Locutor-sama: Eu adentrei ao escritório da Senhorita Moon, e procurava algum sinal da presença dela. Onde podia estar? Olhei para um lado, olhei para o outro, inclusive por baixo da mesa. Até que notei uma sombra atrás da cortina.
Moon: Eu não estou aqui.
Locutor-sama: Como não? Quem está atrás da cortina, então?
Moon: Um manequim.
Locutor-sama: E com quem estou conversando?
Moon: E eu vou saber? A imaginação é sua, não minha!
Locutor-sama: Mas foi você quem me criou!
[O Locutor se aproxima da cortina, e ele puxa a cortina. Não havia ninguém.]
Locutor-sama: Ok. Isso foi inesperado.
[Passos se aproximam do escritório, porém o narrador não percebe. A autora aparece, obviamente entrando pela porta.]
Locutor-sama: AAAAAAAH!
Moon: Minha nossa, Locutor. Acalme-se!
[A autora estava carregando uma pilha de livros.]
Locutor-sama: Eu estou calmo.
Moon: E esse grito, o que foi exatamente??
Locutor-sama: Foi um grito de espanto. E essa pilha de livros?
Moon: Ah, eu estava arrumando as estantes.
Locutor-sama: Ah! A biblioteca do Estúdio.
Moon: Exato. E sabe o que eu encontrei?
Locutor-sama: O quê você encontrou?
Moon: Livros de kung-fu.
Locutor-sama: Livros de kung-fu?
Moon: Sim, está difícil de entender?
Locutor-sama: Não, não está difícil de entender. Eu queria saber só o porquê de ter livros de kung-fu na biblioteca do estúdio
Moon: Eu também queria saber disso!
Locutor-sama: Como assim, você não sabe os livros que tem na biblioteca?
Moon: Não, eles aparecem espontaneamente.
Locutor-sama: Caramba.
Moon: Caramba, é só isso que você tem a me dizer, narrador?
Locutor-sama: Sim, eu estou só inventando o que dizer, porque na verdade eu estou sem palavras.
Moon: Ah! Quanta consideração da sua parte, Locutor.
Locutor-sama: Eu faço o que posso, senhorita Moon,
Moon: Ainda bem, porque o que você não pode, você não deve nem tentar fazer.
Locutor-sama: Mas é tentando fazer que eu aprendo!
Moon: De fato, mas quando você tenta com intenção de aprender, não funciona.
Locutor-sama: O que você está insinuando?
Moon: Eu não estou insinuando, estou falando!
Locutor-sama: Que bom que nosso relacionamento é de honestidade.
Moon: Sim! Agora me ajude a se livrar desses livros kung-fu.
Locutor-sama: O que você quer que eu faça com eles?
Moon: Não sei, faz qualquer coisa com eles.
Locutor-sama: Qualquer coisa, ainda assim, é alguma coisa!
Moon: Nossa, Locutor você está com umas tiradas ótimas, hoje
Locutor-sama: Obrigado, autora. É bom que alguém reconheça os meus talentos.
Moon: Sim, agora vá se livrar dos livros que pedi, tá bom?
Locutor-sama: Tinha que ter uma pegadinha, esse elogio.
Amigos próximos são muitos sinceros, tão sinceros que eles até podem soar babacas. Mas em amizades de verdade, tudo é rapidamente esquecido.
No apartamento do Locutor-sama:
[Locutor-sama estava fazendo palavras cruzadas, até que a campainha toca. Ele estava de bom humor.]
Locutor-sama: *checa antes no olho mágico* Katsu! Rogério!
Rogério: Olá, Locutor!
K-chan: *em silêncio, ele está bravo*
[O narrador deixa aos dois entrarem.]
Locutor-sama: Aconteceu alguma coisa?
Rogério: Ah, bom. Sabe como é…
K-chan: Você e a Rika brigaram. E ela está chateada.
[Rogério chocado, pelo seu amigo ter ido direto ao assunto.]
Locutor-sama: Ah! Deve ser sobre ontem. Realmente, eu exagerei muito ontem.
K-chan: Ainda bem que você admite.
Rogério: Katsu! Nós mal sabemos o que aconteceu.
K-chan: De qualquer forma, ela está chateadíssima. É bom o Locutor reconhecer seu erro.
Locutor-sama: Mas teve um problema.
K-chan: Qual?
[Silêncio. O “Qual” de Katsu foi realmente intimidador.]
Locutor-sama: A Rika não terminou a história que escreveu.
Rogério: Ah! E você ficou curioso?
