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Happy Green Things

A vida é cheia de escolhas, mas essas escolhas não estão disponíveis, detalhadas em um guia publicado na internet. E ainda dizem que a vida é um jogo!

No estúdio Happy Green Things, escritório da autora.
[A autora estava olhando fixamente para a parede vazia, em seu escritório. Era isso o que o narrador pensava! Mas na verdade, estava visualizando os passos de uma das danças, do jogo Just Dance 3.]
Locutor-sama: Senhorita Moon??
Moon: Ah. Olá, narrador.
[A autora começa a dançar.]
Locutor-sama: Você está dançando para uma parede vazia.
Moon: Não diga. Estou treinando, nunca viu?
Locutor-sama: Mas na direção de uma parede vazia?
Moon: Eu sei que é na direção de uma parede vazia. Mas é porque não tenho um espelho aqui. Como é que é o nome daquele espelho alto?
Locutor-sama: Ah, o nome do espelho é-
[A autora interrompe o Locutor]
Moon: Não diga! Vou ter que ir ao buscador, descobrir o nome.
Locutor-sama: Não vai demorar nem dez minutos, pra fazer isso.
Moon: Pensando bem, ninguém fala buscador. Todo mundo fala o nome do site e pronto.
Locutor-sama: Mas buscador é o nome pra isso?
Moon: Acho que site pra pesquisar fica meio estranho.
Locutor-sama: Acho mais estranho buscador.
Moon: Bom. O que importa é que deu pra entender o que quis dizer.
Locutor-sama: Sim, até foi possível entende-la. Mas e quanto à razão para estar dançando?
Moon: A razão de eu estar dançando é por causa de- Espere, eu já falei sobre isso na narrativa lá de cima, não falei? Estou confusa, agora.
Locutor-sama: Isso é tão metalinguagem.
Moon: Bom, deixando a metalinguagem de lado. Estou treinando os passos de uma dança, queria melhorar a pontuação no jogo.
Locutor-sama: Ah!
Moon: Você não foi ler a narrativa lá em cima, não é verdade?
Locutor-sama: Li, mas é bom explicar para os leitores.
Moon: Verdade! Tenho que ter essa responsabilidade.
Locutor-sama: Ainda bem que concorda. E Senhorita Moon?
Moon: O que foi?
Locutor-sama: É bom vê-la de volta.
Moon: Que bobagem é esse Locutor, a autora sempre retorna para deixar seus personagens mais doidos ainda.
Locutor-sama: Acho que estamos ficando mais normais ultimamente.
Moon: *em choque* Como é…?
Locutor-sama: O que foi? Isso é uma questão de idade e…
Moon: Será… Que estou perdendo minha aleatoriedade?! O que faço agora?
Locutor-sama: É melhor você se preocupar com sua pontuação no jogo. A mudança da sua escrita não é razão pra uma crise existencial.
[A autora pensa um pouco e parece concordar.]
Moon: Está bem, está bem. Nem só de aleatoriedade que se vive! É preciso constância.
Locutor-sama: Sim!
[A autora e o narrador estão determinados. E final da história.]

Happy Green Things

A vida é assim, te surpreende sempre.

