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Happy Green Things

As paredes têm ouvidos… Tudo mundo fala isso, mas eu nunca vi. Como assim, é modo de dizer? Mas… E SE FOR VERDADE?

Locutor-sama: Autora em um momento de reflexão, eu pensei em algo. Posso lhe transmitir?
Moon: Desembucha! Fale de uma vez. E não enrole! Estou aqui com zero paciência, para os seus mistérios misteriosos.
Locutor-sama: É sobre o título das suas histórias… De onde eles surgem? Podem formar uma história nova, só juntando todo o texto que você escreve nesses títulos.
Moon: Eu tento não pensar muito. Assim eu dou risada, depois que vou reler a história!
[Alguém bate na porta do escritório.]
Moon: Quem bate?
Kekekê: É o friooooo!
Moon: Kekekê deixe de bobeira! Sei que é você. Entre logo!
Locutor-sama: Kekekê, o duende! Como vai você, amigo de todos?
Kekekê: Olá Locutor! Tudo bom? Vou bem, obrigado por perguntar. Você parece ótimo! O que está a fazer, você, o narrador e sua autora?
Locutor-sama: Estou trocando ideias com a autora, quer participar?
Kekekê: *pensa um pouco de responder*É troca de figurinhas?
Locutor-sama: Não, não. Estou dando ideias, para uma história!
Kekekê: Mas isso é proibido!
Locutor-sama: Por quê? Não entendo, qual é o problema de trocar ideias?
Kekekê: Claro que não! As ideias da Moon são perigosas demais nas mãos de outros.
Locutor-sama: Não vou escrever a história, só estou jogando conversa fora. Em um passeio com a senhorita Moon, chegamos há conclusão que as paredes tem ouvidos.
Kekekê: Ah!
Locutor-sama: “O dia que as paredes tomaram conta do Estúdio Happy Green Things. E resolveram contar o que elas ouvem, por aí”.
Kekekê: *cai para trás* É uma história de terror?
Locutor-sama: Pode ser! Quem sabe. Ou suspense! Uma história mágica.
Kekekê: Eu hein, que coisa.
Locutor-sama: Mas podia ser interessante.
Kekekê: A Tuta andou contratou mais gente? Para fazer uma história mágica, precisa de mágicos!
Locutor-sama: Ora, senhor Kekekê… E aquela história toda, que as paredes têm ouvidos? E bocas? Elas… Contam segredos que foram esquecidos, há muito tempo.
Kekekê: Estou curioso, com essa história, que você está contando! Comece do começo, por favor. Fiquei interessado em saber onde isso vai dar!!
Locutor-sama: Senhor Kekekê, eu fiz uma descoberta, em minha própria casa. Foi daí que nasceu uma luz na minha cabeça.
Kekekê: Nasceu uma lâmpada?
Locutor-sama: Não! Eu tive uma ideia, e quis vir hoje para o estúdio, conta-la para a autora.
Moon: Quanto suspense para contar! Fale de uma vez, homem.
Locutor-sama: Estava assistindo programas de cachorro, por causa do meu cãozinho Amendoim. E de repente, eu escutei vindo de uma parede… A seguinte frase: Alô, alô! Tem alguém aí? Virei-me e disse… Sim, voz misteriosa. Tem eu, o narrador Locutor-sama! Quem és tu, ó voz desconhecida? A parede me responde. Eu sou a parede da sua casa! Se você parar para me ouvir, pode escutar as minhas histórias. Ao invés de ver televisão… Pois eu vejo tudo, escuto tudo. Eu sei de tudo! Então eu, com uma mistura de encantamento e espanto a respondi. Caramba, você é uma verdade parede multifuncional! Não sabia disso, quando comprei o apartamento. Então, Locutor! Mande um recado para a autora, a Parede falou Todos os grandes títulos que ela coloca nas histórias, tem origem nas paredes do corredor do estúdio! E toda vez que ela se sentir sem ideias, ela que ande pelo corredor. As paredes são a resposta, pois ela sempre tem novidades. Afinal, nós somos fofoqueiras! Fim. E foi assim que vim parar aqui, senhorita autora. Achei que deveria trocar esses pensamentos, com você, me pareceram promissores. O que acha sobre o assunto, senhor Kekekê?
Kekekê: Você nunca chama a Moon de senhorita autora…
Locutor-sama: Estou tentando inovar. Mas não vai falar o que achou?
Kekekê: Achei uma ideia ótima! E assustadora. Não vou dormir a noite, pensando nas minhas paredes.
Locutor-sama: Fique tranquilo, senhor Kekekê, as paredes da sua casa são feitas da natureza. Elas jamais dirão coisas ruins e que irão, por consequência, assustá-lo.
Kekekê: Ainda bem!

— O que foi essa história…? Não sei. A colaboradora dessa historinha foi a minha mãe. Obrigada!

