Moon: Mais um episódio!
Locutor-sama: A Senhorita Moon é uma péssima narrador. Eu vou fazer esse trabalho…
Moon: Calado, ladino! Bom, nós estamos perdidos no meio do nada.
Sabrina: Você deveria saber onde nós estamos.
Moon: Não seja chata! Eu sou a autora, mas posso estar perdida. Eu não tenho esse direito?
Locutor-sama: Autora, não comece tentando nos deixar mais malucos que já somos normalmente.
Moon: Vamos continuar andando para frente!
Sabrina: Esse RPG não tem objetivo?
Moon: É ir para a frente.
Sabrina: Que objetivo mais besta!
Locutor-sama: A autora vai colocando o que der na cabeça dela.
Moon: Vamos ver o que vamos fazer a seguir…
Sabrina: Já vi que isso não vai chegar a lugar nenhum.
Moon: Vai chegar sim! Um ogro aparece.
Ogro: GROFA GROFA!
Sabrina: Um ogro que diz GROFA GROFA? Que coisa ridícula.
Moon: Shh! Você feriu os sentimentos do pobrezinho.
Ogro: GROFA GROFAA…
Sabrina: Eu sinto muito.
Ogro: GROFA GROFA!
Moon: Como assim você não pode nos dar uma informação?
Locutor-sama: Já posso imaginar o porquê.
Ogro: GROFA GROFA.
Sabrina: O que ele disse? O que ele disse?
Locutor-sama: A inconsistência na criação deste mundo não deixou um mapa fixo.
Moon: O que isso quer dizer? Explique-se!
Locutor-sama: Eu?
Moon: Não, o ogro!
Ogro: GROFA GROFA!
Moon: Não saia correndo, ogro! Eu tenho uma corda?
Sabrina: É mesmo?
Moon: Não subestime o poder de uma CORDA!
Sabrina: Acho que ele subestimou.
Locutor-sama: Ele correu até perder-se da nossa visão.
Sabrina: Magnífico… O que faremos agora.
Moon: Nós continuamos indo para a frente, oras!
Sabrina: Já disse que esse objetivo é muito besta!
Moon: Não importa! Temos que continuar.
Locutor-sama: Que tal nós pedirmos informações?
Moon: Um homem pedindo informações?
Locutor-sama: Não me venha com esterótipos.
Sabrina: Não, sério. Tem um homem pedindo informações logo ali.
Moon: EI, HOMEM! PODIA NOS DAR UMA INFORMAÇÃO?
Homem: NÃO SE VOCÊS ME DEREM UMA INFORMAÇÃO PRIMEIRO.
Moon: QUAL É A INFORMAÇÃO QUE VOCÊ QUER?
Homem: QUANDO A TUPPENCE VAI NASCER?
Moon: Tuta, está pagando estranhos para fazer essa perguntas?
Sabrina: Quem é Tuppence?
Locutor-sama: É a filha do Wolf e da Miss Cupcake.
Sabrina: Quer dizer que ela já sabe o futuro dos personagens e seus filhos…?
Locutor-sama: Sim. Mas tem uma coisa que eu não sei.
Sabrina: O quê?
Locutor-sama: A autora não quis me revelar se terei um filho ou não…
Sabrina: Bom, VOCÊ não vai ter um filho.
Locutor-sama: Oh! De fato. Bom, eu não sei se vou ser pai.
Moon: Enquanto vocês estavam batendo papo, eu tentei amarrar o homem. Mas ele não quis ficar e fugiu!
Locutor-sama: Ninguém com bom senso quer ser amarrado, senhorita Moon.
Sabrina: Essa aventura está longe de acabar…
Quando as histórias ficam chatas, se escreve um UNIVERSO ALTERNATIVO pois é sonoramente dramático.
Moon: Aventura! Nós vamos começar com a jovem maga de cabelo rosa chamada Sabrina.
Sabrina: Autora? Pode me dizer o que está rolando?
Moon: Não tem nada rolando… Bom, aquelas pedrinhas no fundo estão rolando, se isso responde sua pergunta.
Sabrina: Vou mudar minha pergunta…
Moon: Ok, ok! Não diga nada, minha cara Sabrina. Escute-me… vá andando vestida de maga, carregando esse livro e você vai encontrar quem procuras!
Sabrina: Essa conjugação de verbo não tá errada?
Moon: Não questione minha autoridade em conjugação dos verbos da Língua Portuguesa.
Sabrina: Tudo bem. Mas preciso fazer isso mesmo?
Moon: Precisa!