Locutor-sama: Estamos no estúdio Happy Green Things. A autora decidiu que era mais uma história aqui, porque ela não quer pensar em nada muito difícil. Palavras dela. Apenas leio o roteiro!
Moon: *dormindo, segurando a cabeça com a mão*
Locutor-sama: A autora dorme, como já foi dito entre asteriscos. E eu estou aqui me perguntando, do que adianta tentar irritar a autora se ela não está prestando atenção?
Moon: *acorda* TÉCNICA SECRETA… FINGIR QUE ESTÁ DORMINDO!
Locutor-sama: *tapa os ouvidos* técnica um tanto barulhenta, não? Pra ser uma técnica de sono.
Moon: Você está com inveja!
Locutor-sama: Não seja ridícula.
Moon: Você está com inveja sim, por eu ser uma pessoa de bom gosto para inventar novas modas.
Locutor-sama: Eu não te invejo, não.
Moon: Pois deveria.
Locutor-sama: Francamente, autora. Para quê te invejaria?
Moon: Sei lá.
Locutor-sama: Sei lá não é resposta.
Moon: Como você está chata, hoje.
Locutor-sama: De qualquer modo, o que temos pra hoje?
Moon: Eu que devia perguntar. E estou com sensação que já vivi isso antes.
Locutor-sama: Você trocou a sua fala com a minha?
Moon: Não?
Locutor-sama: Pobres leitores, eles não entenderão nada.
Moon: Um pouco de confusão não faz mal a ninguém, é só uma historinha ficcional mesmo.
Locutor-sama: Não é ficcional pra mim.
Moon: Verdade. A ficção de alguns é a realidade de outros.
Locutor-sama: Bonito, isso.
Moon: Bonito é pão de queijo.
Locutor-sama: Você só pensa em comer?
Moon: Nnão, também penso no c rush que nem sabe que eu existo.
Locutor-sama: Que triste. Não está falando sério, está?
Moon: Não estou falando sério, hahahaha.
Locutor-sama: É triste, de qualquer modo.
Moon: Esqueça de coisas tristes. Já teve muita coisa triste esse ano, vamos para o que interessa. Tome os roteiros.
Locutor-sama: Ah! Agora finalmente você vai decidir trabalhar?
Moon: Não.
Locutor-sama: Autora!
Moon: Ué, mas muita gente não considera escrita como trabalho.
Locutor-sama: Ah não autora, ah não…
[A Moon dá os roteiros pro narrador, os papéis estão na pasta que fora entre pro personagem.]
Moon: Vá logo, vá logo. Já dei os roteiros.
Locutor-sama: Mas já? Ainda não deu 400 palavras.
Moon: Não importa. Quero ficar sozinha aqui, não encha a minha paciência.
Locutor-sama: *olha pra lata de lixo*
Moon: Adiós. Volte sempre.
Locutor-sama: Com um humor assim, acho difícil.
Moon: Você trabalha aqui. Não há escolha. Quer deixar de receber salário??
Locutor-sama: Lógico que não.
Moon: Deu quatrocentas palavras. Tchau.
Locutor-sama: Até logo.

– Sim, eu acho o narrador folgado.

Happy Green Things

Não que faça diferença, mas agora é uma questão de pura estética. Eu queria saber sobre o que estou falando! Mas dificilmente alguém irá saber, se nem eu mesma sei.

Locutor-sama: Estamos aqui novamente, no escritório da autora. O estúdio está muito silencioso, começo a desconfiar que a autora não está aqui. *olha para os lados*
Moon: Eu estou aqui, sim!
Locutor-sama: Ah! Não tinha te visto.
Moon: Eu sou um ninja, escondida na escuridão.
Locutor-sama: É só acender a luz!
[O narrador liga o interruptor.]
Locutor-sama: Pronto. Não é uma coisa melhor assim?
Moon: Não. *está usando óculos escuros*
Locutor-sama: Belos óculos escuros, senhorita Moon.
Moon: Gentil da sua parte notar. Muito obrigada!
Locutor-sama: De qualquer modo, o que fazia no escuro aqui no escritório?
Moon: Bom. Na verdade estava claro, quando eu entrei aqui. Só fiquei com preguiça de acender a luz.
Locutor-sama: Entendi. Que história interessante.
Moon: Não estou aqui para te entreter.
Locutor-sama: De fato. Não está com fome?
Moon: No momento, não. Talvez um pouco.
Locutor-sama: Ah! Sempre.
Moon: Sim. Não me julgue.
Locutor-sama: Não estou te julgando.
Moon: Que chatice.
Locutor-sama: O que há, agora?
Moon: Estou tentando ter ideias interessantes.
Locutor-sama: E não está conseguindo?
Moon: Não. No momento, estou tentando manter o meu ritmo de escrita, e as ideias interessantes aparentemente estão fugindo de mim!
Locutor-sama: Talvez seja você, a pessoa exigente.
Moon: Ah! Realmente eu sou exigente. Mas as ideias realmente não aparecem.
Locutor-sama: Elas aparecem, sim.
Moon: Aparecem onde?
Locutor-sama: No seu coração.
Moon: Que meigo!
Locutor-sama: Na verdade, eu ia dizer que você está com preguiça, mas resolvi dizer algo meigo.
Moon: Quanta consideração de sua parte.
Locutor-sama: Faço que posso, para não te deixar irritada.
Moon: Não parece.
Locutor-sama: Estou tentando melhorar.
Moon: Ah! Te agradeço.
Locutor-sama: Fique tranquila, autora. As ideias interessantes aparecerão!
Moon: Obrigada pelo apoio.
Locutor-sama: Não está me achando convincente o bastante, não é?
Moon: É para falar a verdade ou eu dou uma maquiada um pouco pra não te chatear?
Locutor-sama: Prefiro que não diga nada.
Moon: Foi o que pensei.
Locutor-sama: E qual é a do óculos escuros?
Moon: Uma autora não pode querer ficar estilosa?
Locutor-sama: Você estava com os óculos escuros, de luz apagada?
Moon: Você não respondeu a minha pergunta.
Locutor-sama: *suspira* Sim, você tem direito de ficar estilosa. Agora, responda a minha pergunta, por favor.
Moon: Ah! Eu coloquei quando você acendeu a luz.
Locutor-sama: Menos mal.
Moon: E eu acendi a luz de uma luminária, não estava o tempo todo no escuro.
Locutor-sama: Ainda bem. Caso estivesse, estaria te julgando.
Moon: Você sempre me julga.
Locutor-sama: É que sou chato.
Moon: Ainda bem que admite!

