[A Mansão de Wolf e sua família, onde tudo estava tranquilo e sem preocupações. Tuppence, a filha tigre estava brincando, aí teve uma ideia de pesquisar, em seu quarto algo que veio a sua mente. Os pais nem imaginavam o que ela estava fazendo…]
Tuppence: Skate de dedo. De onde vieram? Para onde vão? Os dedos realmente precisam de tanta ação e aventura?
[Tuppence andava em círculo, dentro de seu quarto, como se fazer esse caminho fosse resolver a questão.]
Tuppence: Será que devo pesquisar, ou é uma boa ideia para usar e eu começar a imaginar de onde realmente veio? Ah sim! Talvez eu comece a imaginar.
[Tuppence agora está sentada em uma das poltronas do quarto.]
Tuppence: Os skate de dedo, foram criados por uma civilização pequenina que precisava-se transportar, mas não queria fazer um meio de transporte entediante. *levanta a pata para cima, com uma posição épica, ainda sentada no sofá.*
[A personagem resolve ir pesquisar, porque percebe que está indo longe demais. Ela pega o celular para pesquisar a origem, e descobre que é um tanto decepcionante.]
Tuppence: Chaveiro. Chaveiro! Era só isso, uma ideia aleatória que alguém achou que seria divertido. É decepcionante. Mas mesmo assim, queria um skate de dedo para dar para um dos meus bonequinhos!
[Ela sai do quarto, e encontra Miss Cupcake.]
Miss Cupcake: Filha, que bom que está aqui. O que foi, está parecendo que quer alguma coisa.
Tuppence: Sim, mãezinha. A senhora pode me dar um skate de dedo?
Miss Cupcake: *surpresa* Mas é claro! Eu mesma tenho alguns. Eu adorava! Deve ter sobrado algum da época quando eu era criança. Claro, podia te dar algum mais novo, mas os novos não tenho certeza de onde estão. Já volto!
[Miss Cupcake entra em um dos quartos, para procurar o que disse para a filha. Ela demorou um pouco, mas finalmente saiu do quarto. Tuppence estava ficando impaciente, quase esquecendo do que estava esperando. Miss Cupcake voltou, quando ela menos esperava.]
Miss Cupcake: Encontrei! Estava no meio de outros skates menores, onde provavelmente envolveu seu pai diminuindo skates normais, por alguma razão. Mas esse estava em uma caixa, eu demorei porque estava contando quantos tinham. Eram 33.
Tuppence: Nossa! Quantos foram miniaturizados. Mas enfim! O seu skate de dedo é muito bonito, mamãe.
Miss Cupcake: Que bom que você gostou! Pode ficar, eu sei que você toma cuidado.
Tuppence: Legal mãe, muito obrigada! Os meu bonequinhos vão ficar felizes.
Miss Cupcake: *faz uma expressão confusa* Seus bonequinhos?
Tuppence: Sim! Eles é que vão andar neles, pois é o modo mais maneiro deles se locomoverem.
Miss Cupcake: Está bem. Se está se divertindo, isso que importa.
Uma música, uma dança, um improviso, um encontro para tomar chá.
Mansão do Wolf, na sala de estar.
Wolf: *praticando passos de dança na sala, com som ligado*
[Miss Cupcake vem do quarto,tinha tirado um cochilo]
Miss Cupcake: Wolf! WOLF!
Wolf: Alô querida, meu treino está indo muito bem, obrigado.
Miss Cupcake: Você sabe que eu não perguntei sobre isso, não é?
Wolf: Sim. Eu sei. A soneca não foi boa?
Miss Cupcake: Não é isso. O sonho que tive é que me incomoda.
[Wolf para de dançar e desliga a música.]
Miss Cupcake: Ah! Então você vai escutar o sonho, que pretendo contar.
Wolf: Mas é lógico, minha querida ursa. Diga. Estou pronto para escutar!
[Wolf senta no sofá e Miss Cupcake na poltrona.]
Miss Cupcake: O sonho foi o seguinte… Vi que estava no País das Maravilhas.
Wolf: Ainda bem que não é no País das ervilhas.
Miss Cupcake: Eu deveria imaginar, que você iria me interromper.
Wolf: Oh! Eu sinto muito. Quero dizer, era a Alice o seu papel, no sonho?
Miss Cupcake: Já chego lá. Era a mesa de chá, do Chapeleiro Maluco!
Wolf: Ah!
