Estúdio de Happy Green Things
Locutor-sama: Vago pelos corredores do estúdio da autora. Não encontro a senhorita Moon em lugar algum, e tudo aqui parece extremamente silencioso. Onde estão todos? Queria mostrar o meu novo penteado.
[O narrador escuta risadas, então ele decide segui-las pra descobrir o que está acontecendo.]
Locutor-sama: Autora! O que você está fazendo??
Moon: Não está vendo, estou jogando amarelinha, enquanto tenho efeitos especiais de risada ligados!
Locutor-sama: A amarelinha eu consigo entender, mas pra que as risadas?
Moon: Ora, Locutor! Eu estou apenas experimentando novos horizontes.
Locutor-sama: Experimentando… novos horizontes? O que as risadas falsas tem a ver com isso?
Moon: Eu encontrei no depósito, então porque não posso usá-las?
Locutor-sama: Você é livre pra fazer o que quiser, autora.
Moon: Exato, meu caro! Eu que faço as coisas por aqui, funcionarem.
Locutor-sama: Mas você já parece estar sem disposição, para continuar a brincar de amarelinha.
Moon: *cai no chão*
Locutor-sama: Senhorita Moon, você está bem??
[O narrador ajuda a autora, a se levantar.]
Locutor-sama: Senhorita Moon?
Moon: Droga! Não fique olhando pra mim, Locutor.
Locutor-sama: Sinto muito, senhorita Moon. Mas todo mundo tem limites.
Moon: De fato, de fato. Mas podia parar de olhar pra mim, com essa expressão de expectativa….
Locutor-sama: É que eu queria que alguém comentasse sobre o meu penteado.
Moon: Está lindo, apesar de parecer que você foi em um salão de beleza, mantido por focas.
Locutor-sama: Não vale, você sabe desse detalhe por ter escrito a história.
Moon: Sim! É difícil que as coisas saiam do meu poder.
Locutor-sama: Mas as coisas acontecem por aqui, mesmo quando não está escrevendo.
Moon: Está bem, está bem. Mas de qualquer modo, as coisas estão em meu poder.
Locutor-sama: Não podia desligar o efeito especial as risadas, agora??
Moon: Eu já desliguei.
Locutor-sama: Que ótimo, agora está na minha cabeça.
Moon: Caramba, as risadas estão dentro da sua cabeça? Isso que é uma reviravolta.
Locutor-sama: Não vejo como isso pode ser uma reviravolta, mas tudo bem.
Há dias que as coisas interessantes fogem, porque elas precisam ter seu momento de descanso. É uma coisa engraçada, as coisas que acontecem, não acham?
No estúdio Happy Green Things, no escritório da autora.
Lalali: A autora está sentada na sua cadeira, em frente a sua mesa, questionando a existência de mariscos. Provavelmente ela está com fome. E então, tudo está normal, em mais um dia no Estúdio Happy Green Things.
Moon: Lalali, o que é que você está fazendo…?
Lalali: Ah, olá autora. Eu estou narrando.
Moon: Isso eu pude perceber, minha caríssima Lalali, mas o motivo me escapa…
Lalali: É que o Locutor-sama pediu-me para substiuí-lo, enquanto está no salão de beleza mantido por focas.
Moon: Focas…?
Lalali: Não sou eu quem você deve perguntar, mas a si mesma. Como um salão pode ser mantido por focas, se focas não tem cabelo??
Moon: Elas podem fazer o que quiserem, basta terem foco no seu objetivo!!
Lalali: Que piada horrível, autora!
Moon: Mas foca com foco, é uma piada que nunca fica velha.
Lalali: Não sei, as suas ideias não gostaram muito…
[As ideias da autora, estão na porta do escritório, todas com uma expressão desconfortável.]
Lalali: Está vendo, elas estão todas ali…
Moon: Mas como elas são exigentes!
Lalali: De qualquer forma, eu trouxe aqui a Cola-sama, que também vai fazer uma substituição!
[Cola-sama sai detrás de uma estante do escritório.]
Lalali: Contemple, a Cola-sama fazendo o papel do Random!!
Cola-sama: Tenho mesmo que fazer isso…?
Lalali: É lógico que sim! Vai ser divertido!
