Browse Tag by cola-sama
Happy Green Things

Tem dias que estamos com vontade de escrever, mas na maioria dos dias, não! A vida também acontece no meio do caminho, que título com grande profundidade.

Locutor-sama: O escritório da senhorita Moon continuava vazio. Até dá saudade da autora reclamando. Será que ela irá voltar aqui, algum dia?
Cola-sama: É lógico que vai. Ela não pode apenas conversar com as vozes na cabeça dela.
Locutor-sama: Cola-sama, está sendo rude.
Cola-sama: Ao menos estou sendo honesta. Não há nada de errado com honestidade!
Locutor-sama: Pra mim, você está tão chateada com a ausência da autora, quanto eu estou.
Cola-sama: Ora! Mas é lógico que não. Lalali!
[Lalali estava passando pelo corredor na frente do escritório da autora.]
Lalali: Alô! O que houve?
Cola-sama: O narrador aqui, disse que estou chateada com a ausência da autora.
Lalali: Todos nós estamos. Eu também estou! Ela nem vim a decoração novo que nós fizemos por aqui. Até a porta é novinha em folha!
Cola-sama: Eu não estou chateada com a ausência da Moon. Francamente! Estão ignorando tudo que eu digo?
Lalali: Considerando o fato que você passa a maior parte do tempo reclamando, ignorar é uma forma de educação.
Cola-sama: Pensando por esse lado…
Lalali: Eu sabia que bons argumentos te convenceriam! Locutor-sama?
Cola-sama: Ah pronto, o narrador vai ficar distraído olhando na janela, agora.
Locutor-sama: Não estou distraído. Estou vendo uma cena fenomenal!
Lalali: Fenomenal é ter dinheiro do banco!
Cola-sama: Eu concordo.
Locutor-sama: Quanto materialismo! E quanto à senhorita Moon?
Lalali: Eu sei lá. Ela volta né? Ela sempre volta.
Locutor-sama: A Senhorita Moon bem que poderia aparecer ali, na entrada do jardim nesse exato instante.
Lalali: Caramba! Ele está chateadíssimo.
Cola-sama: Lógico! Se a Moon não aparece, não tem salário pra ele.
Lalali: Mas não tem salário pra nenhum de nós, na verdade.
Cola-sama: Diga isso pra ele. Narrador egocêntrico é dose.
Lalali: Sendo ele onipresente, isso mexe com a cabeça de qualquer um.
Cola-sama: Até pode ser, mas se a pessoa já tem tendência a ser arrogante…
Lalali: Eu deveria tentar a narração um dia desses.
[O Locutor e a Cola-sama olham surpresos para Lalali]
Lalali: Que foi?
Cola-sama: Pronto. Você conseguiu assustá-lo.
Lalali: Nossa! Foi só um comentário.
Locutor-sama: A narração não é uma brincadeira. Acha que cumpriria essa função com a dignidade que ela merece?
Lalali: Ora! É lógico que sim.
Cola-sama: Dignidade… Essa é boa.
Locutor-sama: É um fato, é preciso ter dignidade pra ser uma pessoa apta a participar do curso dos acontecimentos, dentro de uma história.
Lalali: Dignidade tem que ter em qualquer trabalho.
Locutor-sama: Isso é verdade. Mas conseguiria tolerar a onipresença, onisciência e toda a responsabilidade sob suas costas??
Cola-sama: Você está exagerando agora.

[Enquanto os três conversavam, a autora abria a portinha do jardim, andando em direção da entrada do Estúdio]

Silly Tales

Aventuras são um meio interessante de contar uma narrativa. Podem ser até previsíveis, mas sempre tem algo de diferente a acrescentar, dependendo do estilo do autor.