Happy Green Things

São diversas coisas que você pode fazer durante o dia, mas não esqueça de cumprir as suas responsabilidades!

Estúdio de Criação da Moon, Happy Green Things.
[O Locutor-sama está andando no correndo, enquanto assobia uma musiquinha. Estava muito bem humorado. Quando chegou em frente da porta do escritório da autora, teve um pressentimento. Respirou fundo, e finalmente abriu a porta.]
Locutor-sama: Bom dia, senhorita Moon. Como estão as coisas hoje?
[O escritório está com cheiro de tinta. Há uma mesa colocada a mais, esta com jornal cobrindo-a. Em cima tem uma escultura em forma de coração, feita de papel machê.]
Moon: Ah! Olá narrador, eu só estou me relembrando de outros tempos.
Locutor-sama: É? Não vejo você com paciência para montar um negócio desses, se posso ser sincero.
Moon: Você já é bastante sincero, sem minha permissão, narrador. Não tem problema.
[Silêncio. O narrador está preocupado que tenha acontecido alguma coisa.]
Moon: Você está quieto, e que eu saiba não é seu dia de folga. Fale alguma coisa, Locutor-sama. O fato de eu estar pintando esta escultura, te incomoda? Não gosta da cor de vermelho que eu usei?
Locutor-sama: Está uma boniteza a escultura, e a cor fora muito bem escolhida. Não tenho muito o que dizer agora, pois realmente estou curioso em saber o porquê, de ser justo em formato de coração.
[Moon pensa um pouco antes de responder.]
Moon: É fácil de fazer. E estou querendo aprimorar meus talentos artísticos, nem que seja apenas na minha imaginação. Ou na minha dimensão. São quase a mesma coisa.
Locutor-sama: De fato, ela são. Mas estou preocupado.
Moon: Não há nada que se preocupar, meu caro Locutor. Eu só estou fazendo arte. Não há nada de errado nisso.
Locutor-sama: Está bem. Se você diz, senhorita Moon, está dito. Não tenho nada a acrescentar, então.
[Locutor resolve sentar-se no sofá do escritório, pensativo. A autora termina o seu trabalho e deixa ele secando em cima da mesa.]
Moon: Vou lavar as mãos. Não mexa em nada, nem na pelúcia do P-san que está sentada na minha cadeira!
Locutor-sama: Está bem. *olha em direção da cadeira, vê a pelúcia de pinguim ali*
Moon: Olhe lá, hein?
Locutor-sama: Só estou olhando!
[Moon faz sinal que está de olho, sai do escritório em direção do banheiro. O narrador fica sozinho com a escultura, e a pelúcia de pinguim. Locutor levanta do sofá, e vai até a cadeira da Moon.
Locutor-sama: Para quê ela trouxe isso aqui…
Pelúcia do P-san: *em silêncio, observando atentamente*
Locutor-sama: O fato da autora se preocupar em constar o que você está fazendo, pelúcia, significa que… *fala baixo* Você se mexe?
Pelúcia do P-san: *continua em silêncio*
Locutor-sama: Ah! Essas brincadeiras criativas, da senhorita Moon! *ri nervosamente* Realmente, não sei o que estava pensando…
[A autora retorna para o escritório, de mãos limpas.]
Moon: Que está fazendo, parado olhando para a pelúcia?
Locutor-sama: Só estava olhando autora, só estava olhando…

Happy Green Things

Há caixas de todos os tamanhos, e suas formas quadradas. E isso não é nada de diferente, mas os seus conteúdos podem ser bem o oposto do que nós imaginamos.

