No estúdio da autora, em Happy Green Things.
Moon: Muito bem. Locutor-sama!
Locutor-sama: Sim, minha cara dama?
Moon: Quero que você responda uma coisa.
Locutor-sama: Mas é claro. Sua pergunta é sinônimo da minha resposta!
Moon: Pra quê o cosplay de Sebastian de Kuroshitsuji?
Locutor-sama: Acordei com vontade de vestir isso.
Moon: Essa é a sua resposta?
Locutor-sama: Sim. Se é insatisfatória, eu troco por outra.
Moon: Minha nossa.
Locutor-sama: O que foi?
Moon: Nada.
Locutor-sama: Tem certeza?
Moon: Tenho.
Locutor-sama: A sua expressão no rosto diz o contrário.
Moon: Pare de fazer isso.
Locutor-sama: Fazer o quê, minha cara dama?
Moon: De imitar o Sebastian. De imitar até os trejeitos dele!
Locutor-sama: Eu me esforço. Fico feliz por estar reconhecendo o meu talento.
Moon: Não estou reconhecendo o seu talento.
Locutor-sama: Como não?
Moon: Ora! Isso que você está fazendo, está ficando chato!
Locutor-sama: Só porque eu quis fazer alguma coisa de diferente, você tem que desprezar minha boa vontade de ser uma pessoa diferentona?
Moon: Ah! Ele admite que quer ser uma pessoa diferentona.
Locutor-sama: Quero ser diferente, mas nem tanto. Ninguém merece também não ter nada em comum com as pessoas à minha volta.
Moon: Como você é complicado.
Locutor-sama: Sim! E disso não me orgulho.
Moon: Como não?
Locutor-sama: Pois tem dias que, até mesmo eu não consigo me aturar.
Moon: Caramba. Que revelação!
Locutor-sama: Meus gostos são complicados.
Moon: É difícil de fazer o almoço?
Locutor-sama: Sim. Tem dias que é difícil para eu me decidir.
Moon: Como sua vida é complicada.
Locutor-sama: Sim. Mas o responsável por complicar sou eu!
Moon: É bom reconhecer o problema, mais um passo próximo da solução.
Locutor-sama: Belas palavras, senhorita Moon.
Moon: Obrigada. Também gosto das suas. De vez em quando.
Locutor-sama: Faço o que eu posso. O que não posso, não faço.
Moon: Você e suas frases de efeito.
Locutor-sama: Gosto de ser preparado para impressionar os outros.
Moon: Você não está me impressionando.
Locutor-sama: Os outros não incluem você.
Moon: Que resposta rude da sua parte.
Locutor-sama: Desculpe. Se você me deixasse continuar imitando o Sebastian de Kuroshitsuji, isso simplesmente não aconteceria.
Moon: Pode ser. Mas sua imitação já me encheu.
Locutor-sama: Nem a fiz por dez minutos, autora.a
Moon: Mas a sua presença já é chata o bastante, imagina fazendo imitações?
Locutor-sama: Minha arte não é compreendida.
Moon: Não, meu caro narrador. Você está muito a frente do seu tempo!
Locutor-sama: Ainda bem que você diz isso.
O segundo dia do mês, novos desafios nessa doidera que é a vida.
No escritório da Moon. No estúdio Happy Green Things.
Moon: Eu não consigo aguentar mais isso.
Hércules: Diga, autora. Sou todo ouvidos.
Moon: O meu teclado é uma bela porcaria.
Hércules: E isso seria por…?
Moon: Por ele não funcionar direito!
Hércules: Ah.
Moon: O que é um teclado que não funciona direito?
Hércules: É uma bela porcaria.
Moon: Cadê o Locutor-sama?
Hércules: Eu estou sendo rejeitado…?
Moon: Não, não. É que o Locutor está me devendo uma coisa.
Hércules: Dinheiro?
Moon: Não. Ele roubou minha paciência.
Hércules: Não sabia que dava para roubar algo tão subjetivo.
Moon: E não dá.
