Locutor-sama: O cenário é uma cafeteria muito rústica, o duende Kekekê está sozinho na área dos clientes. Os funcionários estão nas salas que ficam atrás dos balcões das guloseimas, uma música toca e é relaxante. O café que Kekekê tomava estava sendo tomado devagar.
Kekekê: Sorte a minha que esse café demora para esfriar! Dá para gastar bastante tempo por aqui. Relaxando. Apenas aproveitando o que esse momento tem a oferecer…
[repentinamente alguém aparece]
Kekekê: Como assim, alguém aparece repentinamente? Eu só estou aqui numa boa e alguém vai me interromper? Bem! É assim que as coisas andam pelas historinhas. Acho. Não sei. A Moon gosta de bancar a diferentona de vez em quando…
Wolf: Você trouxe as mercadorias?
Kekekê: *leva um baita susto* Mercadoria? Que mercadoria?
Wolf: Eu disse mercadorias. No plural. Você não entende de língua portuguesa?
Kekekê: Wolf, eu não sei do que você está falando. Não trouxe mercadoria nenhuma.
Wolf: Baleia! Eu entendo que não quer chamar a atenção, mas vamos terminar com isso logo. É extremamente constrangedor para mim, e para minha reputação de milionário nessa cidade.
Kekekê: Mas…
Wolf: Mas nada! Me dê logo as mercadorias, Kekekê. Estou falando sério. Olhe só, essas sobrancelhas agressivas.
Kekekê: São falsas. E não se fala baleia, é balela. Não quis dizer “mentira”.
Wolf: Ah. Sim. É verdade. Estou vendo que entende de língua portuguesa! Ainda bem.
Kekekê: E quanto as mercadorias…
Wolf: Ahá! Vejo que decidiu trazer as mercadorias.
Kekekê: Como é que eu resolvi trazer, se já estou aqui a um tempão? E não tenho mercadoria nenhuma!
Wolf: Não se faça de difícil. Todos nós, personagens da Moon sabemos que você tem…
Matilde: *aparece de repente* Um pacote de calças para revender?
Kekekê: MAS PARA QUÊ EU TERIA ISSO?
Matilde: Ora. É o Wolf. Ele é famoso por não ser famoso por-
Wolf: Chega, por favor. Vocês poderiam falar mais baixo? Minha reputação está em risco. E isso não tem nada a ver com calças. Tem a ver com… Aquela história.
Matilde: Aquela história?
Kekekê: Meu amigo! Se você soubesse…
Matilde: O Wolf não é seu amigo, Kekekê. Não seja simpático com alguém que não tem limites para a falta de vergonha na cara!
Wolf: Isso é por causa daquela vez que entrei no concurso de fadas, e ganhei como a melhor fada?
Matilde: Humph.
Kekekê: Você fez isso??
Wolf: Bem. Gosto de provar para mim mesmo que posso ser um pouco de tudo. Um lobo de diversas facetas! Um lobo artista e que inspira as pessoas a serem melhores!
Matilde: Ou quebrar o mercado de vende calças…
Kekekê: Matilde!
Matilde: Ué. Estou só falando a verdade.
Locutor-sama: A verdade pode doer. Principalmente quando você tem que diminuir de tamanho para frequentar esse café…
Matilde: Claro! Você não é duende.
Wolf: Nem lobo!
Kekekê: Nem fada! Se bem que nunca dá para ter certeza. Nada é o que parece quando se trata das histórias da Moon…
Abstrato significa abstração abstração rima com subtração, quem disse que meus títulos fazem sentido mesmo? Ninguém disse mas eu tenho consciência disso.
No apartamento da Matilde.
Matilde: Eu não entendo o conceito de romance, Kekekê. Você não acha que é um conceito muito abstrato?
Kekekê: Engraçado ouvir isso, Matilde. Nós estamos casados há anos e com quatro filhos. Como você não entende o conceito de romance??
Matilde: Não não, Kekekê. Você entende de romance. Eu não entendo de romance. Acho que você não sacou ainda onde quero chegar…
Kekekê: O que eu entendi é que você está filosofando, enquanto olha para uma caixa de sapatos!
Matilde: Ué é proibido fazer isso???
Kekekê: Proibido não é, mas você podia olhar pela janela ao invés de olhar para uma caixa de sapato!
Matilde: Olhar pela janela é para perdedores!
Kekekê: Que coisa mais estranha para se dizer… Está competindo com quem? Com o Além?
Matilde: O Além eu não vejo desde que fui até o cemitério dos carros usados. Ele é um osso duro de roer!
Kekekê: Estou bem confuso aqui.
Matilde: É eu também. A Moon está escrevendo a primeira coisa que vem a cabeça.
Moon: Ei! Estou com altos plots aqui.
Matilde: Sei, sei. No seu caso é mais angu do que enredo senhorita Moon.
Moon: Por favor, não use senhorita Moon ironicamente. É elegante demais para ficar sendo desgastado!
Kekekê: Oi Moon! Como está escrever para o blog depois de tanto tempo?
Moon: Não sei. É uma sensação engraçada. A Moon de 2015 deve estar muito decepcionada!
Kekekê: Mas você não é a mesma Moon que era em 2015. E eu não sou o mesmo duende. Agora eu danço zumba!
Matilde: Sim, é um grande dançarino de zumba. O porquê de você ter cismado com isso eu nunca vou saber. Não é bom ser uma pessoa diferente do que você era?
Moon: Não sei. Mudanças nem sempre são bons, eu já cheguei a escrever histórias diárias para o blog. Você entende como me sinto, Kekekê?
Kekekê: Mas é claro que eu entendo! A Matilde também entende, claro. Ela só é ruim de demonstrar isso.
Matilde: Não adianta olhar para o passado. E o meu assunto?
Moon: Está bem, está bem. *dá de ombros* Mas a história não é sobre isso! A história é sobre uma outra coisa.
