No estúdio de Happy Green Things, corredor.
Locutor-sama: Senhorita Moon, não anda aparecendo muito ultimamente nas histórias?
Moon: O que está dizendo, Locutor?
Locutor-sama: Ouviu bem o que eu disse.
Moon: Bem, não há nada de especial… Mas eu gosto de aparecer nas histórias!
Locutor-sama: Sei disso, mas é realmente necessário?
Moon: Extremamente necessário! Além do mais, dá um toque cômico.
Locutor-sama: Acho que está dando um toque humano ao invés de cômico.
Moon: E estou improvisado.
Locutor-sama: Me parece mais que está tentando fazer as coisas correndo.
Moon: O que está dizendo? HAHAHAHA….
Locutor-sama: Por favor, não dê risada de maneira nervosa.
Moon: Desculpe.
Locutor-sama: Qual é o problema?
Moon: O problema é que a minha escrita parece nunca evoluir.
Locutor-sama: Não está imaginando coisas?
Moon: Exatamente como o Pikachu em Pokémon!
Locutor-sama: Autora, não perca o foco.
Moon: Não estou perdendo o foco!
Locutor-sama: Vá dormir!
Moon: Você também está me dizendo isso??
Locutor-sama: Está precisando dormir. Por isso não consegue escrever direito.
Moon: Ora, ora! Não diga isso. Estou escrevendo perfeitamente bem!
Locutor-sama: Isso é por causa do corretor ortográfico que chama a sua atenção.
Moon: Talvez. Mas eu quero ter a sensação de completado, entende?
Locutor-sama: Vai escrever todos as histórias para setembro hoje?
Moon: Estou tentando!
Locutor-sama: Vá dormir!
Moon: Não, não! Falta pouco.
Locutor-sama: Deixe para amanhã.
Moon: Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje.
Locutor-sama: Daqui a pouco é meia-noite.
Moon: A noite é uma criança, narrador tolinho.
Locutor-sama: Você também é, vá dormir.
Moon: Eu não sou uma criança.
Locutor-sama: Está agindo como uma.
Moon: Locutor…
Locutor-sama: Vai mesmo discutir comigo?
Moon: Não é uma discussão! É uma conversa agradável.
Locutor-sama: Vá dormir.
Moon: Quantas vezes vai dizer isso?
Locutor-sama: Todas as vezes que forem necessárias para convencê-la.
Moon: Francamente, Locutor. Você não tem jeito.
Locutor-sama: Não, é você que não tem jeito.
Moon: Talvez nenhum de nós tenha jeito.
Locutor-sama: Tenho certeza que eu tenho jeito.
Moon: Quanta arrogância da sua parte.
Locutor-sama: Eu não sou arrogante.
Moon: Claro que é!
Locutor-sama: Não sou não.
Moon: Você é arrogante assim como a Hello gosta de paçoca.
Locutor-sama: Isso não tem nada a ver.
Moon: Claro que tem. Eu sou a autora. Sei de tudo!
Locutor-sama: Sabe nada!
Moon: O que é isso? Vai começar uma revolta?
Locutor-sama: Não, mas é pedir demais que tenha bom senso?
Moon: Eu tenho bom senso.
Locutor-sama: Então vá dormir.
Moon: Locutor…
Locutor-sama: O que foi?
Moon: Depois dessa, faltarão apenas quatro.
Locutor-sama: Está mesmo fazendo tudo correndo, não é…?
Quando se faz algo, existe aquela sensação recompensadora de… de… algo? Algas! Não, espera um minuto!
No estúdio Happy Green Things, no escritório da autora.
Moon: Estou acabando as histórias de setembro! Faltam apenas oito, contando com essa. Apesar que é cedo demais para comemorar…
Locutor-sama: Nunca é cedo demais para se comemorar, senhorita Moon.
Moon: Acha mesmo?
Locutor-sama: Sim! Você coloca o seu coração nisso… E começa a comemorar!
Moon: Parece fácil.
Locutor-sama: Sim, mas antes de comemorar…
Moon: Oi?
Locutor-sama: Você deve terminar de escrever as histórias primeiro.
Moon: Pensei que havia dito que nunca é cedo demais para se comemorar!
Locutor-sama: Eu pensei novamente.
Moon: Entendo.
Locutor-sama: Senhorita Moon…
Moon: O que foi?
Locutor-sama: Olhar para a tela não fará a história ser escrita.
