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Happy Green Things

Não que faça diferença, mas agora é uma questão de pura estética. Eu queria saber sobre o que estou falando! Mas dificilmente alguém irá saber, se nem eu mesma sei.

Locutor-sama: Estamos aqui novamente, no escritório da autora. O estúdio está muito silencioso, começo a desconfiar que a autora não está aqui. *olha para os lados*
Moon: Eu estou aqui, sim!
Locutor-sama: Ah! Não tinha te visto.
Moon: Eu sou um ninja, escondida na escuridão.
Locutor-sama: É só acender a luz!
[O narrador liga o interruptor.]
Locutor-sama: Pronto. Não é uma coisa melhor assim?
Moon: Não. *está usando óculos escuros*
Locutor-sama: Belos óculos escuros, senhorita Moon.
Moon: Gentil da sua parte notar. Muito obrigada!
Locutor-sama: De qualquer modo, o que fazia no escuro aqui no escritório?
Moon: Bom. Na verdade estava claro, quando eu entrei aqui. Só fiquei com preguiça de acender a luz.
Locutor-sama: Entendi. Que história interessante.
Moon: Não estou aqui para te entreter.
Locutor-sama: De fato. Não está com fome?
Moon: No momento, não. Talvez um pouco.
Locutor-sama: Ah! Sempre.
Moon: Sim. Não me julgue.
Locutor-sama: Não estou te julgando.
Moon: Que chatice.
Locutor-sama: O que há, agora?
Moon: Estou tentando ter ideias interessantes.
Locutor-sama: E não está conseguindo?
Moon: Não. No momento, estou tentando manter o meu ritmo de escrita, e as ideias interessantes aparentemente estão fugindo de mim!
Locutor-sama: Talvez seja você, a pessoa exigente.
Moon: Ah! Realmente eu sou exigente. Mas as ideias realmente não aparecem.
Locutor-sama: Elas aparecem, sim.
Moon: Aparecem onde?
Locutor-sama: No seu coração.
Moon: Que meigo!
Locutor-sama: Na verdade, eu ia dizer que você está com preguiça, mas resolvi dizer algo meigo.
Moon: Quanta consideração de sua parte.
Locutor-sama: Faço que posso, para não te deixar irritada.
Moon: Não parece.
Locutor-sama: Estou tentando melhorar.
Moon: Ah! Te agradeço.
Locutor-sama: Fique tranquila, autora. As ideias interessantes aparecerão!
Moon: Obrigada pelo apoio.
Locutor-sama: Não está me achando convincente o bastante, não é?
Moon: É para falar a verdade ou eu dou uma maquiada um pouco pra não te chatear?
Locutor-sama: Prefiro que não diga nada.
Moon: Foi o que pensei.
Locutor-sama: E qual é a do óculos escuros?
Moon: Uma autora não pode querer ficar estilosa?
Locutor-sama: Você estava com os óculos escuros, de luz apagada?
Moon: Você não respondeu a minha pergunta.
Locutor-sama: *suspira* Sim, você tem direito de ficar estilosa. Agora, responda a minha pergunta, por favor.
Moon: Ah! Eu coloquei quando você acendeu a luz.
Locutor-sama: Menos mal.
Moon: E eu acendi a luz de uma luminária, não estava o tempo todo no escuro.
Locutor-sama: Ainda bem. Caso estivesse, estaria te julgando.
Moon: Você sempre me julga.
Locutor-sama: É que sou chato.
Moon: Ainda bem que admite!

Happy Green Things

Os dias nunca se repetem, pois as datas podem ser as mesmas, mas os anos não se repetem!