Sabrina: Dá muito trabalho.
Moon: Não seja preguiçosa!
Sabrina: Está bem…
Moon: Sabrina foi andando até que ela encontrou um caixão!
Sabrina: Não acha caixão um item sombrio demais?
Moon: Não me interrompa! Continuando… O Locutor estava deitado dentro dele.
Sabrina: Em um caixão aberto?
Moon: Bom, ele não tá morto.
Sabrina: Ainda bem.
Locutor-sama: *abre os olhos* Na verdade, estou esperando ser ressuscitado.
Moon: Você não tá MORTO!
Locutor-sama: Quer dizer que não vou ressuscitar como uma fênix? Que droga! *sai do caixão*
Moon: Desapareça, caixão! E ele desapareceu.
Locutor-sama: Não precisava ter dito isso. Ele ia sumir de qualquer jeito…
Moon: Que mania que esses personagens tem de questionar sua autora!
Sabrina: Está com a crise de abuso dos poderes como autora?
Moon: Eu não estou com crise coisa nenhuma.
Sabrina: Vai continuar com esse terno de defunto?
Locutor-sama: Oh, não. Eu irei trocar! *vira para uma roupa de cavaleiro* Pronto, bem melhor.
Sabrina: Acho que você combinava mais com ladino.
Locutor-sama: Oh! Uma ideia melhor. *vira para uma roupa de ladino*
Moon: Vamos, pessoal! Uma aventura nos aguarda.
Locutor-sama: Não é repetitivo ter duas magas?
Moon: Eu sou HEALER não MAGA.
Locutor-sama: Não acho uma boa ideia. A nossa saúde ficar nas suas mãos…
Moon: Sou eu que escrevo, vocês estão nas minhas mãos de qualquer forma.
Sabrina: Nós estamos perdidos.
Moon: Não seja exagerada.
Sabrina: Mas é o que está escrito na placa!
Moon: Eu não confio em placas. Elas começam a falar com você, dizendo que já te conhecem e na verdade elas só querem roubar suas moedas.
Locutor-sama: Isso não aconteceu de verdade.
Moon: Não questione minhas memórias.
Sabrina: Eu gostaria que vocês levassem o fato de nós já estarmos perdidos mais seriamente.
Locutor-sama: Posso muito bem levar as coisas seriamente, Sabrina. Mas a autora acaba enlouquecendo qualquer um!
Random: A palhaçada continua no próximo episódio de “RPG a La Random!”
Moon: Mais respeito com a palhaçada que EU estou escrevendo.
E julho acabou! Adeus, julho. Nós nos vemos ano que vem!
Locutor-sama: E hoje Doutor Q se despede de nós.
Sabrina: Eh? O Senhor já vai embora?
Doutor Q.: Sim, filha. Eu tenho uma missão a cumprir em outro lugar.
Sabrina: E você vai deixar sua fantasia aqui?
Doutor Q.: Vai fazer companhia para o Sam.
Sabrina: Sam? O Samuel?
Doutor Q.: Oh, não ele. Estou falando de uma estátua horrorosa de astronauta que está no porão.
Sabrina: Tem uma estátua de astronauta no porão?
Doutor Q.: Tem.
Hello: Mas precisa mesmo ir embora?
Rika: Eu só fiquei sabendo que o senhor tinha vindo hoje! Não pode ir embora.
Doutor Q.: Eu preciso ir, tenho uma missão!
Sabrina: Você já disse isso, pai.
Doutor Q.: Eu sei… Mas, na verdade…
Hello: Não me diga que…
Doutor Q.: A autora esqueceu completamente a essência do meu personagem.
Rika: Caramba! Pô, Moon!
Moon: Eu não sei de nada.
Hello: É claro que você sabe!
Moon: O Doutor Q. não tem muita utilidade por aqui!
Doutor Q.: Gah! Palavras rudes..
Rika: Ele pode ficar no porão.
Doutor Q.: Com a estátua do astronauta?? NÃO!
Hello: Tem uma estátua de astronauta no porão?
Moon: Tem.
Hello: Você acabou de inventar isso, Moon.
Moon: Eu não inventei nada.
Sabrina: Tem alguma coisa por trás daquela estátua?
Doutor Q.: Bem, é questão de empurrar e ver…
Sabrina: Não foi bem isso que eu quis dizer.
Doutor Q.: Bom, estou indo.
Hello: Para onde ele vai?
Moon: De volta para o país dos personagens perdidos…
Rika: Ainda acho que ele poderia ficar no porão.
