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Não dá para entender muita coisa, mas o que dá para entender é: o mundo está ficando cada dia mais maluco.

[A Cola-sama entra no escritório da autora, e ela lá está, olhando para uma televisão. A televisão está mostrado um ambiente criado em 3d, uma sala de estar. Chove no mundo artificial, e tem barulho de lareira. É tão esquisito quanto parece, e a personagem está chocada.]
Cola-sama: Autora… O que você está fazendo?
Moon: *em silêncio, continua assistindo.*
Cola-sama: Olhando melhor agora, não há nada aqui, além da televisão. E você está sentada no chão, e ainda por cima com treze anos de idade!
[Nada acontece. Na verdade acontece sim, mas é importante frisar que apareceram essas palavras na televisão, e Cola-sama levantou assustada de sua cama. Corta a cena para a parte que, ela está deitada em um divã e conversando com o Wolf, como se fosse o psicólogo.]
Cola-sama: Eu não entendo como tive um sonho assim! Completamente bizarro. Doutor, sabe qual foi a coisa que mais me apavorou?
Wolf: Não?
Cola-sama: O fato que a Moon tinha treze anos. Não quero aturar ela com treze anos novamente!
Wolf: Isso é bastante específico. Tem certeza que não é apenas exagero da sua parte?
Cola-sama: Um psicólogo de verdade nunca me diria isso.
Wolf: Eu não sou um psicólogo de verdade.
Cola-sama: Então o que estou fazendo aqui, conversando com um lobo verde?
Wolf: Não sei. Ah! Não diga que você tem alguma coisa contra lobos verdes.
Cola-sama: Eu não tenho nada contra lobos verde-
Wolf: Sabia! Você tem alguma coisa contra lobos verdes.
Cola-sama: Mas isso foi completamente oposto do que eu disse-
Wolf: Caramba! Assim não dá.
Cola-sama: Sou eu que entro em um sala de psicólogo, e você está no lugar de um profissional competente, eu que devia estar reclamando.
Wolf: Estou ensaiando para o meu papel no teatro.
Cola-sama: Ah é? E quanto a mim?
Wolf: Você provavelmente não está bem. Está com peso na consciência! É melhor fazer a coisa certa, para poder se libertar dessa sensação.
Cola-sama: Você… Está me dando um bom conselho?
Wolf: Mesmo não sendo um profissional competente e habilitado pra isso!
[Cola-sama sai do consultório e pega o seu celular. Ela telefona pra autora.]
Cola-sama: Tinha que me fazer ir em um psicólogo falsificado??
Moon: Nem fala alô. Que falta de educação!
Cola-sama: Ah, desculpe! Está me preocupada demais me questionando, do porque um lobo verde faria faculdade para se tonar um psicólogo, quando seio lá, ele poderia fazer qualquer outra coisa porque parece ser meio maluco.
Moon: Específico demais. Tchau! *desliga o telefone*
Cola-sama: Francamente!

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Nada melhor que ouvir um barulho de chuva, chuva artificial com barulho lá fora!

Moon: Bom dia! Nesse momento, eu estou presente no esconderijo da personagem Hello. Não há nada de interessante para destacar em relação ao cenário, pois não mudou muita coisa das outras vezes que aconteceram histórias aqui. Porém! Isso mudará agora…
[Hello entra no esconderijo. A autora fica parede, com as mãos na cintura.]
Hello: Moon! O que está fazendo aqui?
Moon: Eu estou… eu estou… estava apenas passando por aqui. Nada demais. Não que eu planejasse trazer a minha mesa e o meu telefone decorativo para cá. Não. Imagine! Eu respeito muito o seu espaço, e é por isso que estou aqui, apenas colocando minhas mãos na cintura e olhando para você, com respeito!
Hello: Você não está falando coisa com coisa.
[Hello está segurando sacolas de compras.]
Moon: Eu confesso que realmente sinto que não estou falando coisa com coisa, mas você também não parece estar prestando atenção.
Hello: *coloca as compras em cima da mesa* É. Realmente não estava prestando atenção. Mas você não precisa trazer sua mesa para cá!
Moon: Está bem. Não vou trazer a mesa pra cá!
Hello: Um item decorativo não vai servir para muita coisa. Diferente das coisas que comprei pra trazer aqui!
Moon: O que você comprou, afinal?
Hello: Comprei cerejas.
[As cerejas parecem as frutas que aparecem no jogo de Animal Crossing.]
Moon: Mas… Mas… para quê vão servir essas cerejas?
Hello: Ora, autora! Abra a sua mente. Cerejas são cerejas.
Moon: Pronto. Agora é você que não está fazendo sentido! Isso é por todas as vezes, por todas as histórias que nunca escrevi, que ficaram apenas na minha cabeça? Ou é por todos os projetos que comecei e nunca terminei?
Hello: Não é porque você não entenda, que não vá fazer sentido pra mim.
Moon: Eu esqueço de uma coisa. De uma coisa muito essencial!
Hello: Que coisa?
Moon: Que você é alienígena.
Hello: Ah. É verdade. E também sou, ao menos para você, um personagem ficcional. E isso significa que nossas perspectivas do mundo são bastante diferenciadas.
Moon: Ok… Essa história está cada vez mais maluca… Já estou desistindo de entendê-la.
Hello: É que você não se deixa levar pelo momento.
Moon: Você comprou cerejas iguaizinhas as de Animal Crossing. E você quer que eu me deixe levar pelo momento? Francamente!
[A autora vai embora.]
Hello: Será que devia ter mostrado pra ela, que estou montando uma decoração de natal diferenciada, que vai parecer as árvores de frutas de Animal Crossing? *olha para os lados* Ah, paciência. Ela já foi embora!