Locutor-sama: Estou no escritório da senhorita Moon, no Estúdio Happy Green Things. A autora parece insatisfeita. Será fome? Será a famosa impaciência por querer que as coisas aconteçam? Mas pelo visto, o almoço ainda anão está pronto. Esta cara de fome é inconfundível.
Moon: Hãaan? *olha feio para o Locutor-sama*
Locutor-sama: É realmente fome! Que expressão assustadora.
Moon: Realmente, estou com fome. Mas enquanto este post está sendo escrito, eu teoricamente já almocei.
Locutor-sama: Caramba!
Moon: Brincadeiras do espaço-tempo.
Locutor-sama: De fato. Deve ser um playground estranho.
Moon: Do que você está falando…?
Locutor-sama: Esqueça. Um narrador não tem permissão de divagar?
Moon: Não sei o que está dizendo, você normalmente faz o que bem entender.
Locutor-sama: Mas quem escreve minhas falas não sou eu!
Moon: Humildade sua dizer isso. Você diz as suas com sentimento! Então elas se tornam suas.
Locutor-sama: Que isso, autora. Você está me deixando sem graça.
Moon: Calado.
Locutor-sama: Está bem. Diga-me, há algum motivo escondido para a sua expressão de insatisfeita?
Moon: Lógico que há um motivo.
Locutor-sama: Então compartilhe aqui, comigo, e com seus leitores.
Moon: Eu estou com fome. Sim, eu sei, nada surpreendente.
Locutor-sama: Você está com fome!
Moon: Sim. Eu já disse! Que parte disse você não entendeu?
Locutor-sama: Entendi muito bem o que quis dizer. Mas de qualquer modo, eu estava certo!
Moon: O que você disse? Estar certo por eu estar com fome não te dá nenhum crédito.
Locutor-sama: Poxa vida, autora. Você não é legal comigo.
Moon: Difícil ser legal com você, quando estou com fome.
Locutor-sama: Mas a senhorita já é brava comigo normalmente.
Moon: Não sei o que esperava. Sou uma pessoa ranzinza.
Locutor-sama: O P-san diz que você é uma pessoa fofinha.
Moon: O P-san é um pinguim. O que ele sabe sobre pessoas fofinhas?
Locutor-sama: Francamente, autora. Ele choraria se ouvisse uma coisa dessas.
Moon: Pode ser que choraria. Mas ele não está aqui, então não há nada o que temer ou se preocupar. Nenhum pinguim foi ferido, nem em sentimentos nessa história.
Locutor-sama: Mas ele pode ficar ofendido. Mesmo sem saber!
Moon: Não diga coisas tão absurdas! Francamente, narrador. Você tem cada uma!
Locutor-sama: Pinguins tem um sexto sentido muito bom.
Moon: Pare de inventar coisas. Você é um pinguim para saber desses detalhes?
Locutor-sama: É verdade, não tenho a honra de ser um pinguim, mas sou um cara bem informado.
Moon: Francamente, Locutor. Você só fala besteiras.
Locutor-sama: Volto em uma outra hora, que você estiver melhor disposta para conversar. E vê se resolve a sua fomem!
Moon: Tá.

Happy Green Things

As fases aquáticas do Mário são difíceis, porque ele fica pensando que é um sereio… Mas o correto é tritão, gente. TRITÃO!

