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Happy Green Things

Não existe sentido para nada, se você for pensar bem.

Na varanda do Estúdio Happy Green Things.
Moon: P-san, qual é o sentido da vida?
P-san: Então agora você resolveu fazer perguntas profundas e filosóficas.
Moon: Exatamente! Essas perguntas devem ser feitas.
P-san: Você realmente não espera que eu tenha uma resposta para isso, espera?
Moon: Estou decepcionada com você, P-san. Como ousa não satisfazer as minhas expectativas??
P-san: Sinto muito.
Moon: Deixe para lá. Sabe, eu estive pensando…
P-san: No quê?
Moon: Para que existem cupons de desconto?
P-san: Acho… Que é para dar esperança.
Moon: A esperança de comprar algo que elas não podem pagar?
P-san: Eu não acredito na existência de cupons.
Moon: Essa é a sua verdadeira opinião??
P-san: Chega sobre cupons.
Moon: Sim, chega! Cupons não são tão interessantes assim.
P-san: Uma vez, usei cupons para…
Moon: Pensei que íamos parar de falar sobre cupons!
P-san: Não eram acumulativos.
Moon: Oh, eu entendo a sua decepção.
P-san: Como eles ousam fazer isso comigo, um pobre pinguim??
Moon: Certo, certo…. Não precisa chorar.
P-san: Tem razão! Alegria! Alegria! Alegria!
Moon: Vo-você está fazendo algum tipo de encantamento?
P-san: É para nós sermos encantados pela alegria, Moon!
Moon: Que tipo de encantamento estranho é esse?
P-san: As pessoas precisam de alegria para preencher o vazio das suas vidas.
Moon: As pessoas são vazias?
P-san: Sim! Comprando celulares de última geração…
Moon: Não me diga que foi isso que você tentou comprar com os cupons?
P-san: *olha para a sua própria sombra*
Moon: P-san… Desculpe por fazer uma pergunta tão rude. Oh! Você não acha legal quando as pessoas dizem, por exemplo… “Três minutos para as quatro horas!”
P-san: Sim, é legal.
Moon: Elas parecem, de repente, mil vezes por cento mais legais! Como é incrível o poder da matemática…
P-san: A matemática é mesmo uma coisa incrível!
Moon: E os cupons?
P-san: Nós não vamos mais falar sobre cupons…
Moon: Está bem, está bem. Desculpe.
P-san: E as geleias?
Moon: O que tem as geleias?
P-san: Geleias… Por que elas tem esse nome?
Moon: Não sei. A origem das palavras não é bem a minha especialidade.
P-san: Será que tem… origem alienígena?
Moon: P-san, volte para o planeta! Você está vagando sem destino pelas estrelas no espaço sideral!
P-san: Tem razão, tem razão. E qual seria o sentido da vida?
Moon: Fiz essa pergunta para você no começo da história!!
P-san: De fato, você fez. Será que um dia, a humanidade terá resposta para essa pergunta?
Moon: Não sei.
P-san: Sim, ou não. A resposta irá depender de cada ser humano que vive nesse planeta!
Moon: Eu acho melhor deixar você sozinho…

Happy Green Things

Açúcar! Sim, por favor. Acabou o açúcar normal, serve mascavo?

