: Até você vai dizer isso?
Cola-sama: Aqui é um número para reclamações. Quem liga, reclama. E eu, que atendo, também reclamo.
P-san: Não me parece um trabalho saudável.
Cola-sama: Ótimo! Ainda bem que alguém reconhece isso.
P-san: Quer saber de uma coisa? Pode esquecer a minha reclamação.
Cola-sama: Não dá. Já registrei no sistema.
P-san: A vida é bela. Não vou mais querer lutar com dragão nenhum. Tchau!
[P-san desliga ao telefone.]
Cola-sama: Sempre assim. Quem liga aqui, sempre muda de ideia. Vai entender esses personagens. Todos tão volúveis!

Happy Green Things

No estúdio, é uma estadia de estar sempre disposto a sintonizar na estação… Eu estou forçando a barra, com esse título.

No escritório da autora, em Happy Green Things.
[A autora está sentada em frente a sua mesa, em uma confortável cadeira vermelha.]
Moon: P-san, você não precisava ter me seguido até o meu escritório, sabe.
P-san: É que e eu quero demonstrar apoio aos seus trabalhos.
Moon: Aos meus trabalhos de escritora, ou ao fato que dou trabalho?
P-san: As duas coisas. E hoje o Locutor não veio.
Moon: Não veio? E qual a desculpa dele?
P-san: Tem alguma coisa a ver com o pastel. Ele não entrou em mais detalhes.
[Lalali entra na sala, a porta estava aberta.]
Lalali: Autora! É bom vê-la. Tenho excelentes notícias!
Moon: Você me trouxe um pastel?
Lalali: Não, autora. Gostaria de deixar a comida de lado, por um minuto?
Moon: Certo. *empurra uma comida imaginária*
Lalali: Ah! Essa foi ótima! *dá risada*
Moon: Ah! Alguém rindo das minhas piadas. Ainda bem. Obrigada.
Lalali: Quero dizer, seriedade. Nós estamos mantendo suas ideias tristes em disciplina. Eu e o Hércules. Descobrimos uma coisa que as mantém entretidas.
Moon: Sério? O que seria? Jogar Animal Crossing?
Lalali: Não. Elas estão estudando Geografia.
Moon: Geografia…?
Lalali: Também achei esquisito, quando o Hércules me deu essa ideia. Mas se funcionou, funcionou.
Moon: Geografia? QUEM SE MANTÉM ENTRETIDO ESTUDANDO GEOGRAFIA?
Lalali: As suas ideias aparentemente.
Moon: Isso é muito para se pensar.
Lalali: Imagino que seja. De qualquer forma, estou indo agora. Adiós!
[Lalali sai.]
Moon: AH! Esqueci-me de agradecer.
P-san: Eu irei levar o seu agradecimento. Já volto.
[P-san sai e volta rapidamente.]
P-san: Pronto. Pinguim espalhando gentileza!
Moon: Um belo gesto da sua parte. Obrigada.
P-san: Bom, de nada. É o mínimo que posso fazer… E sabe.
Moon: O que foi?
P-san: Você acha que elefantes pulam?
Moon: Eu… Não faço a menor ideia. Acho que não.
P-san: São perguntas como essa que me fazem ficar acordado de noite.
Moon: Francamente, meu caro pinguim.
P-san: Francamente! É um questionamento válido.
Moon: Está bem. Mas é um questionamento muito estranho.
P-san: E você, que acha feveiro um mês estranho?
Moon: É um mês estranho. UMA LOUCURA SABER que um mês, tem todo um cálculo louco, que envolve um monte de coisas matemáticas complicadas, não acha?
P-san: Pensando por esse lado, eu consigo entender sua lógica.
Moon: Ainda bem.

Silly Tales

Nada mais satisfatório do que encontrar, quando se está procurando alguma coisa, e deixar sua mente em paz e tranquilidade.