Locutor-sama: De certa forma.
K-chan: Não existe de certa forma. Ou você não gostou ou não.
Locutor-sama: Curiosidade é diferente de gostar ou não.
K-chan: Ah! Sim!
Locutor-sama: É melhor eu pedir desculpas para a Rika.
Rogério: Ah! É melhor.
[Rika abre a porta do apartamento de forma impactante.]
Rika: Como assim????? VOCÊ ESTÁ DE BOM HUMOR?
Locutor-sama: Sim, Rika.
Rika: Droga.
Rogério: Calma, Rika! Não precise ficar assim.
K-chan: Não acho que vamos conseguir convencê-la do contrário.
Rika: Exato! Eu sou bastante decidida.
Rogério: Bom. Nosso trabalho aqui acabou…?
K-chan: Se você quiser ir embora, pode ir. Eu ficarei aqui.
Rogério: Você ainda está bravo, Katsu…
Locutor-sama: O que todos nós precisamos é acalmar os ânimos!
Rogério: Tenho que concordar.
Locutor-sama: Não vá embora, Rogério. Convido todos vocês para comer um pedaço de bolo.
K-chan: Depende do bolo.
Rika: É isso mesmo! Depende do bolo! Você não irá comprar nossa companhia, com qualquer tipo de bolo
Locutor-sama: É bolo branco, com calda de coco.
Rogério: Eu aceito. Katsu, o que você acha?
K-chan: Vou aceitar, porque quero fazer companhia para vocês.
Locutor-sama: Esse é o espírito.
Rika: É bom que seja gostoso.
Locutor-sama: Faz sucesso. Minha mãe gosta, e ela é exigente com doces.
Rogério: Ah! Se uma mãe aprova…
Locutor-sama: Exato.
Rika: Vou começar no gosto da sua mãe.
K-chan: Eu também. Se aprovar, vou querer a receita.
Rika: Oh!! É uma receita secreta de família?
Locutor-sama: Não, não é nada tão emocionante assim.
Rika: Ah. Que coisa.
K-chan: Ainda bem, é mais fácil de conseguir a receita.
Rogério: Lá vem…
K-chan: Que foi?
Rogério: A sua mania de colecionar receitas.
K-chan: É divertido, ué.
[Locutor-sama já está na cozinha, Rika está sentada à mesa, esperando o seu pedaço de bolo.]
Locutor-sama: E tudo fica bem, quando termina bem.
Rika: Você tinha que narrar, né…
O tempo todo é um bom momento para ter ideias, mas muitas vezes elas fogem.
No apartamento do Locutor-sama.
Rika: Locutor-sama! *abre a porta do apartamento*
Locutor-sama: Devia ter imaginado que, dar uma cópia da chave pra você resultaria nisso.
Rika: Você falou que era para vir, quando eu tinha uma coisa importante…
Locutor-sama: Tudo bem, tudo bem.
Rika: Não vai me perguntar, o que há de tão importante?
Locutor-sama: Você se declarou para o Katsu?
[Silêncio constrangedor. O narrador não sabia dizer se tinha acertado, ou não.]
Rika: Agora você me deixou triste.
Locutor-sama: Eu errei?? Estou desapontado!
Rika: Eu não vim aqui para contar da minha vida amorosa.
Locutor-sama: Uma pena. Você sabe que sou fofoqueiro.
Rika: É assustador ver você tão sincero.
Locutor-sama: É brincadeira.
Rika: Mas você é realmente fofoqueiro!
Locutor-sama: Agora é a SUA sinceridade que está me assustando.
Rika: É pra isso que temos amigos. Amigos próximos são sinceros!
Locutor-sama: E pessoas completamente estranhas para nós, também.
Rika: Pessoas estranhas são sinceras? E quanto as pessoas normais?
Locutor-sama: Me refiro as pessoas que nos são desconhecidas.
Rika: Ah! Agora que você explicou, faz sentido.
Locutor-sama: De qualquer modo, a que devo o prazer da sua visita?
Rika: Calma! No momento, eu esqueci o que ia dizer.
[Rika senta no sofá, para o espanto do Locutor.]
Locutor-sama: Pra quê a senhorita fez isso?
Rika: Eu sou uma velha cansada. Preciso descansar!
Locutor-sama: Eu sou mais velho que você, e não estou no sofá.
Rika: Problema seu. O seu sofá é confortável!
Locutor-sama: Francamente, Rika. Lembre-se de uma vez, o que você veio falar! Caso contrário, ficarei curioso.
