Locutor-sama: A autora está nesse exato momento planejando a próxima história. Sua expressão é de indecisão, pelo que observo.
Moon: Não me diga coisas que eu já sei, Locutor-sama.
Locutor-sama: Autora, eu estou apenas explicando a situação para os leitores.
Moon: Certo, já entendi. Então…
Locutor-sama: Decidiu algo, senhorita Moon?
Moon: Talvez eu tenha decidido, talvez não.
Locutor-sama: A situação está bastante complicada, não é mesmo?
Moon: De certa forma, está.
Locutor-sama: O escritório ficou em silêncio por alguns minutos, não falei mais nada para não incomodar…
Moon: Mas Locutor, você está falando nesse exato momento!
Locutor-sama: Peço desculpas. Eu diria que é força do hábito.
Moon: Não sei sobre o que vai ser a história. Não consigo me decidir.
Locutor-sama: Posso ver as opções? Talvez possa ajudá-la a escolher.
Moon: Está bem. “Cogumelos pulando corda, Bichinhos fofinhos cozinheiros, alienígenas comediantes, quarto desarrumado por algo desconhecido…”
Locutor-sama: As ideias são muito interessante, mas acredito que exista uma delas que você deveria utilizar, autora.
Moon: Então diga de uma vez, Locutor-sama.
Locutor-sama: “Quarto desarrumado por algo desconhecido.”
Moon: Talvez você tenha razão.
Locutor-sama: Ainda está na dúvida?
Moon: De certo modo, estou.
Locutor-sama: Posso ajudá-la a escrever a história, então.
Moon: De que modo?
Locutor-sama: Improvisando.
Moon: Improvisar, é? Bem, dá certo para muita gente, é capaz que dê certo para mim também.
Locutor-sama: Eu tenho certeza que dará certo.
Moon: Se você diz…
Locutor-sama: A história improvisada será a de hoje?
Moon: Não, amanhã. (bebe um gole do copo de suco de uva)
Locutor-sama: Hoje só vai ser nós dois, conversando?
Moon: Não vejo problema nenhum com isso.
Locutor-sama: Eu também não vejo. Você é quem sabe.
Moon: É claro, a autora é que deve saber das coisas. Não o narrador.
Locutor-sama: Posso contar uma piada?
Moon: Fale a sua piada, meu caro.
Locutor-sama: Não ia na padaria fazia um mês. Depois, quando fui novamente, perguntei para o padeiro, “Tem pão?” e ele me respondeu, “Tempão mesmo!”. E nós dois nos abraçamos, chorando, muito emocionados com aquele reencontro…
Moon: Com a sua narração, a piada até que ficou engraçada.
Locutor-sama: Muito obrigado, autora.
– Até as piadas mais sem graça ficam engraçadas ditas pelo Locutor-sama.