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Green House Stories

Os dias podem parecer curtos, mas também podem parecer cumpridos demais. Conclusão: O tempo é relativo, e tudo parece fazer sentido, porém na verdade nada faz.

Na Casa Verde, jardim.
P-san: A vida é como um bando de pinguins reunidos, discutindo as últimas das geleiras. E quando digo geleiras, quero dizer o bar. Os petiscos são ótimos!
Hello: Não consigo imaginar, o tipo de petisco que se tem no bar dos pinguins.
P-san: Petiscos dos mais variados tipos de peixes.
Hello: Caramba! Isso parece bom pra comer.
P-san: Bom, considerando que no meu planeta tem variedade o suficiente de pessoas, até mesmo você poderia experimentar.
Hello: Sério? A vantagem de ser alienígena!
P-san: Sim. A vantagem de ser alienígena, é que nosso estômago tem resistência a quase tudo.
Hello: Exceto neve.
P-san: E outras coisas, não?
Hello: Sim! Mas me lembrei da neve.
P-san: Não me diga que já tentou comer neve.
[Silêncio constrangedor. Hello olhou para o outro lado. O pinguim repetiu a pergunta.]
P-san: Hello!
Hello: Sim. Eu já tentei comer neve.
[Ninguém sabia dizer o que era sério, nessa conversa entre a ruiva e o pinguim de dois metros. Resolveram que mudaria de assunto no momento, atitude sábia.]
Hello: Dia bonito, não acha?
P-san: Lindo demais.
Hello: Sabia o que seria legal?
P-san: Não sei. Comer pão de queijo?
Hello: Sim! Eu aceitaria.
P-san: É uma pena que não tenho pão de queijo.
Hello: É uma pena mesmo.

Na cozinha da Casa Verde.
Sabrina: Barman, você acha que a vida vale a pena ser vivida, ou ela é uma questão de existência?
Barman: A vida vale a pena ser vivida, sim. Não é só a questão de existir.
Sabrina: Então me diga qual o sentido de estar já fazendo pão de queijo. São Dez horas da manhã!
Barman: Eu sinto uma emergência.
Sabrina: Pão de queijo não é uma emergência.
Barman: Não deixe a Hello escutar isso.
Sabrina: Tenho certeza que ela não prestaria atenção no que estou dizendo. E além do mais, eu até gosto de pão de queijo. Mas a essa hora?
Barman: Se não vai querer comer, tudo bem pra mim.
Sabrina: *pensa um pouco* Está bem cheiroso.
Barman: Exato. Realmente não vai querer?
Sabrina: *pensando* Está bem. Você fez o suficiente pra Hello e os outros?
Barman: Lógico!

Happy Green Things

Tem dias que estamos com vontade de escrever, mas na maioria dos dias, não! A vida também acontece no meio do caminho, que título com grande profundidade.

Locutor-sama: O escritório da senhorita Moon continuava vazio. Até dá saudade da autora reclamando. Será que ela irá voltar aqui, algum dia?
Cola-sama: É lógico que vai. Ela não pode apenas conversar com as vozes na cabeça dela.
Locutor-sama: Cola-sama, está sendo rude.
Cola-sama: Ao menos estou sendo honesta. Não há nada de errado com honestidade!
Locutor-sama: Pra mim, você está tão chateada com a ausência da autora, quanto eu estou.
Cola-sama: Ora! Mas é lógico que não. Lalali!
[Lalali estava passando pelo corredor na frente do escritório da autora.]
Lalali: Alô! O que houve?
Cola-sama: O narrador aqui, disse que estou chateada com a ausência da autora.
Lalali: Todos nós estamos. Eu também estou! Ela nem vim a decoração novo que nós fizemos por aqui. Até a porta é novinha em folha!
Cola-sama: Eu não estou chateada com a ausência da Moon. Francamente! Estão ignorando tudo que eu digo?
Lalali: Considerando o fato que você passa a maior parte do tempo reclamando, ignorar é uma forma de educação.
Cola-sama: Pensando por esse lado…
Lalali: Eu sabia que bons argumentos te convenceriam! Locutor-sama?
Cola-sama: Ah pronto, o narrador vai ficar distraído olhando na janela, agora.
Locutor-sama: Não estou distraído. Estou vendo uma cena fenomenal!
Lalali: Fenomenal é ter dinheiro do banco!
Cola-sama: Eu concordo.
Locutor-sama: Quanto materialismo! E quanto à senhorita Moon?
Lalali: Eu sei lá. Ela volta né? Ela sempre volta.
Locutor-sama: A Senhorita Moon bem que poderia aparecer ali, na entrada do jardim nesse exato instante.
Lalali: Caramba! Ele está chateadíssimo.
Cola-sama: Lógico! Se a Moon não aparece, não tem salário pra ele.
Lalali: Mas não tem salário pra nenhum de nós, na verdade.
Cola-sama: Diga isso pra ele. Narrador egocêntrico é dose.
Lalali: Sendo ele onipresente, isso mexe com a cabeça de qualquer um.
Cola-sama: Até pode ser, mas se a pessoa já tem tendência a ser arrogante…
Lalali: Eu deveria tentar a narração um dia desses.
[O Locutor e a Cola-sama olham surpresos para Lalali]
Lalali: Que foi?
Cola-sama: Pronto. Você conseguiu assustá-lo.
Lalali: Nossa! Foi só um comentário.
Locutor-sama: A narração não é uma brincadeira. Acha que cumpriria essa função com a dignidade que ela merece?
Lalali: Ora! É lógico que sim.
Cola-sama: Dignidade… Essa é boa.
Locutor-sama: É um fato, é preciso ter dignidade pra ser uma pessoa apta a participar do curso dos acontecimentos, dentro de uma história.
Lalali: Dignidade tem que ter em qualquer trabalho.
Locutor-sama: Isso é verdade. Mas conseguiria tolerar a onipresença, onisciência e toda a responsabilidade sob suas costas??
Cola-sama: Você está exagerando agora.