No escritório da autora, em Happy Green Things.
[A Moon está sentada no chão do seu escritório, em pose de meditação. Porém, logo levanta e começa a fazer umas danças esquisitas.]
Moon: INSPIRAÇÃO PARA ESCREVER! Venha! Venha até minha, lá do mundo das ideias de Platão!
Locutor-sama: *acaba de abrir a porta, mas fecha ao ver o que acabou de acontecer no escritório*
Moon: Narrador, seu miserável! Volte aqui!
Locutor-sama: *abre a porta novamente* Eu não quero atrapalhar.
Moon: Atrapalhar é fazer isso, ter essa atitude de pessoa debochada comigo!
Locutor-sama: Ok.
Moon: O que você está esperando? ENTRE NO ESCRITÓRIO.
Locutor-sama: *faz como a autora manda* Bom dia.
Moon: Bom dia. O que conta de novo?
Locutor-sama: Nada de muito interessante.
Moon: Impossível.
Locutor-sama: De fato, é impossível que eu não tenha nada interessante pra contar, já que eu sou um narrador que leva uma vida tão emocionante. Sou uma ambulância de histórias.
Moon: Ambulância de histórias??
Locutor-sama: Sim. Quero dizer, esqueça o que eu disse. Nem eu sei o que quero dizer com isso.
Moon: Percebi. Quem diria que até mesmo você, não faz sentido ás vezes.
Locutor-sama: Gentileza sua descobrir que eu sou um ser humano, como qualquer um.
Moon: Você com certeza não é qualquer um, Locutor-sama.
Locutor-sama: Estou admirado, em receber tantos elogios logo de manhã.
Moon: Não abuse de sua sorte nem da minha boa vontade, e então nós dois seremos felizes e ficaremos bem.
Locutor-sama: Eu normalmente evito abusar de sua boa vontade, senhorita Moon. Não sou idiota.
Moon: De fato. Você quer ter seu salário pago, no final do mês.
Locutor-sama: Mas não é você que me paga, e sim a Tuta-sama.
Moon: Tenho consciência da minha condição financeira, infelizmente.
[A autora vai sentar-se na sua poltrona.]
Moon: O que temos para hoje?
Locutor-sama: Sou eu que devo fazer essa pergunta. Qual é a ideia mirabolante do dia?
Moon: Você chegou muito cedo, eu ainda estava pensando.
Locutor-sama: Quer dizer que sempre faz esse ritual ridículo?
Moon: Lógico que não. Apenas faço isso quando pretendo começar uma historinha, passando vergonha.
Locutor-sama: Era isso que pretendia, senhorita Moon…? Admiro sua coragem para querer passar vergonha propositalmente.
Moon: É lógico que não foi proposital! Se for proposital, deixa de ser uma vergonha e passa ser uma esquisitice, daquelas que fazem as pessoas ao seu redor desconfiarei se você fugiu de um hospício.
Locutor-sama: Estou achando um tanto específica, a sua colocação.
Moon: Esqueça. Já vi que nós dois não chegaremos a lugar nenhum.
Locutor-sama: Principalmente porque nós dois não estamos dentro de um veículo.
Moon: Muito engraçado.
Locutor-sama: Obrigado. Reconhecimento dos meus talentos é sempre uma coisa maravilhosa de se ouvir.

Silly Tales

Os dias são claros, as noites escuras, e os pinguins fabricam um delicioso bolinho de chocolate.

Moon: Hoje é o dia, meu querido P-san! O melhor dia de nossas vidas.
P-san: O que tem de tão especial no dia de hoje, autora?
Moon: É o presente, e o tempo presente é algo que não deve ser desperdiçado, de maneira alguma.
P-san: Bonitas palavras. Mas nos estamos em uma biblioteca. Como hoje pode ser o melhor dia das nossas vidas?
Moon: Ora, meu caro. Hoje nós iremos encontrar algum livro que poderá mudar a nossa visão de mundo.
P-san: Parece um objetivo legal o bastante, para uma aventura em uma biblioteca.
Moon: Agora, onde será que pode estar esse livro?
P-san: Não faço a menor ideia, autora. Como posso responder a sua pergunta, se nem sem o livro que você procura?
Moon: Nem eu sei o livro que procuro. Ainda pretendo descobrir!
P-san: Isso será um tanto desafiador pra ti, não acha, Moon?
Moon: Desafiador! Como assim? Uma boa aventura deve ser desafiadora.
P-san: Concordo. Mas a questão é, você precisa delimitar sua busca. Precisa saber o tipo de livro que procura!
Moon: Um livro que mudará minha vida.
P-san: Uma resposta ainda muito abrangente.
Moon: *irritada* Abrangente!
P-san: Sim. O que procura, em um livro que mudará sua vida? Pense bem na resposta.
Moon: *pensativa, e impaciente*
P-san: Vamos lá, autora. É um livro de autoajuda que você quer? Ou só quer um livro de comédia, que mudará sua vida por apontar as falhas humanas com bom humor?
Moon: Podia ter ambos, não acha?/
P-san: Está pensando em um livro de autoajuda e comédia, ao mesmo tempo?
Moon: Sim! Estou pensando numa coisa dessas.
P-san: Acho que está querendo muito.
Moon: Acha que um livro desses não existe?
P-san: A questão não é eu achar que não exista, e sim que você está delimitando sua pesquisa, mas ainda assim… Está querendo muito.
Moon: Oras! E a sede de conhecimento?
P-san: A sede de conhecimento deu muito errado, para o Doutor Frankstein.
Moon: Vejo que leu o livro de Mary Shelley.
P-san: Sou um pinguim de cultura.
Moon: Bom, vamos deixar minhas pretensões de lado.
P-san: Acho difícil.
Moon: Muito engraçado.
P-san: Sou um pinguim que preza por uma coisa chamada honestidade!
Moon: Está bem, está bem.
P-san: Eu estou falando sério, autora.
Moon: Eu acredito em você.
P-san: Não parece.
Moon: Não julgue minhas intenções tão rapidamente. Acha que estou caçoando de você, meu caro pinguim?
P-san: Agora só porque você falou, estou.
Moon: É, eu não devia ter dito nada.