Rika: Caramba! Seria uma honra deixar alguém curioso, com o que tenho a dizer.
Locutor-sama: Ah, francamente…
Rika: É engraçado ouvir você falar “francamente”. Tão espirituoso!
Locutor-sama: Rika…
Rika: Tá, tá, tá. É que eu queria escrever uma história.
Locutor-sama: E veio pedir a minha ajuda, justamente por causa da minha experiência de narrador?
Rika: Oh, não. Não é isso que veio na minha cabeça.
Locutor-sama: Então você precisa de uma opinião sincera.
Rika: Na verdade, não exatamente. A sua opinião não é necessariamente importante.
Locutor-sama: Céus, Rika. Já estou perdendo a paciência.
Rika: Percebi. Estou apenas fazendo justiça.
Locutor-sama: Justiça pra quem?
Rika: Ah, só queria dizer algo dramático.
Locutor-sama: Sei.
Rika: Eu queria saber se, você riria das minhas piadas.
Locutor-sama: Isso dificilmente aconteceria, já não dou nem risadas com as piadas da Senhorita Moon.
Rika: Mas é justamente por isso, que eu queria que você lesse!
Locutor-sama: Mas…
Rika: Vamos lá, vamos lá!
[Rika entrega o seu caderno para o narrador ler.]
Rika: Demorei uma semana para escrever!
[O Locutor lê, após sentar no sofá. Termina de ler, e não dá nenhuma risada.]
Rika: Você não achou engraçado? EM NENHUM MOMENTO?
Locutor-sama: É que a minha vida é triste.
Rika: Ah, Locutor! Você realmente não tem graça nenhuma.
Locutor-sama: Além do mais, essa história não está terminada.
Rika: É que eu fiquei com preguiça.
[Locutor taca o caderno dela no chão.]
Locutor-sama: Me entregue uma história completa pra ler, caramba!
Ninguém sabe de nada, na verdade. A sabedoria é algo que depende do seu ponto de vista!
Moon: O narrador está meditando tranquilamente, no seu apartamento. A sua sala de estar está cheia de incesos, e está sentado no chão, em cima de um tapete. Mas uma história não é feita de eventos tranquilos… A campainha toca! E a expressão calma do Locutor some do seu rosto.
Locutor-sama: *levanta do chão* Quando a autora está de narradora, lá vem coisa boa…
Moon: Pare de reclamar. Você não pode narrar sua própria história, não teria cabimento!
Locutor-sama: Tá bom, tá bom! *anda em direção da porta, olha pelo olho mágico* Oh não. Ele não.
[A porta é aberta. O Locutor está com má vontade de colaborar.]
Locutor-sama: Quem é você mesmo?
Patrick: Como assim, sou eu, seu amigo Pa-
Locutor-sama: Ah, é você Patrício. Não reconheci você, estava MUITO ocupado.
Patrick: Está sempre ocupado demais para me atender. E na maioria das vezes, você nem está!
Locutor-sama: A vida de um narrador é dura. Não posso relaxar em serviço.
Patrick: Não vejo como sua vida pode ser dura…
Locutor-sama: Um personagem esquecido como você, não entenderia a profundidade do meu trabalho.
Patrick: Como você é rude! A autora tinha outros planos pra mim.
Locutor-sama: Lógico. É bom ter esperança no seu futuro, ninguém quer que você perca seu emprego.
Patrick: Vai ser ruim comigo aqui na sua porta, ou vai me convidar para entrar?
Moon: *aparece atrás do Locutor* Lógico que você pode entrar, Patrício! Deixa ele passar, narrador, ou mandarei a Tuta pegar o seu microfone.
Patrick: Há há! Tomou da chefe!
Locutor-sama: Calado, Patrick do Bob Esponja.
Patrick: Se eu sou o Patrick, você é o Bob Esponja?
Locutor-sama: Prefiro o Lula Molusco.
Moon: Não, você não prefere. E deixe de ser chato!
Locutor-sama: Ei! Está sentando no sofá??
Patrick: Sim, ué. Como é que você quer tratar as visitas??
Locutor-sama: Você vive na minha casa, se eu deixar.
Patrick: Aqui não é casa, é apartamento.
Locutor-sama: Muito engraçado.
Patrick: Eu tenho meus talentos.
Moon: Seja educado com a visita!
Locutor-sama: Autora, você não tem outras histórias para escrever?
Moon: Tens razão, meu caro. Irei embora. Se comportem, rapazes!
[A autora desaparece. Só sobram os deus.]
Patrick: Não vai me servir um café?