[Enquanto os três conversavam, a autora abria a portinha do jardim, andando em direção da entrada do Estúdio]

Pixie Tales

As fadas são diferentes, mas insistem em dizer que elas são iguais. Como a fada popular, a “Cintilante”. Ela não se chama assim? Tem alguma coisa a ver com sinos? Eu sei, eu sei. Mas a Matilde não quer que eu escreva o nome no título.

[Matilde está em uma doceria, esperando pela sua irmã Martha. Ela comprou bombas de chocolate, e comia enquanto esperava. Não estava muito cheio, mas a atmosfera do lugar estava animada. Estava sentada sozinha, em uma cadeira com mesa do lado de dentro.]
Matilde: *Pensando* Fazia séculos que não vinha nessa doceria! Eles continuam com técnicas ótimas, para customizar o doce, e ainda por cima ficar gostoso.
[A fada está se esforçando ao máximo para manter o bom humor, porque não queria estregar o dia que iria passar um tempo com a irmã, em um lugar tão feliz quando essa doceria]
Martha: Cheguei, Matilde! Desculpe por te fazer esperar.
Matilde: Não, tudo bem.
Martha: Fazia tempo que não te via comendo bomba de chocolate. *senta na cadeira em frente da Matilde*
Matilde: Sim, desde que eu era criança. A idade chega, e a gente fica assim, nostálgica!
Martha: Matilde! Primeiro, eu sou mais velha que você. Segundo, você já comeu bomba de chocolate quando adulta.
Matilde: Ora, Martha! É óbvio que sim. Mas o que quero dizer é, não é a experiência única de quando se é criança. Que tudo ainda é novidade.
Martha: Entendi, minha cara irmã. Mas sabe, a vida é sempre nova de experiências. Mesmo que as coisas pareçam as mesmas, sempre há um brilho diferente pra se enxergar.
Matilde: Ah! *vira os olhos* A bela filosofia das fadas.
Martha: Eu acho bonito. Não fique assim! Bom. *dá de ombros* Se você ficasse de bom humor, o tempo todo da visita, eu ficaria estranhando, achando que vim para o lugar errado, e ainda por cima com a pessoa errada.
Matilde: É que eu ando preocupada com a Moon.
Martha: Ah, eu ouvi os personagens comentando sobre a autora.
Matilde: O que acha que posso fazer?
Martha: Fazê-la escrever. Mas não queira achar que magia de fada, funciona em gente teimosa.
Matilde: Ainda bem que nisso, nós duas concordamos.
Martha: Eu já tentei usar em você…
Matilde: Eu sabia!
Martha: Mas a energia da teimosia, canalizada pra alguma coisa útil, pode ser proveitosa para a criatividade.
Matilde: Ah, isso eu sei. É um consolo, de certa forma. Como estão suas férias?
Martha: Chatíssimas. Eu estou fazendo uma terapia, por causa do meu vício de trabalho.
Matilde: Ah! Então você finalmente me ouviu.
Martha: Bom, uma hora não ia dar mais pra fugir dessa realidade.
Matilde: Bela filosofia de fada.
Martha: É sarcasmo, dessa vez?
Matilde: Não!
Martha: Bom, eu vou pedir bombas de chocolate. Você recomenda?
Matilde: Sim!
Martha: Ótimo. E que bom que já pudermos conversar um bocado.
Matilde: Concordo.