Happy Green Things

Quando algo é muito subjetivo, fica difícil de se colocar em palavras.

No escritório da autora, em Happy Green Things.
Lalali: *abre as portas do escritório.* Autora! Levante-se e sorria! É hora de acordar.
Moon: *acampando no escritório* GAH! Que susto, Lalali! Precisa fazer isso??
Lalali: Lógico. Hoje é uma sexta-feira. Você vai mesmo dormir até tarde?
Moon: Não estava dormindo, e sim descansando meus olhinhos. *sai do saco de dormir*
Lalali: Já vi essa desculpa em alguma lugar. Ou melhor, já ouvi.
Moon: Sim. A referência é de…
Lalali: Laboratório de Dexter!
Moon: Sim! Você pegou a referência.
Lalali: Mas é claro. E não deveria estar acampando lá fora?
Moon: Está brincando? Eu quero acampar e ter um teto!
Lalali: Acho que você não entende muito o conceito de acampar, autora.
Moon: E quem entende o conceito de acampar? É muito subjetivo!
Lalali: Realmente, você não entende nada de acampar.
Moon: Está certo! Eu admito minha ignorância.
Lalali: De qualquer modo, o que planeja pra essa sexta-feira?
Moon: Nada de especial.
Lalali: Caramba! Que falta de entusiasmo.
Moon: Não é falta de entusiasmo. Só quero ter uma sexta-feira tranquila e pacífica.
Lalali: Bom plano.
Moon: Fico feliz que gostou.
Lalali: Não é ousado, mas é algo de se entusiasmar. O descanso é muito importante! Faz bem pra saúde.
Moon: Exato! E faz bem pro espírito.
Lalali: Se faz bem pra saúde, faz bem para o espírito.
Moon: Aí já não sei dizer.
Lalali: Não tem importância.
Moon: Queria um pouquinho do seu entusiasmo, Lalali.
Lalali: Se você quiser, eu compartilho.
Moon: E como se compartilha algo tão subjetivo, como o entusiasmo?
Lalali: Fazendo coisas divertidas!
Moon: Não tem uma forma mais simples?
Lalali: Como uma forma mais simples?
Moon: Sei lá.
Lalali: Não é como compartilhar um pacote de biscoito.
Moon: Caramba. Que revelação!
Lalali: Certo, certo. Você está sendo chata.
Moon: Eu não estou sendo chata!
Lalali: Tem certeza? Ou vai me dizer que tem outra palavra pra isso?
Moon: Estraga-prazeres.
Lalali: Isso!
Moon: Eu não sou nada disso.
Lalali: Tudo bem, tudo bem, senhorita autora.
Moon: Ótimo.
Lalali: Sim. E então?
Moon: E então que essa historinha não está indo a lugar nenhum.
Lalali: Lógico que está indo a algum lugar!
Moon: E estaria indo para onde, senhorita chefe das ideias, pode me dizer?
Lalali: A história está indo para o final, é lógico.
Moon: E eu pensei que você poderia me dar uma resposta interessante. E criativa!
Lalali: Mas estou sendo apenas categórica. É essa a palavra?
Moon: Não sei.
Lalali: Mas é você que deveria saber. Não está escrevendo a história?
Moon: Só estou escrevendo o que me vem na cabeça.
Lalali: Certo. Isso não me surpreende.