P-san: Hoje é uma aventura clássica. O protagonista, que sou eu, contra um dragão cuspidor de fogo! Eu estou até vestido a caráter. Sou um pinguim, vestindo uma armadura.
[O personagem anda até onde deveria encontrar o dragão, em uma caverna na floresta.]
P-san: Ô seu dragão! Ô SEU DRAGÃO!
[Ele adentra a caverna, mas o pinguim não encontra o que queria. No lugar, vários papéis grudados em lugarzinhos da caverna.]
P-san: O quê é isso… *pega um dos papéis* “Não tem dragão nenhum aqui. Estamos reduzindo custos! Assinado Tuta-sama”.
P-san: E como é que eu faço, para ter uma historinha agora? *pega outro papel* “Lute com esse golfinho de plástico. Ele é verde, por defeito de fabricação. Não faça bullying com o pobre coitado. Simule apenas uma luta coreografada. Autora”.
P-san: UM GOLFINHO DE PLÁSTICO? Quem se importa?? *joga longe o golfinho de plástico* Isso é referência a alguma coisa-
[O pinguim olha para os lados. Decide pegar outro papel, que continha outro recado da Tuta-sama. Dessa vez, pego um óculos para ler.]
P-san: “O orçamento foi estourado com câmeras, para espionar minha vizinha. Ela é suspeita demais! Tuta-sama”.
[O pinguim desiste de usar a armadura. Estava atrapalhando.]
P-san: Esqueça! Não vai haver luta nenhuma. Eu tenho princípios. Um golfinho de plástico não é um inimigo para um pinguim lutar.
[Um papel, com outro recado escrito cai nos olhos do P-san]
P-san: Para reclamações, ligue nesse número.
[Um telefone conveniente aparece, dentro da caverna.]
P-san: *digita o número* Alô?
Cola-sama: *do outro lado da linha* Alô.
P-san: Gostaria de registrar uma reclamação.
Cola-sama: Diga. Ninguém liga para esse número, para desejar bom dia.
P-san: Bom dia.
Cola-sama: Gentil da sua parte. Qual o seu problema? Diga sua reclamação.
P-san: Minha história não tem dragão.
Cola-sama: Dragão?
P-san: Sim! Eu ia ser o corajoso herói que derrotaria um dragão.
Cola-sama: Caramba. O orçamento seria caríssimo.
P-san: Até você vai dizer isso?
Cola-sama: Aqui é um número para reclamações. Quem liga, reclama. E eu, que atendo, também reclamo.
P-san: Não me parece um trabalho saudável.
Cola-sama: Ótimo! Ainda bem que alguém reconhece isso.
P-san: Quer saber de uma coisa? Pode esquecer a minha reclamação.
Cola-sama: Não dá. Já registrei no sistema.
P-san: A vida é bela. Não vou mais querer lutar com dragão nenhum. Tchau!
[P-san desliga ao telefone.]
Cola-sama: Sempre assim. Quem liga aqui, sempre muda de ideia. Vai entender esses personagens. Todos tão volúveis!

Happy Green Things

Saudações, terráqueos! Um feliz natal. Está dizendo que ainda não é natal? Mas mesmo assim, desejarei feliz natal.

[A autora está entrando no estúdio, pela porta principal, acompanhada do narrador.]
Moon: Estou aqui entrando no estúdio Happy Green Things depois de tanto tempo. Eu, sinceramente estava com saudades! Principalmente da sala em que tem várias mesas, e posso ficar virando mesas até cansar minha paciência.
Locutor-sama: Aquela sala sempre dá um grande trabalho para arrumar.
Moon: Mas é um exercício muito relaxante.
Locutor-sama: Relaxante para quem não arruma.
Moon: Você deveria me apoiar, sabe.
Locutor-sama: Se não fosse eu que arrumasse aquela sala, talvez eu te apoiaria com mais frequência.
Moon: Você nunca reclamou disso antes!
Locutor-sama: Não seja por isso: Estou reclamando agora
Moon: Ah, francamente narrador. Você não faz nada, se deixar.
Cola-sama: Autora. Viu as decorações de Natal no estúdio?