Na varanda do Estúdio Happy Green Things.
P-san: Onde estará a autora? Ela não apareceu ainda. Será que aconteceu algo?
Hello: P-san! P-san!
P-san: Hello! O que aconteceu?
Hello: O que aconteceu? Eu não sei o que aconteceu. Só sei que tenho uma pergunta a fazer para você.
P-san: E quanto a Moon?
Hello: A Moon? Sei lá da Moon! Tenho algo muito mais importante.
P-san: Uma caixa com uma metáfora?
Hello: Uma caixa com uma metáfora? Por que eu traria uma coisa dessas para você?
P-san: Não sei. Sabe, eu fico imaginando coisas.
Hello: P-san! Escute bem o que vou falar. Esqueça dos seus problemas, e agora ouça a pergunta.
P-san: Certo, certo.
Hello: Você conhece um unicórnio?
P-san: Um unicórnio? Conheço sim.
Hello: Oh! Incrível, P-san. Eu também queria conhecer um unicórnio.
P-san: É? E para quê?
Hello: Eu queria ser uma funcionária de escritório que tem um unicórnio!
P-san: Não sei se seria uma boa ideia.
Hello: O quê que não seria uma boa ideia?
P-san: Um unicórnio em um escritório.
Hello: Sério?
P-san: Sério.
Hello: Mas… porquê?
P-san: Unicórnios não são criaturas que devem ficar presas em escritórios. Podem acontecer… Desastres.
Hello: Desastres? De que tipo?
P-san: Quer mesmo saber?
Hello: Claro que quero!
P-san: Não sei se está pronto para saber disso.
Hello: Não faça suspense!
P-san: A questão não é bem sobre fazer suspense.
Hello: Não?
P-san: A verdade é difícil de ser dita.
Hello: E…?
P-san: E não acho apropriado.
Hello: Você não acha apropriado!
P-san: Um unicórnio não foi feito para ficar em um escritório.
Hello: Quem disse?
P-san: A minha opinião.
Hello: Mas…
P-san: Escute. Unicórnios são criaturas que devem ser livres.
Hello: São?
P-san: Sim. Um escritório não é um lugar apropriado para eles. Podem haver consequências terríveis!
Hello: De que tipo?
P-san: Comentários anônimos de ódio na internet.
Hello: Caramba!
P-san: A verdade não é difícil de ser dita?
Hello: É mesmo. Mas porquê um unicórnio fofinho faria uma coisa dessas?
P-san: Por estar preso em escritório.
Hello: Minha nossa!
P-san: A felicidade deles é roubada por ficar em um lugar como esse.
Hello: Nunca pensei nisso…
P-san: É melhor você pensar.
Hello: Pobres unicórnios presos em escritórios! Eles não sabem o que estão fazendo.
P-san: Sim. Eles são cegados pela raiva…
Hello: Ninguém fará nada para mudar isso?
P-san: Não se preocupe, Hello. Unicórnios também não são permitidos em escritórios.
Hello: Mesmo que eles queiram trabalhar lá?
P-san: Sim. É mortal para eles!

Happy Green Things

Vai ser o nosso segredo, eles disseram. Mas é sorvete! Vão contar para todo mundo amanhã, de manhã.

Na varanda do Estúdio de Happy Green Things.
Moon: P-san! P-san.
P-san: *dormindo em pé*
Moon: Pinguins são capazes de fazer isso?
P-san: *acorda* Não! Não todos os pinguins. Apenas eu! Não sou como os outros pinguins.
Moon: Certo, certo. Senhor floquinho de neve!
P-san: Moon! Não… Isso é…
Moon: Isso é o quê?
P-san: Uma história engraçada, nem te conto! O que tem nessa caixa?
Moon: Uma metáfora, amigo pinguim!
P-san: Não sabia que metáforas são guardadas em caixas.
Moon: Sabe o que dizem! Vivendo e aprendendo, aprendendo de vivendo! E engordando. De decepções.
P-san: Ah, esqueça. Você vai superar suas decepções!
Moon: Você não sabe como é difícil desenhar em Okami!
P-san: Tenho certeza que vai superar isso.
Moon: Bom, sobre a caixa.
P-san: A caixa. O que tem na caixa?
Moon: Ah, você está curioso!
P-san: Claro que estou curioso. Quem não ficaria curioso?
Moon: A curiosidade… Matou o gato! Com um candelabro! Na sala de estar! Espera. Isso não é muito correto! Os gatos não-
P-san: Não diga coisas sem sentido. E coitado dos gatos.
Moon: Pobres gatos! Não façam isso! Eles devem ser livres! Não os limitem. Gatos tem que viver seus sonhos!
P-san: Moon, foco.
Moon: Foco. Foco… Sim, foco! Eu estou focada! Super focada.
P-san: Agora… A caixa.
Moon: Caixa! Sim, a caixa. Tome.
P-san: *abre a caixa* O que é isso? Um papel?
Moon: Sim! Um papel!
P-san: Está escrito “lógica”.
Moon: Sim! Muito bem, P-san. Acabou de provar que sabe ler!
P-san: Não é esse o ponto!
Moon: Caixas não tem pontos! P-san, como você é bobinho.
P-san: Não vai me dar uma explicação razoável?
Moon: “Existe algo mais importante que a lógica: a Imaginação. Se a idéia é boa, jogue a lógica pela janela.”
P-san: De quem é a frase?
Moon: Alfred Hitchcock.
P-san: Você pesquisou isso no Google, não é?
Moon: Viva o google!
P-san: E com essa frase você aprendeu uma coisa muito importante.
Moon: Exatamente, P-san! A lógica é a coisa que menos importa.
P-san: Coitada da lógica!
Moon: A partir de hoje, a lógica deixará de existir para mim!
P-san: Você já não lida muito com a lógica, para começo de conversa.
Moon: Sábias palavras. Mas é uma boa frase!
P-san: Ah, sim. É uma boa frase!
Moon: Cara! Como eu gosto de frases.
P-san: É, frases. Como são legais!
Moon: Você está entediado, não está?
P-san: Ainda não entendi porque tem um papel escrito “lógica” dentro da caixa. Sinto que você me enrolou.
Moon: Jamais entenderá metáforas, meu amigo pinguim!