No escritório da autora, em Happy Green Things.
Moon: *lendo o jornal, da Cidade dos Cinco Monumentos* Minha nossa! Um homem é encontrado tendo uma festa de chá, com uma girafa. Novamente! Que coisa mais maluca para se acontecer!
P-san: Não sei. Pode parecer uma escolha peculiar pra ti, Moon, mas para um homem solitário que gosta de chá, não duvido de nada.
Moon: Como assim, você não duvida de nada?
P-san: Parece-me um homem bastante imaginativo. E pessoas que gostam de chá são bastante esquisitas.
*o pinguim está bebendo uma xícara de chá*
Moon: Chá quente, nesse calor?
P-san: É chá gelado. Estou tomando em uma xícara, só porque sou elegante.
Moon: Certo. Mas acabou de dizer, P-san, que pessoas que gostam de chá são bastante esquisitas.
P-san: Mas eu não sou uma pessoa. Sou um pinguim!
Moon: Teoricamente um pinguim.
P-san: Não importa. Sou um pinguim e ponto final.
Moon: E esquisito.
P-san: Esquisito? Eu?
Moon: Lógico! Ou está se contradizendo?
P-san: Mas eu disse que—
Moon: Olhe, meu querido pinguim. Você é esquisito, disso já sei. Agora quanto mais você insistir que não é esquisito, mais esquisito será.
P-san: Que lógica!
Moon: Sim. Pois é.
P-san: Mais alguma coisa no jornal?
Moon: Sim. Um peixinho dourado viaja de trem através do país.
P-san: Um peixinho dourado?
Moon: Um peixinho dourado.
P-san: Não acredito nisso!
Moon: Está aqui, no jornal. Não é questão de acreditar que isso aconteceu, né. Pois sou eu que estou escrevendo os títulos das matérias, para encaixar a história. Mas de qualquer modo, pode ter acontecido. Sabe como são as coisas por aqui…
P-san: Sei. Mas você sabe disso, melhor do que eu!
Moon: Pode até me dizer isso, porque sou a escritora das histórias. Mas eu não vivo no mundo que criei, 24 horas por dia. Eu sou só uma participação especial. E também tem a metalinguagem…
P-san: Sim, sim! A metalinguagem, muito importante.
Moon: De qualquer modo, meu caro, o que vai aprontar hoje?
P-san: Não sei ainda. Quero dizer, eu não vou aprontar nada. Caramba, autora! Venho te visitar, e você diz que vou…
Moon: Não vai? Você é um pinguim de dois metros. Deve aprontar altas confusões!
P-san: Caramba. Não posso ser um pinguim de dois metros, e ir no supermercado fazer compras para uma festa?
Moon: Poder, pode. Mas chama a atenção, quando entra em um supermercado.
P-san: Você não sabe o supermercado que eu frequenta.
Moon: Vai me dizer que existe um supermercado de pinguins??
P-san: Não vou afirmar, nem negar.
Moon: Agora resolveu bancar o misterioso. Legal.

Random Adventures

Quando se precisa de criatividade, quem é que você vai chamar? ALEATORIEDADE!

Moon: *no telefone* Escute aqui, meu caro boneco de palito. Personagem do meu coração. Tenho uma emergência que só você, poderá resolver!
Random: Precisa de uma historinha?
Moon: Exatamente, exatamente. Então faça o que você faz de melhor.
Random: Mas estou no meio da minha maratona!
Moon: Maratona de série?
Random: Não! Maratona de desenho.
Moon: Ah! Desenho animado.
Random: A língua portuguesa gera cada mal entendido…
Moon: Diz isso porquê?
Random: Estou desenhando!
Moon: AAAAAAAaaaaaaah. Tá.
Random: Mas você vai ter sua história! Ao menos, o começo dela.
Moon: Ótimo! Mas o resto conto com você.
Random: Não só comigo!
Moon: Tem mais alguém aí com você?
Random: O meu carisma!
Moon: Sei. Ele é tanto, que é até uma pessoa…
Random: É um chapéu, na verdade.
Moon: Eu me despeço de você aqui. Boa sorte na história! *desliga*
Random: Continuando meu desenho… “Córrego” É muito difícil de desenhar um desses. Tem muito detalhe para fazer algo realista. Quero dizer, realista com meu desenho de modo simplificado.
[Escolhe outra palavra, olhando no dicionário.]
Random: “Sapatos” Isso me lembra uma coisa. Que eu queria um par de tênis!
[Random começa a falar sozinho, como se alguém o filmasse com uma câmera.
Random: Você deve estar se perguntando. Pra quê eu quero isso? Já que sou um boneco de palito.
[Ele começa a andar em círculos, na sala do seu apartamento.]
Random: É muito simples. Meus sapatos não são bons o suficiente para uma caminhada… Como vou passear e olhar a paisagem, se meus pés estão desconfortáveis? Tira uma parte da alegria, de olhar o mundo lá fora, quando começo a sentir dor nos pobres coitados. Sim! Eu sei. É chocante saber que eu tenho pés.
[O boneco de palito resolve que vai tomar um sorvete.]
Random: Gosto muito de sorvete de flocos! É meu favorito. E vocês sabiam que, enquanto tomo sorvete, gosto de ouvir música clássica?
[O som do computador é ligado.]
Random: Exatamente! Não se importe comigo, estou apenas elogiando meu computador. Tudo bem que fui eu que liguei a música… Mas a máquina precisa ser bem tratada. Nunca se sabe, pode acontecer que meu computador precise de palavras gentis.
[Random continua a tomar sorvete.]
Random: Uma vez, eu encontrei um sapo. Ele tinha um amigo polvo. Todos são alienígenas, na história que estou contando! Enfim. O sapo me pediu uma opinião. Disse-me ele que queria uma opinião imparcial, de um estranho. Então ele me perguntou, qual presente ele dava para o polvo? Respondi que era óbvio. Um asteroide! Os polvos gostam disso. Não me pergunte como sei disso… Tenho os meus segredos, e gostaria de continuar com eles.