P-san: Estou aqui na onde a ilustre senhorita Moon, mora, na cozinha! Estou saltitante, espalhando todo o espírito de Natal disponível de um pinguim de geladeira.
Moon: Você não é um pinguim de geladeira. Você tem dois metros!
P-san: Que audácia da sua parte! Só porque sou alto, não quer dizer que não posso… Espere. Desde quando estava aqui?
Moon: Há alguns instantes. Mas detalhes como esse não interessam!
P-san: É lógico que interessam! Satisfaz a minha curiosidade aí, pô. Eu não sou um pinguim qualquer: SOU O PINGUIM P-SAN!
Moon: Mas que revelação bombástica.
P-san: Não seja sarcástica. Hoje é dia de Natal. Não quer pontos com o bom velhinho?
Moon: Ouvi dizer que é o coelho da páscoa, que vai trabalhar esse ano.
P-san: Sé-sério? Então teremos OVOS DE CHOCOLATE ao invés de panetone??
Moon: Lógico que não teremos ovos de chocolate. Deixa de bobagem, pinguim doido.
P-san: Droga. E eu com a experiência de pinguim, que queria encontrar brinquedos de ovos de páscoa mais cedo…
Moon: Experiência de pinguim??
P-san: Sim, experiência de pinguim.
Moon: O quê é que você quis dizer com isso?
P-san: Eu quis dizer nada, hoje é dia de Natal. Você capturou meu espírito Natalino?
Moon: Sim e não, só vejo que você está usando gorrinho de Natal e sendo bastante esquisito para o meu gosto.
P-san: Ninguém entendendo meu estilo diferenciado!
Moon: O seu estilo diferenciado de colocações, nas suas palavras?
P-san: Colocações? Agora é você, que não está fazendo muito sentido.
Moon: Que bom que temos algo em comum, não sabermos exatamente o que estamos falando, falamos mesmo assim, a outra pessoa não entende, e fingimos que não tem explicação.
P-san: Que complicado. ESPERE?
Moon: O que é agora, adorável pinguim?
P-san: Está dizendo que é apenas isso que temos em comum?
Moon: Não é isso que eu quis dizer-
P-san: Ah. Ainda bem.
Moon: Eu escrevo suas falas, POMBAS. Lógico que temos algo em comum!
P-san: Tem certeza que é você, que escreve as minhas falas?
Moon: Claro!
P-san: Tem certeza que não sou eu, que apareço e dito as minhas falas?
Moon: P-san. Já não me basta o Locutor, o Victor, agora você também??
P-san: É só uma hipótese.
Moon: Besteira. Ah, antes de eu ir-
P-san: Um feliz natal?
Moon: Sim! Feliz Natal. E não suba na geladeira.
P-san: Vou tentar.

— Feliz natal, meus caros leitores desse blog.

Random Adventures

Então é panetone… Tem gente que gosta, tem que prefira chocotone!

Random: As pessoas acham estranho um boneco de palito comemorar o Natal, mas eu também faço a minha parte nessa comemoração! Espalhando boa vontade, decorando minha casa e sendo mais gentil com os vizinhos.
Capitão Yay: O Bernardo não merece gentileza nenhuma.
Random: Mas nós vamos ser gentis com todo mundo. Incluindo o Bernardo!
Capitão Yay: Você não mora aqui todo o tempo. Não conhece o Bernardo.
Random: Deixe de ser bobo. Sei muito bem quem é o Bernardo.
Capitão Yay: Sabe mesmo?
Random: Lógico que sei. É aquele vizinho que parece só ter um álbum para tocar, todo final de semana. Inclusive o nome do CD é Gabriela Tagarela.
Capitão Yay: Pelo visto, você deveria entender o porquê de nós não devermos NEM PENSAR em sermos gentis com o Bernardo.
Random: O Natal é uma época de perdão e compreensão.
Capitão Yay: Ah! Francamente. Eu vou escutar lição de moral? LOGO HOJE?
Random: Sim!
Capitão Yay: VOCÊ SÓ QUER PONTOS com o Papai Noel!
Random: *chocado* E-eu? Logo eu, querendo pontos com o Papai Noel? Daqui a pouco vai fizer que bonecos de palito não podem comemorar o Natal.
Capitão Yay: Lógico que bonecos de palito comemoram o Natal. Não se faça de desentendido.
Random: Eu não quero ganhar pontos com o Papai Noel, eu quero que você pare de encher a minha paciência, reclamando do Bernardo.
Capitão Yay: AHÁ! Suas verdadeiras intenções.
Random: De qualquer forma, minha falta de paciência com você é porque assim, enquanto ocupa seu tempo reclamando do seu vizinho, ele se diverte fazendo outras coisas.
Capitão Yay: Isso é verdade.
Random: E O MAIS IMPORTANTE!
Capitão Yay: E qual é o mais importante?
Random: RABANETE
Capitão Yay: Rabanete??
Random: Voltei para o antigo Random um instante.
Capitão Yay: Percebi. Não tem problema.
Random: Agradeço você ser compreensivo comigo.
Capitão Yay: Certo, certo, e o que é mais importante?
Random: Você jogar jogos de tabuleiro comigo! *caixa do jogo DETETIVE*
Capitão Yay: Eu sempre perco no detetive!!

