No apartamento do Locutor-sama.
Random: Locutor! Locutor! Acorde, Locutor!
Locutor-sama: Mais cinco minutinhos, mamãe.
Random: Vamos lá, cara. Acorde!
Locutor-sama: Eu não quero ir para a escola, hoje. Estão todos rindo de mim porque eu falei presunto ao invés de presente na chamada.
Random: Ô Locutor, ninguém quer saber dos seus traumas de infância.
Locutor-sama: O professor chamou-me de engraçadinho. Eu disse que foi sem querer querendo.
Random: Céus, já vi que hoje é um daqueles dias!
Locutor-sama: Eu não queria dizer presunto. E porque temos que dizer “presente” ao responder a chamada? Não é como se nós ganhássemos alguma coisa. É triste usar a palavra “presente” em vão, sabe.
Random: Acorde, Locutor. Você está apenas envergonhando a si mesmo!
Locutor-sama: Realmente, não dá para entender. Se os pássaros vão para o sul, porque os pinguins não podem mudar de lugar? Isso é uma grande injustiça. É só porque eles não voam?
Random: Mudou de assunto completamente?
Locutor-sama: É como se fosse uma conspiração, entende. Tudo para fazer os sabonetes líquidos acabarem mais rápido!
Random: Alguém decidiu não fazer sentindo nenhum, hoje. E eu pensei que era a minha função, a de ser aleatório! Estão querendo me fazer perder meu emprego.
Locutor-sama: Mamãe, eu acho que estou doente. Não dá para adiar as horas mais um pouquinho? Não quero ir ao dentista.
Random: Adiar as horas? Isso nem é possível! Alguém está querendo me assustar, e está conseguindo.
Locutor-sama: O dentista não é tão bonito quanto o nome.
Random: Céus! Locutor! Locutor-sama! Terra chamando Locutor-sama! Planeta X chamando Locutor-sama! Ou sei lá o quê. Nem sabia que ele falava dormindo, deus do céu…
Locutor-sama: Aqui quem fala é o Comandante Maçã Verde. Eu não sei onde estou, e acho que devo estar perdido no espaço.
Random: Comandante Maçã Verde? Esse meu amigo narrador!
Locutor-sama: Capitão Abobrinha, responda. Capitão Abobrinha! Não me diga que foi capturado pelos piratas do espaço?
Random: Me pergunto quem é Capitão Abobrinha!
Locutor-sama: Capitão Abobrinha, diga alguma coisa.
Random: Eu não sou o Capitão Abobrinha, mas posso dizer algo se você quiser.
Locutor-sama: Caramba, Capitão Abobrinha. Nunca pensei que você, entre todas as pessoas fosse me ignorar. Confesso que estou muito chateado com isso!
Random: Locutor, pare de ficar aí se envergonhado e acorde de uma vez.
Locutor-sama: Atualmente não se pode ter certeza de nada. É como se a qualquer minuto, alguém fosse cutucá-lo sem motivo nenhum.
Random: Isso não vai acabar nunca? Estou começando a ficar entediado com isso tudo!
Locutor-sama: As pessoas precisam de um motivo para tudo. Se não, como não saber que vale a pena viver?
Random: Sei lá. O que importa não é pegar, é a busca e coisas assim. Não me lembro da frase direito!
Locutor-sama: *começa a roncar*
Random: É. Eu vou deixar ele assim, mesmo.
Longe de ser típico, longo demais para ser um vestido… É uma coberta! Coberta por outras cobertas. Estranho.
Locutor-sama: Caminhei lentamente até o escritório da senhorita Moon no Estúdio Happy Green Things. Ouvia o barulho de chuva, e a atmosfera estava bastante pacífica. Mas! Esse narrador aqui estava sendo tolo, mal sabia o que aguardava no seu destino!
Random: Um sabonete!
Locutor-sama: Um sabonete? Não. Espero que não. Eu não quero escorregar em um sabonete.
Random: Não se preocupe! Eu te protejo, com minha espada flamejante!
Locutor-sama: Guarde isso, Random. Antes que alguém se queime!
Random: Desculpe.
Locutor-sama: Estávamos na frente da porta. E eu a abri! Uma cena muito esquisita estava a minha espera.
Moon: Batata.
Random: Batata?
Locutor-sama: Uma pausa dramática aconteceu. O que aconteceu com a senhorita Moon? Por que ela está usando um capuz escuro?
Random: A fase gótica é na adolescência!
Locutor-sama: A Senhorita Moon não superou a adolescência.