Cola-sama: Rabanete…
Lalali: Esse é o espírito…! *emocionada*
Moon: Não acredito, que estou com pena da Cola-sama..
Cola-sama: Espaguete…
Moon: Isso realmente não é necessário.
Lalali:Pode até ser que não seja necessário mas, não é mais divertido? E a Cola-sama tem que fazer outras coisas, ao invés de ficar constantemente reclamando das coisas. Isso não faz bem pra saúde mental de ninguém…
Moon: Tem razão.
Cola-sama: De qualquer maneira, eu acho isso absurdo.
Lalali: Cola-sama!! Mantenha-se no personagem.
Cola-sama:*suspira* Caneta tinteiro.
Lalali: Onde? Eu tenho medo de canetas tinteiros…
Cola-sama: Isso também é um absurdo.
Lalali: Também quis aleatória.
Moon: Isso já está saindo do controle.
Cola-sama: Concordo plenamente. Você podia terminar com essa história.
Moon: Não sei ainda.
Cola-sama: Como não sabe??
Moon: Estou escrevendo no bloco de notas, então…
Cola-sama: Ah, está sempre inventando moda, como sempre.
Moon: É que teve um dia que deixou de funcionar os acentos, não sei bem explicar…
Lalali: Tudo bem, autora. O que importa é escrever!
Cola-sama: Eu ia dizer alguma coisa, mas deixa pra lá.
Moon: É bom mesmo!
Lalali: Não quer encerrar com uma aleatoriedade?
Cola-sama: Não.
Lalali: Podemos contar isso com uma aleatoriedade, o que acha, autora?
Moon: Pode ser. Pra mim, tanto faz.
As estampas com figura de táxi, existem para marcar alguma coisa em um universo distópico. Não me perguntem, estou apenas usando utilizando palavras de um gerador aleatório!
[Capitão Yay estava sonhando. Ele via o personagem encanador bigodudo, na praia. Ele estava vivendo sua folga em paz e tranquilidade, porém algo vindo do céu o interrompeu. Um satélite caindo na água!]
Capitão Yay: *acorda* MINHA NOSSA! *levanta da cama* Isso foi muito repentino. O que será que aconteceria depois?? Se eu continuar a dormir, o sonho também continuará…?
[O personagem se deita novamente na cama, na expectativa. Porém, ele não consegue dormir mais, e depois de se virar de um lado para o outro na cama, esquerda e depois direita, ele resolve levantar.]
Capitão Yay: Chega! Vou tomar café da manhã e começar finalmente meu dia.
[O café da manhã está sendo feito pelo protagonista dessa história, que está se perguntando de onde saiu tantos enfeites de abacaxis, dentro de seu apartamento.]
Capitão Yay: Eu realmente não me lembro, de ter comprado essas coisas.
[Depois de passar uns vinte minutos questionando a existência, ele resolve ligar para um conhecido, diga-se de passagem, para resolver uma questão.]
Capitão Yay: *terminou de lavar a louça do café da manhã* Minha nossa! Esse barulho é a campainha.
[O Capitão vai atender a porta. O pato Luis Pupu está lá.]
Luis Pupu: Bom dia, bom dia.
Capitão Yay: Bom dia. Obrigado por comparecer tão cedo!
Luis Pupu: Estou surpeso. Sempre soube que você era rabugento…
Capitão Yay: Eu não sou rabugento! Fui eu que o chamei aqui.
Luis Pupu: Pensei que tivesse sido o Random…
Capitão Yay:
Luis Pupu: *desconfiado, mas mesmo assim entrou no apartamento do Capitão Yay.*
Capitão Yay: Preciso que você espalhe a verdade, pato Luis Pupu.
Luis Pupu: E essa verdade seria…?
Capitão Yay: A verdade seria que, girafas são animais que não existem.
Luis Pupu: Girafas… não existem?
[Silêncio constragedor, em todo apartamento do Capitão.]
Capitão Yay: Exatamente! Girafas não existem, então eu gostaria que você espalhasse a verdade para todos, pois você é um grande fofoqueiro!
Luis Pupu: Eu sou um espião! Um espião!
Capitão Yay: Sério? Se eu fosse um espião, não ficaria falando por aí iso.