Happy Green Things

Essa é a última vez que… *espirra* Não, é provável que eu vá espirrar novamente.

Na varanda do Estúdio de Happy Green Things.
Moon: Está uma noite estrelada muito bonita.
P-san: É verdade.
Moon: Na nossa imaginação, tudo é mais bonito. Não concorda comigo, P-san?
P-san: Concordo.
Moon: E mesmo assim, eu não fui dormir ainda. Por que será…?
P-san: Ao invés de perguntar isso, porque você não deita e dorme?
Moon: A noite é uma criança quando se trata de escrita!
P-san: Vá dormir.
Moon: Estou com dor nas costas.
P-san: Vá deitar!
Moon: Meus olhos estão pesados…
P-san: Isso significa uma coisa, que é melhor você ir deitar e dormir.
Moon: Mas e as histórias que precisam ser escritas?
P-san: Você faz isso amanhã!
Moon: Mas… Eu quero escrever hoje.
P-san: Haverá uma chance para fazer isso amanhã.
Moon: E se eu esquecer as ideias?
P-san: Prefere acordar com sono?
Moon: O risco de esquecer as ideias é muito grande.
P-san: Não é preferível ter uma boa noite de sono?
Moon: O que é uma boa noite de sono?
P-san: Não comece a filosofar!
Moon: Filosofar… Filosofar!
P-san: Você começa a dizer coisas estranhas quando está com sono.
Moon: Uma escritora nunca dorme!
P-san: Uma escritora que nunca dorme fica de mau humor.
Moon: Pfft! Isso é apenas achismo da sua parte.
P-san: Eu tenho provas.
Moon: De matemática ou português?
P-san: Muito engraçado.
Moon: Sim, eu sei! Sou super engraçada. Eu sou… A Super Moon!
P-san: Você é a Super Moon? Sempre soube que tinha uma identidade secreta.
Moon: P-san, não seja sarcástico.
P-san: Você ter que dormir. Quer que eu seja honesto?
Moon: Acabou de ser honesto, dizendo que tenho dormir! Não é necessário ser honesto duas vezes.
P-san: Usarei da minha honestidade até você entender a necessidade de ir deitar e dormir.
Moon: Está bem, eu vou dormir.
P-san: Vai mesmo?
Moon: Vou.
P-san: Ótimo!
Moon: Sim, ótimo.
P-san: Então… Não vai dormir?
Moon: Sim, eu vou!
P-san: Então vá.
Moon: Calma!
P-san: Calma nada! Olhe para você, mal está segurando os olhos!
Moon: Por que eu seguraria os meus olhos? Você diz coisas tão estranhas, P-san.
P-san: O fato que você não entendeu o que eu quis dizer, é outro sinal que é melhor ir dormir!
Moon: Tem razão.
P-san: Lógico que tenho razão! Escute a voz da sua consciência.
Moon: Qual delas?
P-san: Eu.
Moon: Mas aí eu vou ficar com vontade de comer atum.
P-san: No máximo, só vai sonhar com atum.
Moon: Eu nunca sonhei com atum!
P-san: Então é momento de você tentar!
Moon: Está bem! Eu vou ir dormir. Isso foi muito inspirador, obrigado P-san!
P-san: De nada. E bons sonhos (com atum)!

