Happy Green Things

Existem dias em que acordamos e sentimos que estamos estranhos, mas nada de uma groselha não resolva.

Locutor-sama: Eu adentrei ao escritório da Senhorita Moon, e procurava algum sinal da presença dela. Onde podia estar? Olhei para um lado, olhei para o outro, inclusive por baixo da mesa. Até que notei uma sombra atrás da cortina.
Moon: Eu não estou aqui.
Locutor-sama: Como não? Quem está atrás da cortina, então?
Moon: Um manequim.
Locutor-sama: E com quem estou conversando?
Moon: E eu vou saber? A imaginação é sua, não minha!
Locutor-sama: Mas foi você quem me criou!
[O Locutor se aproxima da cortina, e ele puxa a cortina. Não havia ninguém.]
Locutor-sama: Ok. Isso foi inesperado.
[Passos se aproximam do escritório, porém o narrador não percebe. A autora aparece, obviamente entrando pela porta.]
Locutor-sama: AAAAAAAH!
Moon: Minha nossa, Locutor. Acalme-se!
[A autora estava carregando uma pilha de livros.]
Locutor-sama: Eu estou calmo.
Moon: E esse grito, o que foi exatamente??
Locutor-sama: Foi um grito de espanto. E essa pilha de livros?
Moon: Ah, eu estava arrumando as estantes.
Locutor-sama: Ah! A biblioteca do Estúdio.
Moon: Exato. E sabe o que eu encontrei?
Locutor-sama: O quê você encontrou?
Moon: Livros de kung-fu.
Locutor-sama: Livros de kung-fu?
Moon: Sim, está difícil de entender?
Locutor-sama: Não, não está difícil de entender. Eu queria saber só o porquê de ter livros de kung-fu na biblioteca do estúdio
Moon: Eu também queria saber disso!
Locutor-sama: Como assim, você não sabe os livros que tem na biblioteca?
Moon: Não, eles aparecem espontaneamente.
Locutor-sama: Caramba.
Moon: Caramba, é só isso que você tem a me dizer, narrador?
Locutor-sama: Sim, eu estou só inventando o que dizer, porque na verdade eu estou sem palavras.
Moon: Ah! Quanta consideração da sua parte, Locutor.
Locutor-sama: Eu faço o que posso, senhorita Moon,
Moon: Ainda bem, porque o que você não pode, você não deve nem tentar fazer.
Locutor-sama: Mas é tentando fazer que eu aprendo!
Moon: De fato, mas quando você tenta com intenção de aprender, não funciona.
Locutor-sama: O que você está insinuando?
Moon: Eu não estou insinuando, estou falando!
Locutor-sama: Que bom que nosso relacionamento é de honestidade.
Moon: Sim! Agora me ajude a se livrar desses livros kung-fu.
Locutor-sama: O que você quer que eu faça com eles?
Moon: Não sei, faz qualquer coisa com eles.
Locutor-sama: Qualquer coisa, ainda assim, é alguma coisa!
Moon: Nossa, Locutor você está com umas tiradas ótimas, hoje
Locutor-sama: Obrigado, autora. É bom que alguém reconheça os meus talentos.
Moon: Sim, agora vá se livrar dos livros que pedi, tá bom?
Locutor-sama: Tinha que ter uma pegadinha, esse elogio.