[Matilde olha para o lado impaciente, e o Kekekê se distrai olhando para a janela]
Matilde: Não? Moon? Moon? *olha para os lados*
Kekekê: Parece que a autora sumiu misteriosamente.
Matilde: Ora! Misteriosamente sumiu enquanto escreve uma historinha? Para quê? Ela podia muito que bem sair pela porta.
Kekekê: Você sabe como a Moonzinha é, totalmente original de vez em quando.
Matilde: Eu nem quero saber oque é ser totalmente original de vez em quando….
[a campainha do apartamento toca]
Matilde: Deixa ver quem é, numa hora dessas…
[Matilde abre a porta]
???: Alôooo!
Matilde: Kekekê, tem uma rena na porta que não conheço. Você sabe quem é.
Kekekê: É a Rena Rodolfo! O que faz aqui, Rodolfo?
Rodolfo: O Papai Noel está requisitando você e a sua senhora para uma missão importantíssima.
Kekekê: Sério? Mas a Matilde é senhora dela mesma. Ela só vem se ela quiser. O que é de tão sério para você vir até aqui a pedido do chefe?
Rodolfo: Ordens são ordens! E o chefe me pediu para entregar em papel e não dizer o pedido em voz alta.
Matilde: Estou ficando curiosa! É claro que vou querer ir.
Kekekê: *pega o papel que Rodolfo entrega para ele*
Matilde: Qual é o pedido?
Kekekê: *lendo o papel com calma* Eu vou resolver o assunto sozinho. É uma coisa bem estranha fazer isso…
Matilde: Mas o quê é…?
Kekekê: É uma missão importantíssima e dificílima. Você pode ficar tranquila.
Matilde: Como é que vou ficar tranquila se você disse que é dificílima?
Kekekê: Eu só estou sendo dramático. Fique tranquila!
— E Matilde nunca soube exatamente qual foi a missão de Kekekê… Finais em aberto por ~dramaticidade~
O mundo gira em torno de muitas coisas, mas as misteriosas ficam entorno de uma neblina, pois nem todos estão preparados para vê-las.
Locutor-sama: Tuta-sama está em busca de uma amiga sua, que vive no alto de uma montanha. Em uma mansão! Mas não é apenas uma visita de aventura qualquer. É de negócios: A personagem está interessada em um certo vaso de flores. O quê há de tão especial nele? Não sei. Não estou na cabeça dela.
Tuta-sama: Ainda bem que você não está! Kekekê, o que acha da ideia de subir uma montanha?
Kekekê: Nunca subi em uma montanha antes na minha vida, Tuta. Eu não sou chocolate alpino!
Tuta-sama: Chocolates alpinos não são alpinistas, Kekekê. Ah não vai adiantar explicar. Você está inspirado hoje.
Kekekê: Mas estar inspirado é uma coisa boa!
Tuta-sama: Sim, mas não é isso que eu quis dizer…
Kekekê: Isso significa que estou não pirado!
Tuta-sama: É melhor nós irmos logo, Kekekê. Estar lidando com as ideias da Moon, não está fazendo muito bem para você…
Locutor-sama: Os dois foram até o meio de transporte usado para subir montanhas, o teleférico!
Tuta-sama: Entrar aqui valerá a pena!
Kekekê: É uma pena que nós não temos asas…
*passam pela porta*
Tuta-sama: Queria ter vindo de helicóptero, mas a Falcona disse que era perigoso, sabe. Kekekê, você está ouvindo? Ou preferia ter vindo de helicóptero?
Kekekê: Preferia estar em casa dormindo para falar a verdade
Tuta-sama: Ora, Kekekê. Andas trabalhando demais e perdeu completamente o seu espírito de aventura. Onde está o duende motivado que trabalhava para o papai noel?
Kekekê: Até onde me lembro bem, você levou um coice de uma rena. Quer mesmo usar isso para me motivar?
Tuta-sama: Você tinha que lembrar da coisa mais constrangedora que aconteceu comigo, não é verdade?
Kekekê: Opa! Foi mal, é que foi traumatizante. As renas estavam revoltadíssimas! Ainda bem que no final você cai no feno, e os duendes puderam te salvar.
Tuta-sama: Verdade. Mas eles não teriam me ajudado se você não tivesse os chamado!
Kekekê: Bem em situações emergenciais, requer minha habilidade secreta…
Tuta-sama: De gritar mais alto com seus pulmões?
Kekekê: Na verdade foram tambores, adicionados aos gritos. Você esqueceu?
Tuta-sama: Eu deixo de lado as coisas constrangedoras.
Kekekê: Voltando ao objetivo da viagem, o que nós vamos fazer mesmo…?
Tuta-sama: Nós vamos ver minha amiga Zélia. Pensando melhor, você a conhece também. Ela trabalhava com exportações para a fábrica do Noel. Não lembra dela?
Kekekê: *pensa um pouco* Não sei…
Tuta-sama: A Zélia! A águia Zélia!
Kekekê: *uma luz veio à mente do Kekekê* AAAAAAAAAH!
Tuta-sama: Precisava mesma acender uma lâmpada na cabeça dele?
Locutor-sama: Funcionou, não funcionou? Pode ter queimado uma lâmpada no palácio mental do Kekekê.
Kekekê: O palácio mental faz parte de imaginação!
Tuta-sama: Mas às vezes a imaginação falha…
Locutor-sama: Não acredito que estamos de acordo.
Tuta-sama: Eu não sei como é que você entendeu isso, mas tudo bem. Estamos chegando! Olhem a mansão da Zélia! Você não está convidado, Locutor-sama!
Locutor-sama: Mas eu não sou vampiro, Tuta-sama. Eu não preciso de convite!
Kekekê: *rindo* Essa foi boa!
Tuta-sama: Claro, claro. Como pude esquecer que você não é vampiro?
