Na casa do Random.
Locutor-sama: Na história de hoje, temos presentes os personagens Random, um boneco de palito. E seu companheiro de aventuras, Capitão Yay. Que talvez seja um boneco de palito, porém com mais acessórios. Nunca parei para pensar nisso…
Random: Bom dia, bom dia. Como vai você, Capitão?
Capitão Yay: Péssimo. Talvez você possa me ajudar…
[Random está chocado, ao vê-lo nesse estado de humor. Então ele apenas espera ele completar, para saber o que está o deixando desse jeito.]
Capitão Yay: A Transilvânia existe, meu caro. Sabia disso, Random. Sabia disso?
Random: *respira, mais tranquilizado* Sim. Sabia, teoricamente só existe no mundo real, onde a Moon vive. Mas existe! Pensou que fosse apenas um cenário para Drácula?
Capitão Yay: Sim, eu pensei. Isso que me deixa tão mal humorado! Chocado.
Random: Já entendi, já entendi. Mas o que fez você pensar, que o lugar não fosse real…?
Capitão Yay: É um nome um tanto esquisito.
Random: Só por isso? Coitado do pessoal da Transilvânia.
Capitão Yay: O pessoal da Transilvânia que me desculpe, mas parece-me que Deus apenas selecionou um nome no gerador aleatório!
Random: Ah. Mas eu pensei que fossem os homens que escolhessem.
Capitão Yay: Que seja! Estou falando mais no sentido de escritor = Deus.
Random: Eu acho muito prepotência, não?
Capitão Yay: O quê? O fato que estou falando…
Random: Me refiro ao fato de, o escritor se considerar um deus.
Capitão Yay: Pra mim, faz sentido. Isso é sobre o quanto um escritor é um maluco por poder.
Random: Ah. Você está sendo duro demais com os escritores…
Capitão Yay: Que nada. Os escritores são todos uns molengas!
Random: Capitão! Vamos lá, não pode ficar com esse humor o dia todo.
[Capitão Yay, que estava em pé todo esse tempo, resolve ficar sentado na poltrona confortável da casa, e de braços cruzados.]
Random: Isso são modos para se ter, dentro da minha casa?
Capitão Yay: Está bem, está bem. Sinto muitíssimo, meu caro. Vou me comportar.
Random: Então tire essa expressão mal humorada, e também pare de cruzar esses braços! Fica parecendo que você… está mal humorado.
Capitão Yay: Mas eu…
Random: Nada de mas! É momento de paz. Vamos, vou ligar uma música tranquila e você vai relaxar. Enquanto isso, faço um chá.
Capitão Yay: Mas eu estou calmo!
Random: Já falei… Nada de mais, pare de falar isso. Você está calmo coisíssima nenhuma, isso era como falar que o Locutor não é nem pouquinho chato. E isso que eu sou amigo dele!
Capitão Yay: Está bem. Faça como quiser… Afinal de contas, aqui é a SUA casa.
Random: Ainda bem, que você reconhece.
Outra vez, porque uma vez não é o suficiente. Bonecos de palito são simpáticos.
No apartamento do Capitão Yay:
Capitão Yay: Estou aqui, no meu lar, pensando em uma coisa. Inspirado por uma súbita ideia, que parece ter vindo de algo maior… Deus? Não. A autora. *pensa um pouco* Caramba! Acabei de notar, que estou parecendo o Locutor-sama. Credo!
[Capitão Yay acabou de terminar o seu café, que tinha feito na cozinha.]
Capitão Yay: RANDOM! É nossa vez, novamente de dar uma historinha pra a Moon. *pensa um pouco* Participar de uma historinha, né. Nós não vamos escrever nada.
[O personagem olha para os lados, não tem ninguém.]
Capitão Yay: Como é que posso esquecer, que estou sozinho em casa? *bate com a mão na testa* Sou um idiota…
[O boneco de palito aparece, graças a aparição de um portal mágico.]
Random: Olá, Capitão! *sai do portal, acenando* Está chorando… Aconteceu alguma coisa?
Capitão Yay: A autora pediu outa historinha.
