Moon: Estou aqui presente na frente do apartamento da fada Matilde, pois soube que ela está entediada. E hoje é seu dia de folga. Como eu sou uma boa autora irei visitá-la, para entretê-la. *toca a campainha* Matilde, sou eu, a Moon.
Matilde: *abre a porta* Ah, olá! A senhorita não devia estar escrevendo, uma editando uma certa obra?
Moon: Não sei sobre o que está falando. E você, estava cozinhando?
Matilde: Não, eu estava pintando um quadro! *olha para o avental* Ah. Artistas também usam avental, para não se mancharem com tinta, não é verdade?
Moon: Sim, minha cara fada. Está vendo como ser mal educada não compensa?
Matilde: Tá, tá, eu sei. Não precisa me dar lição de moral.
Mas diga-me, posso entrar então? Ver o que está fazendo, que é tão interessante?
Matilde: Está bem, pode entrar. Mas quando eu cozinho, não é a coisa mais interessante do mundo. *abre a porta para a autora entrar*
Moon: Obrigada!
Matilde: *fecha a porta* Estou fazendo um bolo de banana.
Moon: Um bolo de banana? Que interessante!
Matilde: Falei que me assistir cozinhando não é a coisa amais interessante do mundo, mas você ouviu o que digo? Não, ninguém escuta a fada, porque ela é grosseira e…
Moon: Certo, certo! Eu já entendi Matilde, calma. Não precisa se estressar.
Matilde: Mas você está querendo mandar em mim?
Moon: Eu nunca pensaria em fazer uma coisas dessas.
Matilde: Bom, chegastes tarde dona Moon, pois o bolo já está no forno.
Moon: Nossa! Mas que rapidez. Tudo bem. Fico qui, para comer um pedaço.
Matilde: Não vai comer um pedaço, coisa nenhuma.
Moon: Como não?
Matilde: Estou sendo voluntária de um evento, para a caridade. Nem eu vou comer o pedaço, pois estarei ocupada com outras coisas.
Moon: Ah.
Matilde: Pois é.
Moon: Mas deve estar tão bom…
Matilde: Tem que estar!
Moon: Podia fazer outro.
Matilde: Não! Você acha que essas coisas são feitas com mágica?
Moon: Mas você não é uma fada?
Matilde: Sim, mas eu ainda assim tenho trabalho.
Moon: Tá. Entendi o que quis dizer.
Matilde: Pensei que você não gostasse de bolo de banana.
Moon: As coisas são diferentes, agora. O meu gosto mudou, com a idade.
Matilde: Sei! E quanto ao Biscoito?
Moon: O que tem ele?
Matilde: Ele vai conseguir sobreviver, trabalhando na sua cabeça, com tão pouca quantidade de chocolate?
Moon: Sei lá. Ele que se vire!
Matilde: Já vi que ele vai trazer problemas, para a sua cabeça.
Moon: Não seja boba, Matilde. Pense positivo!
Matilde: Está bem, está bem.
Os dias podem parecer longos demais, ou rápidos demais, o tempo age como bem entender. Algo bastante misterioso, não concordam?
No escritório da autora, em Happy Green Things.
Moon: Estou me sentido um tanto melhor humorada, hoje. Lalali, diga-me, há uma vibração otimista no ar?
Lalali: *pensa um pouco* Bom. Antes de você chegar, nós acendemos incensos e deixamos uma música ligada.
Moon: Música relaxante?
Lalali: Sim! E incenso de canela.
Moon: Ótimo! Devia ter reconhecido o aroma. Mas diga-me, Lalali, como estão as ideias? Bem comportadas?
Lalali: Serei honesta contigo, autora, elas estão comportadas mas claramente impacientes!
Moon: Minha nossa! É mesmo?
Lalali: Sim! Não é muito diferente do normal, o fato delas serem impacientes. É claro que, a impaciência das suas ideias está maior do que o normal. Há algo te tirando o foco?
Moon: O quê? Não, não. Está tudo bem!
