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Raccoon Tales

Tem vezes que as histórias tem ideias tão boas, que acabam ficando maiores do que costumo fazer.

Era uma manhã de segunda-feira, na casa de Tuta-sama. Tocam-se os telefones, em diversos cômodos da mansão. Que é bem grande, por sinal! E no cômodo principal, a sala, o telefone é atendido pela fiel funcionária da milionária, Beta. Ela atende diversas vezes, diferentes telefones, dizendo a mesma coisa, com variações nas palavras, mas com a mesma essência.
Beta: Alô? A Tuta-sama? Hoje ela está ocupadíssima. Não, não. Não, ela não foi na bolsa de valores. Ela está aqui em casa, no seu escritório. Não, eu tenho ordens para não passar o telefone para ela. E pretendo respeitar essa ordem! Pode deixar seu recado, mas como também sou advogada dela, a represento e posso resolver qualquer problema que houver. Ligue mais tarde.
Milla: [A formiga aparece, descendo as escadas de maneira apressada.] Madrinha!
Beta: Acalme-se! O que há, Milla?
Milla: Estou procurando a mamãe, onde ela está? *começa a pensar um pouco* Não me diga que ela foi raptada! Ou está no sótão da Casa Verde. Tudo pode ter acontecido com ela!
Beta: Não, não. A sua mãe está lá, no escritório dela.
Milla: Mas preciso falar com ela!
Beta: Eu não iria lá, se fosse você.
Milla: O que houve?
Beta: Tuta-sama está no seu jeito de ser…
Milla: Ah! Entendi. Moedas.
Beta: Isso, isso.
Milla: Ela pegou as moedas para contar, e ficar admirando?
Beta: Sim. É isso mesmo.
Milla: Já vi que só de noite, vou poder falar com ela.
Beta: Sim.
Milla: Está bem, até.
[O duende Kekekê aparece, também apressado!]
Kekekê: Beta!
Beta: Fala, seu Kekekê.
Kekekê: Cadê a Tuta?
Beta: No escritório.
Kekekê: Aaaaaah!
Beta: O senhor, que é grande amigo dela, já sabe o que ela está fazendo.
Kekekê: As moedas, né?
Beta: Sim. Acredito que o senhor ela atenderia, por cinco minutos, talvez.
[Kekekê vai até a porta, vai até a porta e dá uma leve batida.]
Tuta-sama: Entre, Kekekê!
Kekekê: Oi Tuta!
Tuta-sama: Oi, querido amigo!
[A guaxinim está com uma viseira de contadora, lupa, e seus enormes livros de moedas.]
Kekekê: A contagem anual está sendo feita mais cedo?
Tuta-sama: Ah Kekekê, não sei. Hoje acordei cismada! Sei lá, achei que umas moedas estavam faltando. E achei que deveria entrar no mercado da numismática. Sonhei com o Patinhas, sabe.
Kekekê: Aaaah!
Tuta-sama: Hoje você pode tomar conta das coisas, lá na cabeça da Moon, você e a Matilde?
Kekekê: Tá bom.
Tuta-sama: Mas se quiser aparecer por aqui, tudo bem.
Kekekê: Tá bom, tá bom. É que nós temos… um problema.
Tuta-sama: O que houve?
Kekekê: Não sei do Biscoito.
Tuta-sama: Fale com a Catherine Cupcake! Ela já ligou aqui e falou para a Beta, e parece que o Biscoito andou fazendo a maior bagunça.
Kekekê: Sim, eu já liguei para lá! A Casa Verde, quero dizer. Parece que foi na outra cozinha, na cozinha que não é do Barman. A cozinha da Miss Cupcake.
Tuta-sama: Certo, certo. Qualquer coisa você vai me avisando. *pensando* Daqui a pouco vou por food truck…
[Em outro cômodo de Tuta-sama, Kekekê encontra Tasketê. O outro duende explica que, esteve pegando limões no quintal da guaxinim. O Barman tinha dito para ele para fazer isso, ao invés de enfrentar a feira, pois afinal Tasketê também é amigo de Tuta-sama!]
Kekekê: Entendo!
Tasketê: Mas ainda assim, sinto que deveria fazer alguma coisa em agradecimento… O que acha que eu poderia fazer?
Locutor-sama: Biscoitinhos de limão.
Kekekê: Biscoitinhos de limão?
Tasketê: Boa. Tenho certeza que a Tuta irá gostar!
Kekekê: Tinha mesmo que responder por mim?
Locutor-sama: Sinto muito, Kekekê… Eu vi uma oportunidade, e não quis perder.
[Horas mais tarde, os biscoitinhos de limão foram servidos para a guaxinim, que ficou muito agradecida pelos duendes Tasketê e Kekekê ter feito. O Locutor só experimentou, antes de entregarem para ela. O narrador que tinha tido a ideia, afinal.]
Tuta-sama: A ideia do biscoitinho foi do Locutor?
Tasketê: Sim! Como descobriu isso?
Tuta-sama: É mania dele, se meter na vida dos outros. *more outro pedaço do biscoitinho* Está muito bom. Parabéns para vocês dois, e muito obrigada!