[A autora olha em sua volta. Está tudo decorado com luzinhas pisca-pisca, árvores de natal, e tudo muito natalino. Mas ela não se alegra, está desconfiada.]
Moon: Que estranho.
Cola-sama: O que é estranho, mulher insatisfeita?
Moon: Você me tirou do estúdio para fazer decorações de Natal?
Cola-sama: *espantada* O quê? Claro que não.
Moon: Quem fez as decorações de natal, então?
Cola-sama: Não sou a única funcionária aqui, você sabe. Tem a Lalali e o Hércules.
Moon: Sei que tem os dois e eles poderiam ter feito isso. Mas, você é a funcionária mais antiga daqui.
Locutor-sama: E eu?
Moon: Para ser sincera, eu não sei qual dos dois eu criei primeiro. Mas não faz diferença. Quem fez o trabalho de decorar com coisas de Natal?
Cola-sama: Mulher insatisfeita. O que custa entrar no espírito natalino da coisa?
Moon: Custa nada. E custa responder minha pergunta, mulher enjoada?
Cola-sama: Foi o Locutor-sama.
Locutor-sama: Eu?
Cola-sama: A Lalali e o Hércules compraram as decorações de Natal.
Moon: Viu como não custa nada responder?
Locutor-sama: Mas autora…
Moon: E você? Ficou fazendo o quê?
Cola-sama: Fiquei… *pausa momentânea* administrando.
Moon: Em outras palavras, ficou fazendo nada.
Cola-sama: Não vai agradecer pelos esforços dos funcionários, que decoraram o estúdio de Happy Green Things inteiro, incluindo o seu escritório.
Moon: Lógico que vou agradecer! *tira uns cartões de Natal do bolso* Caneta, caneta. *tira do nada* Obrigada por ter trazido o espírito natalino, no estúdio Happy Green Things. Esse cartão é seu. *dá um para o narrador* Locutor, entregue estes para Lalali e Hércules.
Cola-sama: *recebe um da autora* Eu também ganho um?
Moon: Lógico! Obrigada por ter ajudado nas decorações de natal.
Cola-sama: Já disse que não fiz nada.
Moon: Não precisa demonstrar tanta humildade.

Silly Tales

Ultimamente a mente mente. Português é muito difícil, quando você para para pensar.

[A autora está em cima de uma moto, em um épico cenário de deserto. E isso não tem nada a ver com o calor que está fazendo no mundo real, todo mundo sabe que passeios de moto ficam mais maneiros com um deserto no fundo!]
Lalali: Autora, você não está realmente no deserto, andando em uma moto! É um cenário de mentirinha e tem uma ilusão para ele se movimentar.
Cola-sama: sem falar que você está passando muita vergonha, enquanto imita barulho de buzina. Sendo que você odeia buzina!
Lalali: Enfim, a hipocrisia. Sempre quis uma oportunidade para usar esse meme!
Cola-sama: Autora está pagando mico e você está usando meme. Isso está só melhorando. Que vida emocionante que eu levo
Moon: Me deixem viver! O que importa não é o destino, é a jornada para chegar até lá. Nos torna pessoas muito melhores do que no início, e se deixar vira filme para tocar repetidamente em sessão da tarde.
Lalali: Que ilustre.
Cola-sama: Você tem noção, que você está indo pelo menos lugar e não chegando a lugar nenhum?
Lalali: Ah! A moto é de brinquedo.
Cola-sama: Nunca pensei que viria uma moto de brinquedo desse tamanho.
Lalali: Fazem cada coisa ultimamente!
Cola-sama: Que desperdício de materiais. Poderiam usar isso para a uma loja que vende pão de queijo. Mas não, criam motos de brinquedo do tamanho das reais.
Lalali: E a moto ainda por cima não funciona!
Cola-sama: Imagine só se uma moto de brinquedo, se tornasse um novo meio de transporte.
Lalali: Isso seria meio doido.
Cola-sama: Isso seria completamente doido!
Moon: Ei! Ei.
Cola-sama: Agora você deve estar precisando de ajuda para descer.
Lalali: Segure minha mão, eu te ajudo.
[A Moon desce da moto de brinquedo e está indignada com as duas personagens. O cenário fica completamente deixado de lado na conversa.]
Moon: Vocês duas estão perdendo o foco da história!
Cola-sama: A história não tem foco.
Moon: Só porque não parece ter foco, não significa que-
Lalali: Foco da história? Que foco? Não começou sem pretensão alguma a escrever essa história, com o pretexto de parecer maneira enquanto está dirigindo uma moto?
Moon: Puxa vida, Lalali, eu não esperava isso vindo logo de você.
Lalali: Não quero ser rude, Moon, é uma pergunta sincera. Dá para parecer maneira em uma moto de brinquedo?
Cola-sama: Ah pronto, a chefe das ideias gostou da ideia.
Lalali: Ora, o mundo lá fora está literalmente de cabeça para baixo, tudo porque alguém pegou o globo da nossa dimensão e inverteu. Qual o problema de gostar de uma ideia de querer parecer maneira?
Moon: Como é quê é? O globo dessa dimensão tá invertido?
Cola-sama: Talvez eu também queira tentar andar em uma moto de brinquedo.
Moon: Mas…
Lalali: Estamos apenas seguindo seu exemplo, eu não entendo porque está tão confusa, autora.
Moon: Agora sou eu que não sei para onde foi o foco dessa história…

