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Locutor-sama Adventures

Amigos próximos são muitos sinceros, tão sinceros que eles até podem soar babacas. Mas em amizades de verdade, tudo é rapidamente esquecido.

No apartamento do Locutor-sama:
[Locutor-sama estava fazendo palavras cruzadas, até que a campainha toca. Ele estava de bom humor.]
Locutor-sama: *checa antes no olho mágico* Katsu! Rogério!
Rogério: Olá, Locutor!
K-chan: *em silêncio, ele está bravo*
[O narrador deixa aos dois entrarem.]
Locutor-sama: Aconteceu alguma coisa?
Rogério: Ah, bom. Sabe como é…
K-chan: Você e a Rika brigaram. E ela está chateada.
[Rogério chocado, pelo seu amigo ter ido direto ao assunto.]
Locutor-sama: Ah! Deve ser sobre ontem. Realmente, eu exagerei muito ontem.
K-chan: Ainda bem que você admite.
Rogério: Katsu! Nós mal sabemos o que aconteceu.
K-chan: De qualquer forma, ela está chateadíssima. É bom o Locutor reconhecer seu erro.
Locutor-sama: Mas teve um problema.
K-chan: Qual?
[Silêncio. O “Qual” de Katsu foi realmente intimidador.]
Locutor-sama: A Rika não terminou a história que escreveu.
Rogério: Ah! E você ficou curioso?
Locutor-sama: De certa forma.
K-chan: Não existe de certa forma. Ou você não gostou ou não.
Locutor-sama: Curiosidade é diferente de gostar ou não.
K-chan: Ah! Sim!
Locutor-sama: É melhor eu pedir desculpas para a Rika.
Rogério: Ah! É melhor.

[Rika abre a porta do apartamento de forma impactante.]
Rika: Como assim????? VOCÊ ESTÁ DE BOM HUMOR?
Locutor-sama: Sim, Rika.
Rika: Droga.
Rogério: Calma, Rika! Não precise ficar assim.
K-chan: Não acho que vamos conseguir convencê-la do contrário.
Rika: Exato! Eu sou bastante decidida.
Rogério: Bom. Nosso trabalho aqui acabou…?
K-chan: Se você quiser ir embora, pode ir. Eu ficarei aqui.
Rogério: Você ainda está bravo, Katsu…
Locutor-sama: O que todos nós precisamos é acalmar os ânimos!
Rogério: Tenho que concordar.
Locutor-sama: Não vá embora, Rogério. Convido todos vocês para comer um pedaço de bolo.
K-chan: Depende do bolo.
Rika: É isso mesmo! Depende do bolo! Você não irá comprar nossa companhia, com qualquer tipo de bolo
Locutor-sama: É bolo branco, com calda de coco.
Rogério: Eu aceito. Katsu, o que você acha?
K-chan: Vou aceitar, porque quero fazer companhia para vocês.
Locutor-sama: Esse é o espírito.
Rika: É bom que seja gostoso.
Locutor-sama: Faz sucesso. Minha mãe gosta, e ela é exigente com doces.
Rogério: Ah! Se uma mãe aprova…
Locutor-sama: Exato.
Rika: Vou começar no gosto da sua mãe.
K-chan: Eu também. Se aprovar, vou querer a receita.
Rika: Oh!! É uma receita secreta de família?
Locutor-sama: Não, não é nada tão emocionante assim.
Rika: Ah. Que coisa.
K-chan: Ainda bem, é mais fácil de conseguir a receita.
Rogério: Lá vem…
K-chan: Que foi?
Rogério: A sua mania de colecionar receitas.
K-chan: É divertido, ué.
[Locutor-sama já está na cozinha, Rika está sentada à mesa, esperando o seu pedaço de bolo.]
Locutor-sama: E tudo fica bem, quando termina bem.
Rika: Você tinha que narrar, né…

Locutor-sama Adventures

O tempo todo é um bom momento para ter ideias, mas muitas vezes elas fogem.