Miss Cupcake: Então, então aconteceu que além dos personagens usais da “festa” havia uma convidada que pareceu estranha na cena.
Wolf: E essa convidada seria..?
Miss Cupcake: A Mona Lisa.
Wolf: A do Leonardo da Vinci?
Miss Cupcake: Não conheço outra.
Wolf: Sei. Nem eu conheço, na verdade.
Miss Cupcake: Foi muito estranho. Ela era… Igual ao quadro. E não combinava com o resto do lugar! É de tirar o sono.
Wolf: Ainda bem que foi só uma soneca, então.
Miss Cupcake: E soneca não é sono?
Wolf: Não, minha querida. É descanso!
Miss Cupcake: Você e as suas lógicas estranhas…
Wolf: Não acho uma lógica estranha.
Miss Cupcake: Claro. Isso é a sua opinião.
Wolf: É bom ter opinião, sabe.
Miss Cupcake: A questão do sono e da soneca, é só sua opinião. Não é um fato concreto!
Wolf: Ainda bem que não é um fato concreto, a minha opinião.
Miss Cupcake: Ainda bem…?
Wolf: Se a minha opinião fosse feita de concreto, seria bem difícil de se carregar.
Miss Cupcake: Ah.
Wolf: Que “ah” mais desanimado! Minha frase foi boa. Não foi?
Miss Cupcake: Está bem, está bem. Foi uma ótima frase.
Wolf: Só eu insistir um pouco que eu te convenço.
Miss Cupcake: Nem sempre. Pra mim, soneca é sono!
Wolf: Eu estava querendo dizer outra coisa.
Miss Cupcake: Ah, e que coisa seria?
Wolf: Que eu convenço você, que sou inteligente.
Miss Cupcake: Claro que você é inteligente, Wolf. Casou comigo!
Wolf: *pensa um pouco* É. É verdade.
Um título para essa história, que tem um lobo verde e um cachorro chamado Léo… É tudo de acordo com o meu plano.
Primeira parte
Em uma cafeteria, na cidade dos Cinco Monumentos.
Wolf: Como assim, o narrador não veio? O que seu xará estava pensando? Minha nossa! Já passou duas semanas. O que vou dizer pro meu cliente…
Léo: *comendo um sanduíche muito bem feito* Pois é, chefe. Eu não sei o que você vai dizer, mas posso te garantir que não vi o Locutor em lugar algum, dessa cafeteria.
Wolf: Não posso me dar por vencido, assim! Eu sou o Wolf, o detetive. Irei interrogar o Senhor Pom Bo.
Léo: Boa sorte. Vou aproveitar o meu sanduíche…
Wolf: Senhor Pom Bo! Senhor Pom Bo!
Pom Bo: [o urso terminou de atender o cliente, no caixa e olhou para o lobo de cor verde] Wolf!
Wolf: Escute aqui, eu preciso tirar uma dúvida urgente com o senhor. Você viu o narrador, por aqui? Nessas últimas duas semanas?
Pom Bo: Aquele moço estranho, que é silencioso? Não vi. Nem sei porque se referem a ele como narrador. Aqui ao menos, fala muito pouco.
Wolf: Ou diz apenas o necessário!
Pom Bo: É. Talvez.
Wolf: Desde quando não aparece por aqui?
Pom Bo: *pensa um pouco, como se estivesse escolhendo que palavras usar* Ele não veio aqui mais, nos dias pares.
Wolf: Então ele veio nos outros dias!
Pom Bo: Bem, ele passou em frente da cafeteria, mas não entrou nos dias que costumava virr.
Wolf: Ahá!
Pom Bo: Ahá?
Wolf: Esquece. Só queria fazer uma dramaticidade. Para pensar… Igual ao alvo! O narrador.
Pom Bo: *confuso* Está bem. *pensando* Ele deve ter ficado doido, esse lobo.
Wolf: De qualquer forma, vou voltar para a minha mesa.
Pom Bo: Está bem.
Wolf: Léo! Léeeeeeo!
Léo: *lendo uma revista* Que foi?
Wolf: Vou contar as informações, que consegui com o Senhor Pom Bo.
Léo: Diga, então. Sou todo ouvidos.
Wolf: O narrador passou por aqui.
Léo: *espantado* Ele passou?? Mas eu não vi.
Wolf: Você não viu porque, ele passou em frente da cafeteria. E não entrou!
Léo: Nossa! Não tinha pensando nisso, eu só observava aqui dentro, nos dias que vim.