Locutor-sama: Se eu te servir um café, você vai embora logo?
Patrick: Quanto mais grosso você ser comigo, mais devagar será minha visita.
Locutor-sama: Já vi que vou ter que tomar medidas drásticas.
Patrick: Quais?
Locutor-sama: Você prefere uma vassoura, ou um esfregão na sua cara??
Patrick: Que horror! Leonard, você é terrível. Irei embora. Mais eu voltarei!
[Locutor fica sozinho, após Patrick sair pela porta.]
Locutor-sama: Deve ser porque fico enchendo a paciência da Tuta-sama. É melhor eu tomar mais cuidado.
Como será o futuro? Será que finalmente teremos carros voadores? Provavelmente, porém espero que um dia a civilização melhore seus valores éticos morais.
Locutor-sama: A autora olha distraída, pela janela, como se o seu pensamento estivesse longe demais dali. Ou eu estou imaginando coisas, e ela apenas está com fome. Normalmente é o caso. Será que estou me preocupando de forma exagerada?
[Locutor-sama está na parede, que é onde fica a entrada do escritório da Moon. Cola-sama e Lalali logo se juntam a ele, nessa interessante atividade de observação. ]
Cola-sama: É bem possível que sim, você esteja apenas exagerando.
Lalali: Ou ela pode estar apenas apaixonada!
Locutor-sama: Bobagem.
Cola-sama: Ela não pode estar assim por causa de homens feitos de 2d.
Locutor-sama: Quanto cinismo, Cola-sama.
Cola-sama: Prefiro chamar de ceticismo. É mais elegante.
Lalali: Ainda acho que minha teoria é mais plausível.
Locutor-sama: Não gosto de discordar, porém a autora é uma pessoa simples. Normalmente é apenas estar com fome. E quando digo isso, é porque provavelmente ela deve estar pensando em algum tipo de doce, ou pastel. Nada fora do habitual.
Lalali: Ah! Também gosto de pastel.
Cola-sama: Não conheço um indivíduo deste mundo, que não goste de pastel.
Lalali: Se houver algum, provavelmente a autora expulsaria.
Cola-sama: Concordo.
Locutor-sama: Pior é quem não gosta de pão de queijo.
Lalali: Credo! Existem pessoas assim?
Locutor-sama: Existem.
Lalali: Minha nossa. Preciso me recuperar do choque.
Locutor-sama: De qualquer modo, todos nós devemos estar errados nas nossas teorias.
Cola-sama: Acha mesmo? Tenho que concordar.
Lalali: A autora é mesmo complexa…
[O outro contrarregra aparece, segurando uma pasta embaixo do braço.]
Hércules: O que estão fazendo?
Lalali: Shh! Estamos espionando a autora.
Hércules: Parece divertido.
Cola-sama: Sim, é uma atividade muito supimpa.
Locutor-sama: Supimpa!
Hércules: Não sabia que você era brega, Cola-sama.
Cola-sama: Eu estou sendo irônica, meu caro Hércules.
Lalali: Sei não, parecia sincero.
Locutor-sama: É melhor que vocês dois não abusem da paciência da Cola-sama.
Hércules: É verdade. Tem limite pra tudo, até mesmo para a paciência dela.
Cola-sama: Francamente! Hoje estou até de bom humor.
Lalali: É sério? Você é realmente um mistério.
Hércules: Um mistério muito difícil de decifrar.
Cola-sama: Pensei que estávamos espionando a autora, e não tentando me entender!
Locutor-sama: Ela tem razão, pessoal. Vamos ter foco! A autora não será observada sozinha.
Cola-sama: Não faz diferença, normalmente você faz toda a fofoca sozinho.
Lalali: Cola-sama!
Locutor-sama: Não tem importância, eu não fiquei ofendido.
Cola-sama: Está vendo. Ele está tranquilo.
Hércules: Ainda bem. É melhor todos nós nos darmos bem.
Lalali: Mas é claro!
Moon: *pensando* Quando é que esses personagens vão embora…
Nós sempre vivemos sem saber das coisas, porém as coisas sabem de nós.
Locutor-sama: Estamos presentes hoje, na Casa Verde. Nada de interessante acontece, porém algo deverá ocorrer, por causa de que temos que ter conteúdo para a historinha.
Random: Locutor! Locutor!
Locutor-sama: Random! Cadê você?
Random: Aqui embaixo, lógico. Eu sou um boneco de palito pequenininho.