— Que história foi essa, que eu escrevi? Também não tenho certeza de como responder. Talvez eu tenha os meus segredos. Como o Random!

Green House Stories

Ninguém deve entender os títulos que coloco nesse blog. Mas tudo bem. Espero que sua voz interior escute uma voz dramática, ao ler as palavras que estou escrevendo.

Na Casa Verde, sala de estar.
Wolf: Nenhum mistério fica sem solução, para o detetive Wolf! O que a senhorita deseja descobrir?
Rosalina: Duas coisas.
Wolf: Duas? Eu sou um lobo ocupado. Espero que seja importante.
Hello: Wolf, todo mundo sabe que você é rico e desocupado. Tipo eu!
Wolf: Tá, tá. Mas eu não gosto que falem assim comigo. Tenho sentimentos, sabiam?
Rosalina: Sinto muito, Wolf. A Hello se desculpa, certo Hello?
Barman: Boa sorte tentando convencê-la disso. *pensando* Desde que o Wolf participou de um concurso de fantasias, e a Hello não participou, começou isso…
Hello: Bom. Hoje estou me sentindo de bom humor, então peço desculpas. Mas gostaria que você me pudesse, resolver isso. Um personagem sumiu, segundo a Rosalina. E um vaso de flores.
Rosalina: Ao menos resolva o último. Duvido de um personagem chamado Ninguém exista, mesmo.
Barman: É só procurar na busca do blog…
Wolf: O vaso de flores?
Barman: O personagem. Se bem que é uma palavra um tanto banal.
Wolf: Ah. É verdade! Que caso difícil, para o detetive Wolf!

No escritório da Moon em Happy Green Things, no dia 09/01/2020.
Cola-sama: Isso está começando a ficar absurdo…
Moon: Pior que tenho que concordar! Esse calor está horrível.
Cola-sama: Não é o que estou querendo dizer. Olhe só para você! Parou no dia anterior para ir dormir, e hoje está indecisa em relação a continuidade da história.
Moon: Fico feliz que tenha tido a sensibilidade de perceber! Mas não é uma questão de indecisão, no sentido de que quero fazer algo perfeito e surpreendente.
Cola-sama: Não?
Moon: Não. Você ainda não teria como entender isso…
Cola-sama: Entender o quê?
Moon: Nada. Eu ia explicar, mas deixa para lá.
Cola-sama: *sai do escritório da autora, confusa*

De volta à Casa Verde.
Wolf: Já que a solução em relação ao personagens é simples vou me focar no vaso de flores. Onde está o jardineiro?
Hello: Ah não… Você vai me dizer que é uma explicação ÓBVIA? E quanto ao mistério?
Rosalina: Pensei que você não estivesse com humor, para isso.
Hello: Ah… Mudei de ideia.
Wolf: Ora! A mania de vocês, personagens da Moon, de complicar as coisas.
Olliver: Me chamaram? *com o vaso de flores nas mãos*
Rosalina: Estava com você o tempo todo!
Olliver: Ah sinto muito, você estava procurando? Eu tive que trazer ele para fora, porque as flores acabaram me chamando. O calor no seu quarto estava demais para elas.
Hello: Ah é. Sempre me esqueço que você pode falar com as flores…
Olliver: Não quer que eu leve para o seu quarto, de volta? É um vaso bem pesado.
Rosalina: Gostaria bastante!
[Rosalina e Olliver saem da sala]
Wolf: Mais um caso resolvido, pelo magnífico detetive Wolf!
Barman: Sim Wolf, você resolveu um grande caso! *coloca a mão na cabeça do Wolf*
Hello: Isso, mime um pretensioso.
Barman: Bem, eu tenho uma certa afinidade com personagens pretensiosos…
Hello: *olha para o lado* Não sei do que você está falando.

— Hoje [09/01/2020] eu escutei a versão de Bring me to Life to Life, do Synthesis. É uma versão muito bonita, e continua capturando a essência da letra da música. Quanto a não parecer com a “original” é irrelevante. Antigamente eu tinha muito preconceito com remix de músicas, e não é o caso dessa, mas… De qualquer forma: O que importa é capturar o que o artista queria originalmente na música, e a outra versão, “clássica” continua a existir.
— Quanto ao Ninguém, eu realmente deveria reler as histórias que ele aparece para poder, tipo, fazer isso funcionar. Colocar ele na história novamente, quero dizer.

Happy Green Things

Ninguém nunca realmente está sozinho, pois dizem que a consciência tem formato de grilo. Talvez eu esteja enganada, e simplesmente pensando na história do Pinóquio.