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Aquele que luta por um futuro melhor, pois a cidade de Animal Crossing não será cuidada sozinha.

Rika: É um ótimo momento para eu ir visitar o meu amigo Locutor-sama. Vamos ver… *está na frente da porta do apartamento, do lado de fora* Para variar, acho que eu vou tocar a campainha. É. Eu tenho a chave e já entrei pela janela, mas vamos agir como as pessoas normais.
[Rika finalmente toca a campainha, após parar de falar sozinha.]
Rika: Locutor! Sou eu, a Rika.
[Para a surpresa da personagem, não é o narrador que atende a porta, e sim a autora das histórias.]
Rika: Moon! O que faz aqui?
Moon: Decidi fazer daqui o meu escritório. O Locutor não está em casa. *depois que Rika entra, fecha a porta*
Rika: Você vai bagunçar a casa dele?
Moon: Eu vou usar aqui como meu escritório. Você não escutou o que eu disse?
Rika: Escutei, mas pensei que faria alguma coisa SINISTRA.
Moon: Posso criar um escritório sinistro. Cheio de caveiras maneiras.
Rika: ISSO seria divertido. Caveiras roqueiras ou metaleiras?
Moon: As duas caveiras. Talvez até caveiras com chapéu de mágico!
Rika: Vou procurar se tem vendendo na internet… O que é isso?
Moon: É a minha mesa. Nunca viu? Mesa, Rika. Rika, esta é a minha mesa de escritório. Seja gentil com ela, passa por maus bocados para ser transferida de um lado para o outro.
Rika: Caramba. Tem até um telefone vermelho!
Moon: Não é bonito? É um item decorativo. E meu orgulho.
Rika: Mas se eu tentar ligar para ele, vai me fazer uma decoração também?
Moon: Rika, você já está falando baboseiras. Foco! Precisamos de caveiras.
[Rika pega o celular para procurar.]
Moon: O Locutor tem um apartamento bom demais para ele. Deveria transformar isso aqui como o meu escritório oficial!
Rika: E o que vai acontecer com o seu escritório?
Moon: Sei lá. A Cola-sama que fique com ele.
Rika: Caramba.
Moon: Achou as caveiras?
Rika: Eu encontrei. Melhor sair para comprar.
Moon: Não, faça entregar aqui.
Rika: Mas o Locutor vai chegar e a festa vai acabar.
Moon: Primeiro, isso não é uma festa. É uma decoração séria, de um escritório de uma autora com muita dedicação ao seu trabalho. Segundo, eu posso simplesmente fazer essas caveiras aparecerem.
Rika: Mas é melhor você dar uma explicação plausível, para os seus leitores.
Moon: A minha explicação plausível é simples. Eu sou a autora, e posso fazer as coisas aparecerem quando eu quiser.
Rika: Estou ouvindo o barulho da chave. O Locutor já chegou.
[Locutor aparece na sua sala de estar, e não parece surpreso com a presença da autora.]
Locutor-sama: Senhorita Moon, você… *olha ao redor e vê as caveiras.* Por favor, tire as caveiras daqui.
Rika: Falei que ele iria acabar com a festa.
Moon: Sem graça. São caveiras cartonizadas!
Locutor-sama: E aqui é minha casa.
Moon: Droga, não posso refutar esse argumento!