Luis Pupu: Mas sou obrigado a falar, pois as pessoas ficam falando por aí, que sou fofoqueiro! Sou um pato sério, sou perito em espionagem, eu não fico pegando informações pra espalhar por aí, como se eu fosse… um desocupado.
Capitão Yay: Está bem, está bem. Peço desculpas.
Luis Pupu: De qualquer modo, eu não vou por aí, espalhar que girafas não existem. Isso é contra as regras.
Capitão Yay: Regras? Que regras! A girafa é um animal muito esquisito.
Luis Pupu: Pode ser, mas eu não me importo.
Capitão Yay: Pode ser, mas você não se importa? Isso quer dizer que não existe nenhuma regra assim??
Luis Pupu: Você nunca vai saber. E estou achando a sua pessoa muito paranóica.
Capitão Yay: Eu não sou paranóico, sou precavido.
Luis Pupu: De qualquer forma, você está me fazendo perder tempo. Com licença, eu vou embora.
Capitão Yay: Que final mais insatisfatório..
Objetivos são uma forma de guiar nos pela vida, com uma coisa muito nobre em mente: A recompensa! Moedas e experiência!
[Random caminhava em direção de um objetivo. Ir ao cabelereiro. Não, ele não tinha cabelo. Mas isso não o impedia, de ir até o salão de beleza da Rua de Baixo e ir ver seu amigo Elias, que é uma foca.]
Random: Bom dia, Elias!
Elias: Ah! Ótimo dia! Como vai, o meu amigo boneco de palito favorito?
Random: Muito bem, muito bem. Apesar de querer um marshmallow.
Elias: Hoje é o seu dia de sorte, pois eu trouxe marshamallows da marca Águia.
Random: Ah! E é uma boa marca?
Elias: Claro que sim, afinal de contas, as águias voaam até a floresta dos marshmallows para colher!!
Random: Isso… é aleatório demais, até mesmo pra mim.
Elias: Mas você é o Random. A sua pessoa é igual a essência da aleatoriedade!
Random: Realmente, eu sou a essência da aleatoriedade. Quem diria, que você me conheceria tão bem assim!
Elias: Pois é. E nós nos conhecemos naquela aula de cêramica.
Random: Sim, e eu abandonei logo depois. Memórias difíceis…
Elias: Desculpe, não era a minha intenção chateá-lo.
Random: Não tem importância, é que naquela época eu estava… estava…
Elias: Fazendo cerâmica?
Random: Eu não estava fazendo apenas cerâmica, eu estava procurando meu sentido no mundo!
Elias: Entendo, entendo. Mas diga-me, isso me parece familiar.
Random: O fazer cerâmica?
Elias: Chega de cerâmica, meu caro. Refiro-me ao falar dramático.
Random: Ah, é coisa do meu amigo Locutor-sama.
Elias: Locutor-sama? Aquele que está lavando o cabelo, logo ali?
[Random vira-se para a direção apontada para as cadeiras, onde está acotecendo a lavagem de cabelo.]
Random: Locutor!!!
Locutor-sama: Amigo Random, como está?
Random: Você está em um cabeleireiro de focas!
Locutor-sama: Estou sim. Então, o que faz aqui? Até onde sei, o senhor não é uma foca, e sim um boneco de palito.
Random: De fato, não precisa me lembrar. Mas sou muito versátil!
Locutor-sama: Por ser fácil de desenhar??
Random: Também. Mas queria dizer que, sou versátil na minhas amizades.
Locutor-sama: Entendi. De qualquer forma…
[A lavagem de cabelo termina. A foca que estava atendendo o Locutor, vai para o próximo passo, que é secar o cabelo. Como dá para conversar, enquanto isso acontece? Não me perguntem. Só escrevo a história]
Random: Nunca pensei que te encontraria, em um salão de beleza mantido por focas.
Locutor-sama: Está sendo racional demais hoje, meu amigo. Você não deveria ser aleatório?
Random: Eu sei, eu sei. Hoje está tudo mundo me dizendo isso, como ser e como agir.
Locutor-sama: Se você não agir como é esperado, o equilíbrio do universo estará comprometido.
Random: Francamente… Está bem, macarrão francês.
Locutor-sama: Esse é o espírito.
Random: Vou-me embora, Elias. O narrador encheu minha paciência.