Locutor-sama: Finalmente estávamos nos três em frente a mansão. Vários empregados chiques foram nos receber, e quase fui confundido com um deles. Agora entendi o porquê de eu não ter sido convidado…
Tuta-sama: Você não sabe o conceito de boas maneiras não é verdade?
Kekekê: Olhem! Ela está chegando.
Tuta-sama: Zélia, que alegria em vê-la! Estou muito contente em ver você. Quanto tempo! Eu sei que você será a única que poderá me salvar, com suas relíquias extraordinárias.
Zélia: Tuta! Que bom te ver. Eu imagino o porquê de estar aqui. Isso tem a ver com o natal chegando, não é mesmo…? Kekekê! Que alegria ver você! E esse homenzinho… *se referindo ao Locutor* Traga o que a Tuta pedir sim?
Tuta-sama: É um vaso de flores, Tuta-sama.
Zélia: Porque está parado aí, heeein? Vá logo!
Locutor-sama: Mas… mas… *outros funcionários começam a empurrar o Locutor.
Kekekê: Quem você pagou para fazer essa graça com ele?
Tuta-sama: Há vezes na vida em que as coisas vem a nosso favor, meu caro duende.
Zélia: Mas o que aconteceu para precisar de um vaso de flores? Imagino que deve ser alguém especial para presentar.
Tuta-sama: Na verdade não…
Zélia: Não?
Tuta-sama: Em quebrei um vaso de mamãe lá em casa. Preciso de um igual com urgência! Imagina ela visitar a mansão de sua filha e ver que um dos seus presentes de natais passados não está lá?
Zélia: Você levaria uma bronca, com certeza!
Kekekê: Ah! O Locutor chegou com o vaso de flores!
Tuta-sama: Quanto quer por ele?
Zélia: Hum…. *passa o valor para a Tuta-sama*
Tuta-sama: Nossa! Está barato!
Kekekê: Nós temos conceitos diferentes sobre preços, não é?
— Depois de muito tempo, uma história no blog! Estava precisando destravar as palavras urgentemente…. Se é que faz sentido o que estou falando.
Uma história especial que é um presente de aniversário, com cheirinho de pão.
Moon: Há muito tempo, havia uma receita fantástica e revolucionária, que fazia as pessoas todas surpreenderem-se com seus resultados milagrosos. Sim! Quem não gostaria de ter uma solução prática do seu mau humor, que tem gostinho de pão bem feitinho?
Kekekê: Isso é uma história de pão??
Matilde: Por isso o cheiro de padaria. Tá explicado agora.
Kekekê: E eu nem trouxe o meu chapéu de padeiro…
Matilde: Você tem chapéu de padeiro?
Kekekê: Assim como você tem capacete para usar quando ando de bicicleta.
Moon: Vocês dois! Foco! Qual era o objetivo da história?
Kekekê: Ah sim, nós temos um roteiro para seguir.
Matilde: O livre arbítrio é uma mentira.
Kekekê: Nós vamos fazer uma receita lendária para o Tasketê.
Matilde: Sei. Mas sem chapéu de padeiro.
Kekekê: Sim! Mas não tem importância, eu tenho gorrinho apropriado para festa de aniversário. *tira um gorrinho do bolso*
Matilde: É feito de papel!
Kekekê: Nada é o que parece, minha querida.
Moon: Os dois organizaram os ingredientes para preparem o pão de piadina! E antes de qualquer pergunta, são ingredientes especiais do mundo mágico que fazem ter um efeito especial. O resultado bom humor!
Matilde: Acha que isso vai dar certo?
Kekekê: Claro que vai dar certo! Nada dá errado quando estou com meu gorrinho de aniversário! Vai me passando os ingredientes.
Moon: Depois de uma longa conversa, e de muito trabalho na cozinha, Kekekê terminou o especial pão! E Matilde agora está lavando a louça. Junto com a guaxinim milionária Tuta-sama. Que só veio para isso e nada disse porque ia ser muito caro pagar o salário dela.
Tuta-sama: Ei!
Matilde: É hora de arregaçar as mangas!
Kekekê: Mas você está usando vestido sem manga!
Matilde: É força de expressão.
Kekekê: Ou é uma nova fala para se preparar, e chamar seu robô gigante?
Matilde: Kekekê…. Pare com isso.
Kekekê: Mas são coisas para se pensar!
Matilde: E eu esperando que você falasse algo sobre mangá.
Kekekê: Não! Muito óbvio. E todo mundo sabe que a Moon não é mais otaku. Ela é apenas uma entusiasta de cultura japonesa.
Matilde: Ah, tá. Vamos parar com isso e focar em coisas mais importantes ok?
Kekekê: Tá bom. Mas é importante frisar que…
Matilde: Kekekê. Pare por favor.
Moon: Depois de arrumarem a mesa tudo bonitinho, quando Matilde tinha finalmente terminado a louça, eles chamaram o Tasketê.
Kekekê: Amigo! Nós fizemos isso pão de piadina para você.
Tasketê: Nossa! Que bonito que está. Muito obrigado, vocês dois.
Matilde: Não foi nada. Eu só lavei a louça.
Tuta-sama: Ei! E eu?
Kekekê: E isso ajudou bastante.
Tasketê: O pão está muito cheiroso. Mas fico muito feliz em saber que vocês lembraram de mim. Muito obrigado! Fico emocionado.
Matilde: De nada!
Kekekê: Nós sempre estaremos aqui por você, meu amigo!
Post de aniversário de presente para a Steh-chan. 😀
Duende ao mar! Duende ao mar!
Locutor-sama: São duendes, ao mar. E vocês leitores devem se perguntar, imediatamente: Em que roubada os personagens se meteram, agora? É mais justo nós nos perguntarmos, porque Kekekê e Tasketê foram vítimas de um tamanho infortúnio? Gostaria de constar que se tratou de uma caça a objetos submarinos não identificados e houve certas circunstâncias que resultaram eles estarem no salva-vidas.