Lalali: Estou me referindo ao teclado. Ouvi dizer que ia desistir de publicar as histórias, assim que chegasse ao dia dez de março.
Moon: Ah sim, bem, a questão do teclado está bastante incômoda. Mas apesar de ter pensado em desistir, eu fico com pena de deixar o blog abandonado.
Lalali: É assim que se fala! Não deixe o blog abandonado, mesmo que o teclado esteja… Te incomodando bastante. O teclado está pegando fogo, ou é só minha impressão?
Moon: É apenas a sua impressão, minha cara a Lalali. Nós duas aqui estamos em um interessante diálogo, e o teclado está querendo colaborar com efeitos especiais. Nada fora do comum, sabe?
Lalali: Sei.
Moon: De qualquer forma, sinto-me motivada! Deve ser o cheiro do incenso de canela. Ou o otimismo me contagiando. De quem será o otimismo? É seu, Lalali?
Lalali: Sim, de certa forma, me considero uma pessoa otimista. Se estou te contagiando, fico feliz. Como chefe das ideias, um dos meus trabalhos é inspirá-la positivamente. Só não sou musa da criatividade, isso não faz parte das minhas funções.
Moon: Sim, é verdade. Eu tenho noção disso, pois a senhora guaxinim lê os contratos para mim. Claro que é para me ajudar a dormir mas, é lógico que absorvo o conteúdo que me é transmitido.
Lalali: Ainda bem, autora. Enfim! Não desista dos seus projetos. Nós estamos aqui para te ajudar. Conte conosco para te motivar a trabalhar.
Moon: Obrigada, Lalali. Agradeço muito a sua dedicação.
Lalali: De nada. ENFIM! Tenho afazeres para cumprir. Tenha um ótimo dia, Moon.
Moon: Você também, Lalali.
[Lalali sai do escritório, e encontra Cola-sama no corredor]
Lalali: A autora não irá desistir, Cola-sama. Pode tirar o cavalinho da chuva!
Cola-sama: Não tem cavalinho nenhum. Nem chuva.
Lalali: Não seja tão literal! Estou falando para guardar os itens de festa.
Cola-sama: Humph. Está bem.
Sonhos são feitos disso, de teclados funcionando repetindo sem repetir teclas!
No corredor em direção ao escritório da Moon, em Happy Green Things
Locutor-sama: Estou inocentemente indo em direção a mais um dia de trabalho, sem ter a menor ideia do que hoje está me aguardando no escritório. Soube a informação por terceiros, que devido a problemas técnicos com o teclado, a autora está…
[Uma risada doida é ouvida ao longe. O narrador sente um frio na espinha.]
Locutor-sama: Que os céus me ajudem. Teria a autora finalmente perdido o juízo?
[Com certeza relutância, o personagem abre a porta.]
No escritório da autora.
Moon: Olá, Locutor-sama. *com os dedos juntos, segurando a cabeça, sentada na cadeira e apoiada na mesa.*
Locutor-sama: Autora, que surpresa agradável.
Moon: Não sei qual é a surpresa, aqui é o meu escritório.
Locutor-sama: Pode até ser seu, mas há momentos em que ele está vazio. E tem vezes que vejo a Cola-sama entrar.
Moon: O que você disse sobre a… Esqueça. Tenho problemas maiores para resolver.
Locutor-sama: Tipo o seu problema com o teclado?
Moon: Exatamente. Tive que ativar as teclas de filtragem no Windows, coisa que nem sabia que existia, para fazer as teclas pararem de repetir. É claro que até mesmo a solução, teve um preço a se pagar.
Locutor-sama: Caramba! O que foi que aconteceu?
Moon: Fico feliz que tenha perguntando! Tenho que usar o teclado virtual para usar o shift. E mesmo com essa função ligada, agora é difícil repetitr as letras porque teme que esperar 0,5 segundos. O dobro de R e S, Até mesmo escrever Moon se torna um teste de paciência.
Locutor-sama: Nossa. Mais alguma coisa?