No apartamento do Locutor-sama.
Rika: Locutor-sama! *abre a porta do apartamento*
Locutor-sama: Devia ter imaginado que, dar uma cópia da chave pra você resultaria nisso.
Rika: Você falou que era para vir, quando eu tinha uma coisa importante…
Locutor-sama: Tudo bem, tudo bem.
Rika: Não vai me perguntar, o que há de tão importante?
Locutor-sama: Você se declarou para o Katsu?
[Silêncio constrangedor. O narrador não sabia dizer se tinha acertado, ou não.]
Rika: Agora você me deixou triste.
Locutor-sama: Eu errei?? Estou desapontado!
Rika: Eu não vim aqui para contar da minha vida amorosa.
Locutor-sama: Uma pena. Você sabe que sou fofoqueiro.
Rika: É assustador ver você tão sincero.
Locutor-sama: É brincadeira.
Rika: Mas você é realmente fofoqueiro!
Locutor-sama: Agora é a SUA sinceridade que está me assustando.
Rika: É pra isso que temos amigos. Amigos próximos são sinceros!
Locutor-sama: E pessoas completamente estranhas para nós, também.
Rika: Pessoas estranhas são sinceras? E quanto as pessoas normais?
Locutor-sama: Me refiro as pessoas que nos são desconhecidas.
Rika: Ah! Agora que você explicou, faz sentido.
Locutor-sama: De qualquer modo, a que devo o prazer da sua visita?
Rika: Calma! No momento, eu esqueci o que ia dizer.
[Rika senta no sofá, para o espanto do Locutor.]
Locutor-sama: Pra quê a senhorita fez isso?
Rika: Eu sou uma velha cansada. Preciso descansar!
Locutor-sama: Eu sou mais velho que você, e não estou no sofá.
Rika: Problema seu. O seu sofá é confortável!
Locutor-sama: Francamente, Rika. Lembre-se de uma vez, o que você veio falar! Caso contrário, ficarei curioso.
Rika: Caramba! Seria uma honra deixar alguém curioso, com o que tenho a dizer.
Locutor-sama: Ah, francamente…
Rika: É engraçado ouvir você falar “francamente”. Tão espirituoso!
Locutor-sama: Rika…
Rika: Tá, tá, tá. É que eu queria escrever uma história.
Locutor-sama: E veio pedir a minha ajuda, justamente por causa da minha experiência de narrador?
Rika: Oh, não. Não é isso que veio na minha cabeça.
Locutor-sama: Então você precisa de uma opinião sincera.
Rika: Na verdade, não exatamente. A sua opinião não é necessariamente importante.
Locutor-sama: Céus, Rika. Já estou perdendo a paciência.
Rika: Percebi. Estou apenas fazendo justiça.
Locutor-sama: Justiça pra quem?
Rika: Ah, só queria dizer algo dramático.
Locutor-sama: Sei.
Rika: Eu queria saber se, você riria das minhas piadas.
Locutor-sama: Isso dificilmente aconteceria, já não dou nem risadas com as piadas da Senhorita Moon.
Rika: Mas é justamente por isso, que eu queria que você lesse!
Locutor-sama: Mas…
Rika: Vamos lá, vamos lá!
[Rika entrega o seu caderno para o narrador ler.]
Rika: Demorei uma semana para escrever!
[O Locutor lê, após sentar no sofá. Termina de ler, e não dá nenhuma risada.]
Rika: Você não achou engraçado? EM NENHUM MOMENTO?
Locutor-sama: É que a minha vida é triste.
Rika: Ah, Locutor! Você realmente não tem graça nenhuma.
Locutor-sama: Além do mais, essa história não está terminada.
Rika: É que eu fiquei com preguiça.
[Locutor taca o caderno dela no chão.]
Locutor-sama: Me entregue uma história completa pra ler, caramba!

Pixie Tales

Nem tudo na vida é sobre comer pão de queijo, existe também outras coisas interessantes, como pastel. Não conheço ninguém que não goste de pastel!