Hello: Fazendo aqui?
Rika: Assistindo maratona de série de Friends!
Hello: E então, quer ficar no porão vendo Friends?
Doutor Q.: Não, obrigado. Essas jovens…
Locutor-sama: E então o ex-presidente da Casa Verde foi embora.
Rika: A Casa Verde é um país?
Sabrina: Rika, não comece.
Moon: Bom, de volta a programação normal.
Hello: Gah! Os posts diários vão acabar?
Moon: Eu não sei.
Hello: Sim, você sabe. Hoje é o último dia do mês de julho!
Moon: Vamos ver o que vai dar… O futuro é incerto.
Hello: Não seja dramática.
Locutor-sama: Concordo. A única pessoa com permissão de ser dramática… Sou eu. O Narrador!
Rika: Mas todo mundo pode ser dramático se quiser.
Locutor-sama: Não é a questão de querer, senhorita Rika. É questão de saber o que está fazendo!
Sabrina: E você sabe o que está fazendo?
Locutor-sama: Claro que sei!
Hello: Duvido.
Random: E assim começa CAPITÃ HELLO – GUERRA CIVIL DA PAÇOCA!
Locutor-sama: E quer dizer que eu sou Tony Stark?
Tuta-sama: Não! Eu sou Tony Stark.
Moon: Podem tirar o cavalinho da chuva.
Sabrina: Serve o coelho?
Rika: Pobrezinho! O que ele está fazendo?
Hello: Procurando fósseis.
Um mistério resolvido, e um retorno de breve período.
Locutor-sama: Doutor Q, seu nome verdadeiro é Quemuel. Ele estava em crise, é o que me disseram.
Random: Está na moda os personagens ficarem em crise, pelo visto!
Locutor-sama: Ele queria retornar à aparecer nas histórias da senhorita Moon. E então, ele saiu da cidade dos personagens perdidos vestido como um astronauta.
Random: Que loucura!
Locutor-sama: O Doutor Q estava sentado no sofá, sem a fantasia de astronauta. Ele explicou a situação após todo mundo tê-lo ajudado a sentar no sofá, após o susto.
Doutor Q.: Mas, pensando melhor agora… Era só uma pegadinha inocente de um homem desocupado.
Clarissa: Ah! Uma pegadinha.
Vlad: Eu disse.
Olliver: Eu também disse.
Rosalina: Mas não era uma pegadinha da tevê…
Samuel: Rimou! Doutor Q, tevê…
Barman: É, rimou mesmo.
Doutor Q.: Espero que não se incomdem se eu ficar um pouco por aqui.
Barman: Tenho certeza que a Hello não vai se incomodar.
Doutor Q.: Eu tenho estado muito mais sóbrio ultimamente.
Barman: Que boa notícia!
Doutor Q.: O suco de uva acabava comigo…
Barman: Doutor Q., era vinho o que você tomava!
Doutor Q.: E faz diferença?
Samuel: Esse cara não bate muito bem da cabeça.
Clarissa: O senhor vai fazer alguma coisa com essa fantasia?
Doutor Q.: Eu deveria jogá-la fora… Mas eu sou sentimental.
Locutor-sama: Sentimental com essa fantasia bizarra?
Doutor Q.: Estava usando essa fantasia no aniversário de um ano da minha filha Sabrina.
Barman: Ah…
Vlad: Por isso a aparência antiquada.
Samuel: Antiquada? A fantasia está suja!
Clarissa: Filme de terror, com certeza.
Olliver: Uma boa limpeza deixa ela como nova.
Barman: Também está rasgada…
Rosalina: Talvez fosse melhor exorcizar…
Doutor Q.: Vocês são todos exagerados!
Barman: A aparência do capacete está sombria.
Rosalina: Por isso que eu disse que precisava ser exorcizada!
Olliver: Exorcizada da sujeira!
Doutor Q.: Eu deixo de beber e o pessoal daqui se torna maluco?
Barman: Não, nós somos apenas animados.
Sabrina: Você deveria jogar essa coisa horrível fora.
Doutor Q.: Filha! Mas ela é praticamente uma memória.
Sabrina: Eu não quero que uma coisa bizarra como essa fantasia seja uma memória. Principalmente quando se trata de algo que pareça ter saído de filme de terror!
Olliver: Ora, não fale assim! Barman, Locutor! Vamos fazer uma limpeza.
Barman: Por mim, tudo bem.
Locutor-sama: Não vai ser necessário.
[Locutor estala os dedos e limpa a fantasia.]
Doutor Q.: Poderes mágicos!