Happy Green Things

Novembro é um mês engraçado, ele é número onze mas começa com nove!

No estúdio da autora, em Happy Green Things.
Moon: Muito bem. Locutor-sama!
Locutor-sama: Sim, minha cara dama?
Moon: Quero que você responda uma coisa.
Locutor-sama: Mas é claro. Sua pergunta é sinônimo da minha resposta!
Moon: Pra quê o cosplay de Sebastian de Kuroshitsuji?
Locutor-sama: Acordei com vontade de vestir isso.
Moon: Essa é a sua resposta?
Locutor-sama: Sim. Se é insatisfatória, eu troco por outra.
Moon: Minha nossa.
Locutor-sama: O que foi?
Moon: Nada.
Locutor-sama: Tem certeza?
Moon: Tenho.
Locutor-sama: A sua expressão no rosto diz o contrário.
Moon: Pare de fazer isso.
Locutor-sama: Fazer o quê, minha cara dama?
Moon: De imitar o Sebastian. De imitar até os trejeitos dele!
Locutor-sama: Eu me esforço. Fico feliz por estar reconhecendo o meu talento.
Moon: Não estou reconhecendo o seu talento.
Locutor-sama: Como não?
Moon: Ora! Isso que você está fazendo, está ficando chato!
Locutor-sama: Só porque eu quis fazer alguma coisa de diferente, você tem que desprezar minha boa vontade de ser uma pessoa diferentona?
Moon: Ah! Ele admite que quer ser uma pessoa diferentona.
Locutor-sama: Quero ser diferente, mas nem tanto. Ninguém merece também não ter nada em comum com as pessoas à minha volta.
Moon: Como você é complicado.
Locutor-sama: Sim! E disso não me orgulho.
Moon: Como não?
Locutor-sama: Pois tem dias que, até mesmo eu não consigo me aturar.
Moon: Caramba. Que revelação!
Locutor-sama: Meus gostos são complicados.
Moon: É difícil de fazer o almoço?
Locutor-sama: Sim. Tem dias que é difícil para eu me decidir.
Moon: Como sua vida é complicada.
Locutor-sama: Sim. Mas o responsável por complicar sou eu!
Moon: É bom reconhecer o problema, mais um passo próximo da solução.
Locutor-sama: Belas palavras, senhorita Moon.
Moon: Obrigada. Também gosto das suas. De vez em quando.
Locutor-sama: Faço o que eu posso. O que não posso, não faço.
Moon: Você e suas frases de efeito.
Locutor-sama: Gosto de ser preparado para impressionar os outros.
Moon: Você não está me impressionando.
Locutor-sama: Os outros não incluem você.
Moon: Que resposta rude da sua parte.
Locutor-sama: Desculpe. Se você me deixasse continuar imitando o Sebastian de Kuroshitsuji, isso simplesmente não aconteceria.
Moon: Pode ser. Mas sua imitação já me encheu.
Locutor-sama: Nem a fiz por dez minutos, autora.a
Moon: Mas a sua presença já é chata o bastante, imagina fazendo imitações?
Locutor-sama: Minha arte não é compreendida.
Moon: Não, meu caro narrador. Você está muito a frente do seu tempo!
Locutor-sama: Ainda bem que você diz isso.

Happy Green Things

O segundo dia do mês, novos desafios nessa doidera que é a vida.