Na casa do Kekekê.
Kekekê: Sejam bem vindo a minha humilde casa, Moonzinha!
Moon: Obrigada por me receber, Kekekê. E será que dá certo, mesmo?
Kekekê: Sim, a magia de encolhimento da Matilde dura o tempo que for necessário. Mas cuidado pra não falar framboesa!
Moon: Framboesa?
[Kekekê olha a autora, em silêncio.]
Moon: Era a palavra que me fazia, voltar ao tamanho normal?
Kekekê: Se fosse essa, você teria já voltado ao normal.
Moon: De fato. Qual era a palavra mesmo?
Kekekê: Eu sei, mas so risco de você repetir é grande. Vai querer um suco?
Moon: Suco de uva, por favor.
Kekekê: Suco de uva?
Moon: Suco de uva.
Kekekê: Mas Moon, você não bebeu suco de uva o suficiente para a sua vida inteira?
Moon: Bebi.
Kekekê: Então…?
Moon: Só estou querendo voltar aos bons tempos.
Kekekê: É um dia de nostalgia?
Moon: De algum modo, sim. É uma questão de nostalgia.
Kekekê: Muito profundo. Sente-se no sofá!
Moon: E se eu quiser sentar no chão?
Kekekê: Francamente, Moonzinha. Não comece a bancar a engraçadinha.
Moon: Não estou bancando a engraçadinha. É apenas suma questão de escolha.
Kekekê: Sabe o que é realmente engraçado?
Moon: Não sei, o quê é realmente engraçado?
Kekekê: Seria engraçado se você sentasse no sofá;
Moon: Mas isso é extremamente previsível.
Kekekê: Você prefere ser imprevisível, e sentar de forma desconfortável?
Moon: Está bem, está bem.
[A autora senta no sofá. O duende vai pegar os sucos]
Moon: Caramba!
Kekekê: *da cozinha* O que foi?
Moon: Eu só queria falar isso. É um país livre! Sou eu que escrevo a história por aqui.
Kekekê: Sim, eu sei.
[Kekekê sai da cozinha, segurando uma bandeja, na qual está os copos em cima.]
Kekekê: Aqui está o suco de uva.
Moon: Agradecida. Isso é suco de laranja?
Kekekê: Sim, você preferia?
Moon: Oh, não. Só estou perguntando, mesmo. Criando uma conversa.
Kekekê: Está bem, está bem.
Moon: Nessa quarentena, não tenho muitas oportunidades para ser sociável.
KekeKê: Então você tem que ser sociável com os seus personagens.
Moon: Sim, eu ao menos estou tentando.
Kekekê: É um motivo nobre. Os personagens sempre precisam de atenção!
[A autora bebe o suco de uva. Kekekê bebe seu suco de laranja.]
Moon: Excelente suco! É uma delícia.
Kekekê: Ainda bem que você gostou.
Moon: Sim, eu gostei bastante.
Kekekê: Esse suco de laranja também é muito bom!
Moon: Não sabia que você era um grande apreciador de sucos.
Kekekê: Estou muito longe diso ainda, mas eu realmente gosto bastante.
Moon: Também não combinaria muito, um duende tomando refrigerante.
Kekekê: Com certeza. um duende que bebesse refrigerante seria uma coisa muito feia.
Moon: De fato. E como vão as coisas?
Kekekê: Vão bem. A Matilde está aprendendo a dirigir avião.
Moon: Isso tem mesmo necessidade?
Kekekê: Ela queria renovar a carta.
Moon: A carta de motorista de avião?
Kekekê: Sim.
Moon: Isso existe?
Kekekê: No mundo encantando, existe sim.
Moon: Mundo encantado…
Kekekê: Acho bonitinho falar assim.
Moon: Realmente, é muito bonitinho.
Kekekê: De qualquer modo…
Moon: De qualquer modo?
Kekekê: Ainda não lembrei o resto da piada.
Moon: Que pena.

Happy Green Things

Hipóteses são sempre bem-vindas, porém elas tem que ter fundamento, caso contrário, não serão levadas a sério.

No escritório da autora, em Happy Green Things.