Locutor-sama: Poderes de narrador para apressar uma história que está no fim.
Doutor Q.: Ser narrador é muito prático.
Locutor-sama: É, tem algumas vantagens.
Autores tem hábitos, e quando estão fora do seu habitat é pior ainda!
Estúdio Happy Green Things, em um corredor.
Moon: Locutor! Locutor-sama! Cadê o homem…?
Random: Oi autora!
Moon: Random! Cadê o narrador?
Random: Tá por aí.
Moon: Por aí, onde?
Random: Oi?
Moon: Quero saber onde ele está!
Random: Você quer que eu seja específico?
Moon: Quero!
Random: Ele está na lua plantando batatas.
Moon: Plantando batatas!
Random: Plantando batatas.
Moon: Isso é impossível.
Random: Nada é impossível, contanto que seu coração saiba disso!
Moon: Você está me enrolando.
Random: Não estou. Olha o homem vindo aí…
Moon: Que homem?
Random: O Locutor.
Moon: O Locutor! Estou vendo apenas um astronauta.
Random: Exato!
Moon: Como pode garantir que tem alguém dentro?
Random: Bem… Tire o capacete, Locutor.
[O astronauta não se mexe]
Locutor-sama: Olá, pessoal.
Moon: Locutor!
Random: Se você está aí, quem é o astronauta…
[O astronauta continua parado]
Moon: Estou ficando com medo.
Random: Eu também!
Locutor-sama: Esse é apenas o astronauta que conheci quando estava plantando batatas na lua.
Moon: Por que você está suando frio?
Locutor-sama: Bom, eu não plantei batatas na lua…
Moon: Então para quê está mentindo?
Random: Mentira ter perna curta!
Locutor-sama: Eu pensei que seria interessante falar que foi plantar batas na lua…
Moon: Plantar batatas na lua é impossível.
Random: O astronauta continua parado, olhando para gente!
Locutor-sama: O que quer, criatura de uma terra distante?
Astronauta: ….
Random: Medo.
Moon: É alguma brincadeira?
Locutor-sama: Não. Eu saberia se fosse!
Moon: Eu também saberia se fosse!
Random: Será que é…
Moon: O que será que é?
Locutor-sama: Pode ser qualquer coisa.
Random: O quê é o quê?
Moon: O astronauta.
Random: Ah.
Moon: Quem é o astronauta!
Locutor-sama: O astronauta não tinha identidade. Ele é apenas… o astronauta.
Moon: E o que ele está fazendo dentro do estúdio?!
Locutor-sama: Esta é outra pergunta sem resposta.
Moon: Quantas perguntas vão ficar sem resposta?
Random: Ah.
Locutor-sama: O que há com você, amigo?
Random: Não sei…
Locutor-sama: Oh! O astronauta…
Moon: Desapareceu!
Locutor-sama: Muito misterioso.
Random: E medonho!
Moon: Muito medonho!
Locutor-sama: De fato, é assustador.
Moon: Nós vamos ficar assim mesmo?
Locutor-sama: Assim como?
Moon: Sem saber nada sobre o astronauta!
Random: O astronauta… não é ninguém.
Locutor-sama: Ele é apenas um andarilho.
Moon: Suposições!
Random: É melhor teorizar do que não pensar.
Locutor-sama: Não vai ficar maluco?
Random: Eu prefiro não pensar mais sobre o assunto!
Moon: Sim! É melhor nós não pensarmos mais no assunto.
Locutor-sama: E todos nós ficamos com a impressão que aquele astronauta ainda voltaria.
Locutores, narradores, guaxinins… Esperem? Dois Locutor-sama? Que horror! Não, a guaxinim milionária será poupada desse destino horrível de aturar mais de um Locutor.
Na mansão de Tuta-sama.
Tuta-sama: Sim? *abre a porta da mansão*
Locutor-sama: Oi!
Tuta-sama: *fecha a porta* Cada um que me aparece…
[a campainha toca novamente]
Tuta-sama: Fala sério, Locutor.
Locutor-sama: Mas Tuta-sama…
Tuta-sama: Você está ridículo com esse abajur na cabeça.
Locutor-sama: A questão é, quão ridíciulo eu estou com esse abajur na cabeça?
Tuta-sama: Extremamente ridículo.
Locutor-sama: Ah.
Tuta-sama: Escala de um em um milhão? O símbolo do infinito.
Locutor-sama: Francamente, Tuta-sama…
Tuta-sama: Francamente? Francamente o quê? Eu pago o seu salário e você fica reclamando.