Moon: Sei disso.
Locutor-sama: Sabe mesmo?
Moon: Lógico que sei!
Locutor-sama: Então escreva.
Moon: Estou tentando! Mas não consigo.
Locutor-sama: Não consegue?
Moon: Não.
Locutor-sama: Autora… Isso é porque fiquei deitado na minha cama?
Moon: Não, não. Estou apenas decidindo o que irei escrever a seguir.
Locutor-sama: Está decidindo isso olhando para o computador?
Moon: Sim!
Locutor-sama: Você não decidi coisas olhando para o computador.
Moon: É?
Locutor-sama: Não é um método muito bom.
Moon: Mas é eficiente!
Locutor-sama: Não, não é não!
Moon: Como você é chato, narrador.
Locutor-sama: Eu não sou chato.
Moon: É chato, sim!
Locutor-sama: Isso não vai fazer que eu escreva a história para você.
Moon: E quem disse que EU quero que você escreva a história para mim?
Locutor-sama: Ninguém disse.
Moon: Ninguém?
Locutor-sama: Mas estou com uma leve desconfiança…
Moon: A sua desconfiança está errada, oras!
Locutor-sama: Não, não! O sexto sentido desse narrador nunca falha.
Moon: Você tem sexto sentido?
Locutor-sama: Todos nós temos um sexto sentido.
Moon: Temos mesmo?
Locutor-sama: Sim.
Moon: Que perigoso!
Locutor-sama: Não estou falando de ver fantasmas.
Moon: Oh. Ainda bem!
Locutor-sama: Ver fantasmas é, de fato, muito perigoso.
Moon: Acha mesmo?
Locutor-sama: Existem muitos fantasmas de cantores de ópera.
Moon: Esse seu medo não é racional!
Locutor-sama: Medos não são para serem racionais.
Moon: Se medos pensassem, ia ser muito assustador.
Locutor-sama: Essa foi a melhor piada que você pensou?
Moon: Não é uma piada! É apenas uma reflexão inocente.
Locutor-sama: Que frase inteligente. Ótima para colocar em um pôster. Usando Comic Sans.
Moon: Um pôster com Comic Sans?
Locutor-sama: Sim.
Moon: Está louco? Eu odeio Comic Sans!
Locutor-sama: O que você tem contra a fonte Comic Sans?
Moon: Ela é uma fonte feia.
Locutor-sama: Você é gourmet?
Moon: Que absurdo! Fonte não é comida.
Locutor-sama: E assim a história termina com uma verdade que todos já sabiam.
Moon: Não termine uma história de maneira sarcástica!
Se sair da cama, você trairá a confiança dos… *musiquinha de suspense* SEUS SONHOS!
No apartamento do Locutor-sama
Pascoal: Como assim, você não vai levantar?
Locutor-sama: A cama está muito confortável.
Pascoal: Mas você tem que levantar, cara!
Locutor-sama: Não diga “cara”, irmão. Não combina com você.
Pascoal: Tem razão.
Locutor-sama: Não posso levantar daqui, e trair os meus sonhos. Isso seria rude!
Pascoal: Não acredito que você vai desperdiçar um “Locutor-sama Adventures” sem viver nenhuma aventura!
Locutor-sama: Você não entende, Pascoal. Estou vivendo uma aventura nesse momento.
Pascoal: Qual?
Locutor-sama: A aventura que é decidir se me levanto da cama, ou não.
Pascoal: Quem você é, o Garfield?
Locutor-sama: Garfield é que tem sorte. Um narrador como eu, sempre tem muito trabalho.
Pascoal: Eu não estou vendo você trabalhar hoje.
Locutor-sama: Mas é claro que eu estou trabalhando. Não estou, Random?
Random: Ele está sendo dramático!
Pascoal: Este é o seu trabalho também? Não me parece muito difícil.
Locutor-sama: As coisas nem sempre são como parecem, irmão.
Pascoal: Para mim, parece que você está com preguiça.
Locutor-sama: Não seja ridículo.
Pascoal: Mas é o que me parece.
Locutor-sama: Entendo.
Pascoal: Não, você não entende! Deixa de ser preguiçoso.
Locutor-sama: Francamente, Pascoal. Eu não estou sendo preguiçoso!
Pascoal: Você está sendo preguiçoso!
Locutor-sama: Não estou não.