Hércules: Agora eu estou genuinamente confuso.
Moon: Ele roubou meu baralho de cartas!
Hércules: Que absurdo!
Moon: Ainda bem que você concorda comigo.
Hércules: E o que pretende fazer, senhorita autora?
Moon: No momento, não me vem nenhuma ideia interessante na cabeça.
Hércules: E pedir pra ele devolver?
Moon: Você é realmente muito certinho.
Hércules: Só gosto de evitar conflitos.
Moon: Pois está certíssimo!
Depois, ainda no escritório.
Cola-sama: Bom dia, autora.
Moon: Olá bom dia, o que fiz para merecer tanta educação?
Cola-sama: Nada.
Moon: Nada? Mas com você nada é por nada.
Cola-sama: Quanta profundidade.
Moon: Cola-sama!
Cola-sama: De qualquer forma, eu vim falar uma coisa.
Moon: Espero que você tenha achado meu baralho de cartas.
Cola-sama: Sim! É isso que eu vim falar pra você.
Moon: Caramba!
[Cola-sama tira do bolso o que ela encontrou, e põe na mesa da autora.]
Moon: E não é que você achou mesmo?
Cola-sama: Sim, eu achei mesmo.
Moon: Muito obrigada.
Cola-sama: Tome cuidado, pra não perder de novo.
Moon: Mas eu não perdi! Foi o Locutor que pegou.
Cola-sama: Ele falou que encontrou, jogado por aí.
Moon: E você se ofereceu pra vir me devolver?
Cola-sama: Sim. Não vejo nada de errado nisso. Pare de me olhar dessa forma desconfiada!
Moon: Está bem. Vou parar de fazer isso.
Cola-sama: Você não está parando.
Moon: É muito mais forte do que eu!
Cola-sama: Sei.
O tempo passa, tão devagar, mas passa rápido a partir do mundo que você começar a se divertir!
No apartamento da Matilde.
Matilde: É hoje que começarei a vender minhas cocadas.
Tuta-sama: Vai vender as suas cocadas?
Matilde: E serei conhecida como a fada da cocada!
Tuta-sama: Matilde! Eu não estou pagando um salário bom o suficiente? Não é dinheiro o bastante pra você?
Matilde: Ah! Não é isso, minha cara. Deixe eu te explicar.
Tuta-sama: Então me explique, estou esperando.
Matilde: Estou escrevendo uma história. Sobre uma fada, com necessidades financeiras.
Tuta-sama: E essa fada não é você?
Matilde: Não!
Tuta-sama: É só pra eu ter certeza.
Matilde: De qualquer modo, eu não preciso de dinheiro. O salário que você paga é suficiente.
Tuta-sama: Ainda bem.
Matilde: Mas gosto de escrever, pois é uma maneira de organizar as ideias.
Tuta-sama: Sei.
Matilde: É verdade.
Tuta-sama: Eu acredito em você.
Matilde: Ainda bem, você de vez em quando me confunde.
Tuta-sama: É uma das minhas melhores qualidades.
Matilde: Não vejo isso como qualidade.
Tuta-sama: Como não? É lógico que é uma qualidade.
Matilde: Não é uma qualidade. É uma chateação!
Tuta-sama: Vamos concordar em discordar.
Matilde: Está bem, está bem.
Tuta-sama: Ótimo. Tomamos a atitude mais sábia.
Matilde: Sei. De qualquer forma, vá pegar um copo de água pra mim, certo?
Tuta-sama: Está bem. Vou lá pegar.
[Tuta vai até a cozinha, e deixa a fada no seu notebook.]
Tuta-sama: Já trouxe a água.
Matilde: Obrigada!
Tuta-sama: De nada. Como vai a escrita?
Matilde: Um pouco devagar.
Tuta-sama: Não parece.
Matilde: É que estou escrevendo uma fanfic, no paralelo.
Tuta-sama: Pensei que a fada das cocadas era uma fanfic.
Matilde: Quê? Lógico que não. É uma história original.
Tuta-sama: Uma história original?