Silly Tales

Não dá para entender muita coisa, mas o que dá para entender é: o mundo está ficando cada dia mais maluco.

[A Cola-sama entra no escritório da autora, e ela lá está, olhando para uma televisão. A televisão está mostrado um ambiente criado em 3d, uma sala de estar. Chove no mundo artificial, e tem barulho de lareira. É tão esquisito quanto parece, e a personagem está chocada.]
Cola-sama: Autora… O que você está fazendo?
Moon: *em silêncio, continua assistindo.*
Cola-sama: Olhando melhor agora, não há nada aqui, além da televisão. E você está sentada no chão, e ainda por cima com treze anos de idade!
[Nada acontece. Na verdade acontece sim, mas é importante frisar que apareceram essas palavras na televisão, e Cola-sama levantou assustada de sua cama. Corta a cena para a parte que, ela está deitada em um divã e conversando com o Wolf, como se fosse o psicólogo.]
Cola-sama: Eu não entendo como tive um sonho assim! Completamente bizarro. Doutor, sabe qual foi a coisa que mais me apavorou?
Wolf: Não?
Cola-sama: O fato que a Moon tinha treze anos. Não quero aturar ela com treze anos novamente!
Wolf: Isso é bastante específico. Tem certeza que não é apenas exagero da sua parte?
Cola-sama: Um psicólogo de verdade nunca me diria isso.
Wolf: Eu não sou um psicólogo de verdade.
Cola-sama: Então o que estou fazendo aqui, conversando com um lobo verde?
Wolf: Não sei. Ah! Não diga que você tem alguma coisa contra lobos verdes.
Cola-sama: Eu não tenho nada contra lobos verde-
Wolf: Sabia! Você tem alguma coisa contra lobos verdes.
Cola-sama: Mas isso foi completamente oposto do que eu disse-
Wolf: Caramba! Assim não dá.
Cola-sama: Sou eu que entro em um sala de psicólogo, e você está no lugar de um profissional competente, eu que devia estar reclamando.
Wolf: Estou ensaiando para o meu papel no teatro.
Cola-sama: Ah é? E quanto a mim?
Wolf: Você provavelmente não está bem. Está com peso na consciência! É melhor fazer a coisa certa, para poder se libertar dessa sensação.
Cola-sama: Você… Está me dando um bom conselho?
Wolf: Mesmo não sendo um profissional competente e habilitado pra isso!
[Cola-sama sai do consultório e pega o seu celular. Ela telefona pra autora.]
Cola-sama: Tinha que me fazer ir em um psicólogo falsificado??
Moon: Nem fala alô. Que falta de educação!
Cola-sama: Ah, desculpe! Está me preocupada demais me questionando, do porque um lobo verde faria faculdade para se tonar um psicólogo, quando seio lá, ele poderia fazer qualquer outra coisa porque parece ser meio maluco.
Moon: Específico demais. Tchau! *desliga o telefone*
Cola-sama: Francamente!