Locutor-sama: *se abaixa* Ah, é verdade. O que há, meu amigo? *abre a mão, Random sobe e o Locutor o deixa em seu ombro*
Random: Você não está sabendo? Estou indignado a fofoca que anda correndo por aqui.
Locutor-sama: E que fofoca seria essa?
Random: Que o Barman não gosta de pão de queijo.
Locutor-sama: Como??? Mas isso é um absurdo!
Random: Concordo. O pior que logo chega aos ouvidos da Hello. Ela não vai gostar nadinha disso.
Locutor-sama: Francamente, seria tolice da parte dela se acreditar nessa fofoca.
Random: Acha mesmo? Concordo. Mas sabe como é….
No escritório da Hello, na Casa Verde.
[Hello está sentada na sua cadeira, com as mãos segurando a cabeça.]
Hello: Eu espero que você não esteja de brincadeira comigo, Luis Pupu.
Luis Pupu: Lógico que não estou de brincadeira. Meu trabalho é sério!
Hello: Você é um pato que trabalha com fofoca. Seu trabalho não é sério.
Luis Pupu: Eu sou um espião, não um fofoqueiro.
Hello: É o que todos dizem. De onde você ouviu isso?
Luis Pupu: Essa informação veio de um dos abacaxis.
Hello: Eles são três. Qual deles?
Luis Pupu: O Boon ou o Malvino.
Hello: É, devia ter imaginado. Traga-os aqui!
[No escritório agora estavam presentes os abacaxis, como a Hello havia ordenado ao Luis Pupu para trazê-los.]
Hello: Olá, vocês dois. Como estão hoje?
Boon: E-ela está brava! *tremendo*
Malvino: Madame, nós estamos ótimos. Como tem passado?
Hello: Eu não passo roupa, vocês deveriam saber.
[Os abacaxis engolem em seco, ao mesmo tempo.]
Hello: De qualquer modo, que história é essa que o Barman não gosta de pão de queijo?
Boon: Nós não sabemos de nada!
Malvino: Foi só o que escutamos por aí…
Hello: Seus fofoqueiros covardes! Não podem dar uma informação correta?
Malvino: Mas nós não sabemos de onde veio!
Boon: Nós juramos!! Pelas nossas mãezinhas!!
Hello: Eu mesma vou checar isso.
[Hello bate as mãos na mesa, e levanta da sua cadeira.]
Na cozinha da Casa Verde.
Hello: Jean Paul!!
Barman: *vira em direção a porta* O que foi? Você está brava. Melhor fazer um lanchinho.
Hello: Não quero lanchinhos, quero respostas. E espero que você me responda!
Barman: Tudo bem, tudo bem. Mas primeiro, preciso saber qual é a pergunta.
Hello: É verdade. Muito esperto da sua parte… Você gosta de pão de queijo?
Barman: Que pergunta, Hello. Eu amo pão de queijo! Toda vez que o Kekekê vem aqui, eu faço pão de queijo e nós dois comemos.
[Hello respira mais tranquila. Ela abraça Barman e beija-o no rosto]
Hello: Oh querido, como pude duvidar da sua integridade?
Barman: E quanto ao profissionalismo, no horário de serviço?
Hello: Verdade, você tem razão. De qualquer modo, obrigada!
[Hello sai da cozinha, Barman fica sozinho com Alli e Óleo]
Alli: De onde veio isso?
Barman: Acho que deve ter sido algum mal entendido…
Óleo: Eu, hein. A chefe pode ser assustadora, ás vezes.
A Terra é um planeta, mas ninguém para e pensa… No fundo, somos todos planetas??
Na mansão da Tuta-sama
Tuta-sama: Senti que hoje era um dia diferente dos outros. A paisagem estava… Preta e Branca. Nossa, deve ser uma tentativa da autora de escrever uma história misteriosa. Mas pularei para a parte que, por alguma razão, estava discutindo com o Locutor-sama.
Tuta-sama: Seu globalóide!!
Locutor-sama: Mas Tuta-sama, você também é.
Tuta-sama: É verdade. Então, porque estou dizendo isso pra você?
Locutor-sama: Não sei, não estou dentro da sua cabeça.
Tuta-sama: Ainda bem! Você já é intrusivo o suficiente!
Locutor-sama: Você acha?
Tuta-sama: Não acho, eu tenho certeza.
Locutor-sama: Está bem, Tuta-sama. Eu serei discreto…
Tuta-sama: Não. Você discreto é mais perigoso ainda!
Locutor-sama: Puxa vida. Você é muito exigente!
Tuta-sama: Se eu não for exigente, quem será? EU sou sua chefe!