Moon: Kekekê! Que bom que você está aqui. Fico feliz em vê-lo!
Kekekê: Fico feliz em te ver também, Moonzinha. Como vai?
Moon: Estou indo, naquele jeito.
Kekekê: Pra frente?
Moon: Sim! Pra frente.
Kekekê: É pra frente que se anda!
Moon: Lógico. Pra frente não se dança.
Kekekê: A menos que você quiser dançar.
Moon: Não, eu não quero dançar.
Kekekê: Tá bom. Quer ouvir uma piada?
Moon: Que piada?
Kekekê: Puxa vida, diga sim ou não.
Moon: Sim.
Kekekê: DING-DONG.
Moon: Quem é?
Kekekê: Ding dong?
Moon: QUEM É?
Kekekê: Puxa vida, eu esqueci o resto da piada.
Moon: Kekekê! Francamente!
Kekekê: Calma, essas coisas acontecem.
Moon: Acontecem… Está bem, acontecem. Mas e agora, como eu vou saber o resto da piada?
Kekekê: Acho que tinha algo a ver com pastel.
Moon: Pastel! Pastel. Uma piada com pastel e campainha?
Kekekê: Sim. É um conceito!
Moon: Uma piada, com conceito?
Kekekê: Toda piada tem um conceito.
Moon: Um conceito engraçado, de preferência.
Kekekê: E um conceito que seja respeitoso!
Moon: Mas é claro.
Kekekê: Eu trouxe uma coisa interessante.
Moon: O que seria uma coisa interessante?
Kekekê: Pão de queijo.
Moon: Pão de queijo!
Kekekê: Não é uma coisa interessante?
Moon: É uma coisa interessantíssima!
Kekekê: Ainda bem que nós nos concordamos.
Moon: É lógico. Será que em outra dimensão, eu também gosto de pão de queijo?
Kekekê: Tomara que sim!
Moon: Ou será que em outra dimensão, não existe pão de queijo?
Kekekê: Que horror! Será??
Moon: É só uma hipótese.
Kekekê: Uma hipótese horrível.
Moon: Que dramático.
Kekekê: Dramático é o Locutor-sama!
Moon: Sim, é verdade. Sábias palavras!
Kekekê: Ainda bem que na nossa dimensão existe pão de queijo.
Moon: Existem coisas além do pão de queijo, sabia?
Kekekê: Sim. Eu sabia!
Moon: Não parece. Coma o pão de queijo, de uma vez.
Kekekê: Posso?
Moon: Pode!
Kekekê: Ufa, muito obrigado, Moonzinha!
Moon: Não me agradeça, divida o pão de queijo comigo, oras.
Kekekê: Estão aqui, os seus são maiores que o meu.
Moon: Ainda bem.

Happy Green Things

Tudo é muito bonito e emocionante, mas faltam as batatas fritas.

No estúdio de Happy Green Things, escritório da Cola-sama.
[Cola-sama está dublando a música “Dancing Queen” do grupo ABBA, usando um cabo de vassoura como microfone. Lalali está ali, desde que a música começou, porém Cola-sama só a percebe depois termina de dublar.]
Lalali: Oi, Cola-sama!
Cola-sama: *com vergonha, larga o cabo de vassoura no chão* Já devia ter avisado que estava aí!
Lalali: Eu não quis interromper. Faz parte da minha política, não interromper o lazer das pessoas, sabia?
Cola-sama: Que ótimo! O que você quer.
Lalali: E o meu “Oi”? Estou esperando ele!
Cola-sama: Oi, Lalali.
Lalali: Melhor assim! Vem, peciso te mostrar uma coisa.
[Lalali entra no escritório, pega o braço da Cola-sama e sai correndo, enquanto segura a contra-regra.]
Lalali: Chegamos! Estamos do lado de fora.
Cola-sama: Isso dá para ver. Mas pra quê você me puxou até aqui? Eu sei andar, sabe.
Lalali: Sei, mas você é muito lerda.
Cola-sama: Muito obrigada pela sua honestidade.
Lalali: Não há de quê. Olhe lá, Cola-sama!
[Lalali aponta para longe.]
Cola-sama: O quê é que tem demais?
Lalali: Nós estamos todos aqui, sendo observados.
Cola-sama: Por aquilo ali?
Lalali: Sim. Você consegue identificar?
Cola-sama: Até onde sei, é uma vaca.
Lalali: Sim, uma vaca. Ela está nos espionando! Não é uma coisa emocionante?
Cola-sama: É muito interessante, a sua definição de emocionante.
Lalali: Sim, eu sei. Qual será a intenção dela?
Cola-sama: Nos espionar, oras. Você mesma disse!
Lalali: Sim! Mas quem deve tê-la enviado, para nos espionar?
Cola-sama: Deve ser coisa do Luis Pupu.
Lalali: Luis Pupu? Aquele pato que todo mundo fala dele, mas eu nunca vi?
Cola-sama: Ele mesmo. Todo mundo fala dele?
Lalali: Sim! Existe um modo de dizer, que é: “Não fale comigo, estou sendo observada pelo Luis Pupu.”
Cola-sama: Nunca ouvi falar.
Lalali: Você nunca pesta atenção no que as pessoas falam! Como pode trabalhar como contra-regra?
Cola-sama: Pois é, pois é. E o Hércules também é contra-regra.
Lalali: É verdade.
Cola-sama: Isto é, se a autora ainda se lembra desse detalhe.
Lalali: Olha lá! A vaca se mexeu!
Cola-sama: Lalali. Aquilo lá é apenas uma vaca.
Lalali: Mas não é qualquer vaca. É uma vaca espiã!
Cola-sama: Você está hiperativa demais. Tem certeza que você não é a Hello, disfarçada?
Lalali: Quer que eu prove, usando as minhas duas espadas?
[Cola-sama fica intimidada com as duas espadas de Lalali, que magicamente aparecem nas mãos dela.]
Cola-sama: Esquece. Só a verdadeira Lalali, poderia segurar as espadas dessa forma.
Lalali: Sim! *desaparece com as espadas, elas somem no ar*
Cola-sama: De qualquer modo, é melhor deixar a vaca em paz.
Cola-sama: De vacas.
Lalali: É uma vaca espiã?
Moon: Ah, vocês já conhecem a Mimosa.
Cola-sama: Mimosa!
Moon: É importante saber o nome de uma vaca.
Lalali: É verdade!
Cola-sama: Vocês duas só poder ser doidas, não é possível…