Happy Green Things

Os dias nunca se repetem, pois as datas podem ser as mesmas, mas os anos não se repetem!

Locutor-sama: Estou no escritório da senhorita Moon, no Estúdio Happy Green Things. A autora parece insatisfeita. Será fome? Será a famosa impaciência por querer que as coisas aconteçam? Mas pelo visto, o almoço ainda anão está pronto. Esta cara de fome é inconfundível.
Moon: Hãaan? *olha feio para o Locutor-sama*
Locutor-sama: É realmente fome! Que expressão assustadora.
Moon: Realmente, estou com fome. Mas enquanto este post está sendo escrito, eu teoricamente já almocei.
Locutor-sama: Caramba!
Moon: Brincadeiras do espaço-tempo.
Locutor-sama: De fato. Deve ser um playground estranho.
Moon: Do que você está falando…?
Locutor-sama: Esqueça. Um narrador não tem permissão de divagar?
Moon: Não sei o que está dizendo, você normalmente faz o que bem entender.
Locutor-sama: Mas quem escreve minhas falas não sou eu!
Moon: Humildade sua dizer isso. Você diz as suas com sentimento! Então elas se tornam suas.
Locutor-sama: Que isso, autora. Você está me deixando sem graça.
Moon: Calado.
Locutor-sama: Está bem. Diga-me, há algum motivo escondido para a sua expressão de insatisfeita?
Moon: Lógico que há um motivo.
Locutor-sama: Então compartilhe aqui, comigo, e com seus leitores.
Moon: Eu estou com fome. Sim, eu sei, nada surpreendente.
Locutor-sama: Você está com fome!
Moon: Sim. Eu já disse! Que parte disse você não entendeu?
Locutor-sama: Entendi muito bem o que quis dizer. Mas de qualquer modo, eu estava certo!
Moon: O que você disse? Estar certo por eu estar com fome não te dá nenhum crédito.
Locutor-sama: Poxa vida, autora. Você não é legal comigo.
Moon: Difícil ser legal com você, quando estou com fome.
Locutor-sama: Mas a senhorita já é brava comigo normalmente.
Moon: Não sei o que esperava. Sou uma pessoa ranzinza.
Locutor-sama: O P-san diz que você é uma pessoa fofinha.
Moon: O P-san é um pinguim. O que ele sabe sobre pessoas fofinhas?
Locutor-sama: Francamente, autora. Ele choraria se ouvisse uma coisa dessas.
Moon: Pode ser que choraria. Mas ele não está aqui, então não há nada o que temer ou se preocupar. Nenhum pinguim foi ferido, nem em sentimentos nessa história.
Locutor-sama: Mas ele pode ficar ofendido. Mesmo sem saber!
Moon: Não diga coisas tão absurdas! Francamente, narrador. Você tem cada uma!
Locutor-sama: Pinguins tem um sexto sentido muito bom.
Moon: Pare de inventar coisas. Você é um pinguim para saber desses detalhes?
Locutor-sama: É verdade, não tenho a honra de ser um pinguim, mas sou um cara bem informado.
Moon: Francamente, Locutor. Você só fala besteiras.
Locutor-sama: Volto em uma outra hora, que você estiver melhor disposta para conversar. E vê se resolve a sua fomem!
Moon: Tá.