Pascoal: Está sim!
Locutor-sama: Não estou não!
Pascoal: Está sim!
Random: Ele só está descansando.
Pascoal: Não o defenda!
Random: Alguém tem que fazer o trabalho sujo.
Pascoal: Sujo de quê?
Random: Farinha.
Pascoal: Farinha…
Locutor-sama: Farinha!
Pascoal: Não importa! Apenas levante.
Locutor-sama: Não.
Pascoal: Eu nunca vi você tão preguiçoso.
Locutor-sama: Da próxima vez, irei me lembrar de fazer isso fora do alcance de seus olhos.
Pascoal: Ah, é?
Locutor-sama: É.
Pascoal: Está bem. Ficarei sentando até você se levantar!
Locutor-sama: Isso é ridículo.
Pascoal: Ridículo?
Locutor-sama: Sim! É ridículo. Ridículo mesmo.
Pascoal: Ah, é?
Locutor-sama: Eu não irei me levantar.
Pascoal: Nem no final da história?
Locutor-sama: Não.
Random: Um mistério!
Locutor-sama: Não existe mistérios, quando se trata da minha teimosia, Random!
Pascoal: Isso é ridículo, de fato! Você tem que levantar ou vou chamar a nossa mãe.
Locutor-sama: Você não irá chamar uma personagem que não tem nome.
Pascoal: Nossa mãe não tem nome??
Locutor-sama: O nome dela não pode ser nomeado.
Pascoal: Ela é o Voldemort??
Locutor-sama: Cansei dessa discussão desnecessária.
Pascoal: Quer dizer que você vai se levantar?
Locutor-sama: Não! Irei fugir do meu destino até o fim!
Pascoal: Francamente… Eu desisto.
Locutor-sama: Você não pode desistir!
Pascoal: Se eu quiser, eu desisto sim!
Random: E então, finalmente Locutor-sama se levantou.
Locutor-sama: Eu não sou uma pessoa com convicções fortes, pelo visto.
E quando você escreve, você escreve! Não, na verdade você dança. Tango. Com os Tacos. What?
No estúdio Happy Green Things, escritório da autora.
Moon: Francamente, eu não sei. Shortinhos camuflados? Eu sou melhor do que isso. Mas… Shortinhos camuflados! Sir Bigodón! Talvez algo com… Oh, eu não sei! Locutor!
Locutor-sama: Sim?
Moon: Faça alguma coisa!
Locutor-sama: Está bem. *levanta da sua cadeira e empurra a sua mesa* Farei algo no próximo minuto.
Moon: Faça de uma vez!
Locutor-sama: *começa a dançar moonwalk*
Moon: Ma-mas porquê?
Locutor-sama: Você não especificou o que queria que eu fizesse.
Moon: Tem toda a razão.
Locutor-sama: *senta novamente*
Moon: Ei! Eu disse para você sentar?
Locutor-sama: Não existe melhor recompensa após dançar moonwalk perfeitamente do que sentar!
Moon: E o que você faz aí no seu notebook?
Locutor-sama: O que eu faço aqui?
Moon: Não me diga que… Está jogando Royal Story!
Locutor-sama: Não.
Moon: Então o que está fazendo de tão interessante?
Locutor-sama: Escrevendo?
Moon: As histórias para mim?
Locutor-sama: Não.
Moon: Não!
Locutor-sama: Autora, estou escrevendo frases de efeito. É para depois, entende? Ou acha que a minha narrativa é improvisada?
Moon: Quer dizer que não é natural??
Locutor-sama: Bom, eu não posso viver apenas de improvisos.
Moon: Quer dizer que você não diz essas coisas dramáticas naturalmente…
Locutor-sama: Eu preciso treinar em algum momento, senhorita Moon!
Moon: Treinar?
Locutor-sama: É claro!
Moon: Entendo… Na frente do espelho?
Locutor-sama: Como você sabe??
Moon: Eu tenho informantes!
Locutor-sama: Informantes… Não quer dizer fofoqueiros?
Moon: Falar informantes é muito mais legal!
Locutor-sama: Fofoqueiros.
Moon: Ma-mas o que é isso? Está querendo discutir?
Locutor-sama: Não, mas eu tenho um compromisso com a verdade.
Moon: Você não é jornalista.
Locutor-sama: Quer dizer que eu não posso ter compromisso com a verdade só porque não sou jornalista??