Green House Stories, Ruiva & Mafioso

Muitas perguntas são feitas diariamente, porém nem todas são respondidas.

Na Casa Verde, quarto do Barman.
[Hello está sentada na cama do Barman, enquanto ele está sentando em uma cadeira, desenhando no seu caderno, que está em cima da sua mesa, enquanto escuta música.]
Hello: Você acha que Pandas podem dirigir naves espaciais?
Barman: *tira o lado esquerdo do fone de ouvido* Não sabia que tínhamos trocado de lugar, agora sou eu o entendedor de coisias alienígenas… Pior que não me lembro o momento em que me tornei o extraterrestre.
Hello: Como você é bobo! É apenas uma pergunta retórica.
Barman: Sei. *coloca o fone de ouvido de volta no lugar*
Hello: Francamente, Barman! Você não vai me dar atenção?
Barman: Fica difícil te dar atenção, quando você quer as explicações mais absurdas.
Hello: É apenas um exercício criativo. Você também escreve, afinal de contas.
Barman: Isso é verdade. *tira os dois fones de ouvido* Eu só pensei que, como em grande parte das vezes, você só estava viajando na maionese.
Hello: Eu nem gosto de maionese.
Barman: Eu sei, mas é modo de dizer.
[Barman senta na cama, ao lado da Hello.]
Barman: A pergunta foi… sobre pandas dirigirem naves espaciais.
Hello: Isso! Você estava prestando atenção.
Barman: Normalmente eu presto atenção no que você fala.
Hello: Ótimo! Qual sua teoria, então? Estou pronta para ouvir!
Barman: Minha teoria que sim, se pinguins andam em naves espaciais, os pandas também. Fim da história.
Hello: Só isso? Tinha que meter pinguim no meio?
Barman: Qual é o problema, de colocar pinguim no meio?
Hello: Nada. Pinguins são excêntricos demais!
Barman:Falou a pessoa excêntrica, que se fantasia de sanduíche.
Hello: Era um ato promocional.
Barman: E nos dias que não tem ato promocional?
Hello: Este é um país livre, meu caro.
Barman: Sei. Bom argumento!
Hello: Obrigada. Como chefe da Casa Verde, eu tenho que saber argumentar.
Barman: Claro. Sabe, eu sinto que estou esquecendo de alguma coisa.
Hello: Você está?
Barman: Essa é a grande pergunta! O que eu esqueci?
Hello: E como eu vou saber, sabidão?
Barman: De sabidão eu não tenho nada.
Hello: Verdade. Você saberia, do que esqueceu, por exemplo.
Barman: Exato! Esse é o espírito da coisa.
Hello: Por falar em espírito da coisa, quero fazer ruma festa de Dia das Bruxas.
Barman: Ah! Quer homenagear a vizinha da Tuta-sama?
Hello: A Maricota não é uma bruxa. Ela é só um bicho preguiça.
Barman: Isso não é o que a Tuta-sama diz.
Hello: Ela é sempre uma exagerada.
Barman: Vai envolver se fantasiar de sanduíche?
Hello:: Mas você cismou, com a minha fantasia de sanduíche!
Barman: Ela é uma coisa difícil de se esquecer, quando vejo você vestida com ela por uma semana, direto.
Hello: Talvez eu tenha exagerado um pouquinho.
Barman: Talvez? Fico feliz que você reconhece, ao menos.
[Colombo aparece, pedindo para passear.]
Colombo: Vamos lá! Você me prometeu.
Barman: Ah, foi isso que eu esqueci. *levanta da cama* Tranque a porta do quarto quando sair, por favor.
Hello: Ah, tudo bem!