No escritório da Moon. No estúdio Happy Green Things.
Moon: Eu não consigo aguentar mais isso.
Hércules: Diga, autora. Sou todo ouvidos.
Moon: O meu teclado é uma bela porcaria.
Hércules: E isso seria por…?
Moon: Por ele não funcionar direito!
Hércules: Ah.
Moon: O que é um teclado que não funciona direito?
Hércules: É uma bela porcaria.
Moon: Cadê o Locutor-sama?
Hércules: Eu estou sendo rejeitado…?
Moon: Não, não. É que o Locutor está me devendo uma coisa.
Hércules: Dinheiro?
Moon: Não. Ele roubou minha paciência.
Hércules: Não sabia que dava para roubar algo tão subjetivo.
Moon: E não dá.
Hércules: Agora eu estou genuinamente confuso.
Moon: Ele roubou meu baralho de cartas!
Hércules: Que absurdo!
Moon: Ainda bem que você concorda comigo.
Hércules: E o que pretende fazer, senhorita autora?
Moon: No momento, não me vem nenhuma ideia interessante na cabeça.
Hércules: E pedir pra ele devolver?
Moon: Você é realmente muito certinho.
Hércules: Só gosto de evitar conflitos.
Moon: Pois está certíssimo!

Depois, ainda no escritório.
Cola-sama: Bom dia, autora.
Moon: Olá bom dia, o que fiz para merecer tanta educação?
Cola-sama: Nada.
Moon: Nada? Mas com você nada é por nada.
Cola-sama: Quanta profundidade.
Moon: Cola-sama!
Cola-sama: De qualquer forma, eu vim falar uma coisa.
Moon: Espero que você tenha achado meu baralho de cartas.
Cola-sama: Sim! É isso que eu vim falar pra você.
Moon: Caramba!
[Cola-sama tira do bolso o que ela encontrou, e põe na mesa da autora.]
Moon: E não é que você achou mesmo?
Cola-sama: Sim, eu achei mesmo.
Moon: Muito obrigada.
Cola-sama: Tome cuidado, pra não perder de novo.
Moon: Mas eu não perdi! Foi o Locutor que pegou.
Cola-sama: Ele falou que encontrou, jogado por aí.
Moon: E você se ofereceu pra vir me devolver?
Cola-sama: Sim. Não vejo nada de errado nisso. Pare de me olhar dessa forma desconfiada!
Moon: Está bem. Vou parar de fazer isso.
Cola-sama: Você não está parando.
Moon: É muito mais forte do que eu!
Cola-sama: Sei.

Happy Green Things

Definitivamente, tem que ter muita criatividade pra pensar em um título interessante, e que ainda por cima, tenha a ver com a história.