Kekekê/Matilde, Pixie Tales

Não adianta arrumar desculpas, a escrita sempre volta. Escrever qualquer coisa. Pode ser até a lista de pão pra comprar.

No apartamento da Matilde.
Matilde: Você ouviu isso, Kekekê? *olhando a janela, do lado da rua*
Kekekê: Ouvi sim, Matilde. Estão batendo na porta. *levanta da poltrona em que estava sentado*
Matilde: Espere, onde você vai?
Kekekê: Atender a porta, ué.
Matilde: Se for a minha encomenda, você me avise por favor.
Kekekê: Lógico!
[Kekekê anda até a porta, e quando vai atender descobre a encomenda da Matilde]
Kekekê: AHÁ! A encomenda da Matilde. O que será que é…
[Kekekê leva pra dentro do apartamento a caixa, após fechar a porta.]
Kekekê: Matilde! Chegou sua encomenda.
Matilde: Que bom que chegou. Estava impaciente por isso aqui!
[Kekekê coloca em cima da mesa, Matilde pega sua varinha mágica e usa para abrir a caixa]
Kekekê: Isso aqui é…
Matilde: São plantas, pra o tratamento de pele. Kekekê, tu andou falando que andou estressado, então comprei a mais pra você usar também.
Kekekê: Obrigado Matilde, mas tem certeza?
Matilde: Lógico! Que pergunta!
Kekekê: Mas na sua encomenda tem abóbora.
Matilde: Não é só pra usar abóbora, Kekekê.
Kekekê: Tem certeza?
Matilde: Kekekê, eu não sou a fada madrinha da Cinderella.
Kekekê: Tem certeza? A Tuta sempre diz que ela é uma bruxa, a fada madrinha da Cinderella>
Matilde: A Tuta sempre diz muita coisa.
Kekekê: De fato. Tudo bem, eu aceito o tratamento de pele. Quem sou eu pra questionar?
Matilde: O Kekekê.
Kekekê: Eu sei, muito obrigado por me lembrar.
[Matilde dita os ingredientes para o Kekekê, até que a poção está pronto pra eles usarem.]
Kekekê: Caramba! O cheiro é muito bom, e não foi difícil pra fazer.
Matilde: Você dificilmente tem dificuldade pra cozinhar.
Kekekê: Ora, Matilde, ninguém é perfeito. Sempre tem algo que a gente ainda não sabe fazer, mesmo em uma área que estamos acostumados.
Matilde: Ah, tá bom. Vamos usar agora.
Kekekê: Agora??
Matilde: Lógico. Isso não é pra beber, nem pense em colocar junto das outras poções que fiz!
Kekekê: Tá bom, você quem manda. Eu não vou questionar!
Matilde: Fique a vontade pra questionar, Kekekê.
Kekekê: Tudo bem, Matilde.
[Kekekê e Matilde usam a poção pra pele.]
Kekekê: Caramba! Será esse o segredo pra paz e tranquildade?
Matilde: Não sei, mas minha pele está brilhando!
Kekekê: Mas uma fada já brilha normalmente.
Matilde: Você e seu senso de humor adorável.
Kekekê: E você, seu mal humor adorável.
[Os dois dão risada.]
Kekekê: Bom, eu que andei de mal humor.
Matilde: Eu sei. Quem anda de mal humor aqui sou eu!
Kekekê: Tudo bem. Não vou estragar sua marca registrada.
Matilde: Em um mundo ideal, era melhor nós dois ficarmos bem humorados.
Kekekê: Isso só com pão de queijo.
Matilde: Concordo.

Happy Green Things

As pessoas pensam em muitas coisas, mas as coisas não pensam nelas. Ainda bem, seria pensamentos demais para ter que registrar!

A história é continuação de ontem, do dia 24/05/2021.