Locutor-sama: Eu não fiz nada demais.
Random: Até mais, Elias. Que as canetas escrevam pra você!
Elias: O mesmo pra ti, meu amigo, o mesmo pra ti! Ninguém merece canetas falhando.
A venda de pão de queijo, acontece nas luas de Plutão.
Na nave do Pinguim P-san.
P-san: *no telefone* Autora, como assim você não sabia disso?
Moon: Eu não sabia, porque eu esqueci completamente de tudo que aprendi na escola!
P-san: Quanto exagero! Só porque você não sabia que haviam luas em Plutão…
Moon: Isso é novidade pra mim!
P-san: Então quer dizer que, você não esqueceu o que aprendeu na escola.
Moon: Eu esqueci completamente como se faz fórmula de Báskara.
P-san: Isso não tem nada a ver com Plutão.
Moon: De repente, ele é de Plutão.
P-san: Ele não é de Plutão. Mas existem vendendores de pão de queijo.
Moon: Pão de queijo!!
P-san: Sim.
Moon: Inacreditável.
P-san: Estou falando sério.
Moon: Está mesmo? Eu nem te chamei de mentiroso, ainda.
P-san: Mas você estava pensando nisso.
Moon: Talvez. Você nunca saberá a verdade
P-san: Talvez seja melhor assim.
Moon: Está resignando-se a isso?
P-san: Minha cara autora, eu sou um pinguim faz muito tempo. A vida ensina que tem certas coisas em que nós devemos aceitar sem discussão.
Moon: Essa foi uma boa frase.
P-san: Obrigado.
Moon: De qualquer modo, como é o pão de queijo de lá?
P-san: Das Luas de Plutão?
Moon: Sim, meu caro pinguim.
P-san: É médio. Já comi pães de queijos melhores, mas também já comi pães de queijo piores.
Moon: Você tem umas maneiras estranhas, de falar. Sobre pão de queijo.
P-san: Sim, sim. Eu gosto bastante de pão de queijo.
Moon: E isso é bem estranho.
P-san: Mas você gosta de pão de queijo!
Moon: Eu gosto de pão de queijo, mas eu não sou um pinguim!
P-san: Não entendi o que você quis dizer com isso.
Moon: Eu quis dizer que, pinguins não comem pão de queijo.
P-san: Mas eu, sou um pinguim diferenciado.
Moon: Muito engraçado.
P-san: Obrigado.
Moon: Agora fiquei com vontade de comer pão de queijo.
P-san: Das luas de Plutão?
Moon: Ah não! Estava me referindo aos pães de queijo normais.
P-san: Você tem que me dizer uma coisa dessas?
Moon: Desculpe. Não era minha intenção te ofender.
P-san: Todos os pãos de queijo são normais, autora.
Moon: Está bem, está bem.
P-san: Não seja uma pessoa preconceituosa.
Moon: Já pedi desculpas. Não foi essa a minha intenção.
P-san: Está bem.
Moon: E suco?
P-san: Suco?
Moon: Você não pode comer pão de queijo, sem beber nada.
P-san: De fato, eu te dou toda a razão.
Moon: Então? Que suco vai escolher?
P-san: Suco de uva.
Moon: Prefiro groselha.
P-san: Como assim, você prefere groselha??
Moon: Eu prefiro groselha, no momento. Nem tudo suco de uva é bom.
P-san: Caramba. Talvez precise de uma companhia, para tomar suco de uva com você.
Moon: Sim. Ou não. Iria bem um brigadeiro.
P-san: Iria bem, mesmo.
Moon: Pinguins…
P-san: Eu gosto de brigadeiro. Não vá dizer o que estou pensando!
Moon: Eu não sei o que você está pensando.
P-san: Claro que sabe! Você é a autor a!!
Moon: É, mas existem diversas coisas em que um pinguim pensaria.
P-san: Um pinguim como eu?
Moon: Nem vem, P-san, você é aligenígena!
P-san: Que relevação bombástica!
Moon: P-san…
P-san: É sério! Tem vezes em que eu esqueço que vim de outro mundo.
Moon: Está bem, está bem.
P-san: Caramba, autora. Você está sem paciência, hoje.
Moon: Desculpe. Não foi minha intenção te assustar, com a minha falta de paciência.