Locutor-sama: Sinto muito.
Tuta-sama: Ah, você sente muito?
Locutor-sama: Sim.
Tuta-sama: Oh. Tudo bem.
Locutor-sama: Sério mesmo?
Tuta-sama: A partir do momento que você está vestindo um abajur na cabeça, dá pena da sua miserável existência.
Locutor-sama: Não acredito que está zombando de mim!
Tuta-sama: Você está com um abajur na sua cabeça.
Locutor-sama: Eu sei que estou com um abajur na cabeça.
Tuta-sama: Sabe? Ótimo.
Locutor-sama: Não sei porque tanta impaciência.
Tuta-sama: Eu tenho mais o que fazer!
Locutor-sama: Sinto muito. Você tem mais o que fazer, e eu aqui ocupando seu preciso tempo com baboseiras.
Tuta-sama: É uma baboseira, de fato.
Locutor-sama: Irei embora para nunca mais voltar, entrarei em uma noite escura e tempestuosa…
Tuta-sama: Caramba!
Locutor-sama: Serei o capitão do meu próprio navio enfrentando o destino.
Tuta-sama: Que lindo! Espero que esteja anotando.
Locutor-sama: Enfrentarei dragões e salvarei doritos…
Tuta-sama: Doritos?
Locutor-sama: Doritos.
Tuta-sama: Não me recordo de ter ganho alguma coisa para fazer propaganda.
Locutor-sama: Haverá um dia, que toda casa haverá um dorito.
Tuta-sama: Eu não gosto muito de salgadinhos desse tipo.
Locutor-sama: Compreendo. Você tem um trauma de infância!
Tuta-sama: Você que deve ter um trauma de infância, com esse abajur na sua cabeça.
Locutor-sama: Isso aqui é uma experiência, na verdade.
Tuta-sama: Se era para testar sua falta de bom senso, bom, deu muito certo!
Locutor-sama: O tempo é relativo.
Tuta-sama: Você parece uma evolução do Random, só que mais chata.
Locutor-sama: Quanto tempo perdemos olhando para nossos celulares enquanto andamos pela rua?
Tuta-sama: Eu pensei que você havia dito acima que o tempo era relativo.
Locutor-sama: Podíamos ter aventuras com cães mágicos, sofrer de amor…
Tuta-sama: Sofrer de amor? Sofrendo de amor, Locutor-sama? Entendo como você se sente. Sinto um peso no meu coração toda vez que uma nota do meu bolso vai embora.
Locutor-sama: É mesmo?
Tuta-sama: Eu queria saber porque tenho que pagar um salário tão bom, para alguém que é tão chato!
Locutor-sama: Entendi o recado. Adeus, Tuta-sama.
Tuta-sama: *fecha a porta* Ele volta, ele sempre volta.
– Era para ser chapéu de abajur, mas aí a ideia do Locutor com um abajur na cabeça me parecia muito mais bizarra.
Quem é o culpado do outro entrar em crise, o narrador ou a autora? O dinossauro, é lógico!
No estúdio Happy Green Things.
Moon: Ainda bem que você acabou logo com a sua crise, Locutor-sama! Estava tudo na sua cabeça, e felizmente foi algo que resolveu-se logo.
Locutor-sama: Não acredito que você ainda acha isso.
Moon: Eu acho isso o quê?
Locutor-sama: Que eu estava com alguma crise.
Moon: Lógico que estava!
Locutor-sama: Não, eu não estava.
Moon: Vai discordar de mim?
Locutor-sama: Não comece, senhorita Moon. Sabemos muito bem como essa discussão vai acabar.
Moon: Sei, comigo certa e você errado!
Locutor-sama: Existe algo na vida além de estar certo e errado.
Moon: É mesmo?
Locutor-sama: Nós dois sabemos muito bem o porquê de que eu estava num momento de crise, em primeiro lugar.
Moon: Sabemos? Claro que sabemos!
Locutor-sama: Você escreveu minha crise pois estava cansada da minha narrativa dramática em primeiro lugar.
Moon: Eu? Absurdo! Calúnias. Todo mundo sabe como eu adoro sua narrativa e seu tom de voz dramático.
Locutor-sama: E eu sei melhor que ninguém, como você cansa facilmente de algo que usa com frequência.
Moon: Ora, Locutor. Não seja exagerado! Por mais que isso seja verdade, eu jamais canso do seu estilão.
Locutor-sama: Isso é o que você diz.
Moon: Não fique se preocupando com besteiras!