Random: Ah! Isso é realmente emocionante. Dá vontade de chorar, mesmo.
Capitão Yay: *seca os olhos com a mão* Isso não importa, mais. De onde você veio? Como conseguiu esse portal mágico? *aponta para o portal, ainda aberto*
Random: Bem… A primeira parte não é interessante, ajudei um dentista, em outra dimensão, a abrir sua própria clínica. *desliga o portal, com a ajuda de um alarme de carro*
Capitão Yay: Como… como é que você fez isso?
Random: Acalme-se! Estou ainda na segunda pergunta. Como consegui o portal mágico? Simples… Com a ajuda das batatas fritas.
[Silêncio constrangedor, no apartamento do Capitão. Por alguns minutos, ninguém soube o que dizer.]
Capitão Yay: Isso foi bastante aleatório.
Random: Obrigado. Não tenho esse nome à toa.
Capitão Yay: Não vai me explicar, essa história direito, não é?
Random: Sim. É aleatória demais. Já não me lembro, dos detalhes exatos para poder te explicar com exatidão.
Capitão Yay: Aleatório demais…? Existem coisas aleatórias demais, até mesmo para você?
Random: Todo mundo tem limite, até mesmo paras coisas que gosto.
Capitão Yay: Ah.
Em outro momento, no escritório da autora. Lá em Happy Green Things.
Moon: Escute aqui, Random. Estou preocupada com você. Já não é mais o mesmo. Não é tão aleatório como antes. É a sua convivência com o Capitão Yay?
Random: Não. Eu só ando querendo fazer mais sentido, do que ser apenas um personagem que fala a primeira coisa que vem na cabeça.
Moon: Muito bonito, os seus pensamentos. Estou emocionada! Obrigada por compartilhar comigo. Mas falo sério! Aleatoriedade Random, aleatoriedade.
Random: Seriedade autora, seriedade!
Moon: Pombas. Você tem argumentos muito bons…
As sete horas, algo acontece. Você recebe uma boa notícia… Talvez possa pedir uma comida de fora, que goste muito!
Na casa do Random.
Random: Capitão Yay! Nós temos uma emergência. *desliga o telefone*
Capitão Yay: *jogado no sofá* Qual é a emergência?
Random: A autora nos chamou. Precisa de uma história nossa!
Capitão Yay: Que legal! Aposta que consigo fazer essa historinha, enquanto estou jogado o sofá?
Random: Aposto. Você é capaz de tudo.
Capitão Yay: Obrigado. Ainda bem que você reconhece.
Random: Mas também é um velho cansado…
Capitão Yay: Preferia ser chamado de preguiçoso. Mas é aquilo que dizem: não se pode ter tudo.
Random: Tanto faz. Vou fazer o almoço! Será sanduíches.
Capitão Yay: É cedo demais para nós almoçarmos.
Random: Sei disso. Mas hoje é a minha vez de fazer a comida, e quero estar adiantado. Não custa nada eu começar a fazer.
Capitão Yay: Quer dizer que vai fazer aqueles sanduíches caprichados??
Random: Sim! É por isso que irei começar a fazer, tão cedo.
Capitão Yay: Mas que ideia excelente a tua, meu querido Random. Isso vai me motivar a sair do sofá.
Random: É essa a ideia, meu velho cansado.
Capitão Yay: Quanto esforço para me tirar do sofá!
Random: Sempre vale a pena, meu caro…
[Random vai até a cozinha. Ele abre a geladeira para pegar os ingredientes e os deixa em cima da mesa da cozinha.]
Random: Muito bem… É melhor eu começar o trabalho. Vou colocar o avental e lavar minhas mãos.
[Random faz como falou, enquanto Capitão Yay assobiava uma musiquinha.]
Capitão Yay: Droga!! Isso era uma oportunidade para eu estar deitadão, lendo um livro. E eu não trouxe o livro que estou lendo! Ficou em cima da mesinha da sala.
[Capitão Yay força os olhos, em direção do livro.]
Capitão Yay: Que excelente ideia a minha, falar que ficaria aqui a história inteira… Bom. Paciência! Agora eu simplesmente iria desejar ter poderes de teletransporte.