Wolf: Eu o subestimei… O narrador é mais inteligente do que eu pensava!
Léo: Posso ir embora, agora?
Wolf: *pensa um pouco* Está bem. Pode ir.
Léo: *respira fundo* Ok. Vou-me embora, se cuide chefe!
Wolf: Se cuide, você também!
[O cão sai da cafeteria, mais tranquilo.]
Léo: Ufa! Deu tudo certo, ainda bem. *escreve isso no celular*
Locutor-sama: *mensagem por um aplicativo no celular* Estou agradecido, xará. Um narrador tem que ter privacidade. E andei, até eu, deixando de seguir as pessoas! Um narrador tem que ser personagem, de vez em quando. Em sua própria vida.
Em outro lugar:
Tuta-sama: O quê será que deu, a investigação sobre o Locutor-sama, que pedi para o Wolf fazer? Espero que mantenha aqueles dois desocupados, por mais tempo.
— Anda bastante desafiador escrever, porque o o teclado está repetindo as teclas… E por agora, vou ter que lidar com isso. Espero que tenham gostado da historinha. =)
Mistérios em histórias de detetive sempre criam uma atmosfera interessante, mas isso aqui é um blog com histórias de tom cômico. Não leve essa história de detive tão a sério!
Em uma cafeteria, na Cidade dos Cinco Monumentos.
Wolf: Léo, obrigado por ter vindo. É sempre bom contar com um parceiro como você.
Léo: Não há o que me agradecer, Wolf. Recebi sua ligação e vim o mais rápido que pude. Está precisando dos meus serviços para…?
Wolf: Nós iremos seguir alguém, hoje. É uma missão que requer grande discrição, e conto com a sua habilidade de se camuflar na multidão para fazer isso.
Léo: Entendo. Você pode ter me explicado com palavras, mas no fim não quis dizer nada.
Wolf: Ah! Tem razão. Eu deveria ser mais direto nas minhas intenções. Mas eu sou Wolf, o detetive. Eu preciso criar uma atmosfera, me utilizar de palavras misteriosas para… para…
Léo: Enrolar linhas dessa história?
Wolf: Não! Eu acrescento conteúdo.
Léo: Não acrescenta conteúdo nenhum. *falando baixo* Não me diga que vou ter que seguir o dono da cafeteria, o senhor Pom Bo!
[Um urso com cabelo encaracolado está servindo clientes no balcão.]
Wolf: Não. Isso não tem nada a ver com ele. O meu cliente quer que você siga o Locutor-sama!
Léo: O narrador, que na verdade se chama Leonard?
Wolf: Ele mesmo. Seu xará.
Léo: O meu nome é Leonardo, na verdade.
Wolf: Quase seu xará. Que coisa! Aceita ou não, o serviço?
Léo: Aceito o serviço, é claro! Me admiro é que o senhor Pom Bo permite você vir até aqui, considerando o que aconteceu daquela vez…
Wolf: Ele é muito compreensivo. Ufa, ainda bem que você aceitou o serviço. Eu não serviria para seguir o narrador, eu sou suspeito demais.
Léo: Suspeito por ser verde, ou por ser muito fofinho?
Wolf: Lógico que é por ser muito fofinho!
Léo: Claro, claro. O Locutor-sama frequenta essa cafeteria?
Wolf: Segundo as informações dadas pelo meu cliente, parece que sim. Ele frequenta nos dias pares.
Léo: Então ele deveria estar aqui, hoje?
Wolf: Sim. Ele chega aqui no horário de almoço.
Léo: Ah. Então está cedo demais.
Wolf: Peço que você fique por aqui. Está entendido? O cliente até me deu um adiantamento!
Léo: Caramba, mesmo com a sua reputação, você ganhou um adiantamento!
Wolf: Não sei o que você quis dizer. Minha reputação como fofinho é impecável.
Léo: Pode até ser, mas considero sua reputação como detetive um tanto duvidosa.
Wolf: Francamente, Léo! Você só pega na minha pata.
Léo: Bem, não acho justo com a Miss Cupcake fazer isso sozinha.
Wolf: *resmunga algo incompreensível* Bom! Fique por aqui, e me envie mensagem do que precisar.
Léo: Certo, chefe. E cuidado…
Wolf: Você é que tem que ter cuidado.
Léo: Mas o Senhor Pom Bo está desconfiado, que você vai aprontar algo.