Happy Green Things

A pessoa de fora está “lá fora”! Piada ruim, eu sei. Era mais engraçada na minha cabeça.

Na varanda do Estúdio Happy Green Things.
Moon: Pinguim-san, Pinguim-san.
P-san: Meu nome é P-san.
Moon: Pinguim-san.
P-san: É P-san.
Moon: Pinguim-san!
P-san: …
Moon: Credo, não precisa ficar em silêncio.
P-san: O que aconteceu? Você está fazendo uma cara de frustrada.
Moon: Eu terminei de assistir Shirokuma Café.
P-san: Finalmente. *suspira de alívio*
Moon: O que vou fazer da vida agora??
P-san: Algo mais interessante?
Moon: Quantos animes você assiste que tem pinguins, ursos, pandas e ainda por cima uma lhama dublada pelo Sebastian?
P-san: Você quis dizer pelo dublador do Sebastian.
Moon: Ah, você entendeu o que eu quis dizer.
P-san: Vai superar o fato que terminou o anime, começando a assistir outro anime.
Moon: Pode ser. Mas quantos animes eu vou escutar “Pinguim-san” na voz do Watanuki??
P-san: Você quis dizer pelo dublador do Watanuki.
Moon: E um pinguim dublado pelo Souma de Working!!!?
P-san: Oh, minha nossa.
Moon: O que foi?
P-san: Você é mesmo uma otaku, autora.
Moon: Só porque eu assisto um monte de anime?
P-san: Não, não é só por causa disso.
Moon: Só porque sei os dubladores??
P-san: É, é por causa disso.
Moon: Nada como uma pesquisa no Google não resolva!
P-san: Se a sua motivação fosse para coisas importantes…
Moon: O que quer dizer? Eu uso minha motivações para coisas importantes!
P-san: Não, não usa não.
Moon: Uso sim!
P-san: Nós realmente vamos discutir sobre isso? Vai ser bastante cansativo.
Moon: Não seja um pinguim preguiçoso!
P-san: Aposto que o Pinguim-san era muito mais ativo.
Moon: Não, não. Na maior parte dos episódios ele ficava sentado no banco e pedia café moca.
P-san: Café moca?
Moon: Bem, eu não sei o nome certo. Eu busquei e pareceu uma variação de “mocas”. É tudo muito confuso.
P-san: Entendo.
Moon: Você já está entediado da minha conversa, não é?
P-san: Na verdade, sim.
Moon: Precisa mesmo ser tão honesto??
P-san: Eu tenho a honestidade do Panda.
Moon: Você assistiu Shirokuma Café??
P-san: As habilidades do Polar, a boa vontade do Grizzly, o carisma do Lhama, a paciência do Tartaruga, a gratidão do Preguiça, a ousadia do tamanduá…
Moon: Eu já entendi que você é demais!
P-san: Sou mesmo! Sou o homem perfeito, você não acha?
Moon: Você é um pinguim.
P-san: Já sei! Autora, você deveria se casar comigo.
Moon: Você é um pinguim!
P-san: Mas sou um personagem fictício, e não daria para…
Moon: E você é um pinguim!
P-san: Sei que sou um pinguim. *pausa dramática* E com muito orgulho!
Moon: Você não precisava ter dito isso com a sua peruca roxa.

Happy Green Things

No caminho, tinha uma pedra. Desviando dela, tinha um pinguim!