Locutor-sama: Sei disso, é sempre uma honra trabalhar com você.
Tuta-sama: Não venha com essa conversinha, senhor narrador.
Locutor-sama: Não estou de conversinha. Estou apenas sendo sincero!
Tuta-sama: Tá, tá. Eu vou fingir que eu acredito.
Locutor-sama: Tudo bem.
[O silêncio fica constrangedor.]
Locutor-sama: Tem visto algum filme bom, ultimamente?
Tuta-sama: Agora nós dois estamos mesmo de conversinha!
Locutor-sama: Não acho que isso seja conversinha.
Tuta-sama: Como não?? *indignada* Está na cara que você não tem assunto comigo!
Locutor-sama: Mas estou me esforçando, porque gosto bastante da sua companhia.
Tuta-sama: Lógico que você gosta da minha companhia, eu pago o seu salário!
Locutor-sama: Não adiantaria só isso, você também é uma pessoa agradável!
Tuta-sama: Eu não sou uma pessoa, sou uma guaxinim!
Locutor-sama: Ah. Tudo bem.
Tuta-sama: De qualquer modo, você não tem melhor o que fazer?
Locutor-sama: Não.
Tuta-sama: Claro que você deve ter algo melhor para fazer.
Locutor-sama: Eu posso até ter.
Tuta-sama: Está vendo! Eu tenho razão, como sempre.
Locutor-sama: Nunca te tirei a razão, Tuta-sama.
Tuta-sama: E isso é bastante inteligente da sua parte!
Locutor-sama: Como narrador da senhorita Moon, eu devo ser inteligente.
Tuta-sama: E humilde também.
Locutor-sama: Não gosto de fingir quem não sou, minha cara.
Tuta-sama: Eu não sou “sua cara”. Mais respeito!
Locutor-sama: Desculpe, não quis ofendê-la.
Tuta-sama: Você já me ofendeu, a partir do momento que aparecestes aqui para encher a minha paciência.
Locutor-sama: Acalme-se, Tuta-sama. Lembre do seu colesterol…
Tuta-sama: O que você sabe, sobre o meu colesterol??
Locutor-sama: Nada.
Tuta-sama: Exatamente, então fique quieto!!
Locutor-sama: Está bem, está bem.
Tuta-sama: Você não sabe ficar quieto, não é mesmo?
Locutor-sama: Ainda bem, que você me conhece bem, Tuta-sama.
Tuta-sama: Eu preferia não te conhecer.
Locutor-sama: Nossa, Tuta-sama. Vou até embora!
Tuta-sama: Vá com Deus!!
O mundo gira, o mundo muda, a Terra é um globo, não sabia m disso??
No escritório da Moon
Locutor-sama: Fazia muito tempo que nós não víamos, a autora. A Senhorita Moon apareceu hoje, sentada na cadeira de sua sala, dramaticamente pensativa.
Moon: Alô, narrador! Que bom vê-lo!
Locutor-sama: Igualmente, autora. Sempre fico feliz em me ver no espelho.
Moon: Muito engraçado.
Locutor-sama: Obrigado. Como sempre, você tem muito bom gosto.
Moon: Sim, eu tenho muito bom gosto. Eu criei você!
Locutor-sama: Ou sou eu que te criei?
Moon: Que loucura!
Locutor-sama: Exatamente. Mas estou feliz em vê-la, de fato.
Moon: Ainda bem. Eu te agradeço!
Locutor-sama: Até a Cola-sama estava com saudades de você.
Cola-sama: *de longe* TAVA NÃO!
Moon: Eu sei, a Cola-sama me adora. *sorri*
Locutor-sama: De qualquer forma, quais são os planos para hoje?
Moon: Sou uma mulher simples, narrador. Nada de excepcional.
Locutor-sama: Nada de excepcional? E eu com esperança que íamos planejar a dominação mundial.
Moon: Andou assistindo Pinky e Cérebro novamente?
Locutor-sama: Sim. Andei maratonando.
Moon: É, eu percebi. Mas nada de dominação mundial, hoje.
Locutor-sama: Aaaah. Mas amanhã, talvez?
Moon: Talvez.
Locutor-sama: Ótimo! Olha a Cola-sama, aí.
Moon: Olá Cola-sama! Que saudades que eu estava de você. Como vai?
Cola-sama: Bem. Soube do que aconteceu, com você.
Moon: Ah, você soube?
Cola-sama: Sim, que sua mãe foi para o céu. Ela está em um lugar melhor, agora. Nós, seus personagens estamos aqui com você, para o que der e vier.