– Observação: Entre panetone e chocotone, eu prefiro rabanada.
– Outra observação: Gabriela Tagarela veio aleatoriamente na minha cabeça, e não está se referindo a ninguém em particular.
– Vamos ter o perdão e a compreensão, pois jogos de tabuleiro são mais divertidos. Exceto se você não gosta de perder, é claro.

Raccoon Tales

Outro dia, outro sonho, talvez seja sobre batatas falantes! Bem próximo estamos do Natal.

Tuta-sama: Minha irmã Marcy, que é uma coelha, veio me visitar. Para quem não sabe, ela é maluca por natal. Quero dizer, normal por natal. Não, espere um momento… Já falei certo da primeira vez. Estou sob o efeito das rabanadas.
Matilde: Efeito das rabanadas que nada!
Tuta-sama: Silêncio, Matilde. Você é fruto da minha imaginação, a Matilde de verdade está em sua casa montando um quebra-cabeça.
Matilde: Eu já terminei o quebra-cabeça.
Tuta-sama: Está brincando. Você só pode ter trapaceado, usando magia!
Matilde: Lógico que não. Caso contrário, eu terminaria mais rápido ainda.
Tuta-sama: Do jeito que está falando, parece que nunca trapaceou em nada.
Matilde: Tuta!
Tuta-sama: O que foi? Só estou falando.
Matilde: Tuta…
Tuta-sama: Está bem. Não está mais aqui, quem falou.
Matilde: Que coisa para se falar.
Tuta-sama: Preferia que eu dissesse “não fui eu que falei, foi meu irmão gêmeo”.
Matilde: Não sei o que prefiro, para ser sincera.
Tuta-sama: Tem razão. Mais de uma Tuta existindo, o universo provavelmente não iria tolerar tamanha perfeição.
Matilde: Olha! É a Marcy.
Marcy: TUTA, TUTA, TUTA! *veio pulando*
Matilde: Calma!
Marcy: A sala de estar foi finalmente decorada. Até deixei uma ambientação de Natal, um vídeo da internet ligado na sua televisão, para todos entrarem no clima natalino.
Matilde: No crime natalino?
Tuta-sama: Matilde. Depois você não quer que as pessoas falem.
Matilde: Juro que escutei “crime natalino”.
Tuta-sama: Obrigada pelos seus esforços de todos os anos.
Marcy: De nada! De qualquer modo, espero que você goste.
Tuta-sama: Depois eu acerto o preço com você.
Marcy: Tudo bem, irmãzinha. Não se preocupe. Eu confio em você!
[Marcy sai da cena, pulando para o outro lado da Mansão da Tuta.]
Matilde: Estou com um pressentimento esquisito.
Tuta-sama: Qual? Que você deveria ter ficado em casa, montando quebra-cabeça?
Matilde: Não. Estou falando da ambientação que a Marcy ligou…
Tuta-sama: Bobagem!
Matilde: Eu nem terminei de falar.
[Tuta foi até a sala de estar. Ficou lá quinze minutos, junto da fada Matilde]
Tuta-sama: Eu não aguento mais essas musiquinhas natalinas!
Matilde: Era isso que eu temia.
Tuta-sama: Cadê o controle? CADÊ O CONTROLE??
[A guaxinim procurou por todos os lugares da sala, e não encontrou.]
Tuta-sama: Matilde! Cadê o controle?
Matilde: O controle da TV de casa eu perdi, faz muito tempo.
Tuta-sama: Estou falando do controle da minha casa!
Matilde: Está aqui. Grudado no meu cabelo.
Tuta-sama: Como foi parar aqui?
Matilde: Não sei. Nem a autora sabe!
Tuta-sama: Uau! Uma explicação interessantíssima!

Happy Green Things

Saudações, terráqueos! Um feliz natal. Está dizendo que ainda não é natal? Mas mesmo assim, desejarei feliz natal.

[A autora está entrando no estúdio, pela porta principal, acompanhada do narrador.]
Moon: Estou aqui entrando no estúdio Happy Green Things depois de tanto tempo. Eu, sinceramente estava com saudades! Principalmente da sala em que tem várias mesas, e posso ficar virando mesas até cansar minha paciência.
Locutor-sama: Aquela sala sempre dá um grande trabalho para arrumar.
Moon: Mas é um exercício muito relaxante.
Locutor-sama: Relaxante para quem não arruma.
Moon: Você deveria me apoiar, sabe.
Locutor-sama: Se não fosse eu que arrumasse aquela sala, talvez eu te apoiaria com mais frequência.
Moon: Você nunca reclamou disso antes!
Locutor-sama: Não seja por isso: Estou reclamando agora
Moon: Ah, francamente narrador. Você não faz nada, se deixar.
Cola-sama: Autora. Viu as decorações de Natal no estúdio?