Happy Green Things

As fases aquáticas do Mário são difíceis, porque ele fica pensando que é um sereio… Mas o correto é tritão, gente. TRITÃO!

No escritório da autora, em Happy Green Things.
[A Moon está sentada no chão do seu escritório, em pose de meditação. Porém, logo levanta e começa a fazer umas danças esquisitas.]
Moon: INSPIRAÇÃO PARA ESCREVER! Venha! Venha até minha, lá do mundo das ideias de Platão!
Locutor-sama: *acaba de abrir a porta, mas fecha ao ver o que acabou de acontecer no escritório*
Moon: Narrador, seu miserável! Volte aqui!
Locutor-sama: *abre a porta novamente* Eu não quero atrapalhar.
Moon: Atrapalhar é fazer isso, ter essa atitude de pessoa debochada comigo!
Locutor-sama: Ok.
Moon: O que você está esperando? ENTRE NO ESCRITÓRIO.
Locutor-sama: *faz como a autora manda* Bom dia.
Moon: Bom dia. O que conta de novo?
Locutor-sama: Nada de muito interessante.
Moon: Impossível.
Locutor-sama: De fato, é impossível que eu não tenha nada interessante pra contar, já que eu sou um narrador que leva uma vida tão emocionante. Sou uma ambulância de histórias.
Moon: Ambulância de histórias??
Locutor-sama: Sim. Quero dizer, esqueça o que eu disse. Nem eu sei o que quero dizer com isso.
Moon: Percebi. Quem diria que até mesmo você, não faz sentido ás vezes.
Locutor-sama: Gentileza sua descobrir que eu sou um ser humano, como qualquer um.
Moon: Você com certeza não é qualquer um, Locutor-sama.
Locutor-sama: Estou admirado, em receber tantos elogios logo de manhã.
Moon: Não abuse de sua sorte nem da minha boa vontade, e então nós dois seremos felizes e ficaremos bem.
Locutor-sama: Eu normalmente evito abusar de sua boa vontade, senhorita Moon. Não sou idiota.
Moon: De fato. Você quer ter seu salário pago, no final do mês.
Locutor-sama: Mas não é você que me paga, e sim a Tuta-sama.
Moon: Tenho consciência da minha condição financeira, infelizmente.
[A autora vai sentar-se na sua poltrona.]
Moon: O que temos para hoje?
Locutor-sama: Sou eu que devo fazer essa pergunta. Qual é a ideia mirabolante do dia?
Moon: Você chegou muito cedo, eu ainda estava pensando.
Locutor-sama: Quer dizer que sempre faz esse ritual ridículo?
Moon: Lógico que não. Apenas faço isso quando pretendo começar uma historinha, passando vergonha.
Locutor-sama: Era isso que pretendia, senhorita Moon…? Admiro sua coragem para querer passar vergonha propositalmente.
Moon: É lógico que não foi proposital! Se for proposital, deixa de ser uma vergonha e passa ser uma esquisitice, daquelas que fazem as pessoas ao seu redor desconfiarei se você fugiu de um hospício.
Locutor-sama: Estou achando um tanto específica, a sua colocação.
Moon: Esqueça. Já vi que nós dois não chegaremos a lugar nenhum.
Locutor-sama: Principalmente porque nós dois não estamos dentro de um veículo.
Moon: Muito engraçado.
Locutor-sama: Obrigado. Reconhecimento dos meus talentos é sempre uma coisa maravilhosa de se ouvir.

Happy Green Things

Definitivamente, tem que ter muita criatividade pra pensar em um título interessante, e que ainda por cima, tenha a ver com a história.