No escritório da autora, em Happy Green Things.
Moon: Depois de uma longa caminhada pelos corredores, finalmente estamos aqui!
Locutor-sama: Sim. Foi realmente motivacional, chegar até aqui. Principalmente a parte em que você riu da minha piada.
Moon: Não comece, narrador. Não estou com muita paciência.
Locutor-sama: Sei. Nada de bom acontece, quando você está tentando capturar uma ideia com uma rede de pesca.
Moon: Mas você viu, ao chegarmos aqui! Elas eram muitas, e estavam rindo da nossa cara.
Locutor-sama: Da sua cara, na verdade. As ideias apontavam para você e eu nada tinha a ver com isso.
Moon: Droga! Precisa mesmo me lembrar?
Locutor-sama: São coisas da vida. É difícil de se esquecer do que foi inconveniente.
Moon: Realmente! Quando é que vou ter outra oportunidade, para arranjar uma rede para pescar ideias?
Locutor-sama: Não sei. Em uma loja de artigos de pesca para escritores, eu presumo?
Moon: Muito engraçado.
Locutor-sama: Você diz isso, mas não riu.
Moon: Estou sendo sarcástica.
Locutor-sama: Deixe isso para aqueles que, realmente sabem serem sarcásticos.
Moon: Tipo você?
Locutor-sama: Oh! Claro que não. Existem pessoas que são melhores que eu, nisso. Faço isso apenas pois, faz parte do trabalho.
Moon: O seu trabalho é narrar histórias. As minhas histórias.
Locutor-sama: O meu trabalho é incentivá-la a trabalhar, também. Mesmo que isso me faça ter que andar por corredores.
Moon: Corredores de corredor, ou corredores de corrida?
Locutor-sama: Você e seus questionamentos estranhos. Realmente não dá para te entender, autora.
Moon: Talvez não dê. Estou eu um humor um tanto complicado.
Locutor-sama: Não se preocupe com isso. Você está apenas passando por outra fase.
Moon: Estou cansada de passa por fazes.
Locutor-sama: Mas o jogo tem que ir sendo concluído, ao longo do tempo. É assim a vida.
Moon: Essa história filosófica está me entendiando. Eu queria comédia.
Locutor-sama: Certo. Vou trazer o Random, com o aparelho das risadas gravadas.
Moon: Isso é forçar a barra.
Locutor-sama: Não tenho pé de cabra.
Moon: Alguém está inspirado, hoje.
Locutor-sama: Obrigado. Mas o crédito é todo seu.
Moon: Como gostaria que fosse! Quero dizer, é verdade. Ás vezes as nossas conversas são tão realistas, que esqueço estar sendo eu, a pessoa criadora.
Locutor-sama: Agradeço a sua consideração. Assim você leva o seu personagem a sério.
Moon: O meu personagem, a minha personalidade de autora?
Locutor-sama: Estava me referindo a mim, mas tudo bem. Isso também conta na minha área de concordâncias.
Moon: Essa frase nem fez sentido.
Locutor-sama: Deve ser porque hoje estou me sentindo um tanto…
Moon: Dramático!
Locutor-sama: Eu ia dizer faminto. E a hora do almoço está longe. Como vou sobreviver?
Moon: Faz um lanchinho, oras.

— Estava fazendo uma média de me manter com 10 histórias programadas. Tive que trabalhar no dia 08 para alcançar isso de novo, pois só tinham mais duas. Enfim. Não estava querendo repetir histórias de Happy Green Things, mas tudo bem.

Happy Green Things

Escutar música é uma tarefa muito emocionante, porque você nunca sabe se o aplicativo vai começar a tocar anúncio. Repentinamente. No meio da sua imaginação.