P-san: Não tem importância. De qualquer forma, preciso visitar o pescador.
Moon: O de ilusões?
P-san: Bobagem, quem pesca ilusões é o canto dessa música.
Moon: Ah.
P-san: Irei desligar, autora. Até mais!
Moon: Até!
No passado, encontramos coisas que não lembramos mais. Mas é claro, afinal de contas estamos falando de coisas que deixamos para trás!
No estúdio Happy Green Things. Escritório da Moon.
Locutor-sama: Autora, muito bom dia. Como vai você?
Moon: Estou bem, meu caro amigo narrador. Só estou ajudando limãos a fazer uma revolução.
Locutor-sama: Só mais um dia comum, então.
Moon: Dia comum! Que absurdo, que audácia sua me dizer isso!
Locutor-sama: Você sabe como sou um narrador audacioso.
Moon: E muito exibido, também.
Locutor-sama: Sempre quando tem oportunidade, sempre tem que me lembrar disso.
Moon: Lógico. Se não for eu pra te lembrar, quem fará isso?
Locutor-sama: Um dia eu vou descobrir uma coisa muito importante.
Moon: Que coisa seria essa?
Locutor-sama: Não sei.
Moon: Como não sabe?
Locutor-sama: Eu só queria falar uma frase cheia de efeito e dramaticidade.
Moon: Está vendo, é por isso que eu que falei que você é audacioso.
Locutor-sama: Eu vou considerar isso um elogio.
Moon: Eu tenho uma revelação a fazer.
Locutor-sama: Qual?
Moon: Golfinhos jogam pôquer.
[Locutor-sama pondera um pouco antes de responder]
Moon: Não vai dizer nada?
Locutor-sama: Vou dizer, eu só estou pensando um poquinho.
Moon: Mas você pensa muito devagar.
Locutor-sama: Quem não pensa, não fala.
Moon: Tudo bem, tudo bem.
Locutor-sama: Tem conversado muito com golfinhos?
Moon: Eu não converso com golfinhos.
Locutor-sama: Como não? Você precisa saber de informações relevantes, de uma fonte confiável.
Moon: Do próprio golfinho?
Locutor-sama: Sim, do próprio golfinho.
Moon: Mas eu não entendo a linguagem dos golfinhos!
Locutor-sama: Então, então. Você não tem que supor que eles joguem pôquer.
Moon: Se eles não jogam pôquer, eles jogam o quê?
Locutor-sama: Não sei, eu não converso com golfinhos.
Moon: Caramba!!
Locutor-sama: Sim, caramba. Uma pena, não?
Moon: O que seria uma pena?
Locutor-sama: Que eu não converso com golfinhos.
Moon: Ah.
Locutor-sama: Pois é, eu sou bom, mas nem tanto.
Moon: Queria ter a metade da sua autoestima.
Locutor-sama: Você está me ironizando?
Moon: Não, afinal de contas, golfinhos são jogadores de pôquer.
Locutor-sama: Você vai ficar insistindo nesse ponto?
Moon: Claro. Eu tenho certeza das minhas convicções.
Locutor-sama: Ainda bem que você tem suas certezas, e eu tenho as minhas.
Moon: Sim. Podemos encerrar nossa conversa aqui.
Locutor-sama: Não! Ainda não podemos encerrar nossa conversa.
Moon: Como não?
Locutor-sama: Ainda não deu o número de palavras.
Moon: Eu já terminei histórias antes de dar o número de palavras, sabe?
Locutor-sama: Sim, sim. Eu sei disso. Mas de qualquer forma, você não pode quebrar a tradição.
Moon: Mas eu já quebrei a tradição!
Locutor-sama: Tradições são importantes. As múmias gostam.
Moon: As múmias??? Francamente, narrador.
Locutor-sama: Nós não podemos esquecer nunca das múmias.
Moon: Mas… Mas… De onde veio as múmias?
Locutor-sama: Não sei. De qualquer modo, a palavra me veio na cabeça.
Moon: Certo, certo.
Existem dias em que acordamos e sentimos que estamos estranhos, mas nada de uma groselha não resolva.
Locutor-sama: Eu adentrei ao escritório da Senhorita Moon, e procurava algum sinal da presença dela. Onde podia estar? Olhei para um lado, olhei para o outro, inclusive por baixo da mesa. Até que notei uma sombra atrás da cortina.