No estúdio de Happy Green Things, escritório da autora.
Moon: Locutor, Locutor. Você sabe o que significa isso?
Locutor-sama: Significa alguma coisa, imagino.
Moon: Estou pensando no passado.
Locutor-sama: Sei.
Moon: Já tive muito mais histórias programadas para o blog.
Locutor-sama: E você fez isso trabalhando duro.
Moon: De fato. Tenho que escrever bastante, se eu quiser retomar as rédeas do meu destino.
Locutor-sama: E ter bastante publicações adiantadas!
Moon: Claro, claro.
Locutor-sama: A autora começou a andar em círculos, dentro do seu próprio escritório.
Moon: A minha criatividade pra escrever ainda não acordou.
Locutor-sama: Já experimentou comprar um despertador?
Moon: Onde já se viu, comprar um despertador para a criatividade?
Locutor-sama: Tem vezes que podemos aplicar soluções práticas.
Moon: Sei.
Locutor-sama: E de repente, pode funcionar.
Moon: E onde vou comprar um despertador de criatividade??
Locutor-sama: Talvez não seja possível comprar. Talvez seja possível ganhar!!
Moon: Com um objetivo de jogo, ganhando uma recompensa?
Locutor-sama: Sim, era algo do gênero em que eu estava pensando.
Moon: Entendo, entendo.
Locutor: E então? Continuará escrevendo?
Moon: Sim. Se eu não escrever ao menos pro blog, perco a prática.
Locutor-sama: Ainda bem que você admite.
Moon: Admito, sim. Mas estou errando muito, enquanto eu digito.
Locutor-sama: Mas o problema é o teclado, e não você.
Moon: Gentil da sua parte falar isso.
Locutor-sama: Disponha. De qualquer forma, senhorita Moon, adiciona um nível de dificuldade.
Moon: Não posso nem jogar nada que envolva digitação.
Locutor-sama: Tipo aqueles de aprender a digitar?
Moon: Sim, sim.
Locutor-sama: Céus, autora. Pra quê você quer jogar isso?
Moon: Eu não vou jogar nada disso.
Locutor-sama: Nem por nostalgia?
Moon: Só se for por nostalgia, meu caro narrador.
Locutor-sama: São divertidos.
Moon: Nem lembro mais esses jogos.
Locutor-sama: Não lembra? Mas deviam ser divertidos.
Moon: Deviam ser, mas de qualquer modo, não importa mais.
Locutor-sama: Céus, senhorita Moon.
Moon: O que foi?
Locutor-sama: Você fica difícil, quando está com sono.
Moon: Nem precisa me dizer isso. Imagine como é difícil pra eu mesma me aturar!
Locutor-sama: Imagino que deve ser difícil.
Moon: Você nem precisa imaginar, como consegue aturar a si mesmo?
Locutor-sama: Eu aprendo isso todos os dias, de pouquinho em pouquinho.
Moon: Faz sentido. Bom conselho.
Locutor-sama: Faço o possível, senhorita Moon. O impossível só faço as terças-feiras.
Moon: Terça-feira? Que específico.
Locutor-sama: Só queria falar uma frase maneira.
Moon: Uma frase maneira? Não dramática?
Locutor-sama: É preciso abrandar os horizontes, senhorita Moon.

Happy Green Things

As pessoas costumam ir para as montanhas pra ficarem mais fortes, será que o senso de humor delas melhora, também?