Pixie Tales

Duendes são muito sociáveis, e gostam de passear por diversos lugares. Exceto em reuniões de terraplanistas…

[Kekekê está no shopping. Ele tranquilamente olha as vitrines, sem pressa para nada. Ele está no seu dia de folga. Nada parece pertubá-lo. Exceto o fato de estar terrivelmente entediado. Até que encontra uma cara conhecida, em uma das cafeteria do shopping.]
Kekekê: Amigo Low!! Como é bom te ver!
Low: Kekekê! Como está você?
Kekekê: Estou bem. Como estão as coisas?
Low: Um minuto, acabei de terminar meu sanduíche e preciso beber meu suco de uva.
[Low toma seu suco de uva, com tranquilidade. Kekekê puxa a cadeira para a mesa de seu amigo, para melhor conversarem.]
Kekekê: Você foi embora de repente, da última vez que conversamos.
Low: Você ficou bravo, porque eu não gosto de pão de queijo. Queria mais era sair correndo.
Kekekê: Nossa! Que exagero.
Low: Diz isso porque não viu, o quão furioso e decepcionado ficou.
Kekekê: Pode ser que eu tenha exagerado um pouco.
Low: Um pouco? UM POUCO? Não sei que diferença faz, os meus gostos.
Kekekê: Talvez você tenha razão.
Low: Talvez…?
Kekekê: Amigos continuam amigos, apesar das diferenças.
Low: Esse é o espírito! Pois afinal de contas, pão de queijo é pão de queijo.
Kekekê: Ainda bem que ao menos, você não é terraplanista.
Low: Lá vêm você, com essa história de novo.
Kekekê: E pastel? Você gosta?
Low: Meu amigo, acabei de comer um pastel de vento. Isso responde sua pergunta?
Kekekê: Ainda bem. *respira, muito mais aliviado*
Low: Nossa! Precisa de tudo isso?
Kekekê: Lógico. E lembre-se, foi você quem sumiu misteriosamente.
Low: Foi minha inspiração do momento.
Kekekê: Está certo. Mais alguma novidade?
Low: Andei a procura da minha namorada.
Kekekê: Ah! E como vai sua busca?
Low: No momento, bastante infrutífera.
Kekekê: Tenho certeza que você encontrá respostas.
Low: Obrigado pelo apoio. Sempre é muito importante, ter suas boas palavras, Kekekê.
Kekekê: Não precisa me agradecer. Sempre fico feliz em ajudar.
Low: De qualquer modo, eu estou paciente. Estou muito bem, sozinho!
Kekekê: Se você diz…
Low: E como estão as coisas, com a Matilde?
Kekekê: Estão ótimas!
Low: Mesmo cada um morando na sua casa?
Kekekê: A Matilde precisa do espaço dela. Ela tem muita tralha, e eu também!
Low: Entendo, meu amigo. Qualquer dia desses, espero ver os dois juntos.
Kekekê: Mas é claro! Me passe o seu contato, e a gente marca qualquer dia.
Low: Ah, é verdade. Não tenho o seu contato, sem você tem o meu.
[Os dois trocam os números.]
Low: Pronto.
Kekekê: O pastel de vento daqui é bom?
Low: Já, apesar de já ter comido melhores.
Kekekê: Sei.
Low: De qualquer modo, tento não ser tão exigente.
Kekekê: Apesar de você não gostar de pão de queijo.
Low: Kekekê! Isso novamente?
Kekekê: Está bem, desculpa. Prometo não fazer de novo!
Low: Sei.
Kekekê: Aquele ali, não é o Paulo Freire vestido de Batman?
Low: Onde?
[Low vira para o outro lado. Kekekê misteriosamente desaparece.]
Low: Está bem, Kekekê, nós estamos quites!!