Locutor-sama: Eu nunca fico me preocupando com besteiras.
Moon: Mas você está preocupando com uma nesse momento!
Locutor-sama: Não, eu não estou.
Moon: Tá, tá. Tanto faz! E outra coisa.
Locutor-sama: Qual é a coisa agora?
Moon: Não fica bem você ficar falando aí, que sabe do casamento da Hello e do Barman no futuro!
Locutor-sama: Não acha que já perdeu o momento para brigar comigo sobre isso?
Moon: Lógico que não! Pode ter acontecido algumas histórias no meio do caminho, mas eu nunca esqueço de algo que me aborreça.
Locutor-sama: Depois sou eu que me aborreço com besteiras…
Moon: O que tem a dizer em sua defesa?
Locutor-sama: Que o casamento do Barman e da senhorita Hello é algo óbvio.
Moon: Pode ser para você, mas não os leitores!
Locutor-sama: Tenho certeza que os mais atentos já notaram a sua intenção, apesar de enrolar o relacionamento dels.
Moon: Não enrolo coisa nenhuma!
Locutor-sama: Você enrola, sim.
Moon: Não!
Locutor-sama: Com muitas piadas, e escrevendo como a senhorita Hello fosse boba ou algo do gênero.
Moon: Mas ela é boba!
Locutor-sama: Não devo ter me expressado direito, senhorita Moon. Ela pode ser boba, mas não burra.
Moon: Está querendo dizer que ela sabe que o Barman gosta dele esse tempo todo?
Locutor-sama: Caso ela já não tenha percebido isso, ficarei bastante decepcionado.
Moon: Ela, perceber isso! Tenho certeza que você vai ficar decepcionado.
Locutor-sama: E tenho certeza que você vai mantê-la se fazendo de boba só para provar que estou errado.
Moon: Não sei, quem sabe? Vou onde a escrita me levar.
Locutor-sama: Quanta profundidade em uma frase!
Moon: Isso, fica me zoando.
Essa história foi um pouco difícil de escrever, já que muitas cenas e personagens podem fazer uma confusão gigante!
Locutor-sama: Ramsés continuava procurando Colombo, que havia virado uma espécie de cão fugitivo. Não sei se o termo é apropriado, já que sei que ele está escondido…
Ramsés: Onde ele está? ONDE ELE ESTÁ?
Locutor-sama: Não me arranhe, Ramsés.
Ramsés: Me diga onde ele está, ou sofrerá as consequências!
Locutor-sama: Sabe, é muito engraçado você dizer consequências, já que é o plural do nome do blog da senhorita Moon… ai!
Ramsés: Onde aquele babaca está??
Locutor-sama: Você pode furar minha calça quanto quiser, mas eu não direi onde… AI!
Ramsés: Você está me subestimando!
Locutor-sama: Tá, tá, ele está no…
Samuel: Caramba! Um gato molhado.
Vlad: Você sabe o que isso significa.
Samuel: Vamos secá-lo!
Vlad: E vestí-lo com roupas bonitinhas!
Ramsés: *grito de terror*
Locutor-sama: Tempo depois, Barman e Hello finalmente chegam na Casa Verde.
Hello: Nada melhor do que chegar em casa!
Barman: Espero que você tenha se acalmado agora.
Hello: Ah sim! Desculpe, não sei porque fiquei tão irritada.
Barman: Falta de paçoquinha, talvez?
Hello: Oh! De fato. Você me conhece tão bem.
Barman: Seria estranho se eu não… caramba!
Hello: O sofá da sala está virado.
Barman: Céus! Colombo, o que está fazendo?
Colombo: Silêncio, estou me escondendo!
Hello: *arruma o sofá para a posição original, e Colombo corre para atrás do Barman*
Colombo: Não faça isso sem me avisar!
Locutor-sama: E então, Samuel e Vladimir aparecem na cena.
Samuel: Oh! Ele não ficou uma gracinha?
Vlad: Lógico. Que gato não fica bem de terninho?
Samuel: E branco! Para dar um destaque, no pêlo preto…
Clarissa: Desculpe, eu não o salvei a tempo, Ramsés!
Ramsés: Tudo bem. Eu merecia isso… *desanimado*
Hello: Mas o quê… Ramsés!
Ramsés: Hello! Finalmente você voltou.
Hello: *tira o Ramsés das mãos do Samuel* Pobrezinho… Sei que você não gosta, mas ficou tão fofinho! *Hello o abraça*
Ramsés: Hello… Eu não gosto de abraços! *pula dos braços da Hello* Colombo! Temos contas para acertar.
