[Na cozinha da Casa Verde. Qual delas? Uma delas. Resposta informativa, a minha!]
Wolf: É um dia tranquilo na Casa Verde. E antes que vocês perguntem, leitores, hoje sou eu quem vai narrar a história! Pois o Locutor-sama não é tão fofinho quanto eu.
[Wolf leva um peteleco da Miss Cupcake]
Miss Cupcake: Vá narrar fora da cozinha! Fo-ra!
Wolf: Está bem, está bem.
[Wolf vai até em direção da porta]
Miss Cupcake: O que foi, Wolf?
Wolf: Sabia que eu sou fofinho?
[Wolf é atingido por uma torta de amora, jogada pela Miss Cupcake!]
Wolf: É brincadeira, poxa! [sai correndo da cozinha, desce as escadas]
Random: [brincando de escorregador no corrimão] Iupii!
Wolf: Nota mental, o Random me assusta. Como um simples boneco de palito pode se mexer? Acho que nunca saberei a resposta dessa questão que atormenta minha mente.
[O lobo verde termina de descer as escadas e encontra a Rosalina]
Rosalina: Olá, Wolf. Tudo bem?
Wolf: Rosalina parecia bem humorada. O que terá acontecido com a senhorita?
Rosalina: É impressão minha… Não. Você está narrando.
Wolf: A Senhorita Rosalina é muito inteligente. Isso é admirável, como alguém pode manter a sanidade e o bom humor num local tão esquisito como esse.
Rosalina: Ok. Você está me assustando. Com licença, Wolf.
Wolf: Estou assustando? Narrar não é algo assustador. Como diz o Locutor-sama, é uma atividade dramática. E um tanto solitária, suponho. Ninguém parece querer se aproximar de mim.
Sabrina: Olá, Wolf. Está no lugar do Locutor-sama, não é?
Wolf: Oh sim, Sabrina! Está sabendo?
Sabrina: Eu tive que aturar o Leonard falando que é fofinho umas centenas de vezes, ontem. Incrível! Concordei até sem querer, dizendo que ele era fofinho.
Wolf: [arregala os olhos] Vocês saíram para tomar sorvete juntos, não foi?
Sabrina: [surpresa] Como sabe desses detalhes?
Wolf: Eu sei de tudo! Tenho o poder de narrador, sabe. Infelizmente não posso escrever a história, pois a Moon tem poder sobre mim. Caso eu pudesse…
Sabrina: Já imagino o que você faria. Ia escrever uma história romântica.
Wolf: Exatamente! Faz um tempão que a Moon não publica a minha emocionante fanfic.
Sabrina: Deve ser porque é bem estranho, escrever uma história que é uma fanfic criada por um personagem fictício.
Wolf: Do jeito que você fala, até parece uma coisa complicada.
Sabrina: Mas é uma coisa complicada!
[Wolf e Sabrina ficaram em silêncio por alguns minutos.]
Sabrina: Então… vou indo. [sem saber o que dizer] Licença. [Sai andando, para o lado contrário que o Wolf estava]
Wolf: Espere um pouco!
[Sabrina vira a cabeça]
Sabrina: Que foi?
Wolf: Eu sou fofinho?
Sabrina: [se aproxima do Wolf] Não. Você é apenas dramático.
Wolf: Mas eu não quero ser dramático! Quero ser fofinho. [tira o microfone que estava preso na orelha] Tome, Sabrina. Entregue para o Locutor-sama, pois preciso urgentemente voltar para a minha rotina de fofurice.
Sabrina: Está certo.
Locutor-sama: Wolf foi embora, saltitando de felicidade. [segurando um microfone]
Sabrina: [surpresa] De onde você apareceu?
Locutor-sama: De trás de você.
Sabrina: Isso não responde muita coisa.
Locutor-sama: Narradores devem ser misteriosos.
Sabrina: Se você diz… Tome, o Wolf pediu para entregar isso.
Locutor-sama: [Recebe o microfone da Sabrina e guarda no bolso da camisa]
Sabrina: Ótimo. Meu trabalho está feito por aqui… Quero dizer! Acabou meu tempo de descanso, devo voltar à escrever.
Locutor-sama: Sabrina. [coloca a mão no ombro dela]
Sabrina: Diga.
Locutor-sama: [dá uma pequena pausa] Eu sou fofinho?
Sabrina: [faz uma expressão de zangada] Está de brincadeira comigo? Vá perguntar isso para outra pessoa! [Vai embora, deixando o Locutor-sama sozinho.]
Locutor-sama: Mas não faz sentindo perguntar isso para outra pessoa.
Random: [aparece no lado esquerdo do Locutor-sama, no chão.] Apaixonado!
Locutor-sama: Cale a boca, Random.
Random: Ninguém pode calar um boneco de palito shipper!
Passou pelos guardas, dando uma voadora! No videogame. Não façam isso em casa, crianças!
Locutor-sama: Nos dias de hoje, a rotina é algo comum para a maioria das pessoas. Quanto a minha autora, ela costuma escolher as coisas mais esquisitas para se fazer, usando a escrita como ferramenta para construir coisas complicadas.