Green House Stories

Dizem muitas coisas sobre amizade, mas também dizem coisas demais sobre tudo! Esses falsos entendidos…

Na Casa Verde, escritório da Hello.
[Rosalina entra no escritório da Hello, esta concentrada trabalhando em seu computador. Mas na verdade, ela está jogando paciência. Paciência Spider! Quem joga esse tipo de paciência? Eu não sei jogar isso, é verdade.]
Rosalina: Hello, tenho um assunto sério a tratar com você.
Hello: Espero que não seja uma revelação bombástica. Já tive emoções demais hoje, quase caí da cama.
Rosalina: Credo, você está bem?
Hello: Apenas traumatizada. Talvez eu colque uma escadinha ao lado da cama. Ou almofadas no chão. É, a segunda opção é melhor.
Rosalina: Posso falar agora, antes que comece as suas viagens na maionese?
Hello: Pode, peço desculpas.
Rosalina: Cansei de fazer ioga.
Hello: Como assim!! Você é a verdade Rosalina??
Rosalina: A questão não é essa.
Hello: Quer dizer que há uma remota possibilidade de você não ser você!
Rosalina: Francamente, Hello.
Hello: Sou precavida. É melhor você responder as perguntas de segurança…
Rosalina: Hello, eu só cansei de fazer ioga!!
Hello: Tem certeza que o Ramsés não tem te atrapalhado, fazendo ioga?
Rosalina: Tem essa questão, também.
Hello: AHÁ! Sabia que tinha alguma coisa errada.
Rosalina: Mas eu também CANSEI de argumentar com o SEU gato.
Hello: Também canso de discutir com ele.
Rosalina: Não é discutir, é argumentar.
Hello: E não é a mesma coisa?
Rosalina: Não, porque ele me pede ARGUMENTOS e ele nunca aceita nada.
Hello: Céus! Que gato chato! Darei um jeito nele.
Rosalina: Não precisa. Tenho pena dele.
Hello: Ah. Então veio falar comigo, para…?
Rosalina: Quero pedir uma coisa.
Hello: Não é demissão, é?
Rosalina: Claro que não! É a sua máquina de dança emprestada.
Hello: Ufa! Mas é claro, minha amiga. Eu te empresto.
Rosalina: Ótimo! E se eu não estiver pedindo demais, peço mais uma coisa.
Hello: Claro, pode falar. O que mais está precisando?
Rosalina: Não sou eu que está precisando. O seu gato precisa de atenção!
Hello: Está bem, eu vou paparicar o Ramsés. Cadê ele, afinal?
Rosalina: Dormindo, no meu tapete de ioga.
Hello: Vou até lá. Gato difícil de se lidar…

Locutor-sama Adventures

Ninguém sabe de nada, na verdade. A sabedoria é algo que depende do seu ponto de vista!

Moon: O narrador está meditando tranquilamente, no seu apartamento. A sua sala de estar está cheia de incesos, e está sentado no chão, em cima de um tapete. Mas uma história não é feita de eventos tranquilos… A campainha toca! E a expressão calma do Locutor some do seu rosto.
Locutor-sama: *levanta do chão* Quando a autora está de narradora, lá vem coisa boa…
Moon: Pare de reclamar. Você não pode narrar sua própria história, não teria cabimento!
Locutor-sama: Tá bom, tá bom! *anda em direção da porta, olha pelo olho mágico* Oh não. Ele não.
[A porta é aberta. O Locutor está com má vontade de colaborar.]
Locutor-sama: Quem é você mesmo?
Patrick: Como assim, sou eu, seu amigo Pa-
Locutor-sama: Ah, é você Patrício. Não reconheci você, estava MUITO ocupado.
Patrick: Está sempre ocupado demais para me atender. E na maioria das vezes, você nem está!
Locutor-sama: A vida de um narrador é dura. Não posso relaxar em serviço.
Patrick: Não vejo como sua vida pode ser dura…
Locutor-sama: Um personagem esquecido como você, não entenderia a profundidade do meu trabalho.
Patrick: Como você é rude! A autora tinha outros planos pra mim.
Locutor-sama: Lógico. É bom ter esperança no seu futuro, ninguém quer que você perca seu emprego.
Patrick: Vai ser ruim comigo aqui na sua porta, ou vai me convidar para entrar?
Moon: *aparece atrás do Locutor* Lógico que você pode entrar, Patrício! Deixa ele passar, narrador, ou mandarei a Tuta pegar o seu microfone.
Patrick: Há há! Tomou da chefe!
Locutor-sama: Calado, Patrick do Bob Esponja.
Patrick: Se eu sou o Patrick, você é o Bob Esponja?
Locutor-sama: Prefiro o Lula Molusco.
Moon: Não, você não prefere. E deixe de ser chato!
Locutor-sama: Ei! Está sentando no sofá??
Patrick: Sim, ué. Como é que você quer tratar as visitas??
Locutor-sama: Você vive na minha casa, se eu deixar.
Patrick: Aqui não é casa, é apartamento.
Locutor-sama: Muito engraçado.
Patrick: Eu tenho meus talentos.
Moon: Seja educado com a visita!
Locutor-sama: Autora, você não tem outras histórias para escrever?
Moon: Tens razão, meu caro. Irei embora. Se comportem, rapazes!
[A autora desaparece. Só sobram os deus.]
Patrick: Não vai me servir um café?
Locutor-sama: Se eu te servir um café, você vai embora logo?
Patrick: Quanto mais grosso você ser comigo, mais devagar será minha visita.
Locutor-sama: Já vi que vou ter que tomar medidas drásticas.
Patrick: Quais?
Locutor-sama: Você prefere uma vassoura, ou um esfregão na sua cara??
Patrick: Que horror! Leonard, você é terrível. Irei embora. Mais eu voltarei!
[Locutor fica sozinho, após Patrick sair pela porta.]
Locutor-sama: Deve ser porque fico enchendo a paciência da Tuta-sama. É melhor eu tomar mais cuidado.

