Happy Green Things

Há caixas de todos os tamanhos, e suas formas quadradas. E isso não é nada de diferente, mas os seus conteúdos podem ser bem o oposto do que nós imaginamos.

No escritório da autora, em Happy Green Things.
Moon: *lendo o jornal, da Cidade dos Cinco Monumentos* Minha nossa! Um homem é encontrado tendo uma festa de chá, com uma girafa. Novamente! Que coisa mais maluca para se acontecer!
P-san: Não sei. Pode parecer uma escolha peculiar pra ti, Moon, mas para um homem solitário que gosta de chá, não duvido de nada.
Moon: Como assim, você não duvida de nada?
P-san: Parece-me um homem bastante imaginativo. E pessoas que gostam de chá são bastante esquisitas.
*o pinguim está bebendo uma xícara de chá*
Moon: Chá quente, nesse calor?
P-san: É chá gelado. Estou tomando em uma xícara, só porque sou elegante.
Moon: Certo. Mas acabou de dizer, P-san, que pessoas que gostam de chá são bastante esquisitas.
P-san: Mas eu não sou uma pessoa. Sou um pinguim!
Moon: Teoricamente um pinguim.
P-san: Não importa. Sou um pinguim e ponto final.
Moon: E esquisito.
P-san: Esquisito? Eu?
Moon: Lógico! Ou está se contradizendo?
P-san: Mas eu disse que—
Moon: Olhe, meu querido pinguim. Você é esquisito, disso já sei. Agora quanto mais você insistir que não é esquisito, mais esquisito será.
P-san: Que lógica!
Moon: Sim. Pois é.
P-san: Mais alguma coisa no jornal?
Moon: Sim. Um peixinho dourado viaja de trem através do país.
P-san: Um peixinho dourado?
Moon: Um peixinho dourado.
P-san: Não acredito nisso!
Moon: Está aqui, no jornal. Não é questão de acreditar que isso aconteceu, né. Pois sou eu que estou escrevendo os títulos das matérias, para encaixar a história. Mas de qualquer modo, pode ter acontecido. Sabe como são as coisas por aqui…
P-san: Sei. Mas você sabe disso, melhor do que eu!
Moon: Pode até me dizer isso, porque sou a escritora das histórias. Mas eu não vivo no mundo que criei, 24 horas por dia. Eu sou só uma participação especial. E também tem a metalinguagem…
P-san: Sim, sim! A metalinguagem, muito importante.
Moon: De qualquer modo, meu caro, o que vai aprontar hoje?
P-san: Não sei ainda. Quero dizer, eu não vou aprontar nada. Caramba, autora! Venho te visitar, e você diz que vou…
Moon: Não vai? Você é um pinguim de dois metros. Deve aprontar altas confusões!
P-san: Caramba. Não posso ser um pinguim de dois metros, e ir no supermercado fazer compras para uma festa?
Moon: Poder, pode. Mas chama a atenção, quando entra em um supermercado.
P-san: Você não sabe o supermercado que eu frequenta.
Moon: Vai me dizer que existe um supermercado de pinguins??
P-san: Não vou afirmar, nem negar.
Moon: Agora resolveu bancar o misterioso. Legal.