Hércules: Aqui estamos nós! Essa é a sala dos portais dimensionais. Tomem cuidado para não entrar em qualquer um deles, muitos não foram explorados e nem catalogados.
[Rika e Hello olham em volta, para os portais, cada um em um andar. Sim, a sala é maior por dentro.]
Rika: É muito portal!
Hello: Não é mais fácil nos irmos de novo pela janela?
Hércules: Não, porque a janela deve ser fechada em breve. Lalali e Cola-sama estão redecorando a parte exterior do Estúdio.
Rika: Isso tem alguma coisa a ver com o fato da autora estar fora?
Hércules: Sim. Se nós três não cuidássemos do estúdio enquanto ela está fora, aqui provavelmente ficaria em ruínas.
Rika: Ruínas!!
[Hello está pensativa e apenas prestando atenção na conversa.]
Rika: Isso tem a ver com as ideias da autora?
Hércules: Sim. As ideias dela estiverem… um tanto difíceis para lidar.
Rika: Minha nossa! Tem algo que podemos fazer?
Hércules: Não, porque é algo abstrato. Não dá para lutar com algo tão subjetivo assim.
Hello: E quanto aos portais?
Hércules: Ah! Os portais abrem espaço para monstros, de vez em quando. Por isso é perigoso entrar aqui, sem o treinamento necessário.
Rika: São vocês três que cuidam daqui?
Hércules: Sim. Eu, Hércules, Lalali e Cola-sama.
Rika: Até a Cola-sama??
Hércules: Até mesmo a Cola-sama.
[Rika fica sem palavras para a resposta de Hércules.]
Hello: *faz uma poste pensativa* Se aqui no estúdio fica sem uma porta, por onde é que você entrou?
Hércules: *abaixa a cabeça* Pela janela.
Hello: AHÁ! Somos todos igualmente suspeitos!
Rika: Deixa disso, Hello. Sinto muito por isso, Hércules. Qual é o portal pra nossa dimensão?
Hércules: *tira o celular do bolso da camisa, para checar* É aquele ali. *aponta para o portal que tem uma placa de planta*
Rika: Obrigada! Que planta é essa?
Hércules: Não faço a menor ideia.
Hello: Também, com um rabisco desses…
[As duas entram no portal indicado.]
Hércules: Ufa. É melhor eu ir embora também, dessa vez, pelo portal. Chega de janelas por hoje!
[Ele entra por outro portal, e vai embora.]

Happy Green Things

É sempre bom lembrar que ETC significa “Entre Outras Coisas”, mas a pergunta é, que coisas são essas? Muitas perguntas sem respostas, talvez nós nunca iremos saber!

No escritório da autora, no estúdio Happy Green Things.
[A janela estava aberta. E, pelo fato de estar localizado em um andar térreo, não era difícil de entrar ali. Pessoas normais não entram por janelas, e sim portas, mas acredito que todos saibam disso. Hello entrou pela janela. Óbvio. As regras não se aplicam a ela.]
Hello: Ah! O famoso escritório da autora. Agora, onde está a digníssima, que não aparece faz MESES?
[Hello olha por todos os cantos do escritório, até mesmo embaixo da mesa.]
Hello: Caramba! Eu não a encontro aqui. Será que ela está… *vira a cabeça pra cima* Não, é lógico que ela não está no teto. Que ideia absurda!
[Alguém bate na porta do escritório. Hello vai abrir a porta.]
Hello: Sim?
Rika: Ué, o que faz por aqui?
Hello: Estou procurando a autora.
Rika: Eu também.
Hello: Nossa, mas que coincidência!
Rika: Até fiz algo incomum, de minha parte, entrei pela janela.
Hello: Nossa! Eu também fiz a mesma coisa.
Rika: É mesmo? Eu entrei pela janela, porque não encontrei a porta da frente.
Hello: Caramba. Como é que uma porta da frente pode ter sumido???
Rika: Você nem checou a porta. Nem passou pela sua cabeça, entrar por ali!
Hello: De fato. Por favor, não leia minha mente.
Rika: Não faço questão de ler mentes de ninguém, muitíssimo obrigada.
Hello: Ah. Eu também não faço.
Rika: Caramba, que algo ajuizado de sua parte.
Hello: Você anda muito sarcástica.
Rika: Eu? Não, estou só preocupada com a autora.
Hello: Eu também. Mas sem ser sarcástica.
Rika: Céus, Hello. Será que podemos parar com isso?
Hello: Está bem, peço desculpas. Foco! Temos que encontrar a Moon.
Rika: Eu já procurei por todos os lugares! Poupe seu tempo, ela não está aqui no Estúdio.
Hello: Está bem. Vou acreditar na sua palavra.
Rika: E poupar tempo!
Hello: Você ouviu isso?
Rika: O quê?
Hello: São passos!
Rika: *começa a prestar atenção* São mesmo. Mas deve ser apenas um dos membros da equipe da Moon, não é nada de extraordinário.
Hello: Mas as luzes estão todas apagadas. Não tem porta da frente. Não acha que tem alguma coisa errada?
Rika: *dá de ombros* Coisas estranhas acontecem nas histórias.
Hello: Coisa estranha é entrar pela janela!
Rika: VOCÊ também entrou por uma janela!
Hello: De fato. Mas eu estava com pressa.
Rika: Os passos estão vindo na nossa direção.
[As duas pararam de conversar, para olhar quem estaria vindo até elas.]
Hércules: Ué? O que vocês fazem aqui?
Rika: Nós…
Hello: Estávamos procurando o banheiro!
Rika: Que desculpa absurdamente ridícula! Estamos procurando a autora.
Hércules: Ela não está. Por onde vocês entraram?
Hello: Tinha uma janela aberta.
Hércules: *pensa um pouco* É melhor vocês saírem daqui.
Hello: Mas e a autora?
Hércules: A autora não está. O Estúdio fica perigoso quando ela não está por aqui.
Rika: Perigoso… Como?
Hércules: A porta da frente some, por exemplo. Vamos, eu mostro a saída pra vocês.
Rika: Mas você disse que não tem porta da frente.
Hércules: Tem portal dimensional. Só não tem porta da frente.
Hello: Explicação razoável.
Hércules: E por favor, não entrem pela janela. Não quero ter que expulsar vocês daqui novamente. Quando a autora voltar, podem ser melhor recebidas.
Rika: Tá bom, tá bom!
Hércules: Sigam-me.