Silly Tales

Monstros só saem a noite, porque de dia estão jogando Animal Crossing.

Locutor-sama: [Na frente da casa de Cola-sama.] *toca a campainha* Bom dia, Cola-sama.
Cola-sama: *abre a porta* Imaginei que você viria. Quer entrar?
Locutor-sama: Obrigado. Muito gentil de sua parte.
Cola-sama: Não se acostume. *dá passagem para o narrador passar*
[O narrador entra na casa de Cola-sama, e senta no sofá]
Cola-sama: Quer alguma coisa para beber?
Locutor-sama: Não, muito obrigado. Apenas vim conversar sobre a senhorita Moon.
Cola-sama: Ah! É sobre ela não estar usando o escritório no estúdio.
Locutor-sama: Exato. Não acha que está sendo dura demais com ela?
Cola-sama: Não sei o que está falando.
Locutor-sama: Como assim?
Cola-sama: Ela é a autora, portanto é a escritora e decidi o que quer escrever. O que eu tenho a ver com isso? Se ela quis seguir meu conselho e escrever fora do estúdio e do escritório, melhor pra ela.
Locutor-sama: Em outras palavras, você considera sensato o seu conselho.
Cola-sama: Em outras palavras.
Locutor-sama: De qualquer modo, eu sinto-me por estar sentado e você em pé.
Cola-sama: Ignore isso. Apesar de que no final, é para convida-lo a ir embora mais rápido.
Locutor-sama: Que gentileza da sua parte.
Cola-sama: Eu sinto sua ironia. Vai falar também dos brilhos, que viu na fresta da porta?
Locutor-sama: Não reparei.
Cola-sama: Esqueci que você é nariz em pé.
Locutor-sama: Que ridículo dizer isso, Cola-sama.
Cola-sama: Verdade. Você podia bater com a cabeça na parede!
Locutor-sama: Já vi que não estou agradando. Vou-me embora.
Cola-sama: Volte sempre.

[Cola-sama abre a porta e Locutor-sama vai embora. Ele passa pelo portão do jardim, e encontra a senhorita Moon.]
Locutor-sama: Eu tentei, autora.
Moon: Com muita dignidade! Mas não precisa se preocupar, está sendo uma aventura e tanto escrever fora do ambiente do escritório.
Locutor-sama: Mas você trocou o ambiente do escritório por corredores.
Moon: E daí?
Locutor-sama: E daí que isso se torna bastante preocupante.
Moon: Eu gosto de corredores. Sem eles, a vida não faria sentido.
Locutor-sama: Está bem. Essa é a frase mais sensata que você falou, sobre esse tópico dos corredores.
Moon: Ainda bem que você reconhece minha genialidade.
Locutor-sama: Não é questão de genialidade. É questão de… Ah, deixe isso pra lá. Estou sem paciência para explicações.
Moon: Você? Sem paciência para explicações?
Locutor-sama: Sim. Algum problema com isso?
Moon: Não. É que um narrador sempre tem que saber o que dizer.
Locutor-sama: Mas estou com preguiça.
Moon: Ah! Agora melhorou.

Silly Tales

As ideias podem vir devagar, mas se elas se apresentarem, então o serviço está feito! Mas ainda assim, lento.