Moon: Por que está tão horrorizado?
Locutor-sama: É apenas para dar um toque cômico.
Moon: Você é tão estranho, Locutor-sama.
Locutor-sama: Eu não sou estranho.
Moon: Você tem medo de cantores de ópera!
Locutor-sama: E o que há de errado nisso?
Moon: É muito esquisito. E estranho.
Locutor-sama: Já entendi, senhorita Moon.
Moon: Não! Você não me entendeu.
Locutor-sama: Como não?
Moon: Se você me entendesse, teria superado seu medo de cantores de ópera há muito tempo!
Locutor-sama: Isso e isso são duas coisas completamente diferentes.
Moon: Como são diferentes?
Locutor-sama: Autora, agora é a senhorita que não está me entendendo.
Moon: Você não se explica direito!
Locutor-sama: Autora… Você é você. E eu, sou eu!
Moon: É assim que essa história vai terminar?
Locutor-sama: É sim!
Existem tarefas tão complicadas, que nem te recompensam com moedas celestiais! Que absurdo.
Moon: ESCREVA, escreva, ESCREVA. ESCRE-VA!
Locutor-sama: Senhorita Moon, sei que esse é o seu escritório e o seu digníssimo estúdio, mas não grite. Vai espantar os passarinhos!
Moon: Tsc. Eu estou me motivando para escrever mais histórias emocionantes! Engraçadas! Motivacionais! Mas tudo o que faço é escrever sobre mim em um estúdio imaginário. Deprimente.
Locutor-sama: Oh, você está tendo uma das suas crises novamente.
Moon: Que crise?? *soca a mesa* Eu sou melhor que isso. Não tenho crises. Já basta a crise econômica que encarece paçoquinhas!
Locutor-sama: Eu não sei bem se é culpada dela o preço das-
Moon: Escrever. Escrever. Escrever.
Locutor-sama: Você está repetindo isso, mas não escreve nada.
Moon: Nossa! Como você é atento, meu caro. Será possível que você é… O narrador?
Locutor-sama: Não vou tentar entender o porquê de você estar sendo irônica com seu adorável narrador, mas tudo bem.
Moon: Locutor-sama, preste atenção no que vou dizer.
Locutor-sama: Estou ouvindo, diga logo.
Moon: Você não é adorável!
Locutor-sama: Pare de socar a mesa. Quer machucar sua mão?
Moon: Bobinho, eu não vou machucar minha mão. Isso é só um alívio cômico!
Locutor-sama: Particularmente não vejo graça nesse seu alívio cômico.
Moon: E não vai dizer nada?
Locutor-sama: Sobre você dizer que não sou adorável…? NÃO.
Moon: Como não??
Locutor-sama: Senhorita Moon. Você está apenas me jogando palavras aleatórias que soam como insultos… Não são pedras. Não podem me machucar.
Moon: Não fique adaptando frases de efeito.
Locutor-sama: As frases de efeito devem ser renovadas de tempos em tempos.
Moon: Como um contrato?
Locutor-sama: Como um contrato.
Moon: Interessante.
Locutor-sama: Você está muito irônica, hoje.
Moon: Só hoje?
Locutor-sama: Bem, a sua especialidade não é exatamente a ironia.
Moon: Nã-não?
Locutor-sama: Não.
Moon: Devo trabalhar na minha ironia?
Locutor-sama: Deve trabalhar nas suas histórias inacabadas!
Moon: Tsc. Por que não me manda comer bolo de chocolate? É muito mais legal!
Locutor-sama: Existe algo na vida além do chocolate.
Moon: Sei disso. Mas eu devo comer chocolate!
Locutor-sama: Assim como você como chocolate com amendoim mesmo que não devia?
Moon: Tsc. O bombom com amendoim é gostoso! E tem chocolate. Ah, eu estou confundido tudo, mas você entendeu. *dá de ombros*
Locutor-sama: Autora… Você gosta de viver perigosamente.
Moon: Eu não vivo perigosamente! Sabe, eu não tenho amigos…
Locutor-sama: Oh?
Moon: Onde estão os amigos para me darem um bilhão em dinheiro??
Locutor-sama: Por favor, não repita piadas que vê em rede social, autora.
Moon: Tsc. Você não achou engraçado?
Locutor-sama: Não.
Moon: ESCREVA, escreva, ESCREVA. ESCRE-VA!