Tuta-sama: Mas o grande mistério que não quer calar, o que estou fazendo aqui, em primeiro lugar? É como se a presença de um guaxinim tivesse arruinado uma diversão de dois duendes!
Kekekê: Calma, calma. Tuta, você que se ofereceu a nos levar de barco.
Tasketê: Mas talvez não tenha sido inteligente ser você a dirigir… Quero dizer, não é como se tivesse batido no iceberg de propósito.
Tuta-sama: Eu causei o novo Titantic!! Vocês dois, Kekekê e Tasketê, entendem o nível da situação?? É gravíssimo! Como vamos comer? Ou sair dessa coisa maluca de estar em um bote salva-vidas?
Kekekê: Nós estamos aqui faz vinte minutos.
Tasketê: Uma verdadeira eternidade!
Kekekê: Nada de pânico, meus amigos. Nós temos um ao outro. E toalhas.
Tuta-sama: Como se uma referência ao Douglas Adams e seus Mochileiros da Galáxia, fossem ajudar em alguma coisa, agora.
Tasketê: Claro que pode nos ajudar! Pode trazer sinais para alienígenas amigáveis que podem vir nos salvar.
Tuta-sama: A perspectiva da Hello vir nos ajudar, não melhora muito no meu ânimo.
Kekekê: Mas existem milhares de seres alienígenas que podem vir a nosso socorro, não existe só a Hello no universo.
Tasketê: E se for a Hello, qual o problema? O importante é sermos salvos de uma vez, ué! Quem sabe ela pode nos levar no seu disco voador.
Kekekê: A não ser que ela tenha vendido por problemas financeiros.
Tasketê: Mas a Hello é rica!
Kekekê: Pode ser uma Hello da dimensão alternativa, invertida, talvez envolvida com uma guerra intergalática, por causa de pão de queijo! Por isso, ela tem problemas financeiros.
Tasketê: Essa historinha está com um tom realista demais, para o meu gosto.
Tuta-sama: Não vejo nada de realista em uma guerra intergaláctica. Causada por pão de queijo!
Kekekê: Pão de queijo é muito gostoso. E duvido que exista pão de queijo em toda galáxia.
Tuta-sama: Bons argumentos.
Tasketê: É tudo culpa minha, eu convidei o Kekekê e consequentemente você também. Desculpem.
Tuta-sama: Podia ser pior. Nós podíamos estar em um mar de chocolate, sendo perseguidos por um biscoito gigante. Que come chocolate.
Tasketê: Isso aconteceu recentemente?
Tuta-sama: Digamos que estou exagerando um pouco a história.
Kekekê: Eu nem gosto de me lembrar. Fico até arrepiado de susto!
Tasketê: Nem sabia que uma coisa dessas era possível.
Kekekê: Ficar arrepiado?
Tasketê: Não é isso. Estou vendo um dragão com óculos escuros, com cara que saiu de uma danceteria vir em nossa direção.
Tuta-sama: Só acredito vendo. *vira a cabeça e vê o dragão* Eu acredito. Pra quê duvidar em uma história da Moon, onde tudo é possível? Estou esperando unicórnios, também. Soltando lasers. Só não me tragam a Hello…
Kekekê: DRAGÃO DANÇANTE!
Locutor-sama: É uma cena emocionante, amigos e amigas. Um dragão veio ao socorro dos nossos amigos! O seu voo até ficou em câmera lenta, para dar um certo charme de suspense. Porém, ele não viu o bote salva vidas. A autora está forçando a barra.
Tuta-sama: NÓS VAMOS MORRER. De tédio. É horrível.
Kekekê: Bem, se o dragão dançante não nos viu, é melhor esperar por um milagre. A Hello tem passeado de OVNI? Espero que sim. Aí me deixa esperançoso.
Tuta-sama: Prefiro morrer de tédio ao ver a Hello.
Tasketê: O que foi que a Hello fez, afinal?
Kekekê: Ela foi de pijama em uma das reuniões da Casa Verde.
Tuta-sama: Nem me lembre!
Tasketê: Podia ser pior…
Tuta-sama: Ela dormiu metade da reunião.
Tasketê: E ela ronca?
Tuta-sama: Já o fato dela dormir na reunião, ainda por cima de pijama, não é revoltante o suficiente?
Kekekê: Bem. Eu prefiro nem falar nada.
Locutor-sama: Que situação que eles estavam, leitores! Sem eira nem beira, seja lá o que isso quer dizer. E como vão sair dessa? Já é momento para alguma coisa acontecer. A Senhorita Moon não pode enrolar essa história para o resto da existência do universo.
Tasketê: Estão escutando esse barulho?
Tuta-sama: Sim.
Kekekê: É um helicóptero!!
Locutor-sama: Finalmente as preces dos personagens foram ouvidas! A cavalaria havia chegado, se podemos chamar assim um helicóptero de salvamento… Mas vocês entendem onde quis chegar, leitores. Uma escada, daquelas feitas de corda desceu na direção do bote de salvamento. Uma das empregadas da Tuta-sama, Beta, falava por um megafone.
Beta: Ainda bem que nós achamos vocês!
Locutor-sama: É um emocionante reencontro, e eles subiram com certa dificuldade, pois é complicado subir nessas escadas, sabiam? O que importa é que tudo terminou bem. E eles não foram salvos pela Senhorita Hello. Que atitude deselegante, dormir em uma reunião e de pijama, ainda por cima.
Tuta-sama: Obrigada, Beta. Como nos achou?
Beta: As toalhas tinham rastreadores. Foi uma excelente ideia vocês terem levado.
Kekekê: Eu nunca vou a lugar alguma sem uma toalha. Às vezes serve para eu limpar minhas lágrimas.