Moon: Obrigada pela sua consideração, Cola-sama. Fico muito feliz eu ter seu apoio! Eu também te adoro. *sorri*
Cola-sama: Também não é para tanto, francamente.
Locutor-sama: Ora Cola-sama, a autora está sendo honesta e você também. Isso não é uma coisa boa?
Cola-sama: Sim, porém tanto faz. É obrigação nossa de cuidarmos da autora.
Locutor-sama: Isso eu concordo, não só como personagem, como também narrador das histórias da senhorita Moon.
Cola-sama: Ainda bem que nós concordamos em alguma coisa.
Moon: Bom! Temos muito o que fazer. Vamos por partes.
Cola-sama: Espero que a primeira parte seja terminar esta história.
Moon: Mas é óbvio, minha cara? Eu sou uma mulher de ideias simples.
Locutor-sama: Que bobagem, autora. Você tem ideias bastante complexas.
Moon: Como você é lisonjeiro! Mas hoje estou de bom humor, então agradeço educadamente todo o apoio que vocês, personagens estão me dando.
Cola-sama: Pode ficar com o seu sentimento de gratidão, estou muito bem, obrigada.
Moon: Não estrague o clima, Cola-sama. Francamente…
Locutor-sama: Não é bom pedirmos mais do que podemos ter. Se você está de bom humor, ótimo, autora. Nós ficamos felizes por você.
Cola-sama: Eu tenho mesmo que ser incluída nisso?
Moon: Lógico! Afinal de contas, personagens unidos jamais serão vencidos!
Cola-sama: Tá. Mas agora, está na hora de eu ir embora.
[Cola-sama sai da sala, o narrador se despede e a autora fica sozinha.]
Moon: E agora, que estou apenas eu e meus pensamentos, posso fazer isso. Começar meu plano de dominação mundial!
– Acho que é necessário dizer que, na última frase eu estava brincando.
As coisas são realmente engraçadas, quando um mico é visto tempos depois. Mas essa história não é sobre isso.
No escritório da autora, em Happy Green Things.
Locutor-sama: Bom dia, bom dia. Autora, como estão as coisas?
Moon: Estão bem. Só pensando em que história eu vou escrever, hoje.
Locutor-sama: Estou vendo. Bloqueio criativo? Não decide sobre o que deve escrever?
Moon: Estou indecisa. Mas no momento, eu irei me satisfazer com uma história daqui, mesmo. Algo interessante pra dizer?
Locutor-sama: Bom… No caminho eu vi, um casal de passarinhos cantando.
Moon: Ah! Isso é bem interessante.
Locutor-sama: Não pensei que fosse gostar.
Moon: Ué, mas eu gostei. Que coisa! Parece que fostes surpreendido.
Locutor-sama: Sim, de certa forma. Mas fico feliz que tenha achado interessante.
Moon: Lógico. É uma cena poética, ver um casal de passarinhos cantando.
Locutor-sama: Concordo. Ainda bem que eu tirei uma foto. Vou desenhar depois.
Moon: Legal. É bom manter a cabeça ocupada, com uma atividade artística.
Locutor-sama: Está fazendo algo de artístico, ultimamente?
Moon: Só escrevendo para o blog.
Locutor-sama: Então você não tem desenhado.
Moon: Não.
Locutor-sama: Mas deveria.
Moon: Verdade. As palavras andam junto com o desenhar.
Locutor-sama: Esse é o espírito, senhorita Moon.
Moon: Mas andei atrapalhada com as minhas leituras. Não andei com um planejamento de tempo muito bom.
Locutor-sama: Acontece. Tem vezes que é melhor, apenas seguir o fluxo dos acontecimentos.
Moon: Alguém está compreensivo, hoje.
Locutor-sama: Você está com uma cara, de quem está precisando de um apoio.
Moon: Mas esse seu excesso de compreensão sua, é suspeito.
Locutor-sama: Que mania de desconfiar do seu narrador, autora.
Moon: Você sempre tem um comentário sarcástico para compartilhar comigo.
Locutor-sama: Mas hoje, eu não tenho. Aceite apenas que estou bem humorado, senhorita Moon. Não precisa ficar de pé atrás.
Moon: Não é uma expressão engraçada “de pé atrás”?
Locutor-sama: Como sempre, a cisma em coisas pequenas.
Moon: AHÁ! Está vendo? Está VENDO? Um comentário sarcástico!
Locutor-sama: Não foi um comentário sarcástico. Céus, a minha reputação é tão ruim assim?