Locutor-sama: Não termine a história me ignorando!
Dois personagens estão brigados… BRIGADEIROS! Estou perdendo o foco… Os brigadeiro acabaram, sabem.
Hello: Aqui está eu, Hello. Comendo brigadeiros. Não tem paçoca… Ah, paçoca! Não importa. Não é para falar de paçocas que estou aqui hoje!
Locutor-sama: *lendo jornal desinteressado*
Hello: Ei! Estou falando com você.
Locutor-sama: Não estava falando com os telespectadores?
Hello: Nós não estamos na televisão.
Locutor-sama: Ora, isso não faz muita diferença.
Hello: Não importa!
Locutor-sama: Não importa, então não importa.
Hello: Locutor, caso você não se acerte com o Barman… Eu serei a narradora de agora em diante!
Locutor-sama: *começa a rir*
Hello: O que eu falei de tão engraçado?
Locutor-sama: Você não pode ser narradora.
Hello: Não posso?
Locutor-sama: Não pode… Mas! Mais importe do que isso, eu devo acabar com essa briga estúpida que estou com meu primo Barman.
Hello: Esse é o espírito! Vá lá!
Locutor-sama: *levanta*
Hello: Locutor-sama foi andando para procurar Barman, e terminar de uma vez por todas essa briga estúpida.
Locutor-sama: Não me siga.
Hello: Claro que vou segui-lo! Sou a narradora.
Locutor-sama: Você não é a narradora coisa nenhuma.
Hello: Ora, e quem você é para me dizer uma coisa dessas?
Locutor-sama: O narrador!
Hello: Ora! Ora! E daí? Eu não posso ser narradora, também?
Locutor-sama: Não, não pode.
Hello: Tsc! Não posso ser narradora, não posso ser garota mágica…
Locutor-sama: Para quê você quer ser uma garota mágica?
Hello: Quem não quer ser uma garota mágica?
Locutor-sama: Eu.
Hello: Pfft! Claro que não, você é homem.
Locutor-sama: Tsc.
Hello: Ei, ei, ei! Não me trate dessa maneira.
Locutor-sama: Eu vou bater na porta do quarto do Barman. Pode ficar em silêncio por alguns minutos, por gentileza?
Hello: Hmph. Claro. *fica de braços cruzados*
Barman: *abre a porta após o Locutor-sama bater* Locutor!
Locutor-sama: Por que está tão surpreso?
Barman: Bem… Os bodes. Pensei que eles eram mais importantes e que você nunca mais iria falar comigo.
Locutor-sama: Ora, vamos terminar com isso. Não vamos esperar a autora decidir como vai encerrar a nossa briga!
Barman: Tem razão, mas e os bodes.
Locutor-sama: Ora, quem de fato se importa com os bodes?
Barman: Bem, devíamos nos importar. Os bodes tem uma sala cheia de vasos sanitários… Os bodes são muito esquisitos.
Locutor-sama: São mesmo.
Barman: Amigos novamente?
Locutor-sama: É claro!
Hello: E o dia foi salvo, graças a narradora Hello!
Locutor-sama: Você não teve nada a ver com isso.
Barman: Narradora?
Hello: Se não fosse por mim, Locutor-sama não iria aceitar fazer as pazes com você, Barman. Ele não quis aceitar o risco de uma concorrente tão forte para ser uma narradora!
Barman: Oh. É?
Locutor-sama: Não me olhe com essa expressão que está se divertindo com isso.
Barman: Desculpe.
Hello: Quando tudo está bem, termina bem!
Locutor-sama: A frase não era bem essa…
Hello: Não importa!
“Você nunca deve me deixar sozinha em casa… Pois eu esvaziarei o seu pote de biscoitos!” *musiquinha de filme de terror ao fundo*
Moon: Eu andava pelo estúdio de Happy Green Things, procurando algo e alguém. O “algo” seria inspiração para uma historinha (a porcaria havia fugido horas atrás) e “alguém” seria o narrador. Cadê aquele bendito narrador? Some quando mais preciso dele!
Capitão Yay: Ele deve estar no banheiro.
Moon: No banheiro, Capitão?
Capitão Yay: No banheiro!
Moon: Eu não vou procurá-lo no banheiro.
Capitão Yay: Pensei que a busca pelo Locutor-sama era urgente.
Moon: Não é tão urgente como eu imaginava.
Capitão Yay: Você desistiu muito rápido.