Moon: O monitor pifou. E agora temem que se usar um monitor, manchado por alguma coisa desconhecida.
Locutor-sama: “Alguma coisa desconhecida”?
Moon: Para ser sincera, eu não sei como descrever isso de uma melhor maneira. Mas dá para o gasto. Só uma coisa poderá me salvar.
Locutor-sama: O Chapolin Colorado?
Moon: Não, ingênuo. Dinheiro.
Locutor-sama: Ah, mais cedo ou mais tarde isso iria acontecer. Você virar uma mercenária!
Moon: Já estou escrevendo estou escrevendo essa historinha com uma dificuldade bem alta. Não sei como vou conseguir continuar. É bem possível que eu pare de escrever as historinhas no dia 10.
Locutor-sama: Mas autora, e e quantos aos leitores?
Moon: Eles vão entender. Mesmo que sejam poucos que leem, eu tento escrever com carinho essas histórias. E no momento, digamos que estou entrandod em um estado meditativo mentalmente para não me estressar.
Locutor-sama: Bom autora. SEJA qual for a sua decisão, eu te apoiarei completamente.
Moon: Eu que lute. E nem gosto desse meme!
Todo o dia, toda a noite, e todo minuto! Pão é para todas as horas, e talvez solucione a falta de bom humor de uma pessoa.
Na Casa Verde, no quarto da Hello.
É um dia tranquilo e pacífico, nada parece que irá incomodar a personagem, que está dormindo em sua cama enquanto usa um pijama de OVNIS desenhados. A ignorância é uma bênção, como diz o ditado, pois passos são ouvidos ao longe, e a pessoa que está andando e fazendo barulho, vai em direção do quarto de Hello.
Moon: LEVANTE-SE PARA BRILHAR, SENHORITA JÉSSSICA HELLEN!
Hello: *levanta de súbito, com expressão assustada* Como é quê é?
Moon: Você me ouviu muito bem, mocinha. É um belo dia lá fora, e tenho historinhas para escrever. É momento de sair da cama, para fazer alguma coisa.
Hello: Mas isso são modos, autora? Respeite minha privacidade!
Moon: Você estava dormindo.
Hello: Mesmo assim! Eu preciso do meu espaço. E se eu fizesse isso com você, iria gostar?
Moon: *pensa um pouco* Provavelmente não. Mas é um novo mês! Tem histórias a ser escritas. Anda, anda Jéssica Hellen!
Hello: Pare de me chamar de Jéssica Hellen.
Moon:: Mas é o seu nome, minha caríssima.
Hello: *começa a bufar* Está bem, está bem. *começa a empurrar a autora para fora do quarto*
Depois, na frente do quarto da Hello.
Hello: *sai do quarto*
Moon: Hey! Está pronta para um dia cheio de aventuras?
Hello: Não. Hoje é domingo, eu preferia dormir o dia todo. Mas não tenho escolha, não é?
Moon: Quanto mau humor, minha cara! Eu estava contando que você pudesse tirar o meu.
Hello: Você está de mau humor?
Moon: Sim. Em vinte e seis de fevereiro.
Hello: Mas hoje é primeiro de março.
Moon: De fato! Mas então. Pode me animar com a sua alegria toda?
Hello: Não sei se vou servir autora. Você me acordou no tapa e também é difícil de te agradar.
Moon: Tem razão, minha cara Hello. Oh! Estou perdida! Nem mesmo a minha personagem quer ajudar-me no meu dilema. Quem poderá me salvar?
Hello: Sei lá.
Moon: Como assim, sei lá? Essa é a resposta que você me dá!
Hello: Não sei mesmo autora, se eu tivesse a solução para os seus problemas, eu já não estaria aqui na sua frente.
Moon: Tem razão. Vou-me embora!
[A autora vai andando pelo corredor, e quando chega mais longe começa a olhar para trás.]
Hello: Já falei que não tenho a solução para o seu problema!
Moon: *desaparece, após entrar por uma das portas*
Hello: Autor é tudo bicho esquisito.