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Os movimentos certos, trazem uma novidade… Você desbloqueia o Luigi! Ou ganha o bigode falso, igual o dele, sei lá.

Hello: Estou aqui novamente no meu esconderijo. Trouxe alguém para me fazer companhia, e convidei antes, diferente da autora que coloca personagens aleatoriamente, sem pedir permissão primeiro! *sentada no sofá*
Rosalina: *sentada em outro sofá* É um esconderijo maneiro, mas realmente precisávamos vir aqui por teletransporte?
Hello: Ora, eu comprei esses teletransportes em uma excelente promoção de Black Friday, no planeta das coisas caras e duráveis, acha que eu ia desperdiçar? Lógico que não.
Rosalina: É um nome bem específico para um planeta.
Hello: Também acho. Mas isso significa uma coisa importante. É mais fácil encontrá-lo nos catálogos dos planetas.
Rosalina: Por alguma razão, não me surpreende em saber que existe um catálogo de planetas.
Hello: Esse é o espírito! Não se deixe surpreender.
Rosalina: É um catálogo, com design de cardápio de restaurante?/
Hello: Caramba! Como você sabe?? Você é vidente?
Rosalina: Não. Estou vendo ele ali, na estante.
Hello: É. Ele está ali mesmo.
Rosalina: Tem como você pegar pra mim? Ele parece cuidadosamente colocado, e não quero derrubar os livros da estante em cima de você. Por favor?
Hello: Mas é claro Rosalina! Você é uma funcionária esforçada, e nesse momento de nós duas, eu é que vou te dar uma folga.
Rosalina: Obrigada.
Hello: Não precisa me agradecer. Você é minha funcionária favorita.
Rosalina: Eu já ouvi você dizer isso, e foi para outra pessoa.
Hello: Uma pessoa inteligente se cerca de mais de um funcionário competente. Não posso ter mais de um favorito?
Rosalina: Esteja à vontade.
Hello: Além do mais, chefes devem saber elogiar seus funcionários. Agora, o que eu ia fazer mesmo?
Rosalina: Pegar pra mim o catálogo de planetas.
Hello: Ah sim! *levanta do sofá e fica em pé em frente a estante* Vamos ver… Olha ele aqui! *retira o catálogo da estante*
Rosalina: Nunca vi um catálogo de planetas.
[Hello entrega o catálogo para Rosalina]
Rosalina: É uma coisa bastante original.
Hello: Nem tanto. Esse não é o primeiro catálogo de planetas que eu tenho.
Rosalina: Como assim?
Hello: Foi uma fase.
Rosalina: Ah! Uma fase que você colecionava catálogos.
Hello: Está quase certa, minha cara Rosalina.
Rosalina: Então…
Hello: Estava em uma fase que eu queria comprar planetas.
Rosalina: Não me surpreende em nada, essa informação. Vindo de você, tudo é possível.
Hello: Que reação desapontadora.
Rosalina: OI? Já te conheço a certo tempo, é difícil que você me surpreenda.
Hello: Ah. Era para você perguntar se existem planetas à venda!
Rosalina: Existem?
Hello: Existem.

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A vida é cheia de escolhas, inclusive a de acreditar que o formato da Terra não é uma coisa redonda. Estranho, não?