Moon: É simples, meu amiguinho.
Capitão Yay: Não use diminutivo para alguém que tem apenas dez centímetros de altura!
Moon: Oh! Desculpe. Enfim, Cap… Achar a inspiração é mais importante que encontrar o narrador!
Capitão Yay: AH! Então você sabe bem o que é a sua prioridade.
Moon: É claro! Inspiração! Venha para a Moonzinha!
Capitão Yay: Chamá-la vai dar certo…?
Moon: Horas se passaram, e uma boa notícia. Encontrei o Locutor-sama! A má notícia é que ele estava com uma expressão de quem tomou café demais, e eu preferia encontrar a minha inspiração querida do que meu narrador nesse estado lastimável.
Locutor-sama: Senhorita Moon….
Moon: O que há com você, homem?
Locutor-sama: Os bodes devem ser livres.
Moon: É, eles devem! E….?
Locutor-sama: Não tem “e”, autora. Eles devem ser livres, e ponto final!
Moon: Estou vendo um “e” aí na sua frase. Tá querendo enganar a quem?
Locutor-sama: Não estou querendo enganar ninguém?
Moon: Oh, não…?
Capitão Yay: Talvez a si mesmo?
Moon: Concordo com você, Cap!
Locutor-sama: Por que o bode não questiona as ordens que ele recebe…?
Moon: Porque o bode é preguiçoso, Locutor.
Locutor-sama: Preguiçoso?
Moon: Sim! Agora, pare de ficar com essa cara de perturbado por causa de um bode. Quem liga para os bodes? Eu nem sabia que eles tinham telefone!
Locutor-sama: Sim, eles tem telefone. E celulares!
Moon: Aposto que sabem usar celular melhor que eu.
Capitão Yay: Qualquer um sabe usar celular melhor que você.
Moon: Obrigada pela parte que me toca, amiguinho!
Locutor-sama: O bode não quis ser salvo. Não acha isso triste?
Moon: De repente, ele ia ser salvo em um área de trabalho lotada! Ninguém quer ser mais um arquivo salvo em uma pasta bagunçada.
Capitão Yay: A área de trabalho NÃO é uma pasta.
Moon: Isso é o que “eles” querem que você pense.
Capitão Yay: E quem são “eles”…?
Moon: Não sei, mas é legal falar assim, não concorda? Fica misterioso!
Capitão Yay: Oh, o mistério!
Locutor-sama: Ninguém está levando o problema dos bodes a sério.
Moon: Esqueça dos bodes e vá trabalhar!
Locutor-sama: Me recuso!
Moon: Então fica aí mesmo, nesse cantinho escuro!
É física? É dramático! Não tem solução matemática. Ah, a arte!
Barman: Tudo começou na sala de estar da Casa Verde, onde eu, Jean Paul (mais conhecido como Barman) estava sentado em uma das poltronas. Locutor-sama, meu primo que na verdade tem o nome de Leonard também estava sentado, mas no sofá. Nunca poderia imaginar que essa seria uma das conversas mais estranhas que eu teria com ele! Está ficando maluco, o pobre coitado. Tão jovem!
locutor-sama: Para bode.
Barman: Quê?
Locutor-sama: Por que o bode foi ordenado para parar?
Barman: Hm… Er…
Locutor-sama: Ele pode questionar as ordens que foram dadas à ele! Por que ele não faz isso? Ele não quer a preciosa liberdade?
Barman: Locutor…
Locutor-sama: Isso me faz perguntar o porquê do bode-
Barman: Você enloqueceu, Leonard??
Locutor-sama: Você não entende nada sobre bodes.
Barman: Não. Eu não sou louco!
Locutor-sama: O George Clone entenderia.
Barman: Não seria o George Clooney?
Locutor-sama: Não seja ridículo, Jean Paul! O que o George Clooney faria para mim? Ele não entende sobre bodes.
Barman: Eu não deveria questionar você em momentos como esse…
Locutor-sama: Ele não me faria café! O George Clone por exemplo, não oferece nem um copo de água. Bendito George Clone.
Barman: Isso… É papo de louco.
Locutor-sama: Isso não é papo de louco, primo. É papo de gênio!
Barman: Certo… Tá certo….
Locutor-sama: Não me desvie o olhar como se eu estivesse maluco!
Barman: Eu não estou fazendo isso.