— Essa história foi praticamente contada pela minha mãe. Então, eis os créditos dela, devidamente colocados aqui, no final dessa história… Obrigada (de novo)! Apesar de que no final, eu
05:05 no gravador

Raccoon Tales

Existem aqueles dias que te dá uma vontade de andar por aí vestida de noiva pelo mundo a fora

Locutor-sama: Muitas histórias não são narradas, nem publicadas aqui no blog. Mas ainda assim, elas aconteceram! Está é quando Barman esteve na mansão de Tuta-sama.
Barman: *preparando o almoço da Tuta-sama*
Tuta-sama: BARMAN!
Barman: Devo perguntar o porquê de estar usando um vestido de noiva ou tenho que ignorar mais de uma das suas esquisitices?
Tuta-sama: Como sabe que estou vestida de noiva… Não me diga que tem olhos nas costas!
Barman: Você está com aquele tom de voz, que vai chamar os bombeiros para casar-se com eles.
Tuta-sama: Caramba! Não sabia que tinha tom de voz para isso!
Barman: Impressionante, não?
Tuta-sama: Mas não importa! Vou chamar um, pelo menos! Para o casamento.
Barman: E você quer se casar com os cinco?
Tuta-sama: Bem, tem o sexto bombeiro, ele tinha se casado mas tomei providências para que… Esse casamento não durassse. *risada maligna*
Barman: Já estou vendo que hoje não é um dia para minhas perguntas serem respondidas. As questões apenas aumentam!
Tuta-sama: Ora, pare de falar bobagens! Eu só tenho um coração largo demais e sou uma dama solitária precisando de companhia.
Barman: Uma das duas é mentira, certo?
Tuta-sama: Vou fingir que não ouvi.
Barman: Já vi que é melhor eu ficar de boca fechada…
[a campainha toca]
Tuta-sama: Eu atendo! Eu atendo!
[Tuta cai no vestido de noiva]
Milla: Mamãe, já está se preparando para a festa junina?
Tuta-sama: Claro que não! *levanta do chão*
[Tuta chega até a porta e abre]
Tuta-sama: Alan!
Alan: Olá, Tuta-sama. Espero que seu dia tenha sido iluminado pelos belos sonhos que teve na sua juventude. [dá um buquê de flores para ela]
Tuta-sama: Ora, seu! Está realmente radiante vestido de terno e gravata.
Alan: Estava indo ajudar um amigo segurança de shopping, mas aí não era mais necessário. *dá de ombros*
Milla: Acho melhor você correr, meu amigo.
Alan: Hein? Vai haver uma festa junina?
Tuta-sama: Não, mas bem que gostaria que fosse o dia do meu casamento.
Alan: Oh! Compreendo perfeitamente. Aceito participar.
Milla: Está entendendo que é como noivo, não é?
Alan: Perfeitamente.
Tuta-sama: BARMAN! VENHA SER MEU PADRE!
[Tempos depois]
Barman: Você aceita a Tuta-sama como sua digníssima esposa?
Alan: *segurando o riso* Claro.
Barman: Tuta-sama?
Tuta-sama: OBVIAMENTE!
[Mais um tempo depois]
Alan: É um belo casamento de mentira.
Barman: A Tuta-sama é muito requintada.

BÔNUS: Na Casa Verde.
Fábio: Como é? Você foi padre de um casamento?
Barman: São coisas da vida.
Fábio: Entendo que está difícil com a Hello, mas não acho que deve chegar a esse ponto.
Barman: Foi um casamento de mentira.
Fábio: Bem, mande meus parabéns para a Tuta-sama.
Barman: *suspiro*
Fábio: Não se preocupe, chegará a sua vez, meu amigo.
Barman: A se casar com um bombeiro bonitão?
Fábio: Lógico que não foi isso que quis dizer!
Barman: Pelo visto ainda vai haver mais quatro casamentos..
Fábio: Então vai ser padre novamente?
Barman: Um interessante serviço extra, não acha?
Fábio: Tenho certeza que a Hello ficaria contente em saber disso.
Barman: Que estou atendendo os caprichos da Tuta-sama? Sim, com certeza.