Random: *da cozinha* O nome disso não seria telecinese?
Capitão Yay: É o poder de move as coisas com a mente.
Random: Então é telecinese.
Capitão Yay: O que importa é que o senhor entendeu!
Random: Beleza. E eu continuo a fazer os sanduíches.
Capitão Yay: Não pode vir aqui, pegar o livro pra mim, querido Random?
Random: Não comece com essa história de “querido”! Levante e pegue. Não crie caso e facilite sua vida.
Capitão Yay: Prefiro esperar pelos meus poderes de teletransporte.
Random: Francamente… Quanta teimosia! Que diferença faz?
Capitão Yay: Prometi que ficaria nesse sofá até a história acabar!
Random: Você não prometeu. Apostou!
Capitão Yay: No final, dá no mesmo.
Random: A história está no final. Pode levantar desse sofá, oras!
[Capitão Yay levanta do sofá. Mas ao invés de pegar o livo, vai até a cozinha.]
Random: O que está fazendo aqui…? *segurando uma faca na mão, parou de cortar o pão*
Capitão Yay: Os sanduíches já estão prontos…?
Random: Não. Vá ler o seu livro, Capitão!
Nem tudo pode ser perfeito, já dizia a música. Mas está tudo bem em ser imperfeito,e comer rabanada fora da época.
Locutor-sama: Na história de hoje, temos o Capitão Yay procurando com uma certa ansiedade, o seu chapéu favorito. Nem é preciso dizer que, o chapéu desaparecido é o de pirata. Mesmo ele não sendo, tecnicamente, um pirata. Não sei. Há certa desconfiança que é apenas rumor, que ele só se veste assim por estilo. Mas está tudo bem, nós não estamos julgando.
Capitão Yay: Além do fato que meu chapéu sumiu, tem uma voz narrando minha situação, e ainda por cima, me julgando! Este dia está fantástico.
Random: Cheguei no seu apartamento assim que pude… *olha ao redor* Minha nossa! O que aconteceu? Os ninjas da batata doce invadiram aqui?
Capitão Yay: Não, ninguém invadiu aqui. A questão é que, o meu chapéu sumiu.
Random: Qual deles? A sua coleção de chapéus é enorme!
Capitão Yay: Lógico que estou me referindo ao meu chapéu de pirata. O meu favorito!
Random: Pensei que o seu chapéu favorito fosse os dos mágicos, que normalmente o vejo usando.
Capitão Yay: Não importa o chapéu, que uso normalmente, meu caro. O que interessa é que, ele está desaparecido e estou extremamente ansioso. Até minha ansiedade foi narrada!
Random: Minha nossa. Acalme-se, eu tenho certeza que está por aqui. Eu te ajudo a procurar!
Capitão Yay: Não vai adiantar. Já procurei, procurei, e não encontrei. Duvido que você terá mais sorte do que eu.
Random: Não seja pessimista, eu tenho certeza que não sumiu para sempre. Tudo chega em algum lugar, até mesmo os objetos inanimados!
Capitão Yay: Isso é um tanto assustador, Random.
Random: Os objetos inanimados, chegarem a algum lugar?
Capitão Yay: Sim! Caramba, isso não te assusta a nem um pouquinho?
Random: Poucas coisas me assustam. Objetos inanimados, mudando de lugar não é nada demais.
Capitão Yay: Está bem e então, espertinho, então prove a sua coragem. Ou melhor, sua esperteza! Descubra o local onde foi parar, o meu chapéu favorito.
Random: Mas é claro… Me dê um minuto. Talvez sete. Aguenta aí!
[Tempos depois, quando passaram exatamente os sete minutos estimados pelo boneco de palito.]
Random: Meu amigo, eu encontrei o que procurava. Está pronto?
Capitão Yay: Quê? Claro que estou pronto! Onde estava, essa porcaria de chapéu?
Random: Estava em cima da sua geladeira.
Capitão Yay: O quê? Como isso é possível, eu não acredito, como é que foi parar lá?
Random: É muito simples. Os objetos inanimados são cheios de vontades!