Tasketê: Mas para quê essas toalhas tem rastreadores? Não faz sentindo.
Beta: Foi um presente da Senhorita Hello, na verdade.
Tuta-sama: Eu sabia, tinha que ter um dedo dessa ruiva!
Essa história teve ideias da Steh-chan e da minha mãe. Créditos as duas, e também a maravilhosa Guaxinim Milionária chamada Tuta, Tuta-sama para dar mais respeito, hahaha!
Dois duendes podem se divertir, mas o conceito de diversão nosso, é diferente deles?
Locutor-sama: O duende Tasketê estava construindo uma ponte. E o outro duende, este chamado de Kekekê, estava preocupado em saber o motivo disso. Então, ele foi lá perguntar.
Tasketê: Sim, é uma ponte, Kekekê. Você acha que estou construindo uma ponte? Bem, você achou certo! Mas não é uma ponte qualquer.
Kekekê: É uma ponte alienígena?
Tasketê: Eu não sei porque você foi se referir a alienígenas, mas sim, é uma ponte. Não tem nada de alienígena nessa ponte!
Kekekê: Você… está construindo sozinho, pelo que vejo. Não vai ficar cansado?
Tasketê: Eu seria um fracassado se não conseguisse construir essa ponte sozinho, Kekekê.
Kekekê: Mas pontes dão um trabalhão!
Tasketê: Não se preocupe comigo, Kekekê. Uma hora ou outra eu consigo terminar a ponte.
Locutor-sama: Kekekê continuo preocupado, mas por ora, ele não interferiu. Foi aí que ele teve uma ideia.
Matilde: O quê? Você quer ir ajudar ao Tasketê a ir construir uma ponte? É mais fácil eu fazer uma aparecer, como um passe de mágica!
Kekekê: Talvez fosse uma má ideia, né? Ele quer construir a ponte sozinho, afinal de contas.
Matilde: Você ficou maluco! Ele não é uma fada para construir isso sozinho.
Kekekê: Bem, se você pudesse vir me ajudar a…
Matilde: Sim! Eu irei te ajudar a convencê-lo. Vamos lá!
Locutor-sama: Essa história não é mais sobre duendes. Tem uma fada agora, além desse narrador. Talvez eu estou só falando obviedades, mas quais obviedades nunca são ditas?
Matilde: Isso nem faz muito sentido, Locutor-sama.
Locutor-sama: E essa é uma história programada. Fazer sentido é para os fracos!
Kekekê: Nós estamos novamente com o Tasketê! Ele está descansando, e eu fico mais tranquilo. Quem é que pode construir uma ponte sozinho?
Matilde: Uma fada!
Kekekê: *olha para ela*
Matilde: É uma pergunta retórica, não? Mas mesmo assim, uma pergunta muito importante. É, eu não notei.
Tasketê: Vocês estão aqui!
Matilde: Sim, nós estamos.
Kekekê: Você não quer ajuda a construir a ponte?
Tasketê: Bem… Talvez seja melhor. Eu não vou conseguir pagar tudo para aquele guaxinim.
Tuta-sama: *aparição surpresa* Só para deixar isso BEM CLARO, não tem nada a ver comigo.
Matilde: Isso… Isso…
Kekekê: É uma referência!
Tasketê: Eu tenho certeza que todo esse dinheiro vai, de alguma forma, para as patas daquele guaxinim bajulador! Ele só quer ficar nadando em dinheiro. Quem ele pensa que é?? O Tio Patinhas?
Tuta-sama: Não existe alguém mais Tio Patinhas que o Tio Patinhas.
Kekekê: Muito profundo.
Tuta-sama: Obrigado.
Tasketê: Vocês vão me ajudar a investir na minha cidadezinha?
Matilde: É melhor eu pegar uma pá. Quem sabe encontro dinheiro em uma delas? É bom ser otimista nessas horas.
Tasketê: É a hora da pá. Para dar dinheiro. Para construir a ponte!
Kekekê: E toda aquela conversa de fazer a ponte…
Matilde: Shh! Vamos brincar de Animal Crossing.
Kekekê: Animal Crossing. Está bem. Eu vou pegar uma pá, também. Você também, Tuta.
Tuta-sama: Eu? E pensei que meus dias de trabalho tinham acabado lá no exército.
Matilde: E você não trabalha, mais?
Tuta-sama: Pelo menos eu ganho dinheiro com isso.
Matilde: Mas é você que paga o seu salário!
Tuta-sama: Não se pode ter tudo. Existe o ancião que tem um tapete mágico, por exemplo.
Kekekê: Nem eu tenho tapete mágico!
Matilde: Não há nada de especial em um tapete mágico.
Tasketê: Mas é claro que há! Com um tapete mágico, você não precisa construir pontes.
Tuta-sama: A lógica dele é imbatível.
Matilde: Eu ainda não entendi muito bem o motivo de construir uma ponte, além de brincar de Animal Crossing.
Tasketê: É um desafio! Além do dinheiro envolvido, é claro.
Tuta-sama: Dinheiro motiva até os moinhos de vento!
Kekekê: Sério?
Tuta-sama: Sério.
– A história de hoje é um presente para a Steh-chan! Eu dou presentes em forma de historinha, pois as palavras tem um valor monetário maior que o do dinheiro.
Os dias são vários, e eu cismo em errar as datas. Título aleatório? É a mais pura verdade.
Locutor-sama: A cidade anda tranquila, mesmo com diversos caminhões voadores preenchendo o céu. Não, por incrível que pareça, ninguém para e se questiona. Nem mesmo o duende Kekekê, que estava olhando pela janela do apartamento da Matilde quando esta disse…
Matilde: Eu irei para um chá, hoje.
Kekekê: Que legal! Você vai encontrar quem?