Hoje o dia é 29 de fevereiro, que retorna cada quatro anos! O universo é mesmo um ambiente fascinante, não?
No escritório da autora, no estúdio Happy Green Things.
Lalali: *abre as portas do escritório* Autora Moon! Autora!
Moon: Lalali! Você chegou. Venha me ajude a decorar o meu escritório com esse dia magnifico, que é o dia vinte e nove de fevereiro.
Lalali: Você está fazendo uma festa para o dia 29 de fevereiro?
Moon: Sim, é claro que estou fazendo! É algo magnifico e extremamente fascinante. Deve ser comemorado, mesmo que euzinha não conheça ninguém que faz aniversário desse dia…
Lalali: Hoje podia ser aniversário das suas ideias.
Moon: Ah! Poderia ser. Elas merecem ser comemoradas, apesar de nem todas serem de origens positivas. Enfim! Lalali faça-me o favor de levar um mimo para elas sim?
Lalali: Quando você quer dizer mimo para as ideias, você quer dizer esse bolo que está em cima da sua mesa?
Moon: Sim! Pode ser. Eu acho que é a cara das minhas ideias, o bolo de sabor laranja. O nosso pode ser o bolo formigueiro!
Lalali: Nossa, eu amo bolo formigueiro. Pode deixar comigo, que eu levo o bolo de laranja.
Moon: E é melhor dividir em muitos pedacinhos…
Lalali: Pode deixar comigo! Não sou usuária de duas espadas, por brincadeira. Levo o meu trabalho a sério, como a chefe das ideias.
Moon: Está bem, contando que tome cuidado com o que for fazer…
[Lalali sai do escritório. Locutor-sama entra.]
Locutor-sama: Alô, senhorita Moon. Como vai minha autora favorita?
Moon: Lá vem. Você já vai me pedir alguma coisa…
Locutor-sama: Ah sim! Eu vou te pedir uma coisa, de fato.
Moon: E isso seria?
Locutor-sama: Fazer o Biscoito devolver meu microfone.
Moon: Para quê ele quer seu microfone?
Locutor-sama: Ele falou que queria cantar, para atrair as barras de chocolate.
Moon: Isso é bastante assustador. Cadê o chapéu de mágico…?
Random: *sai de dentro da gaveta da mesa* Terceira porta à esquerda! *se referindo ao armário.
Moon: Ooh! Muito obrigada, Random. Espere aí, Locutor. Vou encontrar rapidinho, seu microfone. *abre a porta do armário, encontra o chapéu* Aqui! *tira o Biscoito do chapéu de mágico* Me dê o microfone do narrador, Biscoito.
Biscoito: Não!
Moon: “Biscoito deu o microfone para a autora, de maior boa vontade.” *o personagem faz como lhe é dito* Está vendo, Biscoito? Você não tem escolha, a não ser obedecer a minha narrativa.
Biscoito: Isso não é justo!
Moon: Escreva suas próprias histórias, e aí a gente conversa.
Tudo faz parte da vida, até começar a entrar em acordo com gente difícil de se lidar
No estúdio da autora, em Happy Green Things.
Moon: *andando no corredor* Eu não aguento mais isso. Não posso tolerar, por mais um momento.
Cola-sama: Autora, o que houve? Teve seu ego como escritora ferido…?
Moon: Não! Isso é mil vezes pior, que o orgulho de escritora ferido.
Cola-sama: Eu disse “ego” e não orgulho.
Moon: Não importa. A questão não é sobre isso.
Cola-sama: Mesmo que se for, eu compreendo. Lidar com críticas é difícil.
Moon: Escute aqui, Cola-sama. Lidar com críticas, faz parte da vida. O segredo é saber filtrar o que realmente é, uma crítica construtiva que vai te ajudar alguma coisa.
Cola-sama: Muito bonito. Está em bons passos para a maturidade.
Moon: Obrigada, eu acho. Enfim, o problema é que o meu teclado está repetindo as teclas. E isso faz escrever ser difícil.
