Locutor-sama: Continuamos a saga na qual a autora está sem inspiração. Ou será que apenas é um sentimento que a faz pensar que ela está sem inspiração? Vocês decidam, leitores.
Moon: Voltou da biblioteca?
Locutor-sama: Sim, autora. Eu ainda não terminei que construir meu holograma para me substituir nas histórias…
Moon: Um HOLOGRAMA?
Locutor-sama: É moderno e está na moda.
Moon: Quem diria que meu narrador é ligado nas tendências…
Locutor-sama: E você pensava que eu era apenas um rostinho bonito com tendências a ser dramático… Espera, porque eu falei isso?
Moon: Pois eu imaginei você falando isso, achei engraçado e decidi escrever.
Locutor-sama: Tem vezes eu me esqueço do poder que você tem.
Moon: Nunca se esqueça do meu poder, Locutor-sama. E já que você está aí, no cantinho narrando anote aí uma ideia para mim.
Locutor-sama: Apenas se você falar a palavra mágica.
Moon: Abracadabra!
Locutor-sama: Está cheia de piadinhas hoje, autora. Tem certeza absoluta que está sem inspiração?
Moon: Não me faça perguntas que me façam pensar um tempão sobre a vida, e que de repente me fazem refletir sobre as formigas. Sério, meu. As formigas são coisas tão esquisitas.
Locutor-sama: Você não está se sentido bem, autora. Precisa dormir.
Moon: Estou ótima! Podia até escrever dez histórias hoje.
Locutor-sama: É quase meia noite. Não acho que é uma boa pedida.
Moon: Por acaso se passar de meia noite, o feitiço vai acabar? A carruagem vira abóbora e o príncipe vira o sapo?
Locutor-sama: Não acho que seja assim que as coisas funcionam.
Moon: E elas funcionam como?
Locutor-sama: Com a senhorita dormindo e descansando o cérebro, amanhã poderá estar funcionando corretamento,sem cometer erros de digitação que me fazem questionar o sua sanidade.
Moon: Você fala demais. Anote a ideia, por favor. Hello falando “Paçoquinhas ou Travessuras” no Halloween. Vai ser hilário.
Locutor-sama: Não falta muito tempo para isso?
Moon: As ideias nunca vai aparecer no período festivo que você quer. Pense nisso, Locutor-sama. Pensar é muito importante.
Locutor-sama: Quando está com sono, você fala umas coisas estranhas. Pensando bem, fala coisas estranhas o tempo todo…
Moon: Não estou falando coisas estranhas. Tudo faz sentido, está tão claro! Somos frágeis, nunca saberemos como a falta de comer um único pastel pode nos deixar deprimidos do dia seguinte.
Locutor-sama: Pastel?
Moon: Pastel! Ou você acha que alguém vai levantar e dizer “Estou com uma enorme vontade de escovar os dentes.” O que é isso? É vontade de cuidar da sua saúde bucal?
[Locutor-sama procura alguma coisa no armário do escritório]
Locutor-sama: [dá um cobertor e um travesseiro para a Moon] Vá dormir, autora. Eu imploro. Antes que você diga algo mais esquisito.
Moon: Sobre como eu preciso de um celular novo, e que tem a mesma cor da floresta Amazônica?
Locutor-sama: Tarde demais.
Não discuta com as pessoas. Não discuta com seus personagens… Fale com o seu travesseiro. É mais seguro!
Moon: Eu tenho o cenário perfeito. Casa Verde. Sala de estar. As garotas sentadas no sofá, conversando. Mas sobre o quê? Esmaltes?
Hello: Pfft! Todo mundo sabe que eu não converso sobre esmaltes. Eu converso COM os esmaltes. Não é educado falar sobre eles…
Rosalina: Hello, está falando coisas aleatórias novamente antes do almoço? Você sabe como fica depois…
Hello: Não fico tão ruim, como quando a autora está sem ideias.
Moon: Não estou sem ideias! Apenas sem inspiração.
Hello: Não é a mesma coisa?
Moon: Claro que não. Estou apenas sem inspiração. Ela. Aquela criatura que aparece para te iluminar!
Hello: Moon, se você precisa de uma lâmpada, basta comprar…
Sabrina: Sabe que a piada foi boa?
Rosalina: Não a elogie, se não vamos passar esse tempo todo ouvindo piadas que não fazem o menor sentido.
Sabrina: Não havia pensando nisso.
Clarissa: Ficar sem ideia deve ser algo ruim, de fato. Dá para observar a expressão de desesperada da Moon. Está… tudo bem?
Moon: É claro que está tudo bem! Apesar de eu só conseguir pensar naquela propaganda da bailarina, que por alguma razão chutou um lutador de boxe. Qual era a mensagem daquela propaganda?