A bicicleta é um veículo alternativo, se você quiser pensar no meio ambiente. Mas seria melhor ainda, se nós, seremos humanos, pudéssemos simplesmente nos teleportar
Locutor-sama: Essa é uma história, em que o boneco de palito chamado Random estava colando vários recortes de jornal, em um mural. Estava fazendo ligações, com fios de linhas vermelhas, pois ele procurava descobrir o sentido da vida.
Capitão Yay: Como é? Você quer descobrir o segredo da vida, só pesquisando notícias no jornal?
Random: Sim! Que parte que não deu para entender?
Capitão Yay: Eu entendi perfeitamente o que você quis dizer. A questão é, pensei que fosse um trabalho artístico de dadaísmo.
Random: Não seja bobo, isso aqui nada tem a ver com dadaísmo.
Capitão Yay: Tudo bem. Eu só pensei…
Random: Não vai fazer perguntas, relacionadas com a minha incrível pesquisa sobre o sentido da vida?
Capitão Yay: Não sei sobre o quê perguntar, honestamente. Mas explica aí, o que quiser falar sobre o assunto.
Random: Certo! A minha ideia é que, encontrar notícias com ideias que podem se juntar entre si, mas pego apenas boas notícias. Descobrindo o padrão das coisas boas, posso descobrir o s segredo da vida, e por consequência, da felicidade.
Capitão Yay: Tenho que admitir, é um plano bastante ousado.
Random: Sabia que ia gostar, Capitão!
Capitão Yay: Mas entenda, meu querido amigo… A felicidade é diferente pra cada um. Não há como perceber um padrão.
Random: É verdade… Mas mesmo assim, a resposta para o segredo da vida, deve estar bem na frente dos nossos olhos, mas não percebemos. Pois a resposta está ocultada, e talvez seja 42.
Capitão Yay: Se 42 é a resposta, então qual é a pergunta?
Random: Ora Capitão, no momento nenhuma resposta é concreta ou boa o suficiente para me satisfazer.
Capitão Yay: Estou falando de perguntas, não de respostas.
Random: Tem razão! Como sou distraído. Mas a pergunta é “Qual o sentido da vida?”.
Capitão Yay: Se essa é a pergunta, então a resposta não pode ser 42.
Random: Verdade. Mas a vida não faz sentido, e então tudo bem.
Capitão Yay: Então tudo bem? Pelo seu tom de voz, me parece que já vai se dar por vencido.
Random: É que e eu fiquei cansado, dessa história toda. E quando fico cansado, fico entediado e perde a graça fazer a determinada coisa.
Capitão Yay: Eu devia ter esperado por isso. É o que e normalmente acontece!
Random: Mas foi bem divertido, enquanto durou, e é isso que importa, no final do dia.
Capitão Yay: Está bem. O que fazer você feliz.
Escrever é uma arte, uma arte é escrever… Mesmo que você use desenhos, ao invés de palavras.
Capitão Yay: Essa história não é sobre um homem. Ela é sobre um boneco de palito, conhecido pela sua habilidade de ser aleatório. Está no nome dele, Random. Significa isso: Aleatório. E nessa história, que participei, será sobre…
Random: Escrever a própria história!
Capitão Yay: Não sabia que tinha um toque motivacional.
Random: Mas é claro que tem. Eu sou motivacional! E outra coisa, como você não sabia que havia um toque motivacional? O tom da sua narrativa fala de futuro.
Capitão Yay: Mas é um meu eu futuro que sabe. E eu não sou, o meu eu futuro.
Random: É verdade! E você já está motivacional. Então… Vamos escrever nossa própria história. Capitão!
Capitão Yay: Certo. Começo de que forma?
Random: Simples. Você senta na cadeira, que fica em frente do seu computador.
Capitão Yay: *faz como o Random diz*
Random: Agora, meu caro… Você abre o arquivo, para escrever.
Capitão Yay: Minha nossa! É um documento em branco. Tem certeza que dará certo?
Random: Claro que vai dar certo… Comece com uma palavra qualquer. Tipo sabonete!
Capitão Yay: Sabonete?
Random: Sabonete! Não entendi o seu tom de dúvida.