Locutor-sama: Está, sim! Eu sou o narrador. Meu trabalho é notar essas coisas.
Barman: É mesmo…?
Locutor-sama: Não me olhe com essa expressão de pena sarcástica!
Barman: Nem sabia que podia fazer-se uma expressão dessas!
Locutor-sama: Claro que pode! O Ser humano é fascinante.
Barman: Muito fascinante.
Locutor-sama: Mas o bode-
Barman: Eu não me importo com os bodes!
Locutor-sama: Você deveria se importar com os bodes!
Barman: Quem se importa com os bodes?
Locutor-sama: Os bodes… Eu me importo com os bodes!
Barman: Ah, é sério?
Locutor-sama: Sério! Eu não posso acreditar, justo você? Não se importar com bodes? Essa foi a pior coisa que podia fazer!
Barman: Não entendi muito bem, mas ele ficou ofendido. E eu pensava que pior coisa era você não ter um amor correspondido. Era mentira! O pior que pode acontecer é ofender uma pessoa e não entender bem o porquê de isso ter acontecido. Benditos bodes! Bendito George Clone, seja lá quem você seja! *fecha o diário que estava escrevendo* ODEIO BODES! Espera, isso não faz sentido… Ah! NÃO IMPORTA!
Mantenha o foco! Mas isso não quer dizer que você deve manter comprar um aquário gigante e colocar o marido da foca!
Locutor-sama: É mais um dia no escritório da senhorita Moon no estúdio Happy Green Things. O que será que há na mente da autora, que olha para um copo alto que está escrito Argentina nesse momento?
Moon: *segurando e analisando o copo* Não se fazem mais sucos de uva como antigamente, meu caro narrador. Eu não quero viver mais nesse planeta!
Locutor-sama: E eu esperando algo mais sério. Como sou um homem tolo!
Moon: Os sucos de uva tem gosto de química, e mancham o copo. Explique isso!
Locutor-sama: Químico?
Moon: Eu não queria que você explicasse, sabe.
Locutor-sama: Não queria? Eu sinto muito. Existem momentos em que seu narrador simplesmente não a entende.
Moon: Não refira a si mesmo na terceira pessoa.
Locutor-sama: Tem razão, não é dramático o suficiente. Mas soa mais irônico, não concorda?
Moon: Você está me ironizando? *levanta da cadeira subitamente*
Locutor-sama: Um narrador como eu tem o direito de ficar entediado.
Moon: Ah, é mesmo…? Você está é querendo divertir-se às minhas custas! *aponta para o narrador*
Locutor-sama: Com todo o respeito, mas a senhorita não tem um tostão no bolso.
Moon: Não use “com todo o respeito” para escapar de parecer mal educado.
Locutor-sama: Então eu não posso tentar ser engraçado…?
Moon: Não. *senta novamente na cadeira*
Locutor-sama: Ser dramático todo o momento requer muita energia e criatividade, senhorita Moon. Eu gostaria que você entendesse, existem momentos que preciso ser engraçado.
Moon: Para quê? Impressionar garotas?
Locutor-sama: É essa imagem que eu passo para você…? Do tipo que perde horas da vida tentando impressionar mulheres?
Moon: Então… Para quê você quer ser engraçado?
Locutor-sama: Para fazer os outros rirem gratuitamente.
Moon: Você deveria cobrar por isso. É mais lucrativo!
Locutor-sama: Autora, não seja como a Tuta-sama…
Moon: Hmm? Eu estou me transformando em um guaxinim, por acaso?
Locutor-sama: Não foi isso que eu quis dizer.
Moon: Oh. Não?
Locutor-sama: Não.
Moon: Entendo. *volta a observar o copo*
Locutor-sama: O que há de tão interessante nesse copo?
Moon: Ele é alto.
Locutor-sama: É?
Moon: É.
Locutor-sama: Deve ser difícil secá-lo por dentro com um pano de prato.
Moon: Bastante.
Locutor-sama: E como você faz?
Moon: Eu peço para a fada mágica secar o copo para mim.
Locutor-sama: Não acredito nisso.
Moon: Não diga uma coisa dessas! Isso faz fadas desaparecerem.
Locutor-sama: Sinto muito.
Moon: Se bem que a Tuta iria gostar se a Matilde desaparecesse.
Locutor-sama: A Tuta-sama não é insensível assim.
Moon: Sim, ela é. E a Matilde também não iria me fazer falta.