Cola-sama: Não tinha dado um jeito nisso, escrevendo mais devagar…?
Moon: A senhorita está bem informada! Sim, de fato eu tenho feito isso. Digitado o mais devagar que consigo.
Cola-sama: Que coisa.
Moon: Que coisa, o quê?
Cola-sama: Você está se gabando! Nem todo mundo sabe digitar rápido que nem a senhorita, sabe?
Moon: Não estou me gabando, que sei digitar rápido. Mesmo que eu saiba, do que adianta? O teclado está repetindo teclas. Re-pe-tin-do. Isso está ficando irritante.
Cola-sama: Então talvez você tenha que desistir, de fazer histórias diárias…
Moon: Você não acha isso ridículo? Passei um tempão, publicando de vez em quando e quando tomo uma resolução… PÁ!
Random: Nossa autora, como você adivinhou que eu trazia uma pá…?
Cola-sama: De onde esse boneco de palito veio?
Moon: Vocês fazem muitas perguntas. Random, isso é só uma onomatopeia. Não tinha como eu adivinhar, que você traria uma pá.
Random: Mas você adivinhou, sem querer.
Moon: É, eu não tinha pensado desse lado. E Cola-sama!
Cola-sama: Sim?
Moon: Personagens aparecem de repente. É uma surpresa atrás da outra! Enfim, o ritmo por aqui é assim. Você ainda não se acostumou?
Cola-sama: Isso eu me acostumei, faz bastante tempo. O que não me acostumo é… *começa a falar baixo* O boneco de palito.
Random: *começa a assobiar*
Moon: *fala baixo* Hã? O que tem o Random?
Cola-sama: *continua falando baixo* Ele é um boneco de palito! Um desenho de duas dimensões. No mundo real.
Moon: Nunca tinha pensado nesse lado! Random, você é especial!
Random: Sé-sério? *emocionado* Obrigado, autora. Você fez o meu dia, hoje.
Moon: Assim como dar tchau de volta, para pessoas que não conheço.
Cola-sama: Isso é estranhamente específico. Você fez isso, mesmo?
Moon: Hahahahaha.
Há dias para se comemorar tudo, mas não há um dia para o teclado que uso. Deve ser por isso, que ele está repetindo as teclas.
É um dia de trabalho para autora, em Happy Green Things. Tem um passarinho cantando no fundo, e ela olha para a tela do computador. De pé.
Moon: Eu queria muito que você… Não, não é assim que funciona. Uma história precisa ser pensada, com todo o carinho.
[Barulho no corredor. Alguém se aproxima do escritório.]
Moon: Eu poderia fazer algo para, o dia de São Valentim. Não sei… Podia escolher algum dos casais dos personagens… Não sei qual… Eu estou muito indecisa!
[Um barulhão é ouvido. O Pinguim entra em cena.]
P-san: Autora! Você está aqui!
Moon: Olá, meu querido amigo pinguim. Como vai você? Flores… Pra quem são?
P-san: Para você, é claro! Trouxe de uma longa viagem…
Moon: Lá vem história…
P-san: Eu estive em uma dimensão interessante, onde tinha apenas presente flores. Quero dizer, existia um cenário… Mas não havia personagem falantes. Entende o que quero dizer?
Moon: Entendi.
P-san: As flores traziam memórias, de muitas pessoas que viviam no mundo. Tinham memórias de todos os tipos.
Moon: É um planeta metafórico?
P-san: Não seja boba, autora. O planeta existe! De qualquer modo, os personagens me enviaram para a missão de recolher elas para você.
Moon: Aaah! Que bonito, muito obrigada.
[A autora recebe as flores do pinguim.]
P-san: Sabia que você ia gostar! E as flores podem ser regadas pelo narrador, que é bastante desocupado.
[Um “Ei” dito pelo Locutor-sama foi ouvido, ao longe.]
Moon: Não entendo, o que fiz para merecer tamanha homenagem?
P-san: Simples, Moon. Estávamos preocupados… E como seus personagens, nos importamos em vê-la sorrindo.