Na varanda do Estúdio Happy Green Things
Moon: P-san, porque as pessoas perguntam se está tudo bem para as outras?
P-san: Para puxar conversa.
Moon: Normalmente elas esperam que vá responder que está tudo bem, então qual é o ponto em perguntar?
P-san: Para puxar conversa.
Moon: Você já disse isso.
P-san: Não sou muito bom para puxar conversa.
[Silêncio por alguns minutos]
Moon: Pinguim-san, Pinguim-san.
P-san: Eu não sou o Pinguim-san!
Moon: Eu sei, mas eu quis falar isso.
P-san: Você está assistindo muito Shirokuma Café.
Moon: Acha que eu ficaria bem como panda.
P-san: Você não é um panda.
Moon: Não importa!
P-san: E o que aconteceu sobre a história de puxar assunto?
Moon: Pensei que você não era bom nisso.
P-san: E não sou mesmo.
Moon: E porque voltou para isso, então?
P-san: Bom, no final todo mundo pergunta sobre o tempo.
Moon: Pensei que estávamos falando sobre puxar conversa!
P-san: Perguntar sobre o tempo é uma maneira para se puxar conversa.
Moon: É ainda pior que “tudo bem com você”!
P-san: Não acho. Prefiro conversar sobre o tempo.
Moon: E se o tempo não estiver fácil de descrever???
[Silêncio por alguns minutos]
Moon: Pinguim-san, Pinguim-san.
P-san: O que foi, Moon-chan?
Moon: Oh! Você pegou o espírito da coisa!
P-san: Imaginei que você iria parar de fazer essa piada se eu respondesse desse modo.
Moon: Mas não deu certo! Você deveria me chamar de Panda-kun.
P-san: Já disse, você não é um panda!
Moon: E se eu fosse um panda?
P-san: Repito. Você não é um panda!
Moon: Qual é a próxima, dizer que eu nunca serei um panda??
P-san: Isso é muito óbvio!
Moon: E quanto ao tempo?
P-san: Quer saber as horas?
Moon: Exatamente o problema com palavras parecidas! Você nunca sabe se a pergunta sobre tempo é sobre as horas, ou a temperatura!
P-san: Moon, você está pensando demais sobre as coisas todas.
Moon: Mas é necessário pensar, querido P-san. Não concorda comigo?
P-san: As nossas opiniões estão indo em direções diferentes.
Moon: Talvez tenha razão.
P-san: Eu acho que tenho razão.
Moon: Você não tem que achar! Tem que ter certeza, cara, da sua razão!
P-san: Eu não sou “cara”, sou P-san!
Moon: Seria muito mais ofensivo para você se eu o chamasse de sapo, não acha?
P-san: Nesse ponto tem razão.
Moon: Será que vai chover hoje?
P-san: Eu não entendo sobre o que é essa história que estamos.
Moon: É sobre puxar assunto, e minha grande vontade de assistir Shirokuma Café!
P-san: Então vá assistir.
Moon: Essas histórias precisam ser escritas, ou vou levar bronca da Tuta.
P-san: Entendo.
Moon: Vamos acabar por aqui, com você dizendo “entendo”??
P-san: Não vejo nada de errado com isso.

Happy Green Things

É difícil, mas continue a nadar… Oh! Uma distração!