Green House Stories

Não há muito o que fazer, quando o destino já está traçado. O que foi? Estou me referindo aos jogos de Visual Novel, as histórias já vem prontas!

Locutor-sama: Na cozinha da Casa Verde, o Barman está preparando uma vitamina. Está fazendo bebidas variadas, como uma forma de inovar no seu local de trabalho. E eu, estou aqui, apenas lavando a louça porque um narrador não pode ficar parado. Ele tem que ser narrador personagem. E também, vocês não querem saber como o Barman fica, quando está bravo.
Barman: Terminou de lavar a louça?
Locutor-sama: Lógico que não, ainda falta um montão de coisas.
Barman: Não há tempo pra reclamações. Exceto se você estiver disposto a narrar e lavar a louça ao mesmo tempo.
Locutor-sama: Achei que tinha dito que não estava bravo.
Barman: Não estou bravo, só estou querendo ficar concentrado, e suas reclamações são difíceis de ignorar.
Locutor-sama: Ah. É que eu sou um cara chato.
Barman: Ainda bem que estamos sendo sinceros, hoje.
Locutor-sama: Barman, você não acha melhor…
Barman: O quê?
Locutor-sama: Ir comer alguma coisa.
Barman: *pensa um pouco* É verdade. Comi pouca coisa no café. Talvez seja melhor eu comer.
[Barman coloca um café da manhã pra ele, enquanto Locutor respira aliviado, e continua lavando a louça]
Fábio: VOCÊS TEM QUE ME AJUDAR! A RENÉE ACHOU QUE EU SOU UM FALSO!
Barman: [continua comendo]
Locutor-sama: Nossa.
Fábio: É só isso que vocês fazem? É um problema sério!!
Locutor-sama: Eu acredito em você.
Barman: A Renée não é aquele jogo simulador de namoro, que você está jogando?
Fábio: Como é que você sabe?
Barman: É que eu comprei e ainda não joguei.
Fábio: Você tem namorada, não precisa dessas coisas.
Barman: E você acha que perdi meu gosto por jogar Visual Novel? Está enganado, meu amigo. Qual é o problema com a Renée?
Fábio: Ela falou que faço tudo pra agradá-la, e nunca reclamo de fazer nada.
Barman: Caramba. Então fala uma grosseria, que o cabelo dela está feio, sei lá.
Fábio: Caramba, Barman. Que jogo você acha que estou jogando?
Barman: Simulador de namoro?
Fábio: Sinto que você não quer me ajudar com esse jogo.
Barman: Bom, considerando que você olha pro guia de respostas…
Fábio: Aaaah! Então é isso!
Locutor-sama: E você veio aqui, bem quando ele está comendo.
Barman: Obrigado.
Fábio: *olha pra mesa, dá uns passos pra trás* Ah! Foi mal, Barman. Realmente não tinha reparado que você estava comendo.
Barman: E tem outra coisa.
Fábio: Que coisa?
Barman: A Hello já fechou esse jogo.
Fábio: Sério?
Barman: E ela me contou TODOS os spoilers.
Fábio: Oh.
Barman: O jogo é triste pra caramba.
Fábio: Putz. Tá bom. Eu aguento o tranco! Vou sair de fininho, pra você terminar de comer.
Locutor-sama: Não vai me ajudar a lavar a louça?
Fábio: Não. Você está indo bem, está quase terminando.
Locutor-sama: *olha pros itens de cozinha, quase nada está sujo* Minha vida nunca é fácil.
[Fábio sai da cozinha. Barman termina de tomar café, e coloca a louça para o narrador lavar.]
Locutor-sama: Achei que ia dar spoiler pra ele.
Barman: Lógico que não. Eu sou um cara legal.
Locutor-sama: A Hello não foi nada legal, te dando spoiler.
Barman: O problema não é spoiler. O problema que ela foi jogar, e nem me convidou pra assistir.
Locutor-sama: E qual foi a razão dela ter ido jogar?
Barman: Ela falou que cada rota desbloqueava no outro jogo, da mesma desenvolvedora, umas roupas pra personagem dela, na versão do jogo em que as garotas jogam.
Locutor-sama: Ah!
Barman: E ela disse que não gostou nadinha da rota da Renée. Falou que faltaram piadas.
Locutor-sama: Mas o jogo não é super triste?
Barman: É a única rota que não teve nenhuma graça pra ela.
Locutor-sama: Faz sentido agora.