Moon: Estou aqui, sentada no banco de um vagão de trem. Olho pela janela, e vejo o movimento. Oh! Como a vida é passageira. Ou seríamos nós, os passageiros?
Sabrina: Autora?
Moon: Observo a paisagem, o céu e os arbustos são da mesma forma. Será que estamos em Super Mario Bros, o primeiro jogo da franquia…
Sabrina: Autora!
Moon: Se não tiver um pão de queijo para me oferecer, pra quê está falando comigo?
Sabrina: Autora, eu estava no meu quarto, lendo um livro, quando de repente apareci dentro desse vagão de trem.
Moon: E daí? Parece que você quer chegar em algum lugar.
Sabrina: É lógico que quero chegar a algum lugar, Moon! Isso deveria ter alguma explicação coerente. Como cheguei aqui? Qual é o destino desse trem?
Moon: Quanta ingenuidade da sua parte, minha cara Sabrina.
Sabrina: Não vejo nada de ingênuo, querer uma explicação razoável de porque fui teletransportada aleatoriamente para cá!
Moon: Primeiro, eu precisa de alguém para me fazer companhia. Segundo, você parece que não sabe que as minhas histórias são cheias de coisas sem explicações. Terceiro, você poderia me fazer um favor?
Sabrina: Depende do favor. Eu já estou fazendo companhia pra você, e sem ter tido minha autorização primeiro!
Moon: Não me faça muitas perguntas. Questionamentos tiram todo o clima de uma boa história.
Sabrina: Nós duas temos visões diferentes, do que faz uma boa história.
Moon: Um bom autor já sabe as respostas, até antes dos leitores perguntarem.
Sabrina: Até aí eu concordo.
Moon: Exceto quando os leitores cismam em fazer perguntas que não tem relação nenhuma com o enredo.
Sabrina: Do tipo?
Moon: De qual casa de Hogwarts o personagem é?
Sabrina: Mas ninguém te perguntou isso, autora.
Moon: Eu sou da Sonserina, mas isso também ninguém me perguntou.
Sabrina: Francamente.
Moon: Francamente nada! Como você se sentiria, se estivesse sem o seu escritório?
Sabrina: Autora, você pode voltar para o escritório quando quiser. Não entendo o motivo para todo esse drama…
Moon: Ora, uma história precisa de drama. Personagens precisam de arcos! Até mesmo eu.
Sabrina: Você não é uma personagem.
Moon: Ninguém é personagem, na verdade. Somos todos atores interpretado papéis.
Sabrina: Por favor, não comece a tentar inventar reviravoltas de enredo.
Moon: Mas é preciso de reviravoltas!
Sabrina: Vamos apenas aproveitar a viagem.
Moon: Esse é o espírito!
Sabrina: Eu não tenho outra escolha, até essa história acabar.
Moon: Você fala como se fosse uma coisa ruim. Esse vagão tem ar condicionado, e não é você que tem que pagar a conta.
Sabrina: É. Não é uma coisa ruim.
Moon: Eu falei!

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Falar é uma coisa, dizer é outra. Pois são palavras diferentes. O quê? Está dizendo que são SINÔNIMOS? Que maravilha é a língua portuguesa.

Hello: Estou aqui em um esconderijo secreto, e por causa de ser uma coisa dessas não irei revelar a localização! É um cantinho que tem um sofá confortável, e uma forma de esconder-se do mundo, e tomar chá. Claro! O que as pessoas fazem em um esconderijo? Elas se ESCONDEM.
[Hello está prestando atenção na chuva que está do lado de fora. Há também uma estante de livros, e um forno a lenha.]
Hello: Nada pode tirar a minha paz aqui! Nada.
[A personagem olha para os lados, enquanto segura um livro aberto entre as mãos. Ela acaba ficando decepcionada, quando percebe que começa a ficar entediada]
Hello: Preciso de alguém, para me fazer companhia! Autora?
Moon: *aparece do nada*
Hello: *fecha o livro* De onde você veio?
Moon: É só dizer meu título, autora, e eu apareço se for necessário.
Hello: Mas isso não tem nenhuma lógica!
Moon: Lógica tem que ir pela janela, tipo as bolas de frescobol que perdi, quando morava num apartamento que tinha quintal.
Hello: Que história triste. Mas elas caíram pela janela?
Moon: Joguei por cima da parede, no quintal.
Hello: Então sua frase nem fez sentido!
Moon: Você está sendo muito apegada aos detalhes.
Hello: Estou mesmo. Gostou do meu esconderijo?
Moon: Gostaria mais se soubesse onde está localizado.
Hello: Mas o ponto de um esconderijo, é não saber a sua localização.
Moon: Bom ponto. Pena que meus bons argumentos ficaram no meu escritório.
Hello: Quem guarda argumentos dentro de um escritório?
Moon: Pessoas responsáveis e adultas.
Hello: Ah.
Moon: É só para lembrar, que ainda estou sem meu escritório. Ainda não esqueci dessa emocionante saga!
Hello: Mas eu não perguntei.
Moon: Mas devia ter perguntado! Que falta de sensibilidade de sua parte.
Hello: Não quis ser insensível, desculpe. Só estava sendo honesta! Já bebeu água hoje?
Moon: Já! Eu sou a Moon mais hidratada do Brasil.
Hello: Que frase estranha!
Moon: Concordo. Era mais engraçada na minha cabeça.
Hello: Você é um tanto estranha, autora.
Moon: Não queria ouvir isso, vindo de você!
Hello: Não diga uma coisa dessas, autora. É uma honra ouvir isso de uma pessoa como eu.
Moon: Você diz cada coisa.
Hello: Sim! Eu tenho que dizer cada coisa. Afinal de contas, o que seria do mundo sem os meus dizeres?
Moon: Um mundo menos confuso.
Hello: Confuso? Agora eu que não quero ouvir isso, vindo de você.
Moon: As palavras apenas vem na minha cabeça. Eu apenas a escrevo! Não tem nanada de confuso.
Hello: Tá bom, tá bom.