Na varanda do Estúdio Happy Green Things.
Moon: Sabe, P-san. Dizem que é problemático quando você se torna personagem nas suas próprias histórias.
P-san: É mesmo?
Moon: Mais problemático ainda é quando o autor cria um personagem, e faz uma versão melhorada de si mesmo.
P-san: Bom, isso não é exatamente incomum.
Moon: É verdade! Não é incomum.
P-san: E isso pode ser um problema.
Moon: O problema é… Não, não tem problema se você esconder isso muito bem.
P-san: Está fazendo que faz isso??
Moon: P-san, todo autor comete esse pecado.
P-san: Ah, é?
Moon: Na verdade, eu nunca fiz isso.
P-san: Mentira.
Moon: Oh, eu particularmente não sei. Se faz isso intencionalmente é uma coisa, mas… Sem intenção, não tem problema!
P-san: Então está deixando isso de lado.
Moon: Entenda, P-san. Quando se cria um personagem, você precisa de uma base.
P-san: E usa a si mesmo como base?
Moon: Todo personagem tem pelo menos 0,1% do autor.
P-san: Oh, é?
Moon: E os personagens ricos são culpa do Júlio Verne!
P-san: Não acho bom culpar outro por isso.
Moon: De fato. Mas, com personagens ricos tudo fica mais fácil.
P-san: Autores devem se desafiar de vez em quando.
Moon: Eu me desafio criando personagens.
P-san: Pare de criar personagens.
Moon: Outro dia, parei para pensar e acabei criando uma história.
P-san: Pare com isso também.
Moon: P-san, você também está funcionando como minha consciência…. Estou emocionada.
P-san: Não é isso que parece.
Moon: Eu ainda tenho muito a aprender.
P-san: Sim, mas não use isso eternamente como desculpa.
Moon: Isso não é desculpa nenhuma!
P-san: Quando menos perceber, irá sair do improviso e se tornará responsável.
Moon: É, é! Não posso perder a esperança.
P-san: Por favor, tome uma atitude logo.
Moon: Não é uma questão de tomar atitude ou não.
P-san: Não?
Moon: Se você toma uma atitude, tem medo de errar.
P-san: A vida é sobre correr riscos.
Moon: Pare de falar frases de efeito.
P-san: O que eu posso fazer? Sou o P-san. Eu devo dizer coisas legais!
Moon: Será mesmo?
P-san: Claro que sim!
Moon: Certo, P-san. Diga coisas legais. E quanto as coisas misteriosas?
P-san: Eu tenho habilidade. Digo as coisas nesses dois tons!
Moon: Você é tão bom em tudo, não é…?
P-san: Por que esse olhar de desprezo?
Moon: Bom, deixa para lá.
P-san: Está falando muitos “bons”.
Moon: Deve ser o nervoso.
P-san: Ou o sono.
Moon: O que é isso, P-san? A noite é uma criança.
P-san: Vá dormir!

Happy Green Things

Existem momentos de reflexão em que um pinguim é a melhor companhia que pode-se pedir.

Na varanda do estúdio Happy Green Things.
Moon: *em pé* Oh, olá P-san!
P-san: Olá, autora.
Moon: Quais são as novidades?
P-san: Não há novidades. Apenas… A rotina.
Moon: Ah, a rotina! Essa fanfarrona.
P-san: Não, ela é séria. Muito séria!
Moon: Tanta seriedade que até irrita!
P-san: Exatamente.
Moon: P-san…
P-san: O que foi agora?
Moon: Para que serve a rotina?
P-san: Para aprendermos a valorizar os bons momentos.
Moon: Então o segredo para a felicidade seria transformar a rotina em bons momentos?
P-san: Existem pessoas que conseguem fazer isso?
Moon: Não sei.
P-san: Quem consegue fazer algo assim é uma pessoa de sorte! Muita sorte.
Moon: Muita sorte, de fato. Acha isso possível?
P-san: O impossível é só questão de opinião…
Moon: Charlie Brown Jr?
P-san: Eu escuto de tudo.
Moon: Até Marina and The Diamonds?
P-san: Sim!
Moon: Caramba.
P-san: Bem, tem coisas que eu não escuto.
Moon: Por exemplo.
P-san: Parabéns para você.
Moon: Ma-mas é um clássico!
P-san: Não, não é um clássico.
Moon: Me enganei. Você é um personagem misterioso.
P-san: Ainda bem! Eu esperava ouvir isso de você.
Moon: Eu caí em uma armadilha?
P-san: Sim. Uma armadilha para elogiar esse maravilhoso pinguim de dois metros e meio.
Moon: Você só tem dois metros!
P-san: Mas eu tenho uma peruca que é meio metro!
Moon: Mentiroso.
P-san: É, é mentira de fato. Eu gosto de contar vantagem.
Moon: Você deveria tentar contar grão de arroz.
P-san: Ninguém faz isso atualmente.
Moon: É… De fato.
P-san: Autora.
Moon: O que há?
P-san: Cuidado. Está programando a história sem ter terminado de escrevê-la…
Moon: É mesmo.
P-san: Pode ser perigoso.
Moon: De fato.
P-san: A história pode ser publicada incompleta.
Moon: Aí vai se tornar um mistério!
P-san: Ninguém gosta de histórias inacabadas, autora.
Moon: Isso é alguma dica?
P-san: Eu sou a voz da sua consciência.
Moon: Você é o grilo do Pinóquio??
P-san: Entenda. Alguém tem que te convencer…
Moon: Você veio aqui porque a Tuta te mandou.
P-san: A Tuta não manda em mim.
Moon: Mentira! A Tuta manda em todo mundo.
P-san: Tem razão. Ela manda em todo mundo, mesmo.
Moon: Sim, sim.
P-san: Lembre-se do som da minha voz…
Moon: Vai cantar?
P-san: Marina and the Diamonds.
Moon: Não, me poupe disso.
P-san: Quer dizer que não quer me ouvir cantando “Girls”?
Moon: Não. Não tem nada a ver você cantando essa música!
P-san: Só porque não sou uma garota?
Moon: Você é um pinguim, pelo amor de deus!]
P-san: Entendo. E então, eu irei embora.
Moon: De onde saiu essa capa?
P-san: É para dar um efeito misterioso.
Moon: Não seria dramático?
P-san: Eu não sou o Locutor-sama.
Moon: Faltou uma peruca.
P-san: De fato… Uma peruca. Uma peruca!
Moon: Vá embora de uma vez por todas!
P-san: Eu voltarei.
Moon: Ah, mas é claro que sim.