Matilde: Sim, é uma história original. Está difícil de entender?
Tuta-sama: Não é que está difícil de entender.
Matilde: Não? Então qual é a questão?
Tuta-sama: A questão é, que gosto de encher a sua paciência.
Matilde: Ah. Devia ter imaginado.
Tuta-sama: Claro que você deveria ter imaginado.
Matilde: Sim, sim. Sempre tenho que estar preparada, não?
Tuta-sama: Nem sempre. Se não, perde a graça.
Matilde: Devia ter imaginado que você me diria isso.
Tuta-sama: Não. Se não, como teria um diálogo?
Matilde: De fato.
Tuta-sama: Aí seria um monólogo.
Matilde: Realmente.
Tuta-sama: De qualquer modo.
Matilde: O que há, agora?
Tuta-sama: Já acabaram as cocadas?
Matilde: Já.
Tuta-sama: Mas já???
Matilde: Sim. O Kekekê levou pros amigos.
Tuta-sama: E eu??
Matilde: Você já comeu um monte! Francamente!
Tuta-sama: Sempre cabe mais um.
Matilde: Que esterótipo de Taurina!
Tuta-sama: Ora, dá licença! Faço o que eu quiser.
Matilde: Tá bem, tá bem.
Não sei pra quando o amor vai quando ele some, pois se é pra ele ficar, ele volta!
No apartamento da Matilde.
Matilde: Kekekê! Cadê ele? Ele falou que estaria aqui…
[A campainha do apartamento é tocada. A fada voa para atender. Literalmente, pois fadas tem asas!]
Matilde: Quié??
Kekekê: Gostosuras ou travessuras!
Matilde: Eu já fiz as cocadas, Kekekê. Não precisa roubar meus papéis higiêncos esse ano.
Kekekê: Mas eu não roubei seus papéis higiênicos, Matilde.
Matilde: Então quem foi?
[A Tuta aparece no meio da sala, com o pacote dos papéis higiênicos.]
Tuta-sama: Droga! Pega no flagra.
Kekekê: É, de fato. Isso não dá para negar!
Tuta-sama: Nem com uma boa advogada?
Kekekê: Nem com uma boa advogada.
Tuta-sama: Droga.
Matilde: Tem cocada suficiente pra todo mundo.
Tuta-sama: Ainda bem, pois se não, ai dos seus…
Matilde: Estou vendo! Agora, devolva.
Tuta-sama: *larga o pacote no chão*
Matilde: Tuta.
Tuta-sama: Que foi? Eu estou te devolvendo! Agora, as cocadas.
Matilde: Estão lá na cozinha. Eu vou pegar.
[Matilde sai para a cozinha. Kekekê, de vampiro, fica sozinho com a Tuta, que está vestida de bruxa.]
Tuta-sama: Onde já se viu, uma fada vestida de bruxa?
Kekekê: A Matilde normalmente se fantasia assim.
Tuta-sama: Já percebi. E isso é extremamente revelador, entende.
Kekekê: Revelador como?
Tuta-sama: Não é óbvio? A Matilde é uma bruxa.
Kekekê: Quanta bobagem. Usar uma varinha e se fantasiar de bruxa, no dia 31 de outubro não prova nada.
Tuta-sama: Pode até ser. Mas estarei com os meus dois olhos azuis, bem abertos e atentos pra qualquer coisa, que essa bruxa pode fazer.
Kekekê: Quanto exagero, Tuta.
Tuta-sama: Eu nunca ouvi falar de fada dos doces.
Kekekê: Eu já ouvi falar de fada da cocada.
[Matilde entra na sala, com uma bandeja com as cocadas]
Matilde: Lá vem. Eu não sou a fada da cocada!
Kekekê: Mas é lógico que é, minha querida Matilde.
Matilde: Está bem, está bem. Experimentem logo as cocadas!
[Matilde oferece a bandeja. A guaxinim pega primeiro, e o duende depois.]
Tuta-sama: Como sempre, estão ótimas! Deliciosas!