Moon: Eu não estou aqui.
Locutor-sama: Como não? Quem está atrás da cortina, então?
Moon: Um manequim.
Locutor-sama: E com quem estou conversando?
Moon: E eu vou saber? A imaginação é sua, não minha!
Locutor-sama: Mas foi você quem me criou!
[O Locutor se aproxima da cortina, e ele puxa a cortina. Não havia ninguém.]
Locutor-sama: Ok. Isso foi inesperado.
[Passos se aproximam do escritório, porém o narrador não percebe. A autora aparece, obviamente entrando pela porta.]
Locutor-sama: AAAAAAAH!
Moon: Minha nossa, Locutor. Acalme-se!
[A autora estava carregando uma pilha de livros.]
Locutor-sama: Eu estou calmo.
Moon: E esse grito, o que foi exatamente??
Locutor-sama: Foi um grito de espanto. E essa pilha de livros?
Moon: Ah, eu estava arrumando as estantes.
Locutor-sama: Ah! A biblioteca do Estúdio.
Moon: Exato. E sabe o que eu encontrei?
Locutor-sama: O quê você encontrou?
Moon: Livros de kung-fu.
Locutor-sama: Livros de kung-fu?
Moon: Sim, está difícil de entender?
Locutor-sama: Não, não está difícil de entender. Eu queria saber só o porquê de ter livros de kung-fu na biblioteca do estúdio
Moon: Eu também queria saber disso!
Locutor-sama: Como assim, você não sabe os livros que tem na biblioteca?
Moon: Não, eles aparecem espontaneamente.
Locutor-sama: Caramba.
Moon: Caramba, é só isso que você tem a me dizer, narrador?
Locutor-sama: Sim, eu estou só inventando o que dizer, porque na verdade eu estou sem palavras.
Moon: Ah! Quanta consideração da sua parte, Locutor.
Locutor-sama: Eu faço o que posso, senhorita Moon,
Moon: Ainda bem, porque o que você não pode, você não deve nem tentar fazer.
Locutor-sama: Mas é tentando fazer que eu aprendo!
Moon: De fato, mas quando você tenta com intenção de aprender, não funciona.
Locutor-sama: O que você está insinuando?
Moon: Eu não estou insinuando, estou falando!
Locutor-sama: Que bom que nosso relacionamento é de honestidade.
Moon: Sim! Agora me ajude a se livrar desses livros kung-fu.
Locutor-sama: O que você quer que eu faça com eles?
Moon: Não sei, faz qualquer coisa com eles.
Locutor-sama: Qualquer coisa, ainda assim, é alguma coisa!
Moon: Nossa, Locutor você está com umas tiradas ótimas, hoje
Locutor-sama: Obrigado, autora. É bom que alguém reconheça os meus talentos.
Moon: Sim, agora vá se livrar dos livros que pedi, tá bom?
Locutor-sama: Tinha que ter uma pegadinha, esse elogio.
Dizem para não contar com as coisas, porque ovo de páscoa está cada vez mais caro e a vida é um pacote de surpresas inesperadas, que alguém programou.
Na sala principal do estúdio Happy Green Things.
Hércules: O quadro do Salvador Dalí, “A persistência da memória” é incrivelmente misterioso, não acham?
Cola-sama: É o quadro dos relógios derretidos?
Hércules: Sim, é esse mesmo.
Lalali: Ah! Não sabia que era esse o nome dele.
Cola-sama: Nem eu. Pra mim, é o quadro dos relógios derretidos.
Hércules: É uma maneira de descrevê-lo.
Cola-sama: Ainda bem que você concorda.
Hércules: Temos que ser específicos, nas descrições. Assim é mais fácil de outras pessoas lembrarem do que estamos nos referindo.
Cola-sama: De fato, é verdade.
Lalali: É realmente misterioso. Não é engraçado, também?
Hércules: Realmente não entendi, o motivo dele ser engraçado.
Lalali: Não digo no sentido de ser engraçado, para rir, mas no sentido de criatividade.
Hércules: Acho que entendi o que você quer dizer, Lalali.
Lalali: É uma mania que eu tenho, usar a palavra “engraçado” quando não é realmente engraçado.