Happy Green Things

“Escrevem histórias tão boas…” Mas terminam?

Moon: Novamente, a autora das histórias aqui. Estou sentada no sofá, que fica na varanda do estúdio Happy Green Things. É um local elegante… Existe apenas na minha imaginação, MAS quando você acredita com todas as suas forças, se torna real no seu coração.
???: Belas palavras.
Moon: P-san!
P-san: Soube que está com problemas para escrever.
Moon: Bem, estou sempre com problemas para escrever.
P-san: Sei. Você tem uma forte convicção, não é? *senta no outro sofá*
Moon: Você está querendo dizer que sou preguiçosa, mas de maneira elegante?
P-san: É impressão sua, garanto!
Moon: O que acha o que devo fazer, meu amigo?
P-san: Faça o que achar melhor.
Moon: Como voltar a publicar uma vez por semana…?
P-san: Se você fazer isso, vai escrever cada vez menos.
Moon: Te-tem razão, P-san… Eu devo manter a minha disciplina!
P-san: Exato. Autora… Nunca se esqueça.
Moon: De quê?
P-san: Devemos sempre estar polindo nossas habilidades.
Moon: E quanto aos meus animes?
P-san: Eles podem esperar.
Moon: Entendo…
P-san: Você deveria escrever mais sobre mim.
Moon: Foi esse o motivo que te fez vir até aqui, não é mesmo?
P-san: Talvez.
Moon: E você ainda responde “talvez”? Que coisa mais insatisfatória!
P-san: Dar uma ideia de dúvida deixa tudo mais misterioso, não acha?
Moon: Você não é um personagem misterioso. É um pinguim de dois metros!
P-san: Eu posso ser misterioso!
Moon: Colocar uma peruca roxa não faz você automaticamente misterioso.
P-san: Pode até ser. Mas eu fico bonitão, não acha?
Moon: É um pinguim muito exibido, P-san.
P-san: Você acha?
Moon: Acho.
P-san: Sei…
Moon: Por que escrever é tão difícil?
P-san: Mudando de assunto, é? Bem. *pensa um pouco* Se fosse como usar uma peruca-
Moon: Eu não me importo com perucas!
P-san: Como você é insensível…
Moon: Quando eu ter uma peruca, eu me importarei com ela. Quem se importa com a peruca dos outros?
P-san: Oh. Acho que você tem razão.
Moon: É claro que eu tenho razão. Enquanto eu estiver escrevendo, sempre terei razão!
P-san: A sua vida é triste.
Moon: Como é que é??
P-san: Deixa para lá. *levanta do sofá*
Moon: Vai embora?
P-san: Ainda não.
Moon: Está querendo fazer suspense, não é?
P-san: Moon… Eu sou um personagem misterioso.
Moon: É não!
P-san: Sou sim!
Moon: Não, não, não!
P-san: Sim, sim, sim!
Moon: NÃO!
P-san: NÃO!
Moon: Sim!
P-san: Está vendo?
Moon: Droga… pega no truque mais velho do mundo.