Matilde: Mas é lógico. Eu tenho confiança no que faço.
Kekekê: E isso faz diferença na hora de fazer doces.
[Matilde concorda com a cabeça. Ela está claramente com sono.]
Tuta-sama: Não dormiu?
Matilde: Pois é.
Tuta-sama: Estava fazendo bruxaria?
Matilde: Estava.
Tuta-sama: Ela ainda admite!
Matilde: Todo ano é a mesma coisa. Não vou perder meu tempo dessa vez.
Tuta-sama: Tem certeza?
Matilde: Absoluta.
Kekekê: Vamos todos concordar, em comer essas cocadas, e não perder tempo com coisas desnecessárias?
Tuta-sama: Está bem, está bem.
E vamos de viagem no tempo! Não, vamos de robôs gigantes. Talvez só robôs, mesmo. Não precisa ser gigante!
No laboratório de Alice.
Hello: Alice! Alice! Alice? Onde está você?
Alice: Estou aqui, atrás do robô.
Hello: Qual deles?
Alice: Céus!
[Alice saiu de trás de um dos robôs, e Hello finalmente a encontrou.]
Alice: Olá, olá!
Hello: Sim, sou eu. Estou aqui!
Alice: Muito engraçadinha.
Hello: Sim. Eu sou engraçadinha mesmo! Não pode ser apenas uma carinha bonita nesse mundo, não acha?
Alice: Tanto faz. O que aconteceu?
Rosalina: Já que a Hello está enrolando pra dizer, eu mesma digo.
Hello: Eu não estou enrolando…
Rosalina: Lógico que está!
Alice: Deixe a Rosalina falar.
Rosalina: Os robôs de limpeza estão dando problema.
Alice: Minha nossa! Eles estão? Estão finalmente se rebelando?
Rosalina: Não acho que deva ser uma questão de rebeldia.
[Alice está claramente desapontada.]
Rosalina: Mas pode ser, né. O quê eu seu sobre robótica?
Hello: O mesmo que eu, talvez!
Rosalina: Tenho certeza que você sabe mais que eu.
Hello: Ora, Rosa! Você deve saber sim, pessoas inteligentes sabem das coisas mais surpreendentes.
Rosalina: Te garanto que não sei nada sobre robótica.
Alice: Eu também não sabia, mas é uma questão de prática. E gosto. E muito estudo.
Rosalina: Imagino que deve ser bastante estudo.
Alice: Ah sim, mas o resultado final vale a pena.
Rosalina: Então tem como arrumar?
Alice: Lógico! Até lá, escondam as vassouras dos robôs.
Hello: Eles vão se rebelar usando vassouras?
Alice: Eles podem começar a querer usar as vassouras, como se fossem bruxas!
Hello: Verdade. O dia das bruxas está próximo.
Rosalina: Próximo, não. É amanhã!
Alice: Não acredito que faça alguma diferença.
Hello: Faz diferença, sim.
Rosalina: Faz diferença como? Seja mais clara!
Hello: Sou uma bruxa da Sonserina.
Alice: Francamente, Hello. Você nem terminou de ler os livros de Harry Potter.
Hello: Isso me invalida como uma pessoa, quero dizer, como uma bruxa da Sonserina?
Rosalina: Os robôs, os robôs.
Hello: De fato! Ah sim, os robôs. Tem como arrumar?
Alice: Posso tentar arrumar um, pra entender o problema de todos.
Hello: Muito obrigada!
Rosalina: Também agradeço.
[Hello e Rosalina saem do laboratório de Alice. Fábio entra, dessa vez.]
Fábio: Alice! Você não vai acreditar no que aconteceu.
Alice: De fato, eu não irei acreditar.
Fábio: Mas eu nem falei nada, ainda.
Alice: É, mas você falou que eu não ia acreditar, então eu estou te dando crédito!
Fábio: Obrigado por me dar credibilidade.
Alice: Não há de quê. O que aconteceu, exatamente?
Fábio: Vi um robô andando de vassoura.
Alice: Normal. É a época.