Capitão Yay: Quem que vai querer ler, uma história sobre sabonete?
Random: A questão não é, sobre quem é que vai querer ler uma história de sabonete. É sobre como vender uma história, sobre sabonete!
Capitão Yay: Pensei que era apenas um exercício criativo, não uma estratégia de marketing!
Random: Só estou tentando te motivar.
Capitão Yay: Não, Random. Desse modo não funciona.
Random: Como não? Todo mundo precisa de motivação!
Capitão Yay: Isso é verdade, mas…
Random: Mas?
Capitão Yay: Essa história está muito séria. Diga qualquer coisa, a primeira coisa que vier a sua cabeça!
Random: Lápis.
Capitão Yay: Lápis! Lápis… Exatamente Random, isso é o que você faz de melhor.
Random: Não é nada disso! Não é aleatoriedade, vinda da minha cabeça.
Capitão Yay: Não?
Random: Não. De onde veio esse lápis, que está atrás da sua orelha?
Capitão Yay: Sabe que não sei…?
Random: Você, não sabendo de alguma coisa!
Capitão Yay: Ora, ninguém é perfeito. Ou prefeito.
Random: Ninguém é prefeito? Existem prefeitos sim, Capitão.
Capitão Yay: Não existem… Eles vieram de uma fábrica!
Random: Quanta bobagem, Capitão! Você está dizendo bobagens, ao invés de escrevê-las.
Capitão Yay: Tem razão! Onde é que estou com a cabeça? Devo entregar-me ao meu espírito e corpo, as letras, palavras, e frases! Mais nada tem sentido nessa vida, além de criar.
Random: Não acredito que até você, tem que ser dramático. O Locutor-sama tá influenciado os personagens…
— Escritor para escrever, começa a falar sobre a escrita. Assunto = história. Beijos.
Há dias em que as notícias são dadas, mas não interpretadas… Isso me lembra livros de português! Saudades de procrastinar o estudar e ler tirinha. Mas dá para continuar a fazer isso, de qualquer forma.
Na casa do Random.
Random: Capitão Yay, eu tenho uma notícia muito séria para falar para você.
Capitão Yay: *lendo jornal, sentado na poltrona* Espero que não tenha decidido crescer um bigode.
Random: Bigode? Deixa de ser bobo! Eu não vou crescer bigode nenhum.
Capitão Yay: Tem certeza?
Random: Absoluta! Onde já se viu, boneco de palito de bigode?
Capitão Yay: Tem razão. Então dê a sua notícia, que nada tem a ver com bigodes. Ainda bem!
Random: Parece que temos uma fugitiva, pela cidade.
Capitão Yay: “Parece”, “fugitiva”? Explique-se melhor, meu caro. Não estou entendendo absolutamente nada!
Random: Eu sonhei que, uma girafa amarela tinha fugido de seu planeta de origem.
Capitão Yay: Mas… Girafas não são amarelas? Nunca vi uma girafa roxa, por exemplo.
Random: Ah! De fato. Quero dizer, podem haver girafas diferentes, mas isso não importa.
Capitão Yay: Certo, certo.
Random: Enfim. O sonho foi bem real… Eu queria me certificar que, não há nenhuma girafa fugitiva, em lugar nenhum.
Capitão Yay: Random! Que bobagem.
Random: Não é bobagem nenhuma. Nunca se sabe o que pode acontecer, nas histórias da Moon.
Capitão Yay: Está bem. Nesse ponto você tem razão… Nunca dá mesmo para saber, o que pode acontecer, nas histórias da Moon.
Random: Então você vai me ajudar? Puxa vida, Capitão! Obrigado. Sabia que podia contar com você.
Capitão Yay: Contar comigo, para…?
Random: Para procurarmos a girafa fugitiva, obviamente.
Capitão Yay: Procurar uma girafa! Que programa interessantíssima para uma… uma…
Random: Quarta-feira.
Capitão Yay: Isso mesmo.
Random: Sabia que você ia gostar! Pegue a sua mochila, e vamos lá!
Capitão Yay: Isso não vai dar certo…
Horas depois.