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Um trato tem que ser feito com muito jeito, caso contrário, nada de trato!

Locutor-sama: A história de hoje, irá se passar dentro de um vagão de trem. Uma escolha bastante peculiar da senhorita Moon, sendo que ela NUNCA viajou de trem. Muito menos em um vagão com tanta classe quanto esse.
Rika: Que horror, Locutor! Será que tem como você ser menos pretensioso??
Locutor-sama: Não sei do que você está falando. Não estou sendo pretensioso. Só estou lendo as falas que a autora escreveu pra mim.
Rika: Que desculpa esfarrapada.
Locutor-sama: Não é uma desculpa esfarrapada.
Rika: É uma desculpa esfarrapada, sim. Se não fosse pela a autora, nós estaríamos aqui?
Locutor-sama: Vamos deixar de lado essas questões existenciais.
Rika: Está bem. Olha, eu também nunca tinha andando de trem!
Locutor-sama: Caramba.
Rika: Você está com tanta pretensão, mas aposto que também NUNCA andou de trem.
Locutor-sama: É possível que você esteja correta.
Rika: Isso não é responder nem sim, nem não.
Locutor-sama: Um bom narrador faz um mistério, quando se trata de suas próprias experiências.
Rika: *senta no lado do banco, perto da janela* Francamente, Locutor.
Locutor-sama: Francamente nada!
Rika: Francamente, sim.
Locutor-sama: Francamente, até quando a senhorita irá pegar no meu pé?
Rika: Mas não estou pegando no seu pé!
Locutor-sama: Estou falando no sentido metafórico.
Rika: Ah, pronto. Começou a falar de sentido metafórico.
Locutor-sama: Qual o problema de sentido metafórico?
Rika: O problema do sentido metafórico, é que o literal foge pela janela.
Locutor-sama: Você já deve ter visto cada coisa.
Rika: Você estava lá também! Lembra, Bonnibel?
Locutor-sama: Não estava lá. A minha versão de garota mágica que estava.
Rika: Dá tudo na mesma.
Locutor-sama: Tá. Eu irei concordar com você, Rika, só para pararmos de argumentar por coisas fúteis.
Rika: Mas existem argumentações que são úteis?
Locutor-sama: Em termos acadêmicos, sim.
Rika: *olhando pela janela* Ah.
Locutor-sama: Você está exigente, hoje.
Rika: Alguém tem que ser. Caso contrário, você folga!
Locutor-sama: Absurdo. Eu nunca folgo.
Rika: Esse vagão de trem tem sofás bem confortáveis, não acha?
Locutor-sama: É agora que a senhorita decide mudar de assunto!
Rika: Ué, já que estamos aqui, vamos apreciar o conforto em nossa localização nesse trem.
Locutor-sama: Você tem razão, Rika. Mas até que ponto nos conseguiremos fazer isso?
Rika: Não entendi o motivo de você dizer isso.
Locutor-sama: O conhecimento da autora sobre trens é bastante limitado.
Rika: Mas isso não impede de termos a autora escrevendo sobre isso, e final da história!
Locutor-sama: Bom, ela está usando um vagão de trem como plano de fundo. Teoricamente não é sobre isso.
Rika: Teoricamente. Ainda assim, é.
Locutor-sama: Está bem. No final, não faz diferença.

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Monstros só saem a noite, porque de dia estão jogando Animal Crossing.