Moon: Muito legal da parte de vocês.
P-san: De qualquer modo… Estaremos sempre aqui por você, para qualquer coisa.
Moon: Até para comprar pastel, pra mim??
P-san: Autora…
Moon: Está bem, está bem.
P-san: Vai querer pastel do quê?
Moon: Sério? VAI MESMO COMPRAR PASTEL PRA MIM? Você é um amor, meu pinguim!
P-san: Mas sejamos realistas… Você não vai poder comer o pastel.
Moon: Isso aqui não é um blog de humor? Não me diga realidades tão doloridas, assim.
P-san: Autora…
Moon: O quê?
P-san: Você está muito dramática.
Moon: Eu? Ainda bem que você notou!
P-san: Deveria fazer teatro.
Moon: Adoraria, me parece uma experiência fascinante.
P-san: Sim! É muito fascinante.
Moon: Já fez teatro?
P-san: Já! É muito divertido. Divertido porque, é uma oportunidade para experimentar perucas.
Moon: Perucas…?
P-san: Perucas.
Moon: Perucas?
P-san: Sim, autora. Você não entendeu, ainda?
Moon: Entender eu entendi, só não sei qual peruca. Roxa? Azul? Amarela?
P-san: Todas!
Moon: Você tem uma vida muito emocionante.
P-san:: É claro que sim, sou um pinguim. E pinguins sabem se divertir!
Nem sempre as coisas são tão difíceis, quanto parecem… São difíceis, mas você tem poder para vencê-las, porque ninguém nunca está só.
Em algum lugar, fora do mapa, do cenário, como se fosse um videogame bugado.
Moon: Não há nada mais enlouquecedor para quem escreve, um bloqueio criativo. Pensei que poderia continuar contando com minhas ideias… Mas não. Tem uma parede invisível, que me impede de passar até Happy Green Things! Não acredito nessa palhaçada toda. *pensa um pouco* Nessas horas, eu terei que apelar para ideias guardadas.
[Uma múmia e um cacto aparecem, flutuando sem destino.]
Moon: “Uma múmia que na verdade é um cacto…” Tudo bem, eu sei que sempre gostei de ideias completamente diferentes, que nada tem a ver uma com a outra, e colocá-las juntas apenas pelo fato de ser desafiador. Mas isso está além das minhas habilidades!
[Uma voz conhecida começa a falar com a Moon.]
Kekekê: Não desista dos seus sonhos, Moonzinha!
Moon: Kekekê!
Kekekê: Lembre-se… O sonho doce você compra na padaria, mas o doce sonho não. Ou seria o contrário? Bem! Não importa. Isso é sobre sonhos. E pãozinho doce.
Moon: O que esse pão doce tem a ver, com o meu dilema?
Kekekê: O seu dilema tem tudo a ver com isso.
Moon: Deixa de ser bobo! Isso é sobre múmias e cactos. Não tem sonho doce, nem tem duendes com cabelos encaracolados.
Random: Claro que tem! Você pode fazer tudo por aqui. Você manda! É a autora!
Moon: Muito motivador, senhor boneco de palito. E você também, Kekekê.
Kekekê: Vai voltar, agora?
Moon: Não sei… Está interessante, flutuar por esse cenário.
Random: Mas o Kekekê pode ficar tonto e enjoado!
Moon: Ah. É verdade.
Kekekê: Isso quer dizer que…
Moon: Sim! Vamos voltar. Mas temos que resolver o dilema.
Kekekê: Da múmia, que na verdade é um cacto?
Moon: Isso!
Random: Bem. Vejamos… Precisamos nos conectar, com a fonte de toda a aleatoriedade!
Moon: Sério?
Random: Estou sério! Mas isso significa que…
Kekekê: Teremos que flutuar por aqui, mais um pouco. Ai, ai.
Moon: Sim! Consigo sentir vindo a ideia, a minha mente!
Kekekê: Tão rápido, assim?
Moon: Está vindo… É muito interessante!