Matilde: A minha amiga Lily. Espero que dê tempo. Esses dias estão simplesmente lotados…
Kekekê: Divirta-se! Mande um “olá” para ela, sim?
Matilde: Claro! E não esqueça de ir pegar as crianças na escola.
Kekekê: Pode deixar!
Locutor-sama: A fada Matilde ainda não havia notado o céu, que estava tão estranho. E foi por isso que, por pouco, ela não foi de encontro para um deles. Ia ser uma cabeçada e tanto!
Matilde: Caminhões voadores?? Estou seriamente preocupada com a sanidade da Moon! *a fada faz sumir com um passe de mágica vários dos caminhões voadores* Pronto. Espero que isso não me atrase!
Locutor-sama: A fada, determinada, voou até o ponto de encontro com sua amiga. Ou era isso que ela tinha planejado. Ela encontrou um ancião voando em um tapete mágico!
Matilde: Tapete mágico? Tapete MÁGICO?
Locutor-sama: Todos os tapetes são mágicos. Basta… Acreditar.
Matilde: Eu não sei o porquê de ainda falar com você.
Ancião do Tapete: Sei que você procura alguém.
Matilde: Não procuro ninguém, não. Nós temos um lugar para nos encontrar, sabia?
Ancião do Tapete: Alguns escolhidos estão reunidos perto de uma máquina de garra.
Matilde: E eu, com isso?
Ancião do Tapete: Parece que os prêmios são miniaturas de brinquedos, que vendidas separadamente são caríssimas!
Matilde: Mas… E eu, com isso?
Ancião do Tapete: Parece que apenas os escolhidos podem resolver essa questão.
Matilde: Mas miniaturas são impossíveis de pegar só usando uma garra!
Ancião do Tapete: *mexe a sobrancelha* Outra fada questionando meus métodos. Desse jeito, vou perder o meu emprego.
Matilde: Deveria ter imaginado que é uma campanha promocional. Espere, o senhor disse outra fada?
Ancião do Tapete: Sim. Bom, pelos as fadas são sinceras. É uma qualidade apreciada!
Matilde: É cada uma que me aparece… *sai voando e ignora o ancião do tapete*
Locutor-sama: O destino sorriu para a fada Matilde, ela tinha chegado ao ponto de encontro! Uma casa de chás, elegante, no qual a dona do estabelecimento era uma girafa. Não me perguntem.
Girafa: Ah! Você chegou. Deveria avisar a Lily que você está aqui.
Matilde: É, muito obrigada. Mas porquê a senhora está do lado de fora?
Girafa: Eu estou vigiando os escolhidos da máquina de garra. Não é muito longe daqui, da para ver a esquina! *aponta para a direção*
Matilde: Não ligo. Eu vim tomar chá.
Girafa: Você é quem sabe…
Matilde: Não precisa avisar que estou aqui. Já vi a Lily, com licença, dona girafa.
Girafa: Está bem. Licença concedida.
Matilde: Liy!
Lily: Matilde! Você veio.
Matilde: Foi uma verdadeira aventura vir para cá… Mas valeu a pena, tudo por um bom chá. Com pão de queijo! Podia virar tradição. Ah! E o Kekekê disse olá. E eu trouxe um presente. É uma… Não, não é essa caixinha de sabonetes. Acabei comprando isso por impulso! É uma miniatura de uma cachorrinha. Dizem que dá sorte. E ela sempre estará do seu lado, te acompanhando. Não sei se isso faz sentido, mas é uma miniatura muito bonitinha.
Lily: Puxa, é adorável Matilde! Muito obrigada.
Matilde: Fico feliz que tenha gostado! Nesses tempos, só um presente para manter a nossa sanidade.
Outra Girafa: Vão querer chá e pão de queijo?
Matilde e Lily: Sim, por favor!
– Hoje a história é um presente para a @ayumichan! Parabéns para ela. \o/ Por isso, escrevi uma historinha com uma pequena participação da Lily.
– Uma casa de chás que vende pão de queijo é um verdadeiro sonho realizado! Na verdade, gente, eu não sei nem como é uma casa de chás. Mas girafas são legais. Certo? Certo?
As crianças são o futuro, mas e no caso dos seres mágicos? Eles vivem um tempão, isso que eu chamo de um título aberto para uma reflexão das diferentes passagens de tempo.
[Essa história se passa quando o Kekekê era criança.]
Kekekê: O herói Bolo de Farinha está sendo atacado pelos invisíveis e um tanto cruéis cogumelos andarilhos, na Floresta Encantada das Anedotas!
Dona Amélia: Você sabe o que é anedota, querido netinho?
Kekekê: É um tipo de bota, não é?
[Dona Amélia sorriu para o seu inocente neto]
Dona Amélia: Não devia brincar com coisas que não conhece.
Kekekê: Tem algo de tão errado em uma bota??
Dona Amélia: Não é apenas um tipo de bota, Kekekê. Anedota é um estilo de vida!
Kekekê: Mas… Mas…
Dona Amélia: Sim, sim. Você vê, a Floresta Encantada das Anedotas é um lugar perigoso. Eles nunca iram aceitar serem visitados por um herói descalço, e ainda por cima, irá sofrer as terríveis consequências dos cogumelos andarilhos.
Kekekê: Que tipo de… Espera, consequência?
Dona Amélia: Sim, sim. Entenda, é muito mais do que uma questão dele sobreviver das garras dos cogumelos-
Kekekê: *começa a tremer* Os cogumelos andarilhos TEM GARRAS?
[Dona Amélia começa a pensar um pouco]
Kekekê: Eu… eu não me sinto muito bem.
Dona Amélia: Não precisa se preocupar com isso. É hora de você dormir. Pegue o seu amiguinho e vá para a sua cama.
Kekekê: Mas vovó… Os cogumelos tem garras ou não?
Dona Amélia: *suspira* Kekekê, existem coisas que eu mesma não posso saber.