[A autora se aproxima de um jardim simples e modesto, que é de uma casa bonita, de um bairro com pessoas de talento promissores. Aqui, não estamos falando de escritores. Estamos falando de pessoas que tem paciência com jardinagem! Elas chegam a algum lugar. Nem todos os escritores chegam. Mas divago. Ao se aproximar da casa, ela toca a campainha. Sim, o portões dos jardins foram passados. Esse detalhe será deixado de lado.]
Moon: COLA-SAMA! *toca a campainha de modo insistente*
Cola-sama: *dentro de casa ainda* Eu já vou, eu já vou. *depois de um tempo, finalmente vai abrir a porta* Autora!
Moon: Que brilhos foram esses, que vi na fresta da porta?
Cola-sama: Quer dizer que nada pode brilhar, que de repente tenho que me justificar com você?
Moon: Não mude de assunto.
Cola-sama: Não estou mudando de assunto. Você não tem assunto em primeiro lugar! Ou veio aqui exclusivamente pra falar de brilhos na fresta da porta?
Moon: Não vim pra isso, mas me parece um assunto ótimo pra se explorar. No que consiste a luminosidade do brilho?
Cola-sama: Você está com a cabeça fora do lugar, pelo visto.
Moon: Minha cabeça está no lugar sim, muitíssimo obrigada. O problema é o sol no me braço!
Cola-sama: Caramba.
Moon: Pois é! E só pude vir escrever, bem na hora que bate sol no computador. Sinto falto de você, cortina.
Cola-sama: A cortina da sua casa não precisava lavar??
Moon: Precisava, mas isso não vem ao caso. Queria fazer um pequeno drama!
Cola-sama: Estou vendo.
[A autora está de braços cruzados, como se esperasse alguma coisa para acontecer.]
Cola-sama: Autora, diga logo o que veio fazer aqui.
Moon: Estou me perguntando se vale a pena dizer, em primeiro lugar. Será que vale a pena?
Cola-sama: Você se deu ao trabalho de vir até aqui. Porque desistir agora?
Moon: São muitas as variáveis. Senti um ponto de preocupação na sua voz?
Cola-sama: Primeiro, você não precisa da minha preocupação. Segundo, só se for a questão de suas histórias estarem cada vez mais sem sentido!
Moon: Bondade sua.
Cola-sama: Isso não foi um elogio.
Moon: Cabe ao leitor a procurar o sentido. Minhas aleatoriedades são enigmáticas…
Cola-sama: Você deixa os leitores confusos, isso sim.
Moon: Vou tentar pensar por esse lado, prometo.
Cola-sama: Sei.
Moon: E o meu escritório?
Cola-sama: O seu escritório está muito bem.
Moon: Quer dizer que posso voltar para lá?
Cola-sama: Se não quiser ser original. Faça o que quiser, quem escreve é você.
Moon: Vilã!! *sai andando, em direção ao portão de entrada*
Cola-sama: Eu não fiz nada, só comentei!

Happy Green Things

Temos que fingir trabalhar, mesmo no mundo imaginário das histórias pois… Temos que ser úteis a sociedade, mesmo sendo de ficção!