Kekekê: Nossa! Que bom!
Moon: Minha nossa… A parede invisível está sumindo…
Random: Lógico que está. Esse é o poder…
Kekekê: Da aleatoriedade? Dos sonhos que se realizam?
Random: De tudo um pouco!
No escritório da autora, em Happy Green Things.
Moon: Sabe, meu amigo duende e meu amigo boneco de palito. Eu gosto bastante de escrever, mas…
Kekekê: Mas?
Moon: O meu teclado está repetindo as teclas.
Random: Não se pode ter tudo!
O ambiente de trabalho é importante, para se escrever uma história. Ah! Como eu queria uma almofada, ou uma cadeira mais confortável. Mas quando não dá, se trabalha com o que tem.
No corredor do Estúdio de Happy Green Things
Cola-sama: Eu sei que a autora se sente em uma necessidade extrema de provar a si mesma, mas…
Locutor-sama: Qual é a sua preocupação, exatamente?
Cola-sama: Não é apenas uma questão de preocupação, é um fato. A autora vai acabar se vendo sem ideias, em certo momento.
Locutor-sama: Que bobagem, Cola-sama. As ideias da autora são diversas. Elas não vão desaparecer, repentinamente.
Cola-sama: Está bem. Não vão desaparecer, mas podem deixar de querer colaborar. Vejamos… Vamos até o escritório.
No escritório da autora.
[No lugar em questão, há vários incensos de canela acesos.]
Cola-sama: Ora, ora… A Moon pirou na batatinha.
Locutor-sama: Até onde sei, ela pirou no pastel. Não na batatinha!
Moon: Como vocês são audaciosos! É só eu sair um minuto que começa a gracinha.
Locutor-sama: Sinto muito, senhorita Moon. Mas diga-nos, para quê servem esses incensos?
Moon: Para atrair ideias, oras.
Locutor-sama: Ah! Agora entendi.
Moon: Ainda bem.
Cola-sama: As ideias gostam de cheiro de canela? Essa é novidade, pra mim.
Moon: Você sempre reclama! Estou apenas querendo colaborar com as ideias. Estou deixando um ambiente agradável o bastante, assim elas se sentem bem-vindas.
Cola-sama: Ainda acho que você pirou na batatinha.
Moon: Não tem importância. O que interessa é o cheiro de canela, dentro desse escritório!
Cola-sama: E quando as ideias se sentirem atraídas para cá, o que vai fazer? Escrever?
Moon: Não, primeiro vou usar a rede de pescar ideias.
Locutor-sama: Sabia que existia!
Moon: Enfim, assim que elas forem capturadas, eu terei mais chances de fazer acontecer.
Cola-sama: Ah. Parece chato.
Moon: Não é chato! É interessantíssimo. É claro que eu preferia, apenas conversar com elas e pedir colaboração de maneira pacífica, mas…
Locutor-sama: Não é assim que as coisas funcionam.
Moon: Exato! É muito mais complexo. As ideias querem conforto! Confiabilidade! Ar condicionado, porque elas parecem não ter noção do aquecimento global…
Cola-sama: Ar condicionado já é pedir muito.
Moon: Também acho isso, mas as ideias são muito… Desconfiadas, é a palavra que eu queria usar? Não sei. Às vezes as palavras não me vem na cabeça. E fico com essa cara de idiota!
Cola-sama: Sim, de fato, você fica.
Locutor-sama: Cola-sama! Francamente, a senhorita Moon não está com tempo e paciência para as suas… sinceridades.
Moon: Sinceridades! Você está sendo elegante demais. Quando a sinceridade ofende, é pura grosseria.
Cola-sama: Vou tentar me lembrar disso. *pega um bloquinho de notas* Está vendo? Estou disposta a registrar a sua, memorável frase.
Moon: *dá de ombros* Registrar a frase não significa que, você vai registrar no seu caráter.
Cola-sama: Essa frase nem faz sentido.
Moon: Faz sentido. Na minha cabeça. E é isso que importa!