Fábio: Sério?
Alice: Sim, fique tranquilo.
Fábio: Está bem, então…
– Feliz aniversário, Steh-chan!
Personagens vivendo suas próprias aventuras, enquanto isso, estou sendo assombrada pela vontade de comer pão de queijo.
Na garagem da Casa Verde.
Alice: Bonitão! Eu preciso grande favor teu.
Fábio: *olha para os lados* Você deveria tirar seus óculos, não deve estar enxergando direito.
Alice: Eu estou enxergando direito, sim. *tira o óculos* Bela moto.
Fábio: Obrigado. O nome dela é Zuleide.
Alice: Zuleide? Parece nome de abelha.
Fábio: De fato. Mas sabe que nunca pensei nisso?
Alice: Deveria pensar. De qualquer modo, tem programa para esta noite?
Fábio: E-eu? Eu não estou ouvindo direito.
Alice: Você está ouvindo direito, sim. Nenhuma garota já te chamou pra sair?
Fábio: Só se for pra sair da frente.
Alice: Minha nossa! Você tem senso de humor.
Fábio: Alice, você não deve estar falando sério.
Alice: Eu estou falando sério.
Fábio: Zuleide, você acha que ela está falando sério?
Alice: Não precisa perguntar pra moto, eu não sou garantia o suficiente?
Fábio: Está bem, está bem.
Alice: Se você é tímido, pode ser meu auxiliar em uma experiência.
Fábio: Em uma experiência? Parece mais plausível.
[Alice leva Fábio para o seu laboratório.]
Fábio: Vou ser sua cobaia em uma experiência?
Alice: Não seja ridículo.
Fábio: Desculpe.
Alice: Eu chamo a Hello para ser minha cobaia, chamar outras pessoas é anti ético.
Fábio: *assustado*
Alice: Fique tranquilo, meu caro Fábio. Eu preciso de você para esta experiência.
[Ayumi aponta para um bolo, muito bonito, de chocolate com cerejas enfeitando.]
Fábio: Esse bolo é de verdade?
Alice: Na verdade não, é um bolo só de enfeite. Quero que você tire fotos.
Fábio: Tirar fotos de um bolo de decoração?
Alice: Sim. É uma coisa simples de fazer.
Fábio: Esperava uma coisa mais emocionante.
Alice: Mas é emocionante! É artístico, meu caro.
Fábio: Sei. E eu sou artístico?
Alice: Lógico. Olhe suas belas tatuagens!
Fábio: O-obrigado.
[Fábio tira as fotos pedidas por Alice.]
Fábio: Espero que estejam boas.
Alice: Estão boas? Estão excelentes! Sabia que você tem um grande senso artístico.
Fábio: Posso ir embora agora, antes que eu sirva de cobaia para suas experiências?
Alice: Não, não! Nós vamos sair. Nós dois. Juntos!
[A cena vira para a Hello.]
Hello: Pronto, pronto. O que você acha da minha fanfic?
Ramsés: A sua irmã provavelmente não vai gostar.
Hello: De fato, obra de arte não é apreciada como deveria.
Ramsés: Você está escrevendo uma história, sobre duas pessoas que existem!
Hello: Está bem, está bem. Eu troco os nomes!
Ramsés: E se a sua irmã se interessar por alguém, eu provavelmente irei surtar.
Hello: Quanto exagero.
Ramsés: Não diga que não avisei.
Os personagens tem aventuras, aventuras que não são tão emocionantes assim. Mas ainda podem ser divertidas!
Cola-sama: Seja bem-vindo!! O que você vai querer?
Cliente: Dois caras e duas médias, por favor.
Lalali: Alô, alô. Senhor cliente, o que precisa?
Cliente 2: Pão de queijo.
Lalali: Ótima escolha. Já irei pegar.
[Hora do intervalo. Na padaria do Hércules.]
Cola-sama: Você e as suas ideias. Pra quê nós estamos ajudando?
Lalali: Os funcionários tiveram surto de sarampo. Não seja chata.