No estúdio de Happy Green Things.
Cola-sama: *na porta* Bom dia, autora.
Moon: Bom dia. Como vai a vida?
Cola-sama: Vai indo. E você, pelo visto, está apenas preenchendo o tempo, escrevendo histórias aqui.
[A autora faz cara feia.]
Cola-sama: Ah, não faça essa cara.
Moon: Lá vem a personagem chata, que vem mandar em mim.
Cola-sama: Alguém tem que fazer isso, não concorda?
Moon: Não concordo.
Cola-sama: Foi o que pensei.
Moon: Tô cansada.
Cola-sama: Do que, exatamente?
Moon: Eu não tenho pão de queijo, e na minha mesa tem um copo de groselha!
Cola-sama: Como sua vida é triste.
Moon: Não chega a tanto. Mas a questão é, quem colocou esta groselha aqui??
Cola-sama: Não foi você que fez, e está fazendo drama?
Moon: Não!! Que absurdo da sua parte, pensar assim.
Cola-sama: Não vejo nada de absurdo nos meus pensamentos.
Moon: Ah claro que não, você é a personagem mais lógica que conheço.
Cola-sama: Também não é pra tanto.
Moon: Como não?
Cola-sama: Você não é inteligente o bastante pra perceber isso.
Moon: Que baboseira.
Cola-sama: Quer dizer que você se considera inteligente?
Moon: Até certo ponto, sim.
Cola-sama: Muito humilde da sua parte.
Moon: Obrigada!
Cola-sama: Foi sincero.
Moon: Surpreendente.
Cola-sama: De qualquer forma, não há nada que você deveria escrever?
Moon: Não sei do que você está falando.
Cola-sama: Sabe sim. Seu projeto de escrita de novembro.
Moon: Não sei do que está falando.
Cola-sama: Autora! Vai desistir? Você estava empolgada. Eu vi!
Moon: Hoje não estou empolgada. É cinquenta mil palavras!
Cola-sama: E não dá?
Moon: Nem atingi 60 mil.
Cola-sama: O desafio não é cinquenta mil?
Moon: Sou pretensiosa. mas nem 10 mil eu alcancei.
Cola-sama: É. Vai ser difícil.
Moon: São quase seis horas da tarde, e eu estou desmotivada.
Cola-sama: E está escrevendo para cá, pra reclamar?
Moon: Não, é pra você reclamar, não eu.
Cola-sama: Mas você está reclamando.
Moon: Não estou. É figura de linguagem.
Cola-sama: Isso não é figura de linguagem.
Moon: Não importa.
Cola-sama: Não sabe como funciona as coisas de português?
Moon: Sei. Mas não lembro.
Cola-sama: Quanta honestidade.
Moon: Eu tento.
Cola-sama: Bom. Não esqueça do seu projeto de novembro.
Moon: Mas não quero mais escrever.
Cola-sama: Você já enjoou?
Moon: A vida de escritor é assim, ser volúvel com a empolgação.
Cola-sama: Isso é ruim, sabe.
Moon: Sei, mas não te perguntei.
Cola-sama: Que grosseria de sua parte!
Moon: Eu estou com fome.
Cola-sama: Ah. Então tudo bem, estou compreensiva hoje.
Moon: Quanta sorte a minha!

Happy Green Things

O segundo dia do mês, novos desafios nessa doidera que é a vida.

No escritório da Moon. No estúdio Happy Green Things.
Moon: Eu não consigo aguentar mais isso.
Hércules: Diga, autora. Sou todo ouvidos.
Moon: O meu teclado é uma bela porcaria.
Hércules: E isso seria por…?
Moon: Por ele não funcionar direito!
Hércules: Ah.
Moon: O que é um teclado que não funciona direito?
Hércules: É uma bela porcaria.
Moon: Cadê o Locutor-sama?
Hércules: Eu estou sendo rejeitado…?
Moon: Não, não. É que o Locutor está me devendo uma coisa.
Hércules: Dinheiro?
Moon: Não. Ele roubou minha paciência.
Hércules: Não sabia que dava para roubar algo tão subjetivo.
Moon: E não dá.
Hércules: Agora eu estou genuinamente confuso.
Moon: Ele roubou meu baralho de cartas!
Hércules: Que absurdo!
Moon: Ainda bem que você concorda comigo.
Hércules: E o que pretende fazer, senhorita autora?
Moon: No momento, não me vem nenhuma ideia interessante na cabeça.
Hércules: E pedir pra ele devolver?
Moon: Você é realmente muito certinho.
Hércules: Só gosto de evitar conflitos.
Moon: Pois está certíssimo!