Locutor-sama: [Na frente da casa de Cola-sama.] *toca a campainha* Bom dia, Cola-sama.
Cola-sama: *abre a porta* Imaginei que você viria. Quer entrar?
Locutor-sama: Obrigado. Muito gentil de sua parte.
Cola-sama: Não se acostume. *dá passagem para o narrador passar*
[O narrador entra na casa de Cola-sama, e senta no sofá]
Cola-sama: Quer alguma coisa para beber?
Locutor-sama: Não, muito obrigado. Apenas vim conversar sobre a senhorita Moon.
Cola-sama: Ah! É sobre ela não estar usando o escritório no estúdio.
Locutor-sama: Exato. Não acha que está sendo dura demais com ela?
Cola-sama: Não sei o que está falando.
Locutor-sama: Como assim?
Cola-sama: Ela é a autora, portanto é a escritora e decidi o que quer escrever. O que eu tenho a ver com isso? Se ela quis seguir meu conselho e escrever fora do estúdio e do escritório, melhor pra ela.
Locutor-sama: Em outras palavras, você considera sensato o seu conselho.
Cola-sama: Em outras palavras.
Locutor-sama: De qualquer modo, eu sinto-me por estar sentado e você em pé.
Cola-sama: Ignore isso. Apesar de que no final, é para convida-lo a ir embora mais rápido.
Locutor-sama: Que gentileza da sua parte.
Cola-sama: Eu sinto sua ironia. Vai falar também dos brilhos, que viu na fresta da porta?
Locutor-sama: Não reparei.
Cola-sama: Esqueci que você é nariz em pé.
Locutor-sama: Que ridículo dizer isso, Cola-sama.
Cola-sama: Verdade. Você podia bater com a cabeça na parede!
Locutor-sama: Já vi que não estou agradando. Vou-me embora.
Cola-sama: Volte sempre.

[Cola-sama abre a porta e Locutor-sama vai embora. Ele passa pelo portão do jardim, e encontra a senhorita Moon.]
Locutor-sama: Eu tentei, autora.
Moon: Com muita dignidade! Mas não precisa se preocupar, está sendo uma aventura e tanto escrever fora do ambiente do escritório.
Locutor-sama: Mas você trocou o ambiente do escritório por corredores.
Moon: E daí?
Locutor-sama: E daí que isso se torna bastante preocupante.
Moon: Eu gosto de corredores. Sem eles, a vida não faria sentido.
Locutor-sama: Está bem. Essa é a frase mais sensata que você falou, sobre esse tópico dos corredores.
Moon: Ainda bem que você reconhece minha genialidade.
Locutor-sama: Não é questão de genialidade. É questão de… Ah, deixe isso pra lá. Estou sem paciência para explicações.
Moon: Você? Sem paciência para explicações?
Locutor-sama: Sim. Algum problema com isso?
Moon: Não. É que um narrador sempre tem que saber o que dizer.
Locutor-sama: Mas estou com preguiça.
Moon: Ah! Agora melhorou.

Random Adventures

Super Mario 64 é um bom jogo, mesmo eu não o jogando sempre, é um belo universo a se explorar. Preciso de novos hobbies, sim.

Locutor-sama: Ainda deixando as aventuras da Senhorita Moon (sem o escritório), estou presente em um corredor de arte. Sim, há pinturas penduradas na parede, não estou falando em sentido metafórico. Estou acompanhado pelo meu bom amigo Random, o boneco de palito.
Random: O que estamos fazendo aqui, mesmo?
Locutor-sama: Nós viemos aqui para aproveitar a visão de pinturas.
Random: Mas são os quadros de Super Mario 64!
Locutor-sama: Eu sei, meu amigo. Mas eu não vou questionar a senhorita Moon e suas escolhas para os enredos das histórias.
Random: Espere, espere! Estou vendo uma figura que não tem, em Super Mario 64.
Locutor-sama: Ah! Consigo ver o quadro que está enxergando, meu caro. É aquele quadro dos cachorros jogando pôquer.
Random: São cães jogando pôquer.
Locutor-sama: Cachorro e cães são sinônimos.
Random: Eu sei. Bom, é verdade. No final das contas, tanto faz.
Locutor-sama: É uma pintura bastante curiosa.
Random: Sim. Mas na verdade, com uma rápida pesquisa no Google você descobre que, são uma série e pinturas.
Locutor-sama: Interessante. Acha que ele presenciou a cena?
Random: Dos cachorros jogando pôquer?
Locutor-sama: Sim. Imagine só, você está vivendo sua vida, até que entra em uma sala onde está acontecendo um campeonato de pôquer!
Random: Um campeonato de cachorros. Uma coisa bem bizarra!
Locutor-sama: “Saia daqui, humano. Você não foi convidado.”
Random: “Não leu a placa? Aqui só é permitido cães. Você não tem nada de cão. Vá embora, olhar para o seu celular ou coisa assim”
Locutor-sama: Será o modo dos cachorros mandarem nós irmos procurá-los na esquina?
Random: Provavelmente.
Locutor-sama: Sabe uma coisa que eu acho?
Random: Não, pode dizer o que você acha. Não sou adivinho!
Locutor-sama: Certo. Eu acho que é um conceito.
Random: Um conceito?
Locutor-sama: Sim! Significa que o pintor está querendo nos mostrar coisas que não encontraríamos normalmente.
Random: Ah. Até aí eu concordo! Mas ainda gostei mais da teoria que, ele entrou em uma sala e encontrou essa cena.
Locutor-sama: Ou ele pode ter sonhado com isso.
Random: Sei lá. Quem entende, no final, a mente dos artistas?
Locutor-sama: Ninguém entende. Assim como a mente dos escritores.
Random: Nem me fale em escritores.
Locutor-sama: O que aconteceu?
Random: Fui ler um dos diversos trabalhos inacabados da autora, e estou desapontado.
Locutor-sama: Desapontado que ela não termina?
Random: Sim.
Locutor-sama: Também me sinto desapontado.
Random: Ainda bem que nós nos entendemos.
Locutor-sama: Amigos sempre entendem.