Wolf: Não se preocupe, eu vou falar com ele… Senhor Pom Bo!
[O urso se vira em direção de Wolf e Léo.]
Pom Bo: O que há, Wolf?
Wolf: Eu não farei nada de suspeito. Palavra de escoteiro!
Léo: Você não é escoteiro.
Wolf: Quieto.
As aventuras são aventureiras. Mas você aceitaria a responsabilidade disso? De poder viver com o espírito de emoção para novidades?
Na mansão do lobo Wolf, o milionário que procura seu lugar.
Wolf: Catherine Cupcake, minha querida esposa. Hoje eu gostaria de pedir sua autorização para uma coisa.
Miss Cupcake: O quê é Wolf? Você não se enrole diga de uma vez o que você quer. Está planejando uma das suas baboseiras que provavelmente resultarão em caos e desordem?
Wolf: Que horror, Miss Cupcake! Só porque fui fazer a limpeza na biblioteca e derrubei todas as estantes, não é motivo de escolher palavras fortes.
Miss Cupcake: Pode até ser que estou exagerando um pouco. Mas até nossa filha concordou comigo, quando falei que fiquei com pena dos funcionários. Não é só porque você pode pagar uma equipe de limpeza, que te dá o direito de ser descuidado.
Wolf: O que importa é que não me machuquei! Quero dizer, não me olhe assim. Estou devidamente arrependido desse acidente. Foi por isso que paguei o plano mais caro. Quanto mais gente viesse melhor para todo mundo certo? Certo?
Miss Cupcake: Tá, tá. E aí? O que é que você queria me pedir?
Wolf: É que eu queria abrir uma barraquinha perto de uma montanha.
Miss Cupcake: Não. É aventura demais para você.
Wolf: Ma-mas Catherine! Eu sou responsável. Foi um acidente isolado o negócio da biblioteca. Eu vou até levar a Tuppence comigo!
Miss Cupcake: Você não vai levar a Tuppence coisa nenhuma. Você não é confiável.
Wolf: Então venha comigo, abrir a barraquinha!
Miss Cupcake: Ah é, Senhor de Negócios? O que é que você quer vender na sua barraquinha? Eu só vou aceitar isso se for uma boa ideia. E eu sou uma ursa bastante exigente.
Wolf: Ora, mas eu não estaria pedindo sua autorização e te convidando de não fosse uma boa ideia. Tenho certeza que a Tuppence também vai adorar!
Miss Cupcake: Então nem falou com ela ainda?
Wolf: Não! Mas tenho certeza que ela vai adorar!
Miss Cupcake: Não sei. Ela está participando de um grupo.
Wolf: Que grupo?
Miss Cupcake: O grupo de personagens que vive suas próprias aventuras, mesmo quando a Moon não escreve.
Wolf: Ah! Esse grupo. Entendi. Mas ela não quer participar em uma no mundo real?
Miss Cupcake: Ao invés de eu responder a sua pergunta, que tal me dizer de uma vez o que é que vai ser a sua barraquinha?
Wolf: Tá bom! Eu vou vender missões para aventureiros. Com recompensas e tudo!
Miss Cupcake: O que você pensa que é? Um NPC?
Wolf: Mas é um movimento filantrópico!
Miss Cupcake: E perto de uma montanha.
Wolf: Mas eu não vou estar sozinho! Vão ter várias pessoas lá, com suas barraquinhas. É uma feira.
Miss Cupcake: Entendi. Está bem. Eu vou. Mas só se a Tuppence concordar.
Tuppence: Oi mãe, oi pai. O que há de novo?
Wolf: Filha! Você quer ir para uma feira?
Tuppence: Depende do tio de feira. Da última vez que o senhor me convidou para ir em uma feira, envolveu a polícia.
Wolf: Ma-mas era uma feira de rosquinhas! E todo policial AMA rosquinhas. Não era nada ilegal!
Tuppence: Se não tem nada a ver com rosquinhas, ainda bem. As rosquinhas deviam ser abolidas! Só pelo fato delas fazerem uma baita sujeira com farelos.
Miss Cupcake: Mudando de assunto, você quer ir na feira? É uma feira filantrópica.
Wolf: Sim! Nós vamos fazer uma feira como se estivéssemos em um RPG. As doações vão para as universidades públicas!
Tuppence: É um motivo nobre. Vai ser divertido para as crianças?
Miss Cupcake: Você sabe que ainda é criança, não é Tuppence? A pergunta sairia melhor se fosse “vai ser divertido?”