Cola-sama: A autora faz a mesma coisa.
Lalali: É verdade.
Hércules: Todos nós somos influenciados por ela, quer nós queiramos ou não. Em maior ou menor grau.
Cola-sama: Infelizmente.
Lalali: Nossa, Cola-sama. Não está exagerando, não?
Cola-sama: Não.
Hércules: É melhor não insistir, Lalali. A Cola-sama é assim mesmo.
Cola-sama: Exato. Agora, se me dão licença… *ia se levantar, é impedida por Lalali*
Lalali: Não, não vá embora!
Cola-sama: Precisa de mim para alguma coisa?
Lalali: Não, porém não é bom ficar sozinha.
Cola-sama: Eu fico bem sozinha.
[Cola-sama olha com frieza para Lalali, ela sai da frente e deixa Cola-sama ir embora.]
Lalali: Puxa vida, ela é tão difícil…
Hércules: Eu te admiro por tentar fazer amizade com ela.
Lalali: É que ela é sempre tão ranzinza. E misteriosa, como a pintura dos relógios derretidos.
Hércules: Acha mesmo?
Lalali: Sim. Talvez não seja a minha melhor comparação, mas…
Hércules: Você está fazendo um suspense daqueles.
Lalali: Pois é. É que ela é tão sozinha… Eu tenho os unicórnios!
Hércules: E eu, doze trabalhos para fazer.
Lalali: Estava esperando para fazer essa piada, não estava?
Hércules: Confesso que estava, mas seu não sou um cara engraçado.
[Cola-sama está andando sozinha, pelo corredor.]
Cola-sama: Eu fico muito bem sozinha…
[Cola-sama olha pela janela.]
Cola-sama: Ué? Aquela vaca ainda está pastando por aqui? A autora e as suas novidades.
Moon: Não é uma novidade!!
Cola-sama: De onde você saiu?
Moon: Eu saio de onde eu quiser, sou eu quem mando nas coisas por aqui.
Cola-sama: Não diga.
Moon: Ei! Não saia andando, Cola-sama!
Cola-sama: Não tenho paciência pra você hoje, autora.
Moon: Você dificilmente tem paciência comigo!!
Cola-sama: Certo, certo. Outro dia a gente discute.
Os dias são estranhos, mais estranhos ainda são aqueles que fazem questão de te lembrar que esse universo é uma completa esquisitice.
Na Casa do Random.
Random: Capitão! Capitão! Você não sabe o que aconteceu. *no telefone*
Capitão Yay: Realmente, eu não sei como aconteceu. Estou aqui, procurando minhas meias. Será que os elfos vieram buscar, porque eles querem ser livres?
Random: O quê? De onde você tá falando de elfo????
Capitão Yay: Harry Potter.
Random: *fica em silêncio*
Capitão Yay: Random? RANDOM, você está aí, onde está olhando para os pombos?
Random: Não, não. Eu não estou olhando para pombo nenhum.
Capitão Yay: Olha lá, hein?
Random: E nem em teorias da conspiração, sobre Mario!
Capitão Yay: Não faça isso, não vale a pena.
Random: Enfim, você sabre canetas espiãs?
Capitão Yay: Ah não, ah não…
Random: Que foi?? Qual é problema?
Capitão Yay: É aquele momento.
Random: Momento? Momento de quê?
Capitão Yay: Momento da conspiração!
Random: Mas não é conspiração.
Capitão Yay: Não, imagina.
Random: É um fato.
Capitão Yay: Só os elfos livres, são um fato.
Random: Eles são livres, assim como seus amigos anões.
Capitão Yay: Não estamos falando de Senhor dos Anéis.
Random: Sobre o que falávamos mesmo?
Capitão Yay: Sobre coisas normais.
Random: Capitão, nós somos casados, e você acha mesmo?
Capitão Yay: Eu acho o quê?
Random: Que eu sou normal!
Capitão Yay: Bom argumento.
Random: Lógico. Assim como os pombos.
Capitão Yay: Ah não, ah não. Pombos não.
Random: Sim, pombos sim!
Capitão Yay: Eu não gosto de pombos.
Random: Eu sei.
Capitão Yay: Está falando sério?
Random: Estou falando sério, você quer que eu fale rimando?