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As ideias podem vir devagar, mas se elas se apresentarem, então o serviço está feito! Mas ainda assim, lento.

[A autora se aproxima de um jardim simples e modesto, que é de uma casa bonita, de um bairro com pessoas de talento promissores. Aqui, não estamos falando de escritores. Estamos falando de pessoas que tem paciência com jardinagem! Elas chegam a algum lugar. Nem todos os escritores chegam. Mas divago. Ao se aproximar da casa, ela toca a campainha. Sim, o portões dos jardins foram passados. Esse detalhe será deixado de lado.]
Moon: COLA-SAMA! *toca a campainha de modo insistente*
Cola-sama: *dentro de casa ainda* Eu já vou, eu já vou. *depois de um tempo, finalmente vai abrir a porta* Autora!
Moon: Que brilhos foram esses, que vi na fresta da porta?
Cola-sama: Quer dizer que nada pode brilhar, que de repente tenho que me justificar com você?
Moon: Não mude de assunto.
Cola-sama: Não estou mudando de assunto. Você não tem assunto em primeiro lugar! Ou veio aqui exclusivamente pra falar de brilhos na fresta da porta?
Moon: Não vim pra isso, mas me parece um assunto ótimo pra se explorar. No que consiste a luminosidade do brilho?
Cola-sama: Você está com a cabeça fora do lugar, pelo visto.
Moon: Minha cabeça está no lugar sim, muitíssimo obrigada. O problema é o sol no me braço!
Cola-sama: Caramba.
Moon: Pois é! E só pude vir escrever, bem na hora que bate sol no computador. Sinto falto de você, cortina.
Cola-sama: A cortina da sua casa não precisava lavar??
Moon: Precisava, mas isso não vem ao caso. Queria fazer um pequeno drama!
Cola-sama: Estou vendo.
[A autora está de braços cruzados, como se esperasse alguma coisa para acontecer.]
Cola-sama: Autora, diga logo o que veio fazer aqui.
Moon: Estou me perguntando se vale a pena dizer, em primeiro lugar. Será que vale a pena?
Cola-sama: Você se deu ao trabalho de vir até aqui. Porque desistir agora?
Moon: São muitas as variáveis. Senti um ponto de preocupação na sua voz?
Cola-sama: Primeiro, você não precisa da minha preocupação. Segundo, só se for a questão de suas histórias estarem cada vez mais sem sentido!
Moon: Bondade sua.
Cola-sama: Isso não foi um elogio.
Moon: Cabe ao leitor a procurar o sentido. Minhas aleatoriedades são enigmáticas…
Cola-sama: Você deixa os leitores confusos, isso sim.
Moon: Vou tentar pensar por esse lado, prometo.
Cola-sama: Sei.
Moon: E o meu escritório?
Cola-sama: O seu escritório está muito bem.
Moon: Quer dizer que posso voltar para lá?
Cola-sama: Se não quiser ser original. Faça o que quiser, quem escreve é você.
Moon: Vilã!! *sai andando, em direção ao portão de entrada*
Cola-sama: Eu não fiz nada, só comentei!