Locutor-sama: Hoje é um daqueles dias, que não dá para se discutir com a autora.
Essa é uma história sobre uma cozinha… Uma cozinha que precisa de iluminação, urgente! Pode ser no sentido metafórico.
Começamos nossa aventura com o pinguim P-san com uma mochila de aventureiro. Ele tinha uma missão dificílima a ser cumprida… Significa muita coragem da parte dele, aceitar participar dessa história! Imagem o risco que o nosso querido pinguim pode sofrer?
P-san: Autora, eu tenho muitas perguntas. A primeira é, esse microfone é do Locutor-sama?
Moon: Sim, eu peguei emprestado. E sua segunda pergunta?
P-san: Ah. A minha segunda pergunta é: Eu sou seu querido pinguim?
Moon: Quando coloquei você como “nosso” estou me incluindo nisso, pois é relacionado com “nós” na primeira pessoa do plural. *fecha o dicionário* Não seja inseguro, meu querido e aventureiro pinguim.
P-san: Está bem! *respira fundo* Qual é o problema que você tem, por aqui, Moon?
Moon: É simples. Eu preciso que você faça essa luz da cozinha funcionar.
P-san: *olha para cima* Nossa, isso é realmente muito arriscado.
Moon: Não se utilize de sarcasmo, eu já tenho que aturar isso do Locutor-sama, e francamente, é bem chato.
P-san: Certo. Como é que vou fazer isso funcionar? É mais fácil eu sair para comprar uma lâmpada!
Moon: Acho que você não está entendendo, a gravidade da situação. Isso é um problema complexo.
P-san: Ah! Complexo. É no mundo “real”, o que está acontecendo?
Moon: Sim! Eu quero toda a sua boa vontade para, fazer isso funcionar no mundo “real”.
P-san: *pensa um pouco* Aí você já está querendo pedir demais, de mim. Não sou nenhum eletricista, ou coisa do gênero. Nem viajo entre dimensões… Ao menos não na sua.
Moon: Realmente! Estou esquecendo desses detalhes. A realidade é mais estranha que a ficção!
P-san: Sim, a realidade é mais estranha que a ficção. Mas isso não significa que, a ficção pode se meter na realidade.
Moon: Nossa! Esse é um bom complemento, para a frase. Você é incrível com as palavras, meu quero pinguim.
P-san: Obrigado! Fico feliz em ser valorizado.
Moon: Mas não se acostume demais, com os elogios. Isso pode te deixar mal acostumado e bastante pretensioso.
P-san: Ah… Está bem, está bem. Prometo não me tornar um pinguim pretensioso.
Moon: Não é para mim que tem que prometer, mas para si mesmo. Não adianta nada querer agradar, e sem querer mudar para si. Pode querer mudar pela convivência com os outros, mas não apenas para os outros.
P-san: Essa é uma história sobre uma cozinha com luz queimada, e de repente estamos filosofando.
Moon: Depois de passar por 2019, é assim. Tem que se filosofar, em histórias engraçadas. É uma questão de sobrevivência!
P-san: É um ponto de vista. Afinal de contas, o psicológico tem que sobreviver.
Moon: Claro!
P-san: Mas sobre a lâmpada…
Moon: Eu quero que ela volte a funcionar. Magicamente..
P-san: Mas a lâmpada está queimada!
Moon: Está queimada? Não sei. Cadê a força de vontade??
P-san: Não vejo como a minha força de vontade, possa fazer isso funcionar.
Moon: Mas você é um pinguim com muita determinação, para vender.
P-san: Bobagem! Vou-me embora. Se voltar a funcionar magicamente, eu fico feliz. De qualquer modo, obrigado por chamar-me para fazer outra história. Estou sempre a disposição.
Moon: Tá bom! Mas agradeço sua boa vontade em participar. Vamos ver… Precisamos terminar essa história com estilo.
P-san: Ou com algo clássico.
Moon: Sim! Como a minha vontade de comer pão de queijo.
P-san: Aí está, o seu final da história.