Locutor-sama: Ela é mãe de duas crianças.
Moon: E…?
Locutor-sama: Tenha piedade.
Moon: Tem razão, terei piedade. Mas! Isso não quer dizer que essa autora aqui vai perdoar as indústrias por terem estragado o suco de uva!
Locutor-sama: As indústrias não se importam com a sua opinião.
Moon: Tem razão! Elas só se importam com os lucros.
Locutor-sama: E então a autora ficou em silêncio, pelo resto desse dia. O que é uma tremenda mentira, porque nunca que na vida real seria entretenimento o suficiente para ela, analisar um copo!
Uma coisa que você vê sempre, só é importante quando não existe mais…?
No escritório da autora, em Happy Green Things.
Moon: Nós tivemos tantos bons momentos juntos… Paris. Atrás de nós dois tinha a Torre Eiffel. Era um momento único entre nós dois.
Locutor-sama: Você nunca foi a Paris!
Moon: Cale a boca.
Locutor-sama: Mas você nunca-
Moon: A nossa combinação era perfeita, nós éramos perfeitos um par o outro! Inseparáveis! Divertidos!
Locutor-sama: Era só um copo.
Moon: NÃO ERA SÓ UM COPO! ERA o copo, seu narrador ignorante. Mas em 11 de agosto ele foi quebrado, junto com todos os meus sonhos.
Locutor-sama: Isso é muito triste. Veja pelo lado bom, agora pode fazer monólogos dramáticos.
Moon: Era o que eu estava tentando fazer, mas você veio me cortar.
Locutor-sama: Não é uma pessoa dramática o suficiente, autora.
Moon: Do que está falando, pombas? Eu sou a autora! Escrevo todas as suas frases!
Locutor-sama: Isso não quer dizer nada.
Moon: O que é isso? Revolução??
Locutor-sama: A revolução dos bichos.
Moon: De onde saiu esse porquinho com uma taça de vinho?
Locutor-sama: Que horror, senhorita Moon. É de causar tanto espanto assim, ver algo aparecendo do nada das suas histórias? Estou decepcionado. Nunca esperava que você iria se tornar uma pessoa tão sem graça de repente. É porque não tem escrito ultimamente?
Moon: Eu tenho escrito ultimamente!
Locutor-sama: Pensar nas suas história não conta.
Moon: Conta sim!
Locutor-sama: Senhorita Moon…
Moon: Que foi?
Locutor-sama: Nada.
Moon: Você ia falar algo, narrador! Diga algo.
Locutor-sama: Por que a galinha ia atravessar a rua?
Moon: Ela ia? Quer dizer que não atra- Espera, não era isso o que você ia falar.
Locutor-sama: Não era, de fato.
Moon: Por que você não me diz o que ia falar, então?
Locutor-sama: Por um motivo bem simples.
Moon: E qual seria?
Locutor-sama: Esqueci o que eu ia falar.
Moon: Você esqueceu o que ia falar agora??
Locutor-sama: Não, antes.
Moon: Sério? Mas… Como isso aconteceu?
Locutor-sama: Você deixou o Royal Story aberto.
Moon: E o que isso tem a ver com tudo isso?
Locutor-sama: A senhorita distraiu-se com um joguinho simples, fazendo seu personagem narrador esqueceu o que ia falar!
Moon: Ah, isso não é grande coisa.
Locutor-sama: Claro que é grande coisa!
Moon: Eu não acho.
Locutor-sama: Pois eu acho!
Moon: Que besteira.
Locutor-sama: E se fosse alguma frase super hiper dramática?
Moon: Você não tinha dito que eu não estava sabendo ser dramática ou coisa do tipo? Cara, eu já esqueci o que você ia falar.
Locutor-sama: Senhorita Moon, enquanto estiver com o jogo aberto… Você não vai prestar atenção no que está escrevendo.
Moon: Não importa! Estou escrevendo apenas porque minha energia está carregando.
Locutor-sama: As histórias caíram para segundo na sua lista de prioridades?
Moon: A minha lista de prioridades está sempre mudando, sabia?
Locutor-sama: Isso é pior ainda!
Moon: Agora com licença. Eu vou ao banheiro, refletir sobre como a vida é triste sem meu copo azul!
Locutor-sama: No banheiro?
Moon: Assim você não me interrompe!
Locutor-sama: Divirta-se.