[Ela empurra amigavelmente o neto em direção do quarto]
Kekekê: Vó! Não me deixa sozinho!
Dona Amélia: Você estará protegido no seu quarto. Boa noite, Kekekê!
Kekekê: [observa a gentil avó fechando a porta do quarto, devagar] O que faremos agora?
[Kekekê olha para o Bolo de Farinha]
Kekekê: Eu nem estou com sono! Posso muito bem continuar as nossas aventuras aqui. Você me protege dos cogumelos andarilhos, não é? Por favor… Não vá me dizer que tem medo deles também!
[A pelúcia não responde nada. Kekekê resolve imitar a voz dele]
“Bolo de Farinha”: Está tudo bem! Os cogumelos andarilhos não atacam duendes que dormem direitinho!
Kekekê: Mi-minha nossa! Acho que eu vou deitar na minha cama, cobrir meus pezinhos e rezar para quê eu não veja nenhum cogumelo.
[Kekekê deita na sua cama, e se cobre, levando consigo a pelúcia]
Kekkekê: Boa noite, Bolo de Farinha! *desliga a luz do abajur ao lado da cama*
Bolo de Farinha: Boa noite!
Kekekê: Eu… eu… VOVÓ! *joga a pelúcia no chão*
Dona Amélia: *abre a porta* O quê houve?
Kekekê: O Bolo de Farinha falou comigo!
Dona Amélia: Kekekê, quantas vezes eu já disse que as pelúcias são amigáveis, quando elas respondem, se você ficar com medo elas vão ficar tristes e ofendidas.
[Dona Amélia colocou o Bolo de Farinha ao lado do Kekekê na cama, beijou a testa do neto e saiu do quarto após fechar a porta]
Kekekê: Eu não vou dormir essa noite. *olha aterrorizado para a pelúcia*
Bolo de Farinha: Você gosta mais de “Good Night”?
Kekekê: Good Night?
Bolo de Farinha: É uma canção de ninar! Na verdade se chama boa noite, mesmo.
Kekekê: Você… Não está ofendido?
Bolo de Farinha: Não, não. Eu só me ofenderia se você me jogasse da janela. Mas se puder não me jogar da cama de novo, eu agradeceria.
[Kekekê teve a impressão que sua avó ainda estava na porta]
Kekekê: Tá bom. Nós somos amigos, não é?
Bolo de Farinha: Mas é claro! Não tenha dúvidas disso.
Kekekê: Então boa noite!
Bolo de Farinha: Boa noite!
Dizem que nos aniversários tem que ter bolo e guaraná, mas e no carnaval? Acho melhor eu escolher groselha, é uma coisa que eu conheço melhor.
Tuta-sama: Eu, Kekekê e a Matilde estávamos juntos trabalhando em novas histórias para inspirar a nossa querida autora. E eu não estou dizendo isso porque quero agradar a Moon e pelo fato de eu estar narrando no lugar do Locutor-sama. *ri discretamente* Não é TÃO DISCRETO se a senhorita descreve, Moon.
Matilde: Oi, Tuta.
Tuta-sama: Por favor, me diga que você não está vestida de lagosta.
Matilde: Não estou vestida de LAGOSTA. É uma fantasia de dragão! Francamente, está bebendo cerveja no trabalho, de novo?
Tuta-sama: Que ABSURDO! Eu nem bebo cerveja. E pode parar com esse pensamento IGNORANTE que eu só tomo bebida alcoólica. Está vendo? Isto aqui, que está na minha patinha é um copo cheio de groselha.
Matilde: Precisa mesmo descrever a sua ação?
Tuta-sama: Claro! Quer que os leitores não entendam o que nós duas estamos fazendo? Eles podem pensar que estamos em um topo de um asteroide junto do William Shakespeare cantando Beyoncé.
Matilde: Se você não está bêbada, deve ter perdido o juízo, completamente. Ótimo, além de eu ter de procurar o da Moon vou ter que procurar o teu, também?
Tuta-sama: Ninguém te pediu nada. E de nós duas, quem é que está fantasiada de dragão?
Matilde: É uma fantasia de CARNAVAL, já ouviu falar?
Tuta-sama: Não ouvi, será? Acho que estou fantasia de Décimo Segundo Doutor por puro bom gosto, mesmo.
Matilde: Ora! Pare de me ironizar! *tira o copo de groselha das patinhas da fabulosa guaxinim*
Tuta-sama: MINHA VOD-
Kekekê: *acaba de chegar* Tuta, você sabe me dizer onde está a vigésima oitava versão de CO… AI MINHA NOSSA SENHORA DOS DUENDES, isso aí é o que estou pensando?
Tuta-sama: Se você está pensando na Matilde tomando a minha groselha, sim, você está certo.
Kekekê: *tira da mão da Matilde e sente o cheiro* Tuta, eu não nasci ontem.
Tuta-sama: O que vai fazer, contar para a chefe? ESPERE, QUEM MANDA SOU EU, então ainda trabalho. Ainda bem! Como é bom estar no topo da central do cérebro da Moon!
Kekekê: Tuta. Essa frase nem faz sentido!
Matilde: O quê foi, Hugh Jackman? O Senhor se perdeu dos outros X-Men?
Kekekê: Isso aqui é cosplay do Stone da série The Librarians. Eu queria vestir alguma coisa que não tivessem mangas.
Matilde: Entendi. Então você é Jean Valjean. Está precisando de uma parceira para cantar?
Tuta-sama: A Matilde, cantando?? Deixar ela tomar minha groselha foi um erro.
Kekekê: Matilde! Eu não sou o Hugh Jackman. E Tuta, isso aqui não é groselha nem aqui nem no país das chinchilas. Você não pode estar falando sério, nós já conversamos sobre bebida alcoólica no trabalho. E se as crianças nos visitarem, e tomarem sem querer?