Em um dos corredores, do estúdio Happy Green Things.
Moon: Eu tenho pensando demais, e isso está me deixando extremamente maluca.
Locutor-sama: Isso é sobre a ideia esquecida?
Moon: Que ideia esquecida, narrador? São muitas. E nem sei quais são!
Locutor-sama: É porque elas são esquecidas por você. Só não entendo como é que continuam a existir.
Moon: Pergunta interessante. Isso mostra que não sou uma dona de mundo muito boa.
Locutor-sama: Dona de Mundo? Do jeito que você falou, parece que essa é a sua profissão!
Moon: O escritor é dono de mundo, ué. De seus próprios mundos, que são onde seus personagens estão inseridos.
Locutor-sama: Os livros, você quer dizer.
Moon: É a mesma coisa, meu caro.
Locutor-sama: Se você diz… Está bem. Não vou discutir.
Moon: Sabe de uma coisa?
Locutor-sama: Depende do tipo de coisa.
Moon: De qualquer modo, já que você não sabe da coisa, vou te dizer. Eu ando pensando demais…
Locutor-sama: Vai aprender a meditar? Dizem que é bom.
Moon: Não sei se teria paciência para isso.
Locutor-sama: Só dá para descobrir, se você fizer.
Moon: Eu sei. Não precisa me falar obviedades.
Locutor-sama: Lógico que eu preciso. Você anda distraída demais, autora.
Moon: Eu? Lógico que não. Só porque ando…
Locutor-sama: Talvez desligada, seja a palavra correta a usar.
Moon: Bom. Não importa. O que importa é que, um dia desses, eu terei uma resposta.
Locutor-sama: O que é que você está esperando, afinal de contas?
Moon: Não sei. A River em Doctor Who diz… “spoilers”. E eu digo uma coisa importante.
Locutor-sama: Além de spoilers, imagino. Não quero nem saber de onde é o spoiler!
Moon: Mas é importante se perguntar. Como é que o Mestre sempre se veste para a ocasião?
Locutor-sama: Autora… Não sei se isso é realmente uma boa questão, para ocupar a sua cabeça.
Moon: Como não? Locutor-sama! Você é um personagem, e ocupando a área criativa da minha cabeça.
Locutor-sama: Isso é em parte verdade. Mas então escutarei, o que a fã de Doctor Who está pensando?
Moon: Não sei. Só acho que o Mestre é uma garota mágica.
Locutor-sama: Para você, tudo é potencial para ser uma garota mágica.
Moon: Mas é claro! Entenda. Como é que ele arranja tantos disfarces, tão rápido?
Locutor-sama: Não sei, senhorita Moon. Já estamos andando tempo demais nesse corredor.
Moon: Ora! Vamos aproveitar as paredes. Elas merecem companhia e barulho para entretê-las.
Locutor-sama: Eu sempre desconfiei que as paredes tinham ouvidos.
Moon: Mas você não resolveu minha questão.
Locutor-sama: Qual questão? A do Mestre, de Doctor Who?
Moon: Exatamente!
Locutor-sama: É simples. Ele não é uma garota mágica.
Moon: Não? Tá. Ele é um Time Lord. Se quiser ver pelo lado concreto do canon, quem sou eu para discutir.
Locutor-sama: Não é isso, autora. É uma questão de observar o papel do personagem, nessa embrulhada toda da trama de Doctor Who.
Moon: Chegue em alguma conclusão, por favor.
Locutor-sama: Ele é o Mestre dos Disfarces!
Moon: Podia ter dito qualquer outra coisa, menos isso!

— Que mundo interessante que vivemos. Mais interessante seria que, esse ano fosse mais tranquilo. Desejo tudo de bom e toda a coragem para enfrentar esse ano, querido leitor.

Happy Green Things

Tem vezes que a vida te surpreende de diversas formas, por coincidência quando você não espera ser surpreendido.

No escritório da autora, em Happy Green Things.
Moon: Quando eu era criança, eu adorava desenhar no paint. Considerava tudo que eu criava uma verdadeira obra-prima.
Locutor-sama: É mesmo?
Moon: E mesmo depois de anos, gosto de pensar que minhas habilidades artísticas NO PAINT, continuam excelentes.
Locutor-sama: Vejo que não aprendeu a ter humildade, senhorita Moon. O segredo de uma boa arte, é apenas expressar os sentimentos do artista. Acha que conseguiria retratar a humildade?
Moon: Ora! Engraçadinho. É um sentimento abstrato demais para ser retratado.
Locutor-sama: Isso mostra como você é uma pessoa orgulhosa…
Moon: Deixa de bobagens, narrador. Eu vou retratar um cisne e pronto!
Locutor-sama: Um cisne?
Moon: Cisne.
Locutor-sama: Que interessante.
Moon: Sim, um cisne é interessante! Volte daqui a pouco, quando eu terminar.
Locutor-sama: Está bem.
[Locutor-sama sai rapidamente e volta.]
Locutor-sama: Terminou?
Moon: Terminei! Eis o meu cisne.
Locutor-sama: Isso não parece um cisne.
Moon: Tentei desenhar de cabeça.
Locutor-sama: Ah. Está explicado.
Moon: O que está explicado?
Locutor-sama: O porquê de parecer um pato.
Moon: Isso não parece um pato.
Locutor-sama: Talvez não. Mas também não parece um cisne.
Moon: Ele é um meio termo, que não é pato nem cisne! Minha nossa!
Locutor-sama: Muito interessante.
Moon: Pode dizer outra coisa, além de interessante?
Locutor-sama: Não. Interessante é uma boa palavra.
Moon: Como você é um cabeça dura!
Locutor-sama: Mas eu gosto da palavra interessante.
Moon: Tá bom, tá bom. Vou respeitar o seu gosto.
Locutor-sama: Obrigado.
[Hello entra repentinamente, na sala da autora, após abrir as portas do escritório de maneira extravagante]
Moon: O quê é, Hello?
Hello: Tem uma dúvida para tirar.
Moon: Fale, então. Não fique aí, parada olhando para mim e para o Locutor-sama.
Hello: Diga-me… Quem é Gerard?
Moon: Gerard? Não sei.
Hello: Mas Moon, apareceu uma correspondência na Casa Verde com esse nome.
[Hello coloca na mesa, e o Locutor pega para olhar o envelope com a carta.]
Moon: Eu não conheço nenhum Gerard.
Locutor-sama: Parece que ele é o remetente desta carta.
Moon: É? Que coisa interessante.
Locutor-sama: Você não parece interessada.
Hello: E nem curiosa! A carta é pra você!
Moon: Eu?
Hello: É.
Moon: Nossa. Ninguém manda carta pra mim.
Hello: Eu sei!
Moon: Então você andou escrevendo uma carta, e colocou seu nome como Gerard?
Hello: Quê? Não!!
Moon: Traz a lupa, Locutor. Nós vamos analisar isso.
Locutor-sama: Com todo o respeito, não temos nenhuma lupa no escritório, senhorita Moon.
Moon: Como não??
Locutor-sama: Só estou expondo um fato.
Hello: Puxa vida! Você não confia na minha palavra?
Moon: Não é isso. É que essa ideia não faz sentido mesmo… Estava perdida em um rascunho do blog.
Hello: É??
Moon: Eu anotei com qualquer coisa assim… Que esse aí, ia querer que eu visse isso.
Hello: Esse aí quem?
Moon: O Gerard.
Locutor-sama: Ninguém fala assim, senhorita Moon.
Moon: Não pegue no meu pé, narrador. É só uma ideia esquecida! Só isso.