No estúdio de Happy Green Things, escritório da autora.
Moon: Locutor, Locutor. Você sabe o que significa isso?
Locutor-sama: Significa alguma coisa, imagino.
Moon: Estou pensando no passado.
Locutor-sama: Sei.
Moon: Já tive muito mais histórias programadas para o blog.
Locutor-sama: E você fez isso trabalhando duro.
Moon: De fato. Tenho que escrever bastante, se eu quiser retomar as rédeas do meu destino.
Locutor-sama: E ter bastante publicações adiantadas!
Moon: Claro, claro.
Locutor-sama: A autora começou a andar em círculos, dentro do seu próprio escritório.
Moon: A minha criatividade pra escrever ainda não acordou.
Locutor-sama: Já experimentou comprar um despertador?
Moon: Onde já se viu, comprar um despertador para a criatividade?
Locutor-sama: Tem vezes que podemos aplicar soluções práticas.
Moon: Sei.
Locutor-sama: E de repente, pode funcionar.
Moon: E onde vou comprar um despertador de criatividade??
Locutor-sama: Talvez não seja possível comprar. Talvez seja possível ganhar!!
Moon: Com um objetivo de jogo, ganhando uma recompensa?
Locutor-sama: Sim, era algo do gênero em que eu estava pensando.
Moon: Entendo, entendo.
Locutor: E então? Continuará escrevendo?
Moon: Sim. Se eu não escrever ao menos pro blog, perco a prática.
Locutor-sama: Ainda bem que você admite.
Moon: Admito, sim. Mas estou errando muito, enquanto eu digito.
Locutor-sama: Mas o problema é o teclado, e não você.
Moon: Gentil da sua parte falar isso.
Locutor-sama: Disponha. De qualquer forma, senhorita Moon, adiciona um nível de dificuldade.
Moon: Não posso nem jogar nada que envolva digitação.
Locutor-sama: Tipo aqueles de aprender a digitar?
Moon: Sim, sim.
Locutor-sama: Céus, autora. Pra quê você quer jogar isso?
Moon: Eu não vou jogar nada disso.
Locutor-sama: Nem por nostalgia?
Moon: Só se for por nostalgia, meu caro narrador.
Locutor-sama: São divertidos.
Moon: Nem lembro mais esses jogos.
Locutor-sama: Não lembra? Mas deviam ser divertidos.
Moon: Deviam ser, mas de qualquer modo, não importa mais.
Locutor-sama: Céus, senhorita Moon.
Moon: O que foi?
Locutor-sama: Você fica difícil, quando está com sono.
Moon: Nem precisa me dizer isso. Imagine como é difícil pra eu mesma me aturar!
Locutor-sama: Imagino que deve ser difícil.
Moon: Você nem precisa imaginar, como consegue aturar a si mesmo?
Locutor-sama: Eu aprendo isso todos os dias, de pouquinho em pouquinho.
Moon: Faz sentido. Bom conselho.
Locutor-sama: Faço o possível, senhorita Moon. O impossível só faço as terças-feiras.
Moon: Terça-feira? Que específico.
Locutor-sama: Só queria falar uma frase maneira.
Moon: Uma frase maneira? Não dramática?
Locutor-sama: É preciso abrandar os horizontes, senhorita Moon.

Silly Tales

Dias são incríveis, mas sabe o que é mais incrível?? Os dias de descanso reparador. Sim, meus títulos já não fazem mais sentido.

No escritório da autora, em Happy Green Things.
Rosalina: Autora, isso é ridículo.
Moon: Não entendo o que você está falando.
Rosalina: Não vou participar de uma historinha sobre windsurf.
Moon: Ora! Vai ser divertido.
Rosalina: Você nem sabe nada sobre prancha à vela!
Moon: Bom, eu…
Rosalina: Não adianta me falar que, você leu um artigo na Wikipédia.
Moon: Nem li, na verdade. Faz muita diferença?
Rosalina: Vamos lá, Moon. Outra história pra mim, por gentileza?
Moon: Está bem, está bem.