Colombo: Não prefere deixar essas contas com o meu secretário, o porco espinho Tom-Tom?
Ramsés: Não! Estou furioso. Eu confiava em você… Sabe quanto tempo vai durar para eu recuperar isso?
Colombo: Oh, me desculpe…
Barman: Nem pense em assustá-lo com essa caixa com surpresa dentro.
Colombo: Pô! Você sempre acaba com minhas brincadeiras.
Barman: As suas brincadeiras podem ficar perigosas.
Hello: Ora, Barman! Ele só quer se divertir, o garotão. Quem é um garotão?
Colombo: Eu! Eu sou um garotão! *abanando o rabo*
Barman: Não deixe se enganar pelo charme do Colombo, Hello.
Hello: Bobagem. Não há nada de errado nessa coisa fofa aqui.
Ramsés: *com ciúmes, começa a miar*
Locutor-sama: E então aqui acaba essa história, que não foi tão complicada como a senhorita Moon pensou que seria.
Moon: Ainda bem!
Há algo de belo em uma amizade, principalmente uma que não é nada como vemos em desenhos animados!
Locutor-sama: Enquanto a senhorita Hello não volta oficialmente para a Casa Verde, acho justo contar um episódio com seu sarcástico gato Ramsés, e o inocente Colombo. Na sala de estar da Casa Verde eles estão…
Colombo: Ramsés! Ramsés!
Ramsés: [deitado em cima do sofá] Céus! Pare de abanar o seu rabo, Colombo. Vai acabar quebrando alguma coisa!
Colombo: Oh, é mesmo. Desculpe.
Ramsés: Então? Acontece alguma coisa interessante?
Colombo: Como?
Ramsés: Você estava animado, me chamando.
Colombo: Oh, de fato! Cara, eu descobri algo muito louco.
Ramsés: Algo muito louco. Certo.
Colombo: Não quer tentar adivinhar?
Ramsés: Não.
Colombo: Ah, vai!
Ramsés: Não.
Colombo: Por favor!
Ramsés: Tá, tá! Não precisa ficar pulando em cima do sofá.
Colombo: Então?
Ramsés: Sei lá, uma pizza zumbi?
Colombo: Não! Mas isso também é muito louco.
Ramsés: O que foi que você descobriu, afinal? Estou ficando impaciente!
Colombo: Uma banheira! Venha ver!
Locutor-sama: O dálmata pulava no mesmo lugar, e como o gato pensou que seu amigo estava pagando um baita mico…
Ramsés: Eu vou seguí-lo para ele não se machucar e quebrar alguma coisa!
Locutor-sama: Muita consideração, a sua.
Ramsés: Cale a boca!
Colombo: Vamos!
Locutor-sama: Os dois andaram pelos corredores, até chegar na porta do banheiro.
Ramsés: Um banheiro!
Colombo: Mas não é ele que é a coisa muito louca. Vamos, vamos!
Locutor-sama: Ramsés e Colombo entraram no banheiro, e o cão ficou de pé, encostado na banheira.
Ramsés: O que há de tão louco, exatamente…?
Colombo: Não é muito louco!
Ramsés: Não acredito que você me fez subir perto de uma banheira, cheia de água em um dia frio, apenas para ver os nossos reflexos.
Colombo: Oh, mas não estou falando sobre reflexos.
Ramsés: Então você está falando do quê, seu grande pateta?
Colombo: Disso aqui!
Locutor-sama: Colombo empurrou Ramsés um pouco rápido, para dentro da água.
Ramsés: *gritou um palavrão*
Colombo: Isso não foi nada educado.
Ramsés: Seu cão babaca!
Colombo: A água tá quentinha! Não entendo o que você está reclamando.
Ramsés: Ora, seu…
Locutor-sama: Ramsés conseguiu sair da banheira, e tinha em seus olhos a intenção de perseguir Colombo até o fim dos tempos se fosse necessário. O cão, que de bobo não tem nada saiu correndo.
[No corredor, Sabrina estava passando e viu os dois correndo. Ramsés molhou o chão e ela quase escorregou. Locutor conseguiu segurá-la antes que ela caísse]
Sabrina: Locutor! Obrigada.
Locutor-sama: E disseram que não há vantagens em seguir os personagens durante uma narrativa.
Sabrina: *com a ajuda do Locutor, ela consegue ficar em pé de novo*
Locutor-sama: E na historinha de hoje, aprendemos que o cão Colombo não é tão inocente como gosta de parecer.