Tuppence: Mas eu penso nas outras crianças também, mamãe!
Wolf: Ela tem um espírito nobre, a nossa filha.
Miss Cupcake: Ainda bem que ela não é um rebelde sem causa.
Wolf: Isso foi uma fase!
Miss Cupcake: Há fotos da sua fase rebelde.
Wolf: Não tenho culpa se sou fotogênico.
Você está ouvindo? Irei dizer para você sobre o seu futuro…
Na Mansão do Wolf & da Miss Cupcake.
Miss Cupcake: Fazia tempo em que eu não tirava uma tarde de sábado de folga. Inacreditável! (Ouviu passos em direção do quarto da Tuppence) Tuppence! O que você está fa-
Tuppence: *com um turbante na cabeça* Mamãe! Você quer ver o seu futuro?
Miss Cupcake: Meu… futuro?
Tuppence: Sim! Estou brincando de vidente.
Miss Cupcake: Pode ser divertido. Vamos lá!
(Miss Cupcake senta na almofada colocada no chão, em frente da mesa que tinha uma bola de cristal de brinquedo)
Tuppence: Quer perguntar algo em particular? Sobre… Amor, talvez?
Miss Cupcake: Não precisa. Eu não preciso de… *espirra*
Tuppence: Saúde.
Miss Cupcake: Obrigada. Pensando melhor, o que diz aí nesse tópico romântico?
Tuppence: Aqui diz… Muita fofura.
Miss Cupcake: Ah, é? Ele vai dizer que é fofo 500 vezes?
Tuppence: Não! Ele vai te dar um bicho de pelúcia gigante de presente.
Miss Cupcake: Oh! É? Ele diz sempre que nunca vai me dar um bicho de pelúcia pois já é fofo… *espirra*
Tuppence: Saúde.
Miss Cupcake: Obrigada. E diz que não quer concorrência.
Tuppence: Bem, a bola de cristal nunca mente. Por exemplo, ontem você terminou uma fornada de bolinhos de eucalipto…
Miss Cupcake: Tuppence, isso você viu com seus dois olhinhos… Não é bem uma previsão.
Tuppence: A-Coala-de-peruca, pois não sei o nome dela, vai levar esses bolinhos de eucalipto para a caridade dos pequenos coalas necessitados…
Miss Cupcake: Tuppence! Isso é vidência ou é brincar de detetive?
Tuppence: Mamãe! Está querendo dizer que videntes não são detetives? Detetives não são uma espécie de vidente?
Miss Cupcake: São duas coisas completamente diferentes.
Tuppence: A senhora deve ter razão. Mas diga-me uma coisa…
Miss Cupcake: Sim?
Tuppence: Em que categoria entre os fofoqueiros??
Miss Cupcake: Bem, os fofoqueiros podem entrar nas duas categorias, acho.
Tuppence: Videntes procurando fofocas de seus clientes? Isso me parece um tanto anti ético.
Miss Cupcake: Bem. Você pode dizer que sim, de certa forma…
Tuppence: E quanto aos detetives? As fofocas podem auxiliar nas investigações.
Miss Cupcake: Acredito que nas investigações, uma pequena pista deixada por uma simples fofoca pode virar o jogo.
Tuppence: Pensei que falávamos sobre investigações de detetives.
Miss Cupcake: Hum? Você não entendeu o que eu quis dizer?
Tuppence: Ei! O pai chegou, mãe.
Miss Cupcake: Oh! É verdade… O barulho do carro dele é inconfundível.
(Minutos depois, as duas descem para o andar térreo)
Wolf: Oi meninas! Eu trouxe duas coisas para você, minha rainha…
Miss Cupcake: Um urso de pelúcia gigante!
Wolf: Não é fofo? Enfim…Eu também trouxe o remédio do seu nariz, para a asua alergia.
Miss Cupcake: Uma ursa receber um urso de pelúcia é, no mínimo, bizarro.
Wolf: Mas é uma ursa de pelúcia! Não está vendo o lacinho?
Tuppence: Ursos não podem usar laços de enfeite?
Miss Cupcake: Não tente entender os esterótipos de gênero, minha querida.
Quando você procura algo, nunca estará lá.
Locutor-sama: Wolf, o lobo com um nome muito criativo estava procurando algo pelas inúmeras salas de sua mansão.
Wolf: Onde está? Eu não sei onde está. Mas eu irei descobrir! Pois eu não me chamo detetive Wolf por nada!