Raccoon Tales

Você deve acreditar, acreditar que tudo muda, inclusive a receita do seu prato favorito.

[A Mansão da Guaxinim Milionária, onde mora a própria Tuta-sama, está em reforma. A parte exterior da frente está em reparos, porque um dia desses, a dona da casa acordou e resolveu que queria ter mais um de seus momentos, onde outro capricho seu deve ser atendido. Ela está em seu escritório, em sua confortável poltrona verde escura.]
Tuta-sama: Eu sinto que em algum lugar, a Moon está escrevendo. Minhas preces foram atendidas! Ótimo, tudo de acordo com o meu plano. Beta!
Beta: Sim, Tuta-sama?
Tuta-sama: Prepare a bebida. Vamos comemorar!
Beta: Correção, a senhora não pode beber. Hoje é sábado, e passou a semana inteira orientando os personagens com seus problemas pessoais, então está com serviço acumulado.
Tuta-sama: EXATAMENTE, BETA. EU PRECISO BEBER.
Beta: E a parte do serviço acumulado?
Tuta-sama: Droga, você é o grilo do Pinóquio? Está bem. Eu não vou beber. Mas me traga um suco, pelo menos.
Beta: Está certo. Trarei seu suco. Um momento.

[A Beta sai da sala. Tuta-sama olha para os lados, levanta do seu lugar, abre o seu armário que fica perto da mesa e volta para sentar na poltrona. No seu compartimento secreto, as bebidas tinham sumido. Teria que se contentar com a água, que estava dentro da mini-geladeira que ficava dentro do armário. Não me pergunte como isso funciona.]
Tuta-sama: Droga. Esse esconderijo é muito óbvio, por isso ela descobriu. Mas que droga!
[A guaxinim coloca a cara na mesa, de frustração]
Tuta-sama: O que mais falta acontecer?
[Uma mulher alta e ruiva, aparece na sua frente.]
Tuta-sama: AAAAAH!
Hello: Ô Tuta, tu sabe onde está a autora?
Tuta-sama: Primeiro, por onde você entrou? Pela janela?
Hello: Claro que não, bobinha. Entrei pelo heliporto. A Beta até me deu bom dia!
Tuta-sama: Eu não posso beber, mas posso aturar a Hello me enchendo a paciência.
Hello: *distraída* Você disse alguma coisa?
Tuta-sama: Nada. E você queria saber o quê?
Hello: Onde está a autora?
Tuta-sama: A autora? A Moon está por aí. Não esquenta a cabeça, ela sempre volta.
Hello: Tá bom. E o Locutor?
Tuta-sama: Ai meu deus, é hoje. Misericórdia. O que tem ele?
Hello: Porquê ele é tão difícil de entender?
Tuta-sama: O motivo disso é um mistério. Tento entender até hoje. Quer saber da autora? Eu ligo pra ela. *toca o número no celular*
Hello: Não acredito que você prefere isso, que entender o Locutor. Mas tudo bem! Eu faria o mesmo!
Tuta-sama: Alô?
Moon: [do outro lado do telefone] Tuta, sua maravilhosa. O que faz me ligando?
Tuta-sama: Os teus personagens tão te procurando.
Moon: Ah!
Tuta-sama: Tão te procurando mesmo. Vai voltar?
Moon: *pensando* Não sei… Acho que não escrevo tão bem como antes.
Tuta-sama: AH VÁ!