Hello: A bailarina sempre sonhou em lutar boxe. Sua mãe jamais permitiria. Então ela foi, vestida de bailarina mesmo para um torneio. Jamais esperariam que uma coreografia delicada poderia se tornar um chute mortal…
Zaltana: Essa mulher está me dando medo.
Rika: Puxa vida! Agora tenho certeza que vai ver propaganda com outra perspectiva.
Moon: Estar sem inspiração é difícil.
Rosalina: Não parece tão complicado assim.
Hello: Não, mas por alguma razão a Moon começa a colocar os seus personagens em lugares comuns discutindo coisas que ninguém imaginaria que era possível se falar sentado em um sofá.
Moon: É alguma coisa assim.
Sabrina: Está imitando o Locutor-sama, Hello?
Hello: Alguém deve ser dramático enquanto o Locutor-sama está na biblioteca.
Sabrina: O que será que ele está fazendo na biblioteca…
Moon: Provavelmente procurando sinônimos para as palavras comuns que usamos no dia-dia, mas ele vai achar um termo que ninguém usa, para todo mundo ficar com cara de idiota quando ele falar.
Sabrina: Mas normalmente as pessoas se irritam quando ele as segue e começa a narrar o que estão fazendo.
Clarissa: Pensei que isso só aplicasse a Tuta-sama.
Sabrina: Não. Outro dia vi ele fazendo isso com o sorveteiro.
Zaltana: Ou pode ser a maneira dele de comprar sorvete.
Rika: O Locutor-sama não deve ter muitos amigos.
Rosalina: O que vamos esperar, do narrador das histórias da Moon?
Hello: Esquisitices.
Moon: Ei!
Bônus, na biblioteca:
Locutor-sama: Os dicionários são os meus únicos amigos.
Random: E eu?
Locutor-sama: Você é meu amigo boneco de palito.
Ideia? Não, eu não tenho nenhuma. Sinto muito! Você pode tentar amanhã, se quiser.
Moon: Eu poderia estar jogando Animal Crossing, lendo um livro, escrevendo uma historinha da Casa Verde ou do Kekekê, mas não. Aqui estou eu, em outra historinha de Happy Green Things, no qual discuto uma coisa qualquer com o Locutor-sama. Mas ele não está, parece que foi passar o dia em uma biblioteca. Então, está aqui. Ela. A Hello.
Hello: Oi gente!
Moon: Com quem você está falando?
Hello: Com os leitores, obviamente! Temos que ser pessoas educadas, autora. Devemos cumprimentá-los!
Moon: Você espera que as pessoas respondam?
Hello: Nunca se sabe. Elas podem ter respondido!
Moon: Como aqueles que respondem para o telejornal dizendo “Boa noite”? Eu acho isso um hábito bem esquisito.
Hello: Mas existem pessoas que são dessa madeira! Não dá para mudá-las. A variedade é uma coisa importante quando se trata de…
Moon: Você está falando demais, mas no final, não quer dizer nada!
Hello: Mas estou imitando o Locutor-sama. Não é assim que ele faz?
Moon: Por falar, leia a fala acima da sua e entenda o que eu quero dizer. Ou será que você não prestou atenção?
Hello: Hm… Isso está ficando confuso.
Moon: Concordo. Tão confuso, que eu ia escrever Hello com três L. É sinal de que devo dormir.
Hello: Mas você tem que continuar a escrever a historinha!
Moon: Iglu, Águia…
Hello: Oi? Sabe autora, você não bate bem da cabeça.
Moon: É que tem uma música, em que eles falam algo que parece com “Iglu, Águia.” Ou o meu inglês está ruim.
Hello: Iglu? Águia? O seu inglês está muito ruim!
Moon: Mas é divertido imaginar o que eles estão cantando, e no final, ser uma coisa totalmente diferente.
Hello: E então você fica desapontada, pois destrói todos os seus sonhos. A música não fala sobre empadinhas, mas de bolinhos. Você queria que ela falasse de empadinhas. Mas não! Inconformada, nunca mais poderá ouvir aquela música novamente…
Moon: Acho que isso seria uma coisa que o Locutor-sama diria.
Hello: Eu sou uma pessoa talentosa.
Moon: E muito humilde.
Hello: Aprendi com ela. A Tuta-sama.
Moon: Que grande exemplo!
Hello: Eu senti um tom de sarcasmo.
Moon: Vamos mesmo falar da guaxinim milionária?
Hello: Por que não? É um excelente assunto. Ela é rica. Sarcástica. Rica. Vamos falar mal dela?
Moon: Não, não. Depois eu vou ter que me entender com ela.
Hello: Tem razão. Então eu vou embora.
Moon: Vai mesmo?
Hello: Eu tenho uma visita a receber.
Moon: No Animal Crossing?
Hello: No Animal Crossing.
Moon: Que triste.