Miss Cupcake: Você se chama Wolfgang Wolf Woof.
Wolf: *vira para trás, assustado* Catherine! Você me assustou. *coloca a pata na direção do coração*
Miss Cupcake: O que foi que você perdeu? Se quiser, eu posso ajudá-lo a encontrar.
Wolf: Bolas Miss Cupcake, eu não sou nenhum incompetente…
Miss Cupcake: Se está procurando as bolas, estão no fundo do depósito.
Wolf: Mas-
Miss Cupcake: Como eu sei disso? É muito simples. Eu guardei-as para que elas não ficassem espalhadas por todo o lado de fora.
Wolf: Oh… Quantas bolas estavam espalhadas?
Miss Cupcake: Muitas.
Wolf: Muitas quantas?
Miss Cupcake: Pense no maior número que você possa lembrar.
Wolf: Hm… Dezoito?
Miss Cupcake: Esse é um número incrivelmente pequeno.
Wolf: Você é muito exigente!
Miss Cupcake: Ou você está esquecido demais para lembrar de um número maior que dois dígitos.
Wolf: E onde eu estava no momento?
Miss Cupcake: Trabalhando.
Wolf: Oh, eu trabalho?
Miss Cupcake: Muito engraçado. Você estava mexendo no seu site de física, que criou para ajudar as pessoas.
Wolf: *dá uma risada*
Miss Cupcake: O que foi tão engraçado?
Wolf: Do jeito que você diz, parece que eu faço um trabalho voluntário, consequentemente não ganhando dinheiro com isso.
Miss Cupcake: *levanta uma sobrancelha*
Wolf: Não me olhe assim!
Miss Cupcake: Se eu quiser eu olho, sim.
Wolf: *suspira profundamente*
Miss Cupcake: Então? Para que você está precisando de bolas? Vai fazer pilates com bolas?
Wolf: Miss Cupcake, eu pareço fazer exercícios físicos?
Miss Cupcake: *dá uma risada*
Wolf: Agora é você que está rindo!
Miss Cupcake: É que você disse “exercícios físicos”… Você é um físico que não faz “exercícios físicos”. *continua a rir*
Wolf: Pare de rir! Você está me deixando sem graça.
Miss Cupcake: Mas você tem que admitir que é engraçado.
Wolf: Pode até ser, mas não é isso que e importante agora.
Miss Cupcake: E o que seria importante?
Wolf: Encontrar o que está perdido!
Miss Cupcake: Se não são é uma bola para fazer pilates, então é a sua carteira.
Wolf: Do que está falando? Eu tenho a minha carteira aqui no meu bolso! *procura a carteira nos bolsos* Poxa! Agora perdi minha carteira!
(Tuppence chega em casa)
Tuppence: Boa tarde.
Wolf: Tuppence! Onde você esteve?
Tuppence: *levanta uma sobrancelha*
Wolf: Céus! Você está fazendo igual a sua mãe.
Miss Cupcake: Ela estava na escola, Wolf.
Wolf: Então era por isso que eu não conseguia achá-la…
Ciência! E sanduíche de presunto.
No quarto da Tuppence
Wolf: Tuppence! Tuppence!
Tuppence: O que foi? *desenhando*
Wolf: Você tem que ver uma coisa incrível!
Tuppence: Que tipo… De coisa incrível?
Wolf: Não precisa ficar tão desconfiada!
Tuppence: Pai, o senhor está com cara de louco, vestindo um jaleco de cientista todo sujo e com óculos tortos.
Wolf: Pfft! São pequenos preços a se pagar pela ciência.
Tuppence: Sei…
Wolf: Mas vamos! Vai ser divertido!
Tuppence: Só se você colocar uma roupa nova após tomar um banho… O senhor está fedendo a presunto!
Wolf: Sabe que agora que você falou… Oh! Minha nossa. A Miss Cupcake vai me matar se me vir assim…!
Tuppence: Então vá nessa, que eu o espero no laboratório.
No laboratório subterrâneo na mansão do Wolf.
Tuppence: Ah! Finalmente o senhor chegou!
Wolf: Continua desenhando?
Tuppence: Sim, mas eu já terminei! Olhe só o meu desenho.
Wolf: Ah! São tulipas e um solzinho sorridente! Uma graça.
Tuppence: Não é um Leonardo da Vinci, mas dá para colocar na geladeira.