Estúdio de Happy Green Things
Locutor-sama: Vago pelos corredores do estúdio da autora. Não encontro a senhorita Moon em lugar algum, e tudo aqui parece extremamente silencioso. Onde estão todos? Queria mostrar o meu novo penteado.
[O narrador escuta risadas, então ele decide segui-las pra descobrir o que está acontecendo.]
Locutor-sama: Autora! O que você está fazendo??
Moon: Não está vendo, estou jogando amarelinha, enquanto tenho efeitos especiais de risada ligados!
Locutor-sama: A amarelinha eu consigo entender, mas pra que as risadas?
Moon: Ora, Locutor! Eu estou apenas experimentando novos horizontes.
Locutor-sama: Experimentando… novos horizontes? O que as risadas falsas tem a ver com isso?
Moon: Eu encontrei no depósito, então porque não posso usá-las?
Locutor-sama: Você é livre pra fazer o que quiser, autora.
Moon: Exato, meu caro! Eu que faço as coisas por aqui, funcionarem.
Locutor-sama: Mas você já parece estar sem disposição, para continuar a brincar de amarelinha.
Moon: *cai no chão*
Locutor-sama: Senhorita Moon, você está bem??
[O narrador ajuda a autora, a se levantar.]
Locutor-sama: Senhorita Moon?
Moon: Droga! Não fique olhando pra mim, Locutor.
Locutor-sama: Sinto muito, senhorita Moon. Mas todo mundo tem limites.
Moon: De fato, de fato. Mas podia parar de olhar pra mim, com essa expressão de expectativa….
Locutor-sama: É que eu queria que alguém comentasse sobre o meu penteado.
Moon: Está lindo, apesar de parecer que você foi em um salão de beleza, mantido por focas.
Locutor-sama: Não vale, você sabe desse detalhe por ter escrito a história.
Moon: Sim! É difícil que as coisas saiam do meu poder.
Locutor-sama: Mas as coisas acontecem por aqui, mesmo quando não está escrevendo.
Moon: Está bem, está bem. Mas de qualquer modo, as coisas estão em meu poder.
Locutor-sama: Não podia desligar o efeito especial as risadas, agora??
Moon: Eu já desliguei.
Locutor-sama: Que ótimo, agora está na minha cabeça.
Moon: Caramba, as risadas estão dentro da sua cabeça? Isso que é uma reviravolta.
Locutor-sama: Não vejo como isso pode ser uma reviravolta, mas tudo bem.

Happy Green Things

Existem dias em que acordamos e sentimos que estamos estranhos, mas nada de uma groselha não resolva.

Locutor-sama: Eu adentrei ao escritório da Senhorita Moon, e procurava algum sinal da presença dela. Onde podia estar? Olhei para um lado, olhei para o outro, inclusive por baixo da mesa. Até que notei uma sombra atrás da cortina.
Moon: Eu não estou aqui.
Locutor-sama: Como não? Quem está atrás da cortina, então?
Moon: Um manequim.
Locutor-sama: E com quem estou conversando?
Moon: E eu vou saber? A imaginação é sua, não minha!
Locutor-sama: Mas foi você quem me criou!
[O Locutor se aproxima da cortina, e ele puxa a cortina. Não havia ninguém.]
Locutor-sama: Ok. Isso foi inesperado.
[Passos se aproximam do escritório, porém o narrador não percebe. A autora aparece, obviamente entrando pela porta.]
Locutor-sama: AAAAAAAH!
Moon: Minha nossa, Locutor. Acalme-se!
[A autora estava carregando uma pilha de livros.]
Locutor-sama: Eu estou calmo.
Moon: E esse grito, o que foi exatamente??
Locutor-sama: Foi um grito de espanto. E essa pilha de livros?
Moon: Ah, eu estava arrumando as estantes.
Locutor-sama: Ah! A biblioteca do Estúdio.
Moon: Exato. E sabe o que eu encontrei?
Locutor-sama: O quê você encontrou?
Moon: Livros de kung-fu.
Locutor-sama: Livros de kung-fu?
Moon: Sim, está difícil de entender?
Locutor-sama: Não, não está difícil de entender. Eu queria saber só o porquê de ter livros de kung-fu na biblioteca do estúdio
Moon: Eu também queria saber disso!
Locutor-sama: Como assim, você não sabe os livros que tem na biblioteca?
Moon: Não, eles aparecem espontaneamente.
Locutor-sama: Caramba.
Moon: Caramba, é só isso que você tem a me dizer, narrador?
Locutor-sama: Sim, eu estou só inventando o que dizer, porque na verdade eu estou sem palavras.
Moon: Ah! Quanta consideração da sua parte, Locutor.
Locutor-sama: Eu faço o que posso, senhorita Moon,
Moon: Ainda bem, porque o que você não pode, você não deve nem tentar fazer.
Locutor-sama: Mas é tentando fazer que eu aprendo!
Moon: De fato, mas quando você tenta com intenção de aprender, não funciona.
Locutor-sama: O que você está insinuando?
Moon: Eu não estou insinuando, estou falando!
Locutor-sama: Que bom que nosso relacionamento é de honestidade.
Moon: Sim! Agora me ajude a se livrar desses livros kung-fu.
Locutor-sama: O que você quer que eu faça com eles?
Moon: Não sei, faz qualquer coisa com eles.
Locutor-sama: Qualquer coisa, ainda assim, é alguma coisa!
Moon: Nossa, Locutor você está com umas tiradas ótimas, hoje
Locutor-sama: Obrigado, autora. É bom que alguém reconheça os meus talentos.
Moon: Sim, agora vá se livrar dos livros que pedi, tá bom?
Locutor-sama: Tinha que ter uma pegadinha, esse elogio.