Cola-sama: Não estou sendo chata, eu só tive que aceitar, sem saber de grandes explicações.
Lalali: Não dava tempo. E além do mais, nós duas seremos pagas.
Cola-sama: Claro, claro. A gratificação financeira.
Lalali: Que forma engraçada de falar.
Cola-sama: Sim, eu sou muitíssimo engraçada.
Lalali: E você foi muito fofa com os clientes.
Cola-sama: Sei me virar. E fofa é exagero.
Lalali: Então o que devo dizer, ao invés de fofa, que aparentemente é um exagero?
Cola-sama: Que sou uma pessoa educada.
Lalali: Uma pessoa educada. Você? Estranho dizer isso.
Cola-sama: Sim, eu sei que é difícil se acostumar com isso.
Hércules: Laila! Você viu o… Ah, Cola-sama. Ela conseguiu te convencer a vir aqui?
Cola-sama: Convencer é uma palavra muito forte.
Hércules: Tem razão, o ato de convencer requer muita força vinda do indivíduo.
Lalali: Que belo modo de dizer que sou chata.
Cola-sama: De fato. E seu nome é Laila?
Lalali: Sim. Mudou sua vida sua informação, não??
Cola-sama: É, minha vida mudou completamente de perspectiva.
Lalali: Também não precisa exagerar.
Hércules: Muito obrigado pelas duas terem vindo. Ajuda bastante.
Lalali: Não há de quê! Colegas de serviço tem que se ajudar.
Hércules: Verdade. Mas não esperava que você viesse.
Cola-sama: Eu gosto assim, vir quando dá na telha. E também, Lalali iria me perturbar demais, caso eu recusasse.
Lalali: Que coisa. Realmente eu sou tão chata, assim?
Cola-sama: Não. Fique tranquila
Lalali: Ah! Fico feliz em ouvir isso.
Cola-sama: Sou 25x mais chata do que você, pode deitar a cabeça no travesseiro e dormir a noite.
Lalali: Minha nossa, Cola-sama.
Cola-sama: Mas é a verdade. Não sei o porque isso te impressiona tanto.
Lalali: Me impressiona é você admitir, com tanta tranquilidade.
Cola-sama: Temos que reconhecer os nossos próprios defeitos.
Lalali: Isso é verdade, mas nada adianta fazer isso, quando não se faz nada para tentar mudá-los.
Cola-sama: Pode ser, mas estou NEM aí.
Hércules: Isso não me convenceu muito.
Cola-sama: Não faz diferença pra mim, de qualquer modo. É hora de comer alguma coisa.a
Hércules: Fique a vontade pra escolher, é por conta da casa.
Lalali: Pra mim também?
Hércules: É claro!
A longa espera acabou, é uma fila pra se comprar pastéis
No estúdio Happy Green Things, escritório da autora.
Cola-sama: [está sentada na cadeira da Moon, com as pernas em cima da mesa.] Estou entediadíssima. E nada de vir meu delivery de pastéis.
Lalali: Não é melhor tirar as pernas de cima da mesa?
Cola-sama: Pode ser, mas a mesa é muito confortável.
Lalali: Uma mesa confortável para as pernas?
Hércules: Essa é boa, primeira vez que escuto tal coisa.
Cola-sama: Gosto de bancar a original, de vez em quando.
Hércules: De fato, você é deveras original.
Lalali: Na minha terra, chamando isso de “folgada.”
Hércules: Não estava me referindo ao colocar as pernas na mesa, e sim falar que a mesa é confortável.
Lalali: Ah. Nesse ponto, eu concordo.
Cola-sama: Vocês são certinhos demais. Sabe o que acontece com pessoas certinhas?
Lalali: Nada.
Hércules: Elas ficam de boa, no canto delas.
Lalali: Concordo!
Cola-sama: Certo, certo. Façam como bem entenderem.
[Cola-sama sai da mesa, e Lalali respira aliviada.]
Cola-sama: E nada dos meus pastéis.
Hércules: Tenha paciência, minha cara. Tenho certeza que chega logo.