[Rosalina está em uma fila, para comprar ingressos no cinema.]
Rosalina: Caramba! Como cheguei até aqui?
Moon: “Há mais mistérios entre o céu e a terra do que a vã filosofia dos homens possa imaginar.”
Rosalina: O correto não é “Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia.”
Moon: Pra ser sincera, eu não me importo.
Rosalina: Nem eu. Faz tempo que li Hamlet. Difícil ter certeza se estou falando a frase, de uma referência deturpada.
Moon: Vai ser muito divertido, assistir esse filme!
Rosalina: Autora, todo mundo sabe que você não gosta de ir ao cinema.
Moon: Esses personagens, que sabem tudo sobre a minha vida!
Rosalina: Pra quê você está aqui na fila, comigo?
Moon: Eu estou atrasada pra escrever minhas histórias. Ter de pensar qual personagem vai interagir com você, dá muito trabalho.
Rosalina: Está certo, está certo. Mas devia ter uma motivação, pra vir até o cinema!
Moon: Não seja uma leitora tão exigente.
Rosalina: Autora, eu não posso simplesmente aparecer por aqui, sem saber qual ingresso de filme eu vou comprar e assistir!
Moon: O ponto não é o filme, e sim a fila que estamos.
Rosalina: Que está bem grande, por sinal.
Moon: Sim. Todo mundo resolveu assistir filme!
Rosalina: Como é que se chama isso?
Moon: Coincidência.
Rosalina: Não, não. É uma coisa dita por um psiquiatra suíço.
Moon: Não sei. Existem muitos psiquiatras suíços?
Rosalina: Ah! Inconsciente coletivo.
Moon: Propagandas com mensagem subliminar, pra fazer todo mundo ir ao cinema.
Rosalina: Moon…
Moon: Que foi? Estou querendo adicionar um tom de mistério, aqui.
Rosalina: Não tem nada de misterioso, em uma história sobre filas.
Moon: É só uma fila.
Rosalina: Ainda bem. A única coisa misteriosa aqui, é como vim parar nessa fila. E qual filme irei assistir!
Moon: Então não é uma única coisa.
Rosalina: Não implica.
Moon: Não estou sendo implicante. Você, talvez, sim.
Rosalina: Bom. Só porque você é a autora, não posso deixar fazer o que bem entende. Caso contrário, vai escrever sobre algo que leu na Wikipédia!
Moon: Ou pior! Que nem me dei ao trabalho de ler, o artigo.
Rosalina: Francamente, autora. Que coisa!

Happy Green Things

As pessoas costumam ir para as montanhas pra ficarem mais fortes, será que o senso de humor delas melhora, também?

Estúdio de Happy Green Things
Locutor-sama: Vago pelos corredores do estúdio da autora. Não encontro a senhorita Moon em lugar algum, e tudo aqui parece extremamente silencioso. Onde estão todos? Queria mostrar o meu novo penteado.
[O narrador escuta risadas, então ele decide segui-las pra descobrir o que está acontecendo.]
Locutor-sama: Autora! O que você está fazendo??
Moon: Não está vendo, estou jogando amarelinha, enquanto tenho efeitos especiais de risada ligados!
Locutor-sama: A amarelinha eu consigo entender, mas pra que as risadas?
Moon: Ora, Locutor! Eu estou apenas experimentando novos horizontes.
Locutor-sama: Experimentando… novos horizontes? O que as risadas falsas tem a ver com isso?
Moon: Eu encontrei no depósito, então porque não posso usá-las?
Locutor-sama: Você é livre pra fazer o que quiser, autora.
Moon: Exato, meu caro! Eu que faço as coisas por aqui, funcionarem.
Locutor-sama: Mas você já parece estar sem disposição, para continuar a brincar de amarelinha.
Moon: *cai no chão*
Locutor-sama: Senhorita Moon, você está bem??
[O narrador ajuda a autora, a se levantar.]
Locutor-sama: Senhorita Moon?
Moon: Droga! Não fique olhando pra mim, Locutor.
Locutor-sama: Sinto muito, senhorita Moon. Mas todo mundo tem limites.
Moon: De fato, de fato. Mas podia parar de olhar pra mim, com essa expressão de expectativa….
Locutor-sama: É que eu queria que alguém comentasse sobre o meu penteado.
Moon: Está lindo, apesar de parecer que você foi em um salão de beleza, mantido por focas.
Locutor-sama: Não vale, você sabe desse detalhe por ter escrito a história.
Moon: Sim! É difícil que as coisas saiam do meu poder.
Locutor-sama: Mas as coisas acontecem por aqui, mesmo quando não está escrevendo.
Moon: Está bem, está bem. Mas de qualquer modo, as coisas estão em meu poder.
Locutor-sama: Não podia desligar o efeito especial as risadas, agora??
Moon: Eu já desliguei.
Locutor-sama: Que ótimo, agora está na minha cabeça.
Moon: Caramba, as risadas estão dentro da sua cabeça? Isso que é uma reviravolta.
Locutor-sama: Não vejo como isso pode ser uma reviravolta, mas tudo bem.