Random: Caramba! Não acreditamos que não achamos nada.
Capitão Yay: Pode até ser que nós não achamos a girafa, mas encontramos uma sorveteria.
Random: Que tinha um mascote de “girafa!”
Capitão Yay: E que tinha um cara que, sabia falar o idioma dos gatos.
Random: Isso foi bem estranho.
Capitão Yay: E ir procurar uma girafa, porque você sonhou com isso, não foi estranho?
Random: Bem. Foi estranho. Mas ao menos foi estranho e divertido.
Capitão Yay: O cara que sabe falar com gatos, parecia se divertir.
Random: Não sei como. Ele estava com um gato vestido de empresário, conversando sobre negócios.
Capitão Yay: Em uma sorveteria!
Random: Em uma sorveteria.
Capitão Yay: Fica um ambiente mais descontraído…
Random: Será? Eu sinto que nós dois trocamos de papel, nessa história.
Capitão Yay: Só porque eu estou de bom humor??
Random: Ou eu que não estou com bom humor o suficiente, sei lá. Bonecos de palito não se estressam, apenas se entediam. Se bem que, se entediar é uma coisa estressante…
Capitão Yay: De fato, é. E ficar cheio de trabalho também é estressante. Sabe de uma coisa?
Random: O quê?
Capitão Yay: A sua girafa pode ter fugido, em outra dimensão!
Random: Talvez, talvez. Mas obrigado por querem me consolar.
Capitão Yay: Imagina! Vamos registrar o nome dessa sorveteria e o endereço para nós dois voltarmos, tá bom?
Quando se precisa de criatividade, quem é que você vai chamar? ALEATORIEDADE!
Moon: *no telefone* Escute aqui, meu caro boneco de palito. Personagem do meu coração. Tenho uma emergência que só você, poderá resolver!
Random: Precisa de uma historinha?
Moon: Exatamente, exatamente. Então faça o que você faz de melhor.
Random: Mas estou no meio da minha maratona!
Moon: Maratona de série?
Random: Não! Maratona de desenho.
Moon: Ah! Desenho animado.
Random: A língua portuguesa gera cada mal entendido…
Moon: Diz isso porquê?
Random: Estou desenhando!
Moon: AAAAAAAaaaaaaah. Tá.
Random: Mas você vai ter sua história! Ao menos, o começo dela.
Moon: Ótimo! Mas o resto conto com você.
Random: Não só comigo!
Moon: Tem mais alguém aí com você?
Random: O meu carisma!
Moon: Sei. Ele é tanto, que é até uma pessoa…
Random: É um chapéu, na verdade.
Moon: Eu me despeço de você aqui. Boa sorte na história! *desliga*
Random: Continuando meu desenho… “Córrego” É muito difícil de desenhar um desses. Tem muito detalhe para fazer algo realista. Quero dizer, realista com meu desenho de modo simplificado.
[Escolhe outra palavra, olhando no dicionário.]
Random: “Sapatos” Isso me lembra uma coisa. Que eu queria um par de tênis!
[Random começa a falar sozinho, como se alguém o filmasse com uma câmera.
Random: Você deve estar se perguntando. Pra quê eu quero isso? Já que sou um boneco de palito.
[Ele começa a andar em círculos, na sala do seu apartamento.]
Random: É muito simples. Meus sapatos não são bons o suficiente para uma caminhada… Como vou passear e olhar a paisagem, se meus pés estão desconfortáveis? Tira uma parte da alegria, de olhar o mundo lá fora, quando começo a sentir dor nos pobres coitados. Sim! Eu sei. É chocante saber que eu tenho pés.
[O boneco de palito resolve que vai tomar um sorvete.]
Random: Gosto muito de sorvete de flocos! É meu favorito. E vocês sabiam que, enquanto tomo sorvete, gosto de ouvir música clássica?
[O som do computador é ligado.]
Random: Exatamente! Não se importe comigo, estou apenas elogiando meu computador. Tudo bem que fui eu que liguei a música… Mas a máquina precisa ser bem tratada. Nunca se sabe, pode acontecer que meu computador precise de palavras gentis.