Random Adventures

Entre outras coisas significa Etc, ou é ao contrário? Por favor, finja que entendeu.

No apartamento do Capitão Yay.
[Random estava dançando alegremente. O motivo disso não é da conta de nós, meros mortais. Um boneco de palito faz o que bem entender!]
Capitão Yay: Random, você escutou as notícias?
Random: Sim. A autora voltou a escrever histórias para o blog!
Capitão Yay: Exato!
Random: Sou um boneco de palito, sempre muito bem informado.
Capitão Yay: Para isso, basta ler o jornal.
Random: Sim, sim. Pessoas com cultura como eu, leem o jornal.
Capitão Yay: Você está muito exibido, hoje.
Random: Talvez eu esteja, meu querido Capitão! Porém, estou bem humorado. A baixa autoestima não tem vez para a minha alegria.
Capitão Yay: Fico feliz por você.
Random: Ah! Muito educado da sua parte dizer isso.
Capitão Yay: Talvez eu também tenha cultura, e boa educação.
Random: Lógico que você tem. Já te chamaram de sem cultura, ou mal educado?
Capitão Yay: Infelizmente, já passei por situações que mereci ser chamado de mal educado.
Random: Essas coisas acontecem.
Capitão Yay: Pois é. Não era um personagem descontruído, naquela época.
Random: Ao menos, você já gostava de pão de tapioca.
Capitão Yay:: De fato. Você sempre sabe o que dizer…
Random: Nem sempre. Muitas vezes, falo a primeira coisa que me vem na cabeça.
Capitão Yay: Disso eu sei. Não é nada de surpreendente!
Random: Bem. Nem todo dia, é dia de novidade!
Capitão Yay: E dia de lavar a louça?
Random: Todo o dia, é dia de lavar a louça.
Capitão Yay: Ontem eu não lavei a louça. Nem hoje de manhã.
Random: Isso significa que o senhor está com louça de ontem, acumulada com a de hoje?
Capitão Yay: Sim.
Random: Não acredito nisso.
Capitão Yay: Mas é verdade!
Random: Não me casei com você, pro senhor deixar louça acumulada. Vá lá, lavar a louça de uma vez!
Capitão Yay: Tá, tá, tá. Devia ter mantido a minha boca fechada!
Random: A verdade sempre vem a tona, meu querido.
Capitão Yay: Droga. Já devia ter lavado a louça…
Random: Concordo!!
[Capitão Yay está na cozinha. Random está na porta, sem entrar na cozinha.]
Random: Pare de resmungar. Quanto mais você resmunga, mais vai demorar pra terminar.
Capitão Yay: Que coisa, não precisa me dar lição de moral!
Random: Não estou te dando lição de moral.
Capitão Yay: Ah, que bom.
Random: Estou te dando lição de bom senso!
Capitão Yay: Céus, não sei o que é pior!
Random: Deixa de exagero! Vai conseguir terminar essa louça rapidinho.
Random: Pare de resmungar. Quanto mais você resmunga, mais vai demorar pra terminar.
Capitão Yay: Que coisa, não precisa me dar lição de moral!
Random: Não estou te dando lição de moral.
Capitão Yay: Ah, que bom.
Random: Estou te dando lição de bom senso!
Capitão Yay: Céus, não sei o que é pior!
Random: Deixa de exagero! Vai conseguir terminar essa louça rapidinho.