Happy Green Things

O mundo gira, o mundo muda, a Terra é um globo, não sabia m disso??

No escritório da Moon
Locutor-sama: Fazia muito tempo que nós não víamos, a autora. A Senhorita Moon apareceu hoje, sentada na cadeira de sua sala, dramaticamente pensativa.
Moon: Alô, narrador! Que bom vê-lo!
Locutor-sama: Igualmente, autora. Sempre fico feliz em me ver no espelho.
Moon: Muito engraçado.
Locutor-sama: Obrigado. Como sempre, você tem muito bom gosto.
Moon: Sim, eu tenho muito bom gosto. Eu criei você!
Locutor-sama: Ou sou eu que te criei?
Moon: Que loucura!
Locutor-sama: Exatamente. Mas estou feliz em vê-la, de fato.
Moon: Ainda bem. Eu te agradeço!
Locutor-sama: Até a Cola-sama estava com saudades de você.
Cola-sama: *de longe* TAVA NÃO!
Moon: Eu sei, a Cola-sama me adora. *sorri*
Locutor-sama: De qualquer forma, quais são os planos para hoje?
Moon: Sou uma mulher simples, narrador. Nada de excepcional.
Locutor-sama: Nada de excepcional? E eu com esperança que íamos planejar a dominação mundial.
Moon: Andou assistindo Pinky e Cérebro novamente?
Locutor-sama: Sim. Andei maratonando.
Moon: É, eu percebi. Mas nada de dominação mundial, hoje.
Locutor-sama: Aaaah. Mas amanhã, talvez?
Moon: Talvez.
Locutor-sama: Ótimo! Olha a Cola-sama, aí.
Moon: Olá Cola-sama! Que saudades que eu estava de você. Como vai?
Cola-sama: Bem. Soube do que aconteceu, com você.
Moon: Ah, você soube?
Cola-sama: Sim, que sua mãe foi para o céu. Ela está em um lugar melhor, agora. Nós, seus personagens estamos aqui com você, para o que der e vier.
Moon: Obrigada pela sua consideração, Cola-sama. Fico muito feliz eu ter seu apoio! Eu também te adoro. *sorri*
Cola-sama: Também não é para tanto, francamente.
Locutor-sama: Ora Cola-sama, a autora está sendo honesta e você também. Isso não é uma coisa boa?
Cola-sama: Sim, porém tanto faz. É obrigação nossa de cuidarmos da autora.
Locutor-sama: Isso eu concordo, não só como personagem, como também narrador das histórias da senhorita Moon.
Cola-sama: Ainda bem que nós concordamos em alguma coisa.
Moon: Bom! Temos muito o que fazer. Vamos por partes.
Cola-sama: Espero que a primeira parte seja terminar esta história.
Moon: Mas é óbvio, minha cara? Eu sou uma mulher de ideias simples.
Locutor-sama: Que bobagem, autora. Você tem ideias bastante complexas.
Moon: Como você é lisonjeiro! Mas hoje estou de bom humor, então agradeço educadamente todo o apoio que vocês, personagens estão me dando.
Cola-sama: Pode ficar com o seu sentimento de gratidão, estou muito bem, obrigada.
Moon: Não estrague o clima, Cola-sama. Francamente…
Locutor-sama: Não é bom pedirmos mais do que podemos ter. Se você está de bom humor, ótimo, autora. Nós ficamos felizes por você.
Cola-sama: Eu tenho mesmo que ser incluída nisso?
Moon: Lógico! Afinal de contas, personagens unidos jamais serão vencidos!
Cola-sama: Tá. Mas agora, está na hora de eu ir embora.
[Cola-sama sai da sala, o narrador se despede e a autora fica sozinha.]
Moon: E agora, que estou apenas eu e meus pensamentos, posso fazer isso. Começar meu plano de dominação mundial!