Random: [no ombro do Locutor-sama] Resumindo, em poucas palavras. A Moon é maluca! Maluca!
Sabrina: [olhando um mapa] Todos os autores são malucos.
Locutor-sama: Palavras sábias.
Sabrina: [continua de olhos no mapa] Isso é um tanto confuso. Não faz sentido, Leonard.
Locutor-sama: Leonard? Quem é Leonard?
Random: É você, palhaço! É a décima quinta vez que escuto essa piada…
Sabrina: Hoje, Random? [tira os olhos do mapa para olhar na direção do ombro do Locutor-sama]
Random: Não, nesse mês. Se ele tivesse dito isso várias vezes hoje, primeiro teria questionado a sanidade do meu amigo, mais tarde o colocaria morando na Casa Verde.
Sabrina: Ah. Esqueci que a Casa Verde é considerada como um hospício. Por algum motivo.
Locutor-sama: Eu disse isso quinze vezes esse mês? Estou assustado, pessoal. Será possível que entre todos os personagens da Moon que poderiam perder a sanidade, serei eu a próxima vítima?
Random: Tenho certeza absoluta que nenhum personagem da nossa digníssima autora é normal, amigo Locutor-sama. Fique tranquilo.
Sabrina: [novamente olhando para o mapa] Eu não queria ter de dizer isso, mas nós estamos perdidos. No meio do nada.
Locutor-sama: Perdidos? Se me permite, Sabrina… [mostra a mão para Sabrina]
Sabrina: [entrega o mapa para o Locutor-sama]
Locutor-sama: Eu não acredito nisso! Senhorita Moon, você deu o mapa que ainda não terminou de desenhar!
Sabrina: Bem que eu estava achando um tanto esquisito. [pensativa]
Random: É oficial! A Moon pirou na batatinha.
Locutor-sama: Autora! Autora!
[Ninguém responde. O cenário mudou de um deserto para um local com cenário branco]
Locutor-sama: Eu tenho uma leve desconfiança que a senhorita Moon está zombando da nossa cara. [cruzou os braços, indignado.]
Sabrina: “Uma leve desconfiança”, que palavras educadas.
Random: Tenho certeza que é zoação de parte da Moon! Aquela trollona!
Locutor-sama: Não vamos ficar inventando palavras.
Sabrina: Mas é verdade, Leonard. Nós somos apenas marionetes controladas pela Moon.
Locutor-sama: Sabrina, não diga uma coisa dessas. Você está me assustando.
Sabrina: É só uma metáfora. [deu de ombros]
Locutor-sama: Metáforas. Como vou entender uma coisa que me lembra de meteoros?
Random: Meteoros me lembram do Goku!
Sabrina: Vocês dois são tão estranhos. Bom, ao invés de andarmos porque não nos sentamos? Eu trouxe um baralho de cartas para nós jogarmos.
Random: Vamos jogar as cartas para cima, e gritar bankai?
Sabrina: Não. Vamos jogar seriamente. [finalmente se senta]
Locutor-sama: Sou bom eu jogar seriamente. [senta-se também]
Sabrina: Pensei que você ia falar dramaticamente.
Locutor-sama: Fiz uma aposta com a Tuta-sama para não usar a última palavra que você disse. [em tom muito, mas muito dramático]
Sabrina: Entendo. O que Tuta-sama diz é lei!
Random: [usando binóculos] Falando nela, a Tuta-sama está ali no fundão!
Locutor-sama: Minha nossa senhora! [se levanta e sai correndo na direção da Tuta-sama] Tuta-sama, você está bem?
Tuta-sama: [caída no com a cara no chão]
Sabrina: [chegou logo depois do Locutor-sama, dessa vez ela que estava com o Random no ombro] Ela parece estar sem vida, Locutor. O que vamos fazer?
Random: Chamem os bombeiros de Chicago Fire!
Locutor-sama: Não seja específico, Random. E quanto ao que nós vamos fazer…
[começa a chover um montão de Tuta-samas]
Sabrina: Caramba! E eu aqui, sem um guarda chuva!
Random: É o apocalipse milionário guaxinesco!
Locutor-sama: Isso não é hora de inventar palavras.
[A chuva de guaxinins parou.]
Sabrina: Ufa.
Locutor-sama: Esquisito. Perceberam que as guaxinins sumiram?
Random: Eu notei.
Sabrina: Também percebi, mas o que importa? Só deve ser a Moon se divertindo as nossas custas.
Locutor-sama: A Senhorita Moon não faria isso.
Random: Faria sim!
[Enquanto isso, no escritório da Moon em Happy Green Things]
Moon: O que eu vou colocar agora, na história? Já sei! Um abacaxi gigante que solta lasers, passa a roupa e também dança moonwalk. Que excelente ideia!
– Será que nossos heróis irão sobreviver? Provavelmente! Eles ainda precisam viver muitas aventuras malucas. Imaginem tudo isso com a voz do narrador de Pokémon.