Tuta-sama: Vai ser bom para a moral do Zezé e do Tadeu?
Kekekê: [olhar sério de duende]
Tuta-sama: Eu estou brincando, caramba. E francamente, eu não vejo nada de errado. É a Matilde que bebeu, não o Zezé ou o Tadeu!
Matilde: Você conhece meus filhos, Peter Capaldi?
Tuta-sama: Tá vendo? Não tem problema nenhum?
[Kekekê bate com a mão na testa. Ele sai da sala e vai para a área das ideias]
Tuta-sama: A Matilde tem que tomar groselha mais vezes. Quer dizer, não a minha groselha, é claro.
– Nenhum duende menor de idade tomou bebida alcoólica nessa historinha, e isso não ia acontecer, que fique bem claro isso!
Em um mundo de promoções, acontece competições! Entre as lojas. Entre as pessoas!
Na vida, apesar de não sabermos sempre tem alguém nos acompanhando. Não é uma história de fantasma – A não ser que, você seja amigo de um. O problema disso é que, de tanto conviver com humanos eles acabam se adequando aos hábitos nossos. Como a Black Friday.
Na frente lojinha de suprimentos para as emoções das mentes humanas:
[Lugar cheio de duendes, fadas, animais fantásticos esperando abrirem as portas]
Kekekê: É hoje, Tasketê! Você está com a sua listinha?
Tasketê: *olhando para o celular* Ansiedade é um item que está em promoção, mas é muito concorrido. *guarda o celular e olha para o Kekekê* Eu preciso comprar. Acho que estou ansioso também, Kekekê!
Kekekê: Calma Mas… Não é só sobre os que estão em promoção.
Tasketê: Sim! Só que isso aqui não é uma visita casual. É uma guerra! É o verdadeiro significado de uma data como essa.
Kekekê: Falando assim, está me deixando assustado. Você não tá nada calmo!
Tasketê: Desculpe. *respira fundo* E a sua lista?
Kekekê: Preciso de Criatividade, Paciência, Autocontrole, Organização.
Tasketê: Isso tudo é para a Moon?
Kekekê: Não é a Moonzinha que me preocupa, apenas. São as ideias que dominam a cabeça dela.
Tasketê: Mente de pessoas criativas são um tanto complicadas.
Kekekê: Tem razão! *olha em direção das portas da loja* Eles vão abrir, tente não se distanciar de mim, meu amigo!
Tasketê: Temos que encontrar uma abertura… Uma estratégia! *vai andando perto de um monte de gente*
Kekekê: Ali! Vamos! *faz o possível para não se distanciar do Tasketê, enquanto eles vão até a seção que havia disponível “Ansiedade, Autocontrole, Organização”*
[Várias discussões aconteciam em volta dos dois. As prateleiras, quase vazias. Para se salvar do corredor que rapidamente ficou lotado, Kekekê começou a subir. Tasketê foi atrás dele, mas acabou sendo levado pelo montão de criaturas mágicas que estavam se aglomerando.]
Kekekê: TASKETÊ! MEU AMIGO, NÃO! *cai uma lágrima do seu olho*
Tasketê: VÁ SEM MIM, KEKEKÊ! COMPRE “ANSIEDADE” PARA MIM, SE CONSEGUIR ACHAR!
Kekekê: O que vou fazer… Já não consigo mais achar o pobre coitado!
[Olha em no meio de todo mundo, aflito]
Kekekê: Eu… *o celular do Kekekê toca e ele tira do gorrinho para ver a mensagem* Matilde??
Matilde: Onde você está? Em uma loja física, não é?
Kekekê: Eu estou, sim! Perdi o Tasketê de vista!
[Matilde aparece ao lado dele, deixando purpurina no andar da prateleira que o Kekekê estava]
Matilde: Não acredito nisso! Vocês dois perderam completamente o juízo.
Kekekê: Tasketê! Você achou ele.
Matilde: Ele ainda tá meio zonzo porque usei magia muito rápido. Infelizmente, vou ter que usar novamente para levarmos nós três para minha casa.
Kekekê: Mas Matilde…
Matilde: Nada demais!
No apartamento da Matilde:
Matilde: Muito bem! Vou preparar alguma coisa para vocês.
Kekekê: Eu te ajudo, Matilde.
Matilde: Não! Você foi bastante irresponsável de ter ido. Sair de casa em dia de Black Friday!
[Matilde colocou Tasketê em um dos sofás. Kekekê ficou sentado em uma das poltronas, pensando na vida. Foi para a cozinha procurar alguma coisa nos armários]
Matilde: Achei a poção para ajudar o pobre coitado. Acorda, Tasketê!
[Tasketê abre os olhos.]
Matilde: Sente-se. Não ia jogar a poção no seu rosto, então beba.
[A fada deu um copo para ele. Tasketê bebeu, agradecido.]
Matilde: Agora os mocinhos vão me explicar porquê não usaram celulares para fazerem essas benditas compras.
Kekekê: Eu queria sair para tomar ar fresco?
Matilde: Ai, ai. Você queria tomar ar fresco em lugar cheio? Foi tolice da tua parte.
Tasketê: E pensar que tinha 0,80 centavos de desconto, comparando com o preço no aplicativo..
Matilde: Você se aventurou PELO DESCONTO? O próximo passo das besteiras que vão fazer é comprar porcarias desnecessárias pela internet e ficar com a casa entulhada…
[Kekekê abaixou a cabeça, triste. Tasketê ficou em silêncio, sem jeito.]
Matilde: Vocês entendem muito bem o que estou falando, mas já cansei de passar sermão.
[Os dois duendes olham para caixas vazias que estavam em um canto da sala, e muitas outras fechadas, mostrando que Matilde havia feito compras recentemente.]
Matilde: Vão fazer algum comentário? Vão? Não, né? Ótimo!