– Acho que é necessário dizer que, na última frase eu estava brincando.

Happy Green Things

As coisas são realmente engraçadas, quando um mico é visto tempos depois. Mas essa história não é sobre isso.

No escritório da autora, em Happy Green Things.
Locutor-sama: Bom dia, bom dia. Autora, como estão as coisas?
Moon: Estão bem. Só pensando em que história eu vou escrever, hoje.
Locutor-sama: Estou vendo. Bloqueio criativo? Não decide sobre o que deve escrever?
Moon: Estou indecisa. Mas no momento, eu irei me satisfazer com uma história daqui, mesmo. Algo interessante pra dizer?
Locutor-sama: Bom… No caminho eu vi, um casal de passarinhos cantando.
Moon: Ah! Isso é bem interessante.
Locutor-sama: Não pensei que fosse gostar.
Moon: Ué, mas eu gostei. Que coisa! Parece que fostes surpreendido.
Locutor-sama: Sim, de certa forma. Mas fico feliz que tenha achado interessante.
Moon: Lógico. É uma cena poética, ver um casal de passarinhos cantando.
Locutor-sama: Concordo. Ainda bem que eu tirei uma foto. Vou desenhar depois.
Moon: Legal. É bom manter a cabeça ocupada, com uma atividade artística.
Locutor-sama: Está fazendo algo de artístico, ultimamente?
Moon: Só escrevendo para o blog.
Locutor-sama: Então você não tem desenhado.
Moon: Não.
Locutor-sama: Mas deveria.
Moon: Verdade. As palavras andam junto com o desenhar.
Locutor-sama: Esse é o espírito, senhorita Moon.
Moon: Mas andei atrapalhada com as minhas leituras. Não andei com um planejamento de tempo muito bom.
Locutor-sama: Acontece. Tem vezes que é melhor, apenas seguir o fluxo dos acontecimentos.
Moon: Alguém está compreensivo, hoje.
Locutor-sama: Você está com uma cara, de quem está precisando de um apoio.
Moon: Mas esse seu excesso de compreensão sua, é suspeito.
Locutor-sama: Que mania de desconfiar do seu narrador, autora.
Moon: Você sempre tem um comentário sarcástico para compartilhar comigo.
Locutor-sama: Mas hoje, eu não tenho. Aceite apenas que estou bem humorado, senhorita Moon. Não precisa ficar de pé atrás.
Moon: Não é uma expressão engraçada “de pé atrás”?
Locutor-sama: Como sempre, a cisma em coisas pequenas.
Moon: AHÁ! Está vendo? Está VENDO? Um comentário sarcástico!
Locutor-sama: Não foi um comentário sarcástico. Céus, a minha reputação é tão ruim assim?
Moon: Talvez. Mas eu também estou sendo um pouco…
Locutor-sama: Desconfiada?
Moon: A palavra que eu queria, não era desconfiada.
Locutor-sama: A palavra não importa. Vamos deixar isso pra lá.
Moon: É. Vamos deixar isso pra lá.
Locutor-sama: Ainda bem que nós concordamos.
Moon: Sim. Estamos de acordo, meu caro.
Locutor-sama: Ótimo.
Moon: Diga-me, narrador…
Locutor-sama: O que é, agora, autora?
Moon: Está com vontade de comer pastel?
Locutor-sama: Aceito.
Moon: Ótimo. Vou sair para comprar! Um pra você, e outro pra mim.
[A autora sai do escritório, deixando o narrador sozinho. Entra a Cola-sama, minutos depois.]
Cola-sama: Alguém está virando coração mole.
Locutor-sama: Eu, não.
Cola-sama: Não mime demais a autora.
Locutor-sama: Eu nunca faria uma coisa dessas.

– Um fato interessante: Escrevi essa história, o começo dela, no celular.