Wolf: Claro que sim! Sua mãe vai adorar!
Tuppence: Certo, então… O que é a coisa extraordinária.
Wolf: É uma coisa incrível, mas não extraordinária.
Tuppence: Merece mesmo a nossa atenção?
Wolf: Claro que sim!
Tuppence: Mesmo?
Wolf: Sim! Afinal nós estamos falando de… *tira a cortina que estava cobrindo a mesa* Sanduíche de presunto!
Tuppence: Isso explica o cheiro do presunto.
Wolf: Sim.
Tuppence: Não vejo nada de especial nele.
Wolf: Ora! Ele não é um sanduíche de presunto qualquer…
Tuppence: É? Ainda assim, acho que ele é igual a qualquer outro.
Wolf: Ele é um sanduíche de presunto especial.
Tuppence: É um sanduíche de presunto bruxo
Wolf: Ele não é especial nesse sentido.
Tuppence: Ah. E eu pensei que ia conhecer alguém que já tinha ido para Hogwarts…
Wolf: Ele é especial foi porque eu o montei.
Tuppence: Então… Acho que você deve ter algum problema, papai…
Wolf: Bobagem! Eu não tenho problema nenhum.
Tuppence: Um sanduíche de presunto não vai ser especial só porque você o fez.
Wolf: Mas Tuppence… Existe um elemento muito especial que eu mesmo acrescentei!
Tuppence: É? Você está fazendo experiências científicas nesse pobre coitado de sanduíche?
Wolf: Experiências científicas? Do que está falando?
Tuppence: Você está no seu laboratório subterrâneo fazendo sanduíche, se fosse para fazer um qualquer não faria na cozinha?
Wolf: Não seja boba! A sua mãe me proibiu de mexer na cozinha.
Tuppence: Hm… Pensando bem, isso faz sentido.
Wolf: Você não quer saber o que eu acrescentei
Tuppence: Hm… Amor de pai?
Wolf: Não! Esse sal caríssimo que eu comprei.
Tuppence: Quase acertei.
Em cima, em cima, em cima! Em baixo? Cara! Tá bem frio… Pois está na sua direita!
Na mansão do Wolf
Wolf: Tuppence! Tuppence!
Tuppence: *lendo um livro* O que foi, papai?
Wolf: Quer brincar de “Tá frio, tá quente?”
Tuppence: Qual é o nome dessa brincadeira
Wolf: Er… “Tá frio, tá quente?”
Tuppence: Não estou com vontade. *volta a ler o livro*
Wolf: Ah, vamos! Não é possível que uma criança não goste de brincar e nem de sorvete.
Tuppence: Primeiro, eu gosto de brincar, mas não com você. Segundo, eu gosto de sorvete, sim!
Wolf: Ah! Pelo menos você é uma criança de verdade.
Tuppence: Se eu fosse uma criança de mentira, eu seria de madeira.
Wolf: Eis um bom argumento! Você é uma menina muito esperta! Puxou a sua mãe, e obviamente, a minha fofura!
Tuppence: Er, tá.
Wolf: Tuppence! Você já está agindo como uma adolescente.
Tuppence: Não estou, não. Eu só quero ler meu livro!
Wolf: O que tem de tão interessante no seu livro? Eu só queria passar um tempo com a minha filhinha.
Tuppence: Pai, nós passamos o final de semana inteiro brincando.
Wolf: Mas eu estou tão entendiado…
Tuppence: Mesmo assim, não vou brincar com você.
Wolf: Por favor, Tuppence!
Tuppence: Não.
Wolf: Por favoooor!
Tuppence: Papai, o senhor não está agindo como um adulto.
Wolf: E você não está agindo como uma criança! Quando tinha a sua idade, eu ficava correndo e gritando pela casa.
Tuppence: Pobre vovó.
Wolf: Vovó?
Tuppence: Quê? O Senhor nasceu de algum lugar, não foi?
Wolf: Sempre pensei que tinha nascido de uma alface.
Tuppence: Incrível! Quer dizer que minha avó e uma alface?
Wolf: Você não é jovem demais para ser sarcástica?
Tuppence: Sarcástica? *olha com expressão de dúvida*
Wolf: Deixa para lá. É a hora de conhecer meus pais, Moon! Escreva “As Origens do Wolf Fofinho.” Será uma animação do Studio Ghibli!
Tuppence: Ele não ia fechar?
Wolf: Ele…? Oh! Oh. Meus sonhos estão arruinados.