Moon: Mas, mas…
Tuta-sama: Nossa. Falei igual a Matilde agora.
Moon: Falou mesmo.
Tuta-sama: Volta a escrever, ô perua. Volta de uma vez, porque eu não quero personagem vindo aqui me fazendo perguntas complicadas. Já basta eu estar trabalhando NO SÁBADO. SÁBADO. ENTENDE COMO ME SINTO? EU NEM BEBI NADA, NA SEXTA-FEIRA.
Moon: Ué, você não bebeu água?
Tuta-sama: Que engraçadinha.
Moon: Está bem, então. Vou pensar em voltar a escrever.
Tuta-sama: Vai pensar… Sei. *desliga o telefone*
Hello: Nossa. Você nem deu tchau, Tuta? Que grosseria!
Tuta-sama: Vou ter que apelar pra fada Matilde. Ela tem mais presença que eu.
Hello: Concordo.
Tuta-sama: Vou fingir que não escutei. Eu tenho muito serviço pra fazer, vá embora.
Hello: Beleza.
[Hello sai do escritório. Beta entra com o suco de limão.]
Beta: Ah! Lá se vai a Hello.
Tuta-sama: Foi embora tão fácil. Nem tô acreditando nisso!
Beta: Trouxe seu suco.
Tuta-sama: Muitíssimo obrigada.

Green House Stories

Estamos de volta com a nossa programação normal, ou estamos de volta de forma surpreendente! A forma surpreendente é a autora querer escrever, vir aqui e postar, é claro. Do que acharam que estava falando?

Locutor-sama: É um novo dia na Casa Verde! A Senhorita Hello entrou na sala de estar com ênfase em sua presença, porque é um tanto difícil não notar quando uma pessoa abre as portas com tudo, dentro de um lugar.
Hello: *olha para os lados* Locutor!
Locutor-sama: Senhorita Hello.
[Os dois trocam olhares. Ambos muito sérios.]
Hello: O que achou do meu broche do Bob Esponja?
Locutor-sama: Muito interessante.
Hello: Nossa! Está bem, né. Não vou esperar um comentário muito pertinente.
Locutor-sama: Mas o Bob Esponja está lendo um livro. Não era para ser um acessório interessante?
Hello: *pensa um pouco* Tanto faz. *dá de ombros*
Locutor-sama: Está bem, mais alguma coisa?
Hello: Oh, sim. Estou em busca de alguém.
Locutor-sama: Entendo. E quem está procurando?
Hello: A autora. Não a encontrei quando fui no escritório dela.
Locutor-sama: Ah. A autora deve estar dando um tempo na escrita.
Hello: Poxa vida. Espero que ela volte logo.
Locutor-sama: Eu também espero.
Hello: Sabe quando ela pode voltar?
Locutor-sama: A Senhorita Moon é como a maré. Ela vai e volta, e de vez em quando torma forma humana.
Hello: Poético.
Locutor-sama: Era para ser engraçado, não poético. E lembrando, que a própria deve ter me feito escrever isso! Mesmo não estando aparecendo por aqui, no mesmo momento em que estamos vivendo.
Hello: *fica em silêncio, dá de ombros* Você é tão difícil de entender, narrador. Vou reclamar com a Tuta!
Locutor-sama: O fato que sou difícil de entender, ou a ausência da senhorita Moon?
Hello: O que ela puder resolver primeiro, obviamente.
Locutor-sama: Faça como quiser.