Capitão Yay: Não, pelo amor de deus.
Random: Tem certeza?? Eu posso fazer isso.
Capitão Yay: Por favor, por favor. Me poupe disso!
Random: Mas como eu vou treinar minhas habilidades de rima?
Capitão Yay: E eu vou saber?
Random: Tá. E as canetas espiãs…
Capitão Yay: Não dá pra me poupar disso?
Random: Não. Eu sou um deles!
Capitão Yay: Você o quê?
Random: Eu sou um guardião das canetas.
Capitão Yay: Você enloqueceu.
Random: Não. Eu sou assim mesmo. Você deveria saber!
Capitão Yay: Eu já não sei de mais nada.
Random: Mas isso não é bom.
Capitão Yay: Estou apenas seguindo o fluxo.
Random: Depende do fluxo.
Capitão Yay: Chega Random! Não aguento mais a nossa conversa.
Random: Você está aí, sendo aleatório, e é você que não aguenta a conversa?
Capitão Yay: Não, não, não. O aleatório aqui é você!
Random: Sim, eu sei.
Capitão Yay: Está no seu nome.
Random: Claro! Mais alguma obviedade.
Capitão Yay: O céu é azul.
Random: Que maneira besta de terminar uma conversa.
Capitão Yay: Concordo. E uma historinha também.
– Esses personagens, são tão exigentes.
Hipóteses são sempre bem-vindas, porém elas tem que ter fundamento, caso contrário, não serão levadas a sério.
No escritório da autora, em Happy Green Things.
Moon: Kekekê! Que bom que você está aqui. Fico feliz em vê-lo!
Kekekê: Fico feliz em te ver também, Moonzinha. Como vai?
Moon: Estou indo, naquele jeito.
Kekekê: Pra frente?
Moon: Sim! Pra frente.
Kekekê: É pra frente que se anda!
Moon: Lógico. Pra frente não se dança.
Kekekê: A menos que você quiser dançar.
Moon: Não, eu não quero dançar.
Kekekê: Tá bom. Quer ouvir uma piada?
Moon: Que piada?
Kekekê: Puxa vida, diga sim ou não.
Moon: Sim.
Kekekê: DING-DONG.
Moon: Quem é?
Kekekê: Ding dong?
Moon: QUEM É?
Kekekê: Puxa vida, eu esqueci o resto da piada.
Moon: Kekekê! Francamente!
Kekekê: Calma, essas coisas acontecem.
Moon: Acontecem… Está bem, acontecem. Mas e agora, como eu vou saber o resto da piada?
Kekekê: Acho que tinha algo a ver com pastel.
Moon: Pastel! Pastel. Uma piada com pastel e campainha?
Kekekê: Sim. É um conceito!
Moon: Uma piada, com conceito?
Kekekê: Toda piada tem um conceito.
Moon: Um conceito engraçado, de preferência.
Kekekê: E um conceito que seja respeitoso!
Moon: Mas é claro.
Kekekê: Eu trouxe uma coisa interessante.
Moon: O que seria uma coisa interessante?
Kekekê: Pão de queijo.
Moon: Pão de queijo!
Kekekê: Não é uma coisa interessante?
Moon: É uma coisa interessantíssima!
Kekekê: Ainda bem que nós nos concordamos.
Moon: É lógico. Será que em outra dimensão, eu também gosto de pão de queijo?
Kekekê: Tomara que sim!
Moon: Ou será que em outra dimensão, não existe pão de queijo?
Kekekê: Que horror! Será??
Moon: É só uma hipótese.
Kekekê: Uma hipótese horrível.
Moon: Que dramático.
Kekekê: Dramático é o Locutor-sama!
Moon: Sim, é verdade. Sábias palavras!
Kekekê: Ainda bem que na nossa dimensão existe pão de queijo.
Moon: Existem coisas além do pão de queijo, sabia?
Kekekê: Sim. Eu sabia!
Moon: Não parece. Coma o pão de queijo, de uma vez.
Kekekê: Posso?
Moon: Pode!
Kekekê: Ufa, muito obrigado, Moonzinha!
Moon: Não me agradeça, divida o pão de queijo comigo, oras.
Kekekê: Estão aqui, os seus são maiores que o meu.
Moon: Ainda bem.