Tuppence: Não precisa ficar assim, papai. Ninguém ia querer assistir um filme da sua vida, mesmo.
Wolf: Tuppence… É uma criança honesta demais.
Tuppence: Não se preocupe com essas coisas.
Wolf: Mas… Você não quer brincar comigo?
Tuppence: Isso novamente?
Wolf: Pais devem brincar com os seus filhos para eles crescerem felizes e sem complexos!
Tuppence: *fecha o livro que estava lendo* Está bem, eu brinco com você.
Wolf: Oba!
Tuppence: Mas sou eu que vou dizer se está quente ou não!
Wolf: Por mim, tudo bem.
Tuppence: Está frio.
Wolf: *vai andando* E agora?
Tuppence: Tá frio, tá frio!
Horas depois
Wolf: A nossa filha me expulsou do quarto.
Miss Cupcake: Isso é porque você é um pai grudento.
Eu queria dar um bom título… Mas vai assim mesmo! Pule o tempo, como se fosse pular corda!
Wolf: Aqui estou Wolf, Wolfgang Wolf Woof, enfrentando um desafio muito grande. O trânsito! Isso não seria nada demais, se não fosse pelo fato que eu queria ir ao cartório registrar o nome da minha filhinha que nasceu. Cansado disso, eu larguei meu carro e saí andando!
Locutor-sama: Mal sabia Wolf, que começou a ser perseguido.
Wolf: Isso não é uma história de detetive!
Locutor-sama: Uma emocionante história de perseguição não precisa ser de detetive, caro Wolf.
Wolf: Céus! A Tuta é que está me seguindo!
Locutor-sama: Sim… Tuta-sama é conhecida por fazer viagens no tempo com frequência, e por isso conhecia Tuppence, a filhinha de Wolf e Miss Cupcake que nasceu hoje.
Wolf: Mas a Miss Cupcake mandou não chamá-la de Tuppence! Nem de Rodney.
Locutor-sama: Você queria chamá-la de Rodney?
Wolf: Foi o primeiro nome aleatório que pensei.
Locutor-sama: Tuta-sama corre bem rápido! Impressionante. Miss Cupcake não queria chamar sua filha de Tuppence por causa da pergunta que era feita para ela várias vezes pela Tuta-sama “E a Tuppence?”
Wolf: Minha nossa! Eu nunca pensei que a Tuta ia me seguir tão rápido!
Locutor-sama: Sempre soube que ela estava em forma. E Wolf se encontrou em um beco sem saída.
Wolf: Por que eu corri para esse lado?
Locutor-sama: Não faça perguntas. Apenas…
Tuta-sama: Wolf!
Wolf: Tuta? O que está fazendo com luvas de boxe?
Tuta-sama: Carregar essas luvas com pedras dentro não foi uma boa ideia.
Wolf: E mesmo assim, você conseguiu correr em tal velocidade?
Tuta-sama: Em uma historinha da Moon, tudo é possível.
Wolf: Sabe, luvas de boxe não é nada fofinho.
Tuta-sama: Tem razão! Nocautear você com uma roupa de ninja para uma escolha mais politicamente correta!
Wolf: Eu sinto uma ironia na sua voz!
No hospital
Hello: Parabéns, Miss Cupcake!
Miss Cupcake: Ah… Obrigada.
Hello: Eu trouxe paçoca!
Miss Cupcake: Para você comer.
Hello: É. E… Olhe só!
Tuta-sama: Cheguei!
Miss Cupcake: Por que você está carregando o Wolf??
Tuta-sama: Ele desmaiou de emoção, então eu registrei a Tuppence no cartório.
Miss Cupcake: Você…Fez isso?
Tuta-sama: Fiz sim!
Miss Cupcake: Ah, esquece. Eu não vou discutir.
Hello: E trouxe uma coisa!
Miss Cupcake: Além da paçoca?
Hello: Eu trouxe isso! Pó de timeskip!
Locutor-sama: Tudo aconteceu rápido. E de repente, Tuppence ficou grande.
Tuppence: Ma-mas o quê?
Hello e Tuta: Isso!
Miss Cupcake: Para quê vocês fizeram isso?
Tuta: Ora, cuidar de um bebê é muito difícil.
Hello: É mais fácil pular para os cinco anos!
Tuppence: Eu esperava dizer melhores primeiras palavras.
Miss Cupcake: É, em uma história da Moon tudo pode acontecer.