[Random continua a tomar sorvete.]
Random: Uma vez, eu encontrei um sapo. Ele tinha um amigo polvo. Todos são alienígenas, na história que estou contando! Enfim. O sapo me pediu uma opinião. Disse-me ele que queria uma opinião imparcial, de um estranho. Então ele me perguntou, qual presente ele dava para o polvo? Respondi que era óbvio. Um asteroide! Os polvos gostam disso. Não me pergunte como sei disso… Tenho os meus segredos, e gostaria de continuar com eles.
— Que história foi essa, que eu escrevi? Também não tenho certeza de como responder. Talvez eu tenha os meus segredos. Como o Random!
Na dúvida, não pense em nada. Deixe sua mente apenas sentir a paisagem na sua volta… Mas por favor, não deixe nada esquecido no micro-ondas.
Na casa do Capitão Yay.
Capitão Yay: *sentando em uma poltrona, assistindo notícias do jornal*
Televisão: Hoje nós vamos mostrar uma reportagem sobre a reunião anual, que aconteceu no final do ano passado. É o clube dos bigodes! Vários personagens se reúnem para discutir as maravilhas do bigode, e coisas relacionadas a isto.
Capitão Yay: Que motivo estranho para se reunir. Eu não acredito que tem pessoa que se diverte com isso!
Televisão: *toca música animada*
Capitão Yay: Que tipo de música é essa?
Televisão: *continua a tocar música animada*
Capitão Yay: Não acredito nisso! Estou indignado. Essa reportagem é apenas cheia de gravações das reuniões, tocando essa música no fundo! Vou ligar para o Random. *pega o celular na mesinha do lado dele* Random!
Pompom: *no celular* Aqui não tem nenhum Random.
Random: Como assim? Esse é o número de celular dele.
Pompom: Bem, eu Pompom, encontrei esse celular caído próximo a um banco da praça. E atendi por pura educação.
Capitão Yay: E por pura educação você está se identificando com um estranho?
Pompom: Lógico. Você não me conhece. É para facilitar a hora do diálogo!
Capitão Yay: Sei, sei. Ótimo! Que coisa interessantíssima. E agora, com quem vou reclamar?
Pompom: Você pode reclamar comigo!
Capitão Yay: Eu nem te conheço, cara.
Pompom: Bem. Então venha até aqui para recuperar o celular…
Capitão Yay: Não vou. Estou com preguiça. E quero reclamar sobre a reportagem sobre bigodes para o Random!
Pompom: É uma reportagem sobre o clube dos bigodes?
Capitão Yay: Essa mesma. Parece programação para tapa-buraco na televisão!
Pompom: Se você não gostou, desligue a televisão.
Capitão Yay: Mas eu quero assistir televisão!
Pompom: Se é assim, então mude de canal. E assista outro canal! Simples.
Capitão Yay: Simples nada! Eu gosto desse canal. Adeus! *encerra a ligação*
[Mal ele fez isso, alguém toca o a campainha*
Capitão Yay: Hoje é um dia daqueles… *levanta e vai até a porta* QUÊ É?
Wolf: Estou aqui, a pedido do boneco de palito Random!
Capitão Yay: *olha no olho mágico da porta* Um lobo verde…? *abre a porta*
Wolf: Olá Capitão! O Random quer falar com você. *entrega o celular para o outro*
Random: *no celular* Capitão!! Eu perdi meu celular.
Capitão Yay: Já tentou ligou para o número dele?
Random: Eu esqueci o número. Quantas vezes tem que ligar para si mesmo?
Capitão Yay: Tem razão. Eu já liguei para o seu número, hoje.
Random: Sério?? E eu, de uma dimensão paralela atendeu?
Capitão Yay: Claro que não!
Random: Ah. Que entediante!
Capitão Yay: Mas alguém chamado Pompom atendeu. Ele disse que seu celular estava perdido, perto de um banco da praça.
Random: Ah! Então ainda deve dar tempo de encontrá-lo. Devolva o celular para o detetive Wolf!
