Happy Green Things

Tem dias que estamos com vontade de escrever, mas na maioria dos dias, não! A vida também acontece no meio do caminho, que título com grande profundidade.

Locutor-sama: O escritório da senhorita Moon continuava vazio. Até dá saudade da autora reclamando. Será que ela irá voltar aqui, algum dia?
Cola-sama: É lógico que vai. Ela não pode apenas conversar com as vozes na cabeça dela.
Locutor-sama: Cola-sama, está sendo rude.
Cola-sama: Ao menos estou sendo honesta. Não há nada de errado com honestidade!
Locutor-sama: Pra mim, você está tão chateada com a ausência da autora, quanto eu estou.
Cola-sama: Ora! Mas é lógico que não. Lalali!
[Lalali estava passando pelo corredor na frente do escritório da autora.]
Lalali: Alô! O que houve?
Cola-sama: O narrador aqui, disse que estou chateada com a ausência da autora.
Lalali: Todos nós estamos. Eu também estou! Ela nem vim a decoração novo que nós fizemos por aqui. Até a porta é novinha em folha!
Cola-sama: Eu não estou chateada com a ausência da Moon. Francamente! Estão ignorando tudo que eu digo?
Lalali: Considerando o fato que você passa a maior parte do tempo reclamando, ignorar é uma forma de educação.
Cola-sama: Pensando por esse lado…
Lalali: Eu sabia que bons argumentos te convenceriam! Locutor-sama?
Cola-sama: Ah pronto, o narrador vai ficar distraído olhando na janela, agora.
Locutor-sama: Não estou distraído. Estou vendo uma cena fenomenal!
Lalali: Fenomenal é ter dinheiro do banco!
Cola-sama: Eu concordo.
Locutor-sama: Quanto materialismo! E quanto à senhorita Moon?
Lalali: Eu sei lá. Ela volta né? Ela sempre volta.
Locutor-sama: A Senhorita Moon bem que poderia aparecer ali, na entrada do jardim nesse exato instante.
Lalali: Caramba! Ele está chateadíssimo.
Cola-sama: Lógico! Se a Moon não aparece, não tem salário pra ele.
Lalali: Mas não tem salário pra nenhum de nós, na verdade.
Cola-sama: Diga isso pra ele. Narrador egocêntrico é dose.
Lalali: Sendo ele onipresente, isso mexe com a cabeça de qualquer um.
Cola-sama: Até pode ser, mas se a pessoa já tem tendência a ser arrogante…
Lalali: Eu deveria tentar a narração um dia desses.
[O Locutor e a Cola-sama olham surpresos para Lalali]
Lalali: Que foi?
Cola-sama: Pronto. Você conseguiu assustá-lo.
Lalali: Nossa! Foi só um comentário.
Locutor-sama: A narração não é uma brincadeira. Acha que cumpriria essa função com a dignidade que ela merece?
Lalali: Ora! É lógico que sim.
Cola-sama: Dignidade… Essa é boa.
Locutor-sama: É um fato, é preciso ter dignidade pra ser uma pessoa apta a participar do curso dos acontecimentos, dentro de uma história.
Lalali: Dignidade tem que ter em qualquer trabalho.
Locutor-sama: Isso é verdade. Mas conseguiria tolerar a onipresença, onisciência e toda a responsabilidade sob suas costas??
Cola-sama: Você está exagerando agora.

[Enquanto os três conversavam, a autora abria a portinha do jardim, andando em direção da entrada do Estúdio]

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