Depois, ainda no escritório.
Cola-sama: Bom dia, autora.
Moon: Olá bom dia, o que fiz para merecer tanta educação?
Cola-sama: Nada.
Moon: Nada? Mas com você nada é por nada.
Cola-sama: Quanta profundidade.
Moon: Cola-sama!
Cola-sama: De qualquer forma, eu vim falar uma coisa.
Moon: Espero que você tenha achado meu baralho de cartas.
Cola-sama: Sim! É isso que eu vim falar pra você.
Moon: Caramba!
[Cola-sama tira do bolso o que ela encontrou, e põe na mesa da autora.]
Moon: E não é que você achou mesmo?
Cola-sama: Sim, eu achei mesmo.
Moon: Muito obrigada.
Cola-sama: Tome cuidado, pra não perder de novo.
Moon: Mas eu não perdi! Foi o Locutor que pegou.
Cola-sama: Ele falou que encontrou, jogado por aí.
Moon: E você se ofereceu pra vir me devolver?
Cola-sama: Sim. Não vejo nada de errado nisso. Pare de me olhar dessa forma desconfiada!
Moon: Está bem. Vou parar de fazer isso.
Cola-sama: Você não está parando.
Moon: É muito mais forte do que eu!
Cola-sama: Sei.

Silly Tales

Os personagens tem aventuras, aventuras que não são tão emocionantes assim. Mas ainda podem ser divertidas!

Cola-sama: Seja bem-vindo!! O que você vai querer?
Cliente: Dois caras e duas médias, por favor.
Lalali: Alô, alô. Senhor cliente, o que precisa?
Cliente 2: Pão de queijo.
Lalali: Ótima escolha. Já irei pegar.
[Hora do intervalo. Na padaria do Hércules.]
Cola-sama: Você e as suas ideias. Pra quê nós estamos ajudando?
Lalali: Os funcionários tiveram surto de sarampo. Não seja chata.
Cola-sama: Não estou sendo chata, eu só tive que aceitar, sem saber de grandes explicações.
Lalali: Não dava tempo. E além do mais, nós duas seremos pagas.
Cola-sama: Claro, claro. A gratificação financeira.
Lalali: Que forma engraçada de falar.
Cola-sama: Sim, eu sou muitíssimo engraçada.
Lalali: E você foi muito fofa com os clientes.
Cola-sama: Sei me virar. E fofa é exagero.
Lalali: Então o que devo dizer, ao invés de fofa, que aparentemente é um exagero?
Cola-sama: Que sou uma pessoa educada.
Lalali: Uma pessoa educada. Você? Estranho dizer isso.
Cola-sama: Sim, eu sei que é difícil se acostumar com isso.
Hércules: Laila! Você viu o… Ah, Cola-sama. Ela conseguiu te convencer a vir aqui?
Cola-sama: Convencer é uma palavra muito forte.
Hércules: Tem razão, o ato de convencer requer muita força vinda do indivíduo.
Lalali: Que belo modo de dizer que sou chata.
Cola-sama: De fato. E seu nome é Laila?
Lalali: Sim. Mudou sua vida sua informação, não??
Cola-sama: É, minha vida mudou completamente de perspectiva.
Lalali: Também não precisa exagerar.
Hércules: Muito obrigado pelas duas terem vindo. Ajuda bastante.
Lalali: Não há de quê! Colegas de serviço tem que se ajudar.
Hércules: Verdade. Mas não esperava que você viesse.
Cola-sama: Eu gosto assim, vir quando dá na telha. E também, Lalali iria me perturbar demais, caso eu recusasse.
Lalali: Que coisa. Realmente eu sou tão chata, assim?
Cola-sama: Não. Fique tranquila
Lalali: Ah! Fico feliz em ouvir isso.
Cola-sama: Sou 25x mais chata do que você, pode deitar a cabeça no travesseiro e dormir a noite.
Lalali: Minha nossa, Cola-sama.
Cola-sama: Mas é a verdade. Não sei o porque isso te impressiona tanto.
Lalali: Me impressiona é você admitir, com tanta tranquilidade.
Cola-sama: Temos que reconhecer os nossos próprios defeitos.
Lalali: Isso é verdade, mas nada adianta fazer isso, quando não se faz nada para tentar mudá-los.
Cola-sama: Pode ser, mas estou NEM aí.
Hércules: Isso não me convenceu muito.
Cola-sama: Não faz diferença pra mim, de qualquer modo. É hora de comer alguma coisa.a
Hércules: Fique a vontade pra escolher, é por conta da casa.
Lalali: Pra mim também?
Hércules: É claro!