Sabrina: Sempre pensei que gatos eram seguidos por cachorros, e não o contrário. Como nos desenhos animados!
Locutor-sama: Quem diria que os desenhos animados estavam errados.
– Essa história foi baseada em um vídeo que vi um cachorro troll empurrando um gato na banheira. Tenho certeza que minha versão ficou mais interessante!
Um narrador tem direito de entrar em crise, e também poder se divertir.
Barman: Entrei no apartamento do Locutor-sama. (Tinha uma cópia das chaves para emergências) Encontro-o vestindo seu terno! Nada de incomum até aí, se não fosse pelo fato que estava com uma combinação estranha de bermuda florida e meias. Além de chinelos!
Locutor-sama: Oh! Olá, Barman.
Barman: Olá. Ficamos em silêncio por alguns minutos…
Locutor-sama: Não fico ofendido em vê-lo narrar ao invés de mim, mas temos que admitir que deveria deixar esse serviço para mim.
Barman: Devo confessar, eu não tenho muito jeito para essa coisa. E aí? Você vai se manter nessa crise?
Locutor-sama: Crise? Ela já passou… Mas estou aproveitando.
Barman: Sério! Aproveitar de uma crise… Que coisa curiosa!
Locutor-sama: Quando se é tempo livre que temos a ganhar…
Barman: E o que está fazendo?
Locutor-sama: Maratona.
Barman: Imagino que seja uma corrida e tanto.
Locutor-sama: Muito engraçado! Mas é de filmes.
Barman: Filmes!
Locutor-sama: Maratona de Jane Austen. Razão e Sensibilidade.
Barman: Oh! Mas eu pensei que já tivesse visto todos.
Locutor-sama: Não. Trabalho demais, e não tive tempo.
Barman: A autora só voltou com posts diários esse mês!
Locutor-sama: Não estava me referindo à esse trabalho.
Barman: Ah.
Locutor-sama: Já que você está aqui…
Barman: Fale.
Locutor-sama: Pipocas, por favor?
Barman: Você podia pausar e fazer.
Locutor-sama: Mas seria uma honra comer suas pipocas!
Barman: Locutor.
Locutor-sama: Estourar pipoca é a sua área…
Barman: Locutor!
Locutor-sama: Ou seria fazer bolo de paçoca?
Barman: *bate com a mão na testa* Tá.
[Na cozinha]
Barman: *abre o armário* Hello! *surpreso*
Hello: Ah, valeu! *clica em um botão no relógio de pulso, e diminui de tamanho*
Barman: Não precisa de ajuda…?
Hello: Oh, não! *pula do armário para o chão, e cresce* Sabe, eu posso fazer muitas coisas. Exceto abrir armários por dentro, e bolo de paçoca.
Barman: Não queria ter que fazer essa pergunta, mas o que faz aqui?
Hello: Eu? Bem… Não pude comprar o estoque de paçoquinha no supermercado, discuti com um coelho bigodudo, e aí a Rosalina queria tomar chá gelado ouvindo barulho de chuva…
Barman: E então?
Hello: Para encurtar, ouvi que você veio visitar o Locutor e aqui estou eu.
Barman: Ah.
Hello: E o que você está fazendo?
Barman: Pipoca.
Hello: Está vendo filme com o Locutor?
Barman: Não, vim visitá-lo pois soube que ele estava em crise. Aí ele pediu para fazer…
Hello: Você não pode deixar as pessoas se aproveitar de você!
Barman: Mas o quê-
Hello: Sempre muito bonzinho, sabe. E sempre faz o que eu quero, também! Mas eu o pago para isso. Hm… Espera! Eu não pagou você para me aproveitar da sua boa vontade. Isso seria cruel.
Barman: Hello!
Locutor-sama: Quanta aventura para me fazer uma pipoca.
Hello: Você! Como ousa pedir para o Barman fazer uma pipoca?
Locutor-sama: Barman, você sentiu-se ofendido em relação a isso?
Hello: Não me ignore!
Barman: Bom, não.
Hello: Você deveria ficar ofendido!
Locutor-sama: O que importa é que ele não ficou.
Barman: Hello, acalme-se. Não precisa ficar brava com o Locutor!
Hello: Como posso me acalmar quando só pude comprar cinco pacotes de paçoca!
Locutor-sama: E pensar que esses dois vão se casar…
Barman e Hello: Quem?
Locutor-sama: Edward Ferrars e Elinor Dashwood.
Hello: Oh, está vendo Razão e Sensibilidade!
Barman: É, ele está.