[Hello sai da sala de estar da Casa Verde. O narrador fica sozinho e em silêncio, algo que apenas faz quando está sozinho.]
Locutor-sama: *pensando* Será que devo narrar o fato que estou sentado no sofá, em silêncio, pensando?
Rika: LOCUTOR!
Locutor-sama: *pula do sofá, de susto* Rika!
Rika: Tô na procura da Moon. Você viu a autora?
Locutor-sama: Não vi. Porque vocês presumem que eu estou sempre sabendo do paradeiro dela?
Rika: Você é o narrador. Tem que saber onde ela está.
Locutor-sama: Não sei. Ela deve estar em meio a uma época difícil de saúde mental, por isso não tem escrito.
Rika: Ah. Espero que ela volte logo!
Locutor-sama: Ela volta. Ela sempre volta.
Rika: Tão positivo da sua parte.
Locutor-sama: Checou no escritório dela?
Rika: Chequei. Entrei pela janela até! Porém…
Locutor-sama: Porém…?
Rika: Porém, a Hello teve a mesma ideia, e nós duas fomos expulsas pelo moço alto que trabalha lá.
Locutor-sama: Moço alto…? *pensa um pouco* Ah! O Hércules. Bom, eu também expulsaria duas doidas que entraram no estúdio pela janela.
Rika: Ora! Foi por uma boa causa.
Locutor-sama: Estranho dizer “moço alto” sendo que nenhum homem baixo trabalha lá.
Rika: É verdade! A equipe da autora só tem gente alta. *olha pra os lados, fala mais baixo* Será que ela tem algo contra personagens baixinhos?
Locutor-sama: Eu tenho certeza que a autora não pensou em ter uma equipe variada em questões de altura, Rika. Fique tranquila.
Rika: Tá bom, então.

[Rika sai da sala. Locutor fica sozinho outra vez.]
Locutor-sama: *pensando* É. Nada de muito interessante acontece, enquanto a autora não vem.

Green House Stories, Ruiva & Mafioso

Eu trabalhava com afinco para conseguir… um pastel de queijo. Mas serve um pastel de vento.

Locutor-sama: Barman está preocupado, ele não encontrou a senhorita Hello em lugar nenhum da Casa Verde. Mas ele não pensou em um lugar, e estou aguardando o momento em que a ideia cairá na cabeça dele.
Barman: É mais fácil você me falar onde ela está.
Locutor-sama: Eu?
Barman: Sim. Você não acha rude, esperar que uma ideia caia na cabeça do seu próprio primo? Não faça suspense, por favor.
Locutor-sama: Está bem. Vou deixar de lado meus princípios narrativos e falarei. Diretamente. A informação!
Barman: Estou escutando.
Locutor-sama: No porão.
Barman: No porão…?

No porão da Casa Verde.
Barman: Hello!
Locutor-sama: O porão está com a luz desligada. Mas é possível ver a luz acesa de um monitor de computador.
Barman: Hello! HELLO!
[Uma voz é ouvida ao fundo]
Hello: QUIÉ?
Barman: Você está sumida o dia inteiro!
Hello: Estou fazendo coisas importantes!
Locutor-sama: Nós começamos a explorar o porão, e encontramos a senhorita Hello na frente de um computador. Sentada em uma cadeira gamer, acho importante constar.
Hello: Quié?
Barman: Hello, acho que você está precisando sair para respirar um ar.
Hello: Eu estou vendo uma teoria muito importante, muito relevante para o meu conhecimento, e não tenho tempo para bobagens.
Locutor-sama: A coisa é séria. A senhorita Hello está até de óculos…
Hello: Exato! A coisa é seríssima!
Barman: Hello. Eu acabei de olhar o seu monitor. Você está assistindo teorias de Bob Esponja. VOCÊ NEM ASSISTE ISO!
Hello: Não interessa! Eu preciso dessas informações.
Barman: Não, você não precisa. E conhecendo você, está aqui há horas.
Hello: Pode até ser.
Barman: Hello…
Hello: A Barman, francamente! Me deixa viver.
Barman: Hello, ver teorias de Bob Esponja em um porão escuro, isso não é viver.
[Locutor acende a luz]
Hello: MEUS OLHOS! *tapa os olhos*
Barman: Precisava disso? (para o Locutor)
Locutor-sama: Me parecia um momento apropriado.
Barman: Hello…
Hello: Então diga para mim, Barman! O que é viver?
Locutor-sama: Tentar se acostumar aos pouquinhos com a claridade.
Hello: Não perguntei para você, narrador!
Barman: Viver é aproveitar a vida, viver é…
Locutor-sama: Senhorita Hello, o Barman só estava preocupado na sua longa ausência. E ele não acha saudável ficar presa em um porão escuro, assistindo teorias malucas quando você poderia aproveitar a vida.
Barman: Comendo pastel!
Hello: Você fez PASTEL?
Barman: Sim! Fiz tanto pastel, que eu poderia abrir uma pastelaria!
Hello: Ótimo! EU ADORARIA UMA PASTELARIA.
Locutor-sama: Os dois foram embora do porão, me deixando sozinho. Isso foi um final feliz, eu acho.