Cola-sama: Que pensamento otimista.
Lalali: Paciência! Cola-sama, francamente, você está mais mal humorada que o normal.
Cola-sama: Sou sempre assim, não vejo muita diferença.
Hércules: Deve ser o fator fome.
Lalali: Ah sim! Verdade, isso adiciona mal humor mesmo.
Hércules: Até eu fico de mal humor, quando estou com fome.
Lalali: Jura? Não consigo te imaginar de mal humor, você parece tão tranquilo.
Hércules: Primeira vez que eu escuto isso.
Lalali: Qual o teu signo?
Hércules: Sou de câncer. E você, Lalali?
Lalali: Eu sou de capricórnio.
Cola-sama: Conversa de signo, que interessante.
Hércules: E quanto ao seu signo, senhorita desinteressada?
Cola-sama: Não conseguem adivinhar, senhor e senhora inteligentes?
Lalali: Ah, eu sei. O signo da Cola-sama é touro.
Cola-sama: Bingo.
Hércules: Como a senhorita Moon, então.
Cola-sama: Não me lembre desse detalhe.
Lalali: Cola-sama! Os seus pastéis chegaram.
Cola-sama: Ótimo. Eu vou lá pegar.
Lalali: Era pra isso que estava no escritório da Moon?
Cola-sama: Sim, dá pra ver melhor no escritório dela, o lado de fora.
Definitivamente, tem que ter muita criatividade pra pensar em um título interessante, e que ainda por cima, tenha a ver com a história.
No estúdio de Happy Green Things, escritório da autora.
Moon: Locutor, Locutor. Você sabe o que significa isso?
Locutor-sama: Significa alguma coisa, imagino.
Moon: Estou pensando no passado.
Locutor-sama: Sei.
Moon: Já tive muito mais histórias programadas para o blog.
Locutor-sama: E você fez isso trabalhando duro.
Moon: De fato. Tenho que escrever bastante, se eu quiser retomar as rédeas do meu destino.
Locutor-sama: E ter bastante publicações adiantadas!
Moon: Claro, claro.
Locutor-sama: A autora começou a andar em círculos, dentro do seu próprio escritório.
Moon: A minha criatividade pra escrever ainda não acordou.
Locutor-sama: Já experimentou comprar um despertador?
Moon: Onde já se viu, comprar um despertador para a criatividade?
Locutor-sama: Tem vezes que podemos aplicar soluções práticas.
Moon: Sei.
Locutor-sama: E de repente, pode funcionar.
Moon: E onde vou comprar um despertador de criatividade??
Locutor-sama: Talvez não seja possível comprar. Talvez seja possível ganhar!!
Moon: Com um objetivo de jogo, ganhando uma recompensa?
Locutor-sama: Sim, era algo do gênero em que eu estava pensando.
Moon: Entendo, entendo.
Locutor: E então? Continuará escrevendo?
Moon: Sim. Se eu não escrever ao menos pro blog, perco a prática.
Locutor-sama: Ainda bem que você admite.
Moon: Admito, sim. Mas estou errando muito, enquanto eu digito.
Locutor-sama: Mas o problema é o teclado, e não você.
Moon: Gentil da sua parte falar isso.
Locutor-sama: Disponha. De qualquer forma, senhorita Moon, adiciona um nível de dificuldade.
Moon: Não posso nem jogar nada que envolva digitação.
Locutor-sama: Tipo aqueles de aprender a digitar?
Moon: Sim, sim.
Locutor-sama: Céus, autora. Pra quê você quer jogar isso?
Moon: Eu não vou jogar nada disso.
Locutor-sama: Nem por nostalgia?
Moon: Só se for por nostalgia, meu caro narrador.
Locutor-sama: São divertidos.
Moon: Nem lembro mais esses jogos.
Locutor-sama: Não lembra? Mas deviam ser divertidos.
Moon: Deviam ser, mas de qualquer modo, não importa mais.
Locutor-sama: Céus, senhorita Moon.
Moon: O que foi?