Green House Stories

Quando se trata de ser levemente baseada em fatos reais, a história pega um certo tom de… de… Realismo! Não, não é arte nem literatura. É REALIDADE.

No corredor, na Casa Verde.
Moon: Há uma figura triste, sentada bloqueando o caminho de um dos quartos da Casa Verde. O motivo disso ainda não é conhecido por mim, a autora dessa história. Vamos questionar a personagem em questão. Qual é o seu problema, caríssima Sabrina?
Sabrina: *sentada no chão e abraçada com os joelhos* Nada.
Moon: Como nada? Estamos falando de você! E até onde sei, não há nada relacionado aos peixes. A sua pessoa é um peixe?
Sabrina: Não.
Moon: Exatamente! Então diga logo, o que há com você para estar tão triste?
Sabrina: Apenas algo ridículo que aconteceu comigo.
Moon: É? O que é de tão ridículo, para ter acontecido com você?
Sabrina: Eu pensei que uma tampa de xampu fosse, um bicho.
Moon: OOOOOOOH!
Sabrina: Pode rir.
Moon: Não vou rir. Cadê a Clarissa? Clarissa! Nessas horas faz falta um megafone.
Sabrina: Você é a autora da história. Pode simplesmente fazê-la aparecer de repente, se faz tanta questão. Mas acho um tanto anti profissional.
Moon: Só porque é conveniente? Não estou no humor para criar histórias altamente complicadas, e cheias de inconveniências para os meus personagens.
Sabrina: E a minha história ridícula??
Clarissa: *aproxima-se do corredor, e finalmente passa pela Sabrina, agora apenas sentada próxima perto da porta de seu quarto* Que história ridícula?
Moon: A Sabrina pensou que, uma tampa de xampu fosse um bicho.
Clarissa: Essas coisas acontecem! Uma vez o Vlad encontrou uma caixa de biscoitos, e pensou que fosse uma caixa para guardar coisas de costura.
Sabrina: É? Mas não é tão ridículo quanto a minha história!
Clarissa: Não sabia que estava acontecendo uma competição de histórias ridículas. Mas mudando de assunto, como aconteceu esse engano?
Sabrina: Bom… Estava meio escuro, no meu banheiro.
Clarissa: Por que? A luz do banheiro queimou?
Sabrina: Não. A luz do banheiro está forte demais, então só acendo a luz do espelho.
Moon: Até porque, UMA PESSOA NORMAL, compraria luz para o banheiro assim que ela falhasse, não?
[Clarissa senta no chão, perto da Sabrina]
Sabrina: Não estou entendendo… *cochicha para a Clarissa*
Clarissa: Nem eu. Sabe-se lá o que a autora quis dizer com isso…
Moon: Mas não importa esses detalhes! E por tudo isso, você não voltou mais no seu banheiro?
Sabrina: Sim. Ainda não voltei, pois me exaustei por causa dessa humilhação.
Clarissa: Amiga, você está dramatizando um pouco…
Moon: Chega dessa palhaçada! Eu vou lá ver a bendita tampa de xampu.
Sabrina: Tome cuidado. Nunca se sabe o que pode acontecer…
*Moon entra no quarto da Sabrina, e logo chega no banheiro*
Moon: AAAAAAAAAAAAAAaaaaaaah!
[Sabrina e Clarissa se levantam e vão até a autora]
Sabrina: O que aconteceu? O que aconteceu?
Moon: É um bicho! UM BICHO!
Sabrina: É só a tampa do xampu…
Moon: Tola! Esse bicho é o bicho que vem assombrar os escritores, pois estão buscando aqueles com histórias inacabadas.
Clarissa: Para mim ainda é uma tampa de xampu.
Moon: Uma fada pode ter transformado nisso, que acabei de descrever.
Clarissa: *se abaixa para pegar* Viu? É só uma tampa de xampu.
Moon: Ainda estou desconfiada…
Sabrina: É apenas o símbolo da minha humilhação.
Clarissa: O que vou fazer com vocês duas…