Moon: Talvez. Mas eu também estou sendo um pouco…
Locutor-sama: Desconfiada?
Moon: A palavra que eu queria, não era desconfiada.
Locutor-sama: A palavra não importa. Vamos deixar isso pra lá.
Moon: É. Vamos deixar isso pra lá.
Locutor-sama: Ainda bem que nós concordamos.
Moon: Sim. Estamos de acordo, meu caro.
Locutor-sama: Ótimo.
Moon: Diga-me, narrador…
Locutor-sama: O que é, agora, autora?
Moon: Está com vontade de comer pastel?
Locutor-sama: Aceito.
Moon: Ótimo. Vou sair para comprar! Um pra você, e outro pra mim.
[A autora sai do escritório, deixando o narrador sozinho. Entra a Cola-sama, minutos depois.]
Cola-sama: Alguém está virando coração mole.
Locutor-sama: Eu, não.
Cola-sama: Não mime demais a autora.
Locutor-sama: Eu nunca faria uma coisa dessas.
– Um fato interessante: Escrevi essa história, o começo dela, no celular.
Coisas são coisas, você sabe, aquela coisa! Você não sabe? Nem eu sei. O vocabulário da coisa é extremamente complexo.
Na cabeça da Moon, na sala principal.
Matilde: Alô, Kekekê. Está tudo bem, aqui com você?
Kekekê: Estou bem, mas não entendo, pra quê está fazendo essa pergunta?
Matilde: Talvez seja porque, você continue usando esse gorrinho. Com purpurina.
Kekekê: Ah! Meu gorrinho com purpurina te incomoda? Mas já estou usando ele, pela segunda vez. Na primeira vez, você não reclamou.
Matilde: Eu tenho ser uma esposa e companheira que te apoia nas suas, excentricidades. Apesar de que a Tuta, é muito mais…
Tuta-sama: Ei!
Kekekê: Matilde, eu estou vendo duplicado!
Tuta-sama²: Não é duplicado, é clonado.
Matilde: Essa é boa! Não via você fazendo isso fazia um tempo, e creio que deve ser a primeira vez que faz isso nas histórias do blog.
Tuta-sama: Tem uma primeira vez, para tudo. E se posso ter mais de uma “eu”, porquê não?
Tuta-sama²: Afinal, eu preciso conversar com alguém inteligente, às vezes.
Matilde: Ah! Agora, ela está sendo arrogante. Não concorda, Kekekê.
Kekekê: Bom, em minha opinião, tem momentos que só podemos conversar com nós, mesmos. Afinal, quem melhor que nós para entendermos nossas próprias ideias?
Matilde: *pensando* Isso, passa pano pra ela!
Tuta-sama: Ah, Kekekê! Sabia que você iria me entender…
Tuta-sama²: A Matilde também me entende, mas ela não admite.
Matilde: Não coloque palavras na minha boca, guaxinim número 2.
Tuta-sama: Mais respeito! Ela ainda continua sendo eu.
Matilde: Que seja. Pode me resolver um dilema?
Tuta-sama: Qual de nós duas?
Matilde: A original.
Tuta-sama²: Nunca ouvi maior bobagem! Ela é tão eu, quanto eu.
Matilde: Tá. Façam o Kekekê usar um gorrinho normal, por favor.
Tuta-sama: Não vejo nada de errado, nesse.
Locutor-sama: Talvez deveria usar um, com um degradê na cor.
Kekekê: Boa ideia!
Matilde: Eu não te chamei aqui, narrador.
Locutor-sama: Ah, claro que não! Ninguém me chama. A própria autora usa a sua própria narrativa, ao invés de me usar…
Tuta-sama: Estamos cortando gastos.
Tuta-sama²: Não reclame, ou levamos o seu microfone!
Locutor-sama: Céus! Não precisam se exaltar. E nem vou dizer mais nada. Vou ficar no cantinho, talvez no máximo vá até a máquina de café.
Matilde: Isso, vá lá.
Tuta-sama: Aproveite e tire o indivíduo que pode estar lá, ou não.
Locutor-sama: Pronto. Já virei o personagem dos serviços aleatórios…
Tuta-sama²: Não se preocupe, isso ainda é do Random.
Tuta-sama: Ao menos ele reclama menos, e também consome menos coisas.
Tuta-sama: O funcionário perfeito! Deveria ter mais de um, funcionário boneco de palito…. Pensando bem, melhor não.
Tuta-sama²: Não esqueça, o barato sai caro.