Locutor-sama: Você fica difícil, quando está com sono.
Moon: Nem precisa me dizer isso. Imagine como é difícil pra eu mesma me aturar!
Locutor-sama: Imagino que deve ser difícil.
Moon: Você nem precisa imaginar, como consegue aturar a si mesmo?
Locutor-sama: Eu aprendo isso todos os dias, de pouquinho em pouquinho.
Moon: Faz sentido. Bom conselho.
Locutor-sama: Faço o possível, senhorita Moon. O impossível só faço as terças-feiras.
Moon: Terça-feira? Que específico.
Locutor-sama: Só queria falar uma frase maneira.
Moon: Uma frase maneira? Não dramática?
Locutor-sama: É preciso abrandar os horizontes, senhorita Moon.
Não seja tão duro consigo mesmo, a vida faz isso por você. Coma pão de queijo. Ou pastel!
Na Casa Verde, no sótão.
Hello: Rosalina, Rosalina. Você sabe o que isso significa??
Rosalina: Não sei. Você tentou o dicionário?
Hello: Engraçadinha. Não é uma questão de olhar o dicionário.
Rosalina: Verdade. Dentro do dicionário, não cabe um dinossauro.
Hello: Se ainda fosse um dinossauro de verdade..
Rosalina: Um dinossauro de verdade. Está brincando?
Hello: Não estou brincando. Dinossauros são os amigos mais verdadeiros que você pode ter. Deve ser pra compensar os bracinhos curtos.
Rosalina: Sei, sei.
Hello: Estou falando sério!
[Hello senta em uma cadeira chique, parecendo um trono de rainha.]
Hello: Você tem que me levar a sério, Rosalina.
Rosalina: Eu te levo a sério, sempre que possível.
Hello: É mesmo? Que bom!
[Rosalina senta em um sofá bonito, de cor verde. Muito confortável.]
Rosalina: Onde você arrumou isso? *aponta para o trono de rainha, em que a outra está sentada*
Hello: Isso aqui? Essa coisa velha?
Rosalina: Sim, Hello. Essa coisa velha!
Hello: Não sei, eu sinceramente não me lembro.
Rosalina: Caramba.
Hello: Pois é. De onde vem isso…
[Hello está pensativa. Rosalina está olhando em uma direção, em que percebeu haver uma estante de livros.]
Rosalina: Olha, olha o que tem ali, Hello.
Hello: É uma estante, cheia de livros.
Rosalina: Tem algum livro bom, ali?
Hello: Não faço a menor ideia.
Rosalina: Mas as coisas são suas.
Hello: Pois é. Tenho muita tralha!
Rosalina: Ainda bem que você admite.
Hello: Lógico. É inteligente admitir, os nossos próprios defeitos.
Rosalina: Profundo.
Hello: Agradeço pelo elogio.
[Rosalina agora é que está pensativa.]
Hello: O quê há, minha cara Rosalina?
Rosalina: Nada demais. Só estou pensando naqueles livros…
Hello: Não acho melhor você ir mexer neles.
Rosalina: Ué, o que teria demais?
Hello: Estão no sótão por algum motivo.
Rosalina: E você acha que…?
Hello: Não sei. Podem ser items com alguma coisa.
Rosalina: E essa alguma coisa seria?
Hello: Alguma coisa sinistra.
Rosalina: Você teria um negócio assim?
Hello: Não sei, eu já comprei muita coisa esquisita.
Rosalina: Ter muito dinheiro é um problema, não?
Hello: Eu sei que você está brincando, mas eu realmente tenho problema em gastar em coisas inúteis.
Rosalina: Como aquelas vezes que você comprou estojos?
Hello: Dizendo assim, parece que sou normal.
Rosalina: De fato, de fato. Eram estojos de peixes.
Hello: Não sei o que deu em mim.
Rosalina: Também não sei. Gostaria de saber.
Hello: Sou um mistério.
Rosalina: É, de fato. Melhor não tentar te entender.
Hello: Sim. Sou complicada demais!!