[A autora olha em sua volta. Está tudo decorado com luzinhas pisca-pisca, árvores de natal, e tudo muito natalino. Mas ela não se alegra, está desconfiada.]
Moon: Que estranho.
Cola-sama: O que é estranho, mulher insatisfeita?
Moon: Você me tirou do estúdio para fazer decorações de Natal?
Cola-sama: *espantada* O quê? Claro que não.
Moon: Quem fez as decorações de natal, então?
Cola-sama: Não sou a única funcionária aqui, você sabe. Tem a Lalali e o Hércules.
Moon: Sei que tem os dois e eles poderiam ter feito isso. Mas, você é a funcionária mais antiga daqui.
Locutor-sama: E eu?
Moon: Para ser sincera, eu não sei qual dos dois eu criei primeiro. Mas não faz diferença. Quem fez o trabalho de decorar com coisas de Natal?
Cola-sama: Mulher insatisfeita. O que custa entrar no espírito natalino da coisa?
Moon: Custa nada. E custa responder minha pergunta, mulher enjoada?
Cola-sama: Foi o Locutor-sama.
Locutor-sama: Eu?
Cola-sama: A Lalali e o Hércules compraram as decorações de Natal.
Moon: Viu como não custa nada responder?
Locutor-sama: Mas autora…
Moon: E você? Ficou fazendo o quê?
Cola-sama: Fiquei… *pausa momentânea* administrando.
Moon: Em outras palavras, ficou fazendo nada.
Cola-sama: Não vai agradecer pelos esforços dos funcionários, que decoraram o estúdio de Happy Green Things inteiro, incluindo o seu escritório.
Moon: Lógico que vou agradecer! *tira uns cartões de Natal do bolso* Caneta, caneta. *tira do nada* Obrigada por ter trazido o espírito natalino, no estúdio Happy Green Things. Esse cartão é seu. *dá um para o narrador* Locutor, entregue estes para Lalali e Hércules.
Cola-sama: *recebe um da autora* Eu também ganho um?
Moon: Lógico! Obrigada por ter ajudado nas decorações de natal.
Cola-sama: Já disse que não fiz nada.
Moon: Não precisa demonstrar tanta humildade.

Silly Tales

As coisas são mais estranhas, principalmente de madrugada. Até o pão de queijo fica estranho!

Moon: São três horas da manhã, e estou com sede. Levantei e fui para a cozinha beber água, e qual foi a minha surpresa quando descobri uma coisa esquisita acontecendo lá. Um pinguim. Dançando Ragatanga!
P-san: Ah! Olá, autora.
Moon: O que está fazendo?
P-san: Estou dançando. Não está vendo?
Moon: Estou vendo. A questão é, qual é a razão por trás de tal expressão artística?
P-san: Quer dizer que eu não posso dançar na sua cozinha?
Moon: P-san. São três e pouco da manhã! E eu só vim aqui beber água.
P-san: Então nada me impede de ficar aqui dançando.
Moon: Nem o bom senso te impede, pelo visto.
P-san: Quem precisa de bom senso, quando se tem ritmo?
Moon: Que coisa mais estranha para se dizer, meu caro.
P-san: Não acho estranho.
Moon: O que é mais estranho é você falar e dançar.
P-san: Eu sou um pinguim cheio de habilidades.
Moon: É, estou vendo. Posso beber água agora?
P-san: Mas é claro! Pode beber água e você pode voltar a dormir.
Moon: Então DÁ PRA sair da frente da geladeira?
P-san: É que eu sou um pinguim de geladeira.
Moon: P-san…
[O pinguim para de dançar e sai da frente da geladeira.]
Moon: Muito obrigada.
[A autora abre a geladeira e tira um garrafa de água. Fecha a porta da geladeira e finalmente bebe água.]
P-san: A sua cara está até melhor.
Moon: P-san, eu estava dormindo. COMO QUERIA QUE MINHA CARA ESTIVESSE?
P-san: Calma, calma. Se não você perde o sono!
Moon: Espero que não perca o sono. Se eu perder…
P-san: Calma. Eu canto uma canção de ninar, se caso você precisar!
Moon: Não precisa. Sabe quantos anos eu tenho?
P-san: Sei. Mas você precisa do seu soninho da beleza!
Moon: Ainda bem que você sabe disso, pinguim.
P-san: E a minha voz é muito bonita.
Moon: Muito humilde, como sempre. Boa noite.
P-san: Boa noite!
Moon: E chega de dançar ragatanga!1
P-san: Está bem, está bem.