Raccoon Tales

Você deve acreditar, acreditar que tudo muda, inclusive a receita do seu prato favorito.

[A Mansão da Guaxinim Milionária, onde mora a própria Tuta-sama, está em reforma. A parte exterior da frente está em reparos, porque um dia desses, a dona da casa acordou e resolveu que queria ter mais um de seus momentos, onde outro capricho seu deve ser atendido. Ela está em seu escritório, em sua confortável poltrona verde escura.]
Tuta-sama: Eu sinto que em algum lugar, a Moon está escrevendo. Minhas preces foram atendidas! Ótimo, tudo de acordo com o meu plano. Beta!
Beta: Sim, Tuta-sama?
Tuta-sama: Prepare a bebida. Vamos comemorar!
Beta: Correção, a senhora não pode beber. Hoje é sábado, e passou a semana inteira orientando os personagens com seus problemas pessoais, então está com serviço acumulado.
Tuta-sama: EXATAMENTE, BETA. EU PRECISO BEBER.
Beta: E a parte do serviço acumulado?
Tuta-sama: Droga, você é o grilo do Pinóquio? Está bem. Eu não vou beber. Mas me traga um suco, pelo menos.
Beta: Está certo. Trarei seu suco. Um momento.

[A Beta sai da sala. Tuta-sama olha para os lados, levanta do seu lugar, abre o seu armário que fica perto da mesa e volta para sentar na poltrona. No seu compartimento secreto, as bebidas tinham sumido. Teria que se contentar com a água, que estava dentro da mini-geladeira que ficava dentro do armário. Não me pergunte como isso funciona.]
Tuta-sama: Droga. Esse esconderijo é muito óbvio, por isso ela descobriu. Mas que droga!
[A guaxinim coloca a cara na mesa, de frustração]
Tuta-sama: O que mais falta acontecer?
[Uma mulher alta e ruiva, aparece na sua frente.]
Tuta-sama: AAAAAH!
Hello: Ô Tuta, tu sabe onde está a autora?
Tuta-sama: Primeiro, por onde você entrou? Pela janela?
Hello: Claro que não, bobinha. Entrei pelo heliporto. A Beta até me deu bom dia!
Tuta-sama: Eu não posso beber, mas posso aturar a Hello me enchendo a paciência.
Hello: *distraída* Você disse alguma coisa?
Tuta-sama: Nada. E você queria saber o quê?
Hello: Onde está a autora?
Tuta-sama: A autora? A Moon está por aí. Não esquenta a cabeça, ela sempre volta.
Hello: Tá bom. E o Locutor?
Tuta-sama: Ai meu deus, é hoje. Misericórdia. O que tem ele?
Hello: Porquê ele é tão difícil de entender?
Tuta-sama: O motivo disso é um mistério. Tento entender até hoje. Quer saber da autora? Eu ligo pra ela. *toca o número no celular*
Hello: Não acredito que você prefere isso, que entender o Locutor. Mas tudo bem! Eu faria o mesmo!
Tuta-sama: Alô?
Moon: [do outro lado do telefone] Tuta, sua maravilhosa. O que faz me ligando?
Tuta-sama: Os teus personagens tão te procurando.
Moon: Ah!
Tuta-sama: Tão te procurando mesmo. Vai voltar?
Moon: *pensando* Não sei… Acho que não escrevo tão bem como antes.
Tuta-sama: AH VÁ!
Moon: Mas, mas…
Tuta-sama: Nossa. Falei igual a Matilde agora.
Moon: Falou mesmo.
Tuta-sama: Volta a escrever, ô perua. Volta de uma vez, porque eu não quero personagem vindo aqui me fazendo perguntas complicadas. Já basta eu estar trabalhando NO SÁBADO. SÁBADO. ENTENDE COMO ME SINTO? EU NEM BEBI NADA, NA SEXTA-FEIRA.
Moon: Ué, você não bebeu água?
Tuta-sama: Que engraçadinha.
Moon: Está bem, então. Vou pensar em voltar a escrever.
Tuta-sama: Vai pensar… Sei. *desliga o telefone*
Hello: Nossa. Você nem deu tchau, Tuta? Que grosseria!
Tuta-sama: Vou ter que apelar pra fada Matilde. Ela tem mais presença que eu.
Hello: Concordo.
Tuta-sama: Vou fingir que não escutei. Eu tenho muito serviço pra fazer, vá embora.
Hello: Beleza.
[Hello sai do escritório. Beta entra com o suco de limão.]
Beta: Ah! Lá se vai a Hello.
Tuta-sama: Foi embora tão fácil. Nem tô acreditando nisso!
Beta: Trouxe seu suco.
Tuta-sama: Muitíssimo obrigada.