— Não que isso tenha acontecido comigo, é claro. É absurdo demais para ser levemente baseado em fatos reais!
— Essa história tem um pequeno erro de continuidade narrativo, em homenagem à Five Doctors. Só percebemos o erro quando revemos na Véspera de Natal.

Autora X Ideias, Happy Green Things

É aquele dia de novo, na verdade, os dias se repetem todos os anos. Exceto quando os anos são bissextos. Que coisa estranha, não concordam?

Na sala dos funcionários de Happy Green Things.
Lalali: É um bonito dia, não concorda caro colega?
Hércules: Sim. É estranho pensar que estamos sendo agraciados com tempo bom.
Lalali: De fato. A autora está nos honrado com bom humor!
Cola-sama: Ou talvez ela pouco se importe, com o clima que temos por aqui.
Lalali: Não seja uma reclamona e estraga-prazeres. Até mesmo você andava de bom humor!
Hércules: Sério? Eu só acredito vendo.
Lalali: Sim. É verdade. Também só acreditaria vendo. Mas vi! Com os meus dois olhinhos.
Hércules: Sei. Deve ter sido uma visão e tanto!
Cola-sama: Onde está a dona autora, numa hora dessas…

No salão de festas, do estúdio Happy Green Things.
Moon: Cerque a ideia, Locutor-sama!
Locutor-sama: Eu não tenho cercas do bolso, senhorita Moon!
Moon: Não importa! Cerque essa ideia fugitiva do mesmo modo.
Locutor-sama: Já disse que eu não…
Moon: VOLTE AQUI, IDEIA NÚMERO #87b, eu preciso da sua experiência em contar dinheiro extraterrestre!
Locutor-sama: Tenho até medo de perguntar para que você quer um desses.
Moon: Não faça comentários desnecessários! Apenas corra!
Locutor-sama: Nós dois corremos como dois loucos pelo estúdio, atrás dessa ideia que a autora simplesmente decidiu que, seria interessante usá-la de algum modo.
Moon: Como é que você consegue narrar correndo??
Locutor-sama: Um narrador personagem tem que estar preparado para tudo. Até mesmo narrar enquanto está embaixo da água, procurando pela cidade perdida de Atlântida.
Moon: *para de correr, não aguenta mais* Você tem cada uma.
Locutor-sama: Eu não tenho cada uma, autora.
Moon: Tem razão! Você tem várias.
Locutor-sama: Autora! Está vendo aquilo?
Moon: Estou vendo aquele chocolate com tracinho separando as palavras, mas imagino que você deve ter notado qualquer coisa mais interessante.
Locutor-sama: De fato! Eu achei.
Moon: Uma mancha causando o efeito de pareidolia?
Locutor-sama: Não! É a ideia #023-6.
Moon: Dá para me lembrar qual é essa? Não estou a reconhecendo.
Locutor-sama: É o elo perdido, que fecha sua ideia que está trabalhando há anos!
Moon: Não… Não é possível…
Locutor-sama: Devemos tentar cercá-la?
Moon: Não. Você disse que não tem cercas. Ou esqueceu?
Locutor-sama: Não sei…
Moon: Vamos tentar persuadi-la!
Locutor-sama: Certo. Você vai utilizar de palavras convincentes? Eu tenho um dicionário.
Moon: Você tem um dicionário, mas não tem uma porcaria de uma cerca? Muito bonito!
Locutor-sama: Muito obrigado.
Moon: Não! *bate com a mão na testa* Olhe só o que você fez, paspalho. Agora fiquei com dor na minha testa, e a ideia fugiu.
Locutor-sama: É mesmo uma pena…
Moon: E bota pena nisso! Que chatice.
Locutor-sama: Nós podíamos ter convencido-a pedindo por favor. Nenhuma ideia resiste a isso.
Moon: Mas você não entende de ideias.
Locutor-sama: Um narrador tem que entender das ideias. Caso contrário, ele é inútil relatando os acontecimentos.
Moon: Ai, ai… Já vi que você está impossível, hoje. Desisto de caçar ideias por hoje.
Locutor-sama: Ainda bem. Estou doido para tomar sorvete de maracujá.
Moon: Sinta-se a vontade. Só me deixe em paz, no meu canto sim?