Capitão Yay: Detetive Wolf…? *dá o celular para o lobo verde*
Wolf: Detetive Wolf em ação, em uma missão de tirar o fôlego! *vai embora*
Capitão Yay: Então tá. *fecha a porta*
— Essa é uma daquelas histórias que, em questão de dias, ou meses vou esquecer completamente que a escrevi.
Eu não estou dizendo que estou sem ideia para um título. Mas eu preciso escrever uma coisa inspiradora e natalina ao mesmo tempo. Ho ho ho! Feliz Natal!
Há referências da história que saiu no dia 14/12/2019.
No apartamento do Random, em mais específico no computador do boneco de palito. Em um jogo. Que precisa de acesso a internet!
Random: Bem-vindo a minha humildade casa virtual! O que achou do lugar, meu caro Capitão?
Capitão Yay: É um bonito lugar. Muitos itens. Tudo no lugar certinho. Boa decoração. Nem imaginava que teria sentido a sua casa virtual!
Random: Como assim? Do que está falando?
Capitão Yay: Ora! Espera um local mais… aleatório. Você é o Random, afinal de contas! Estou surpreso.
Random: Não seja ridículo. Eu tenho orgulho do meu gosto em móveis e toda estética! Além do mais, não faria sentido, eu ter uma casa com itens não funcionais para a vida diária!
Capitão Yay: Ah.
Random: Ué. Eu tenho pena do meu bonequinho! Ele tem direito de dormir em uma cama. Não iria fazê-lo dormir dentro de uma piscina, por exemplo! A não ser que ele fosse um golfinho. Espere. Golfinhos não andam em piscinas!
Capitão Yay: Aqueles brinquedos de piscina, sim.
Random: Tem em forma de golfinho?
Capitão Yay: Já vi em forma de dinossauro.
Random: Dinossauro aquático?
Capitão Yay: Ainda bem que você ainda é aleatório, Random. Isso mostra que a vida ainda faz sentido! Mas e o item que ganhou, no amigo secreto?
Random: Bem! O Próprio Papai Noel me tirou. E eu ganhei esse lindo pacote de biscoitos de Natal. O meu bonequinho no jogo, estará bem alimentado!
Capitão Yay: Ainda bem. Mas esses itens são parados! Não dá para interagir com nenhum deles.
Random: ORA! Capitão, estou desapontado com você. Cadê sua imaginação? Os bonequinhos virtuais tem vida, quando estamos deslogados!
Capitão Yay: Vidas emocionantes?
Random: Vidas emocionantes! Eles vivem grandes aventuras. Assim como… Como…
Capitão Yay: A sua escova de dentes?
Random: Deixa de ser bobo, Capitão. A minha escova de dentes não vive aventuras.
Capitão Yay: Claro que vive! Ela até canta.
Random: Tá bom. Quer ver o item de Natal que dei para a rena Rodolfo?
Capitão Yay: Se você deu para a rena, como é que vai me mostrar?
Random: Tem no meu álbum de memórias. Eu não estou fazendo você de bobo! Acha que te convidaria no jogo, sem mais nem menos?
Capitão Yay: E aquela vez, que nós dois fomos para a pizzaria?
Random: Aquela vez não conta!
Capitão Yay: Você me convidou para ver o pizzaiolo fazendo pizza.
Random: Ele estava usando gorrinho de Natal! Foi extraordinário. Você que é um chato, Capitão. Foi divertido!
Capitão Yay: Está bem, está bem. E cadê o álbum de fotos?
Random: No ícone de álbum de fotos, ué.
Capitão Yay: ACHEI! Você deu para ele… uma meia gigante, cheia de presentes?
Random: Estava na lista de desejos dele.
Capitão Yay: Ah.
Random: Renas não usam meias!
Capitão Yay: E como elas usariam, se essa meia é gigante e TÁ CHEIA DE PRESENTES?
Random: Deixa de fazer essas perguntas tolas! O negócio é a intenção de presentear.
Capitão Yay: É o que todos dizem. Principalmente o comércio!
Random: Nós não vamos discutir isso em um jogo virtual, vamos?
Capitão Yay: Não.
— Estou escrevendo essa história, há dez dias atrás! UAU! QUE VIAGEM!