Random: Ainda escuta Avril Lavigne?
Moon: Batata! *levanta do chão*
Locutor-sama: Misterioso!
Random: Muito misterioso.
Moon: Batata.
Random: Onde será que tem batata?
Locutor-sama: Silêncio. Nós podemos estar sendo testados!
Random: Para sermos personagens principais?
Locutor-sama: Nós já somos personagens principais.
Random: Ah! Ainda bem.
Moon: Batata!
Locutor-sama: Senhorita Moon, nós não estamos entendendo o que está acontecendo.
Random: Nós não temos um dicionário de batatas!
Moon: Batata. Batata! Batata!
Random: Muitas batatas.
Locutor-sama: Isso já está começando a ficar preocupante!
Moon: Batata?
Locutor-sama: Autora, por favor. Nós estamos assustados!
Moon: Batata!
Random: Será que ela entrou em uma sociedade secreta de batatas?
Moon: Batata.
Locutor-sama: Existe uma coisa dessas?
Random: Nunca se sabe.
Moon: Batata. Batata.
Locutor-sama: É melhor nós voltarmos outra hora.
Random: Com batatas?
Locutor-sama: Batatas. Essa deve ser a chave do segredo para salvá-la!
Moon: Batata!
Locutor-sama: As luzes se apagaram. E de repente, se acenderam, e vimos algo inacreditável!
Random: Minha nossa senhora dos bonecos de palito!
Locutor-sama: Por todos os mestres dramáticos!
Random: Pelas barbas de Odin!
Locutor-sama: Minha nossa!
Random: Isso é assustador.
Locutor-sama: O que há na cabeça da autora?
Moon: Francamente! Até quando vocês vão ficar nessa?
Locutor-sama: Ela está curada.
Random: Pelo nosso bom senso!
Moon: Tsc. Tsc! Vocês estragaram tudo! Todo o clima de terror.
Random: Tinha clima de terror?
Locutor-sama: Tudo que aconteceu foi você estar com um capuz preto, e falar batata.
Random: E as luzes se apagaram!
Locutor-sama: E nós ficamos espantados.
Random: Muito espantados.
Moon: Certo, certo. Eu já entendi! Agora eu vou mandar vocês irem embora, pois tenho uma reflexão importante para fazer.
Random: Sobre batatas?
Moon: Sobre batatas.
Locutor-sama: A autora é definitivamente esquisita.
Uma história dramática, e poética. E misteriosa! E cômica! Essa história é um belo milk-shake.
Locutor-sama: Era noite no Estúdio Happy Green Things. O que eu estava fazendo aqui, nessa hora? Para falar a verdade, eu sempre quis ver como era o estúdio no período da noite! E hoje resolvi acabar com a minha curiosidade.
Random: A curiosidade espantou o gato!
Locutor-sama: E meu amigo Random veio me fazer companhia.
Random: Escove os dentes após as refeições!
Locutor-sama: Dizem que isso estraga os dentes.
Random: Sério?
Locutor-sama: É o que dizem.
Random: Ouviu isso?
Locutor-sama: Parecia um espirro.
Random: Será que as paredes estão resfriadas?
Locutor-sama: Isso é ridículo.
Random: Ou elas são alérgicas?
Locutor-sama: Bom, sempre existe uma possibilidade.
[Barulho de panelas mexendo]
Random: Fantasmas!
Locutor-sama: Não, eu tenho um pressentimento que é outra coisa.
Random: Espero que não seja um pressentimento funesto!
Locutor-sama: Comecei a seguir uma sombra. Bom, pelo menos parecia uma sombra nessa escuridão toda…
Random: Nós não temos sombra? Somos fantasmas?
Locutor-sama: Random, estou tentando narrar aqui.
Random: Desculpe.
Locutor-sama: Bom, nós dois continuamos a emocionante perseguição notura, e parecia que quem quer seja esse intruso, não conhece o local muito bem.
Random: Não é porque a autora não fez mapa?
Locutor-sama: Detalhes. Pensei que nós iríamos pegar a sombra intruso, pois era o fim da linha.
Random: Mãos ao alto!
Locutor-sama: Nós não estamos armados.
Random: Claro que estamos! O nosso senso de humor é uma arma!
Locutor-sama: Oh! Tem razão, amigo Random. Ué, sumiu?
Random: Que tipo de narrador você é?
Locutor-sama: O tipo de narrador que não pode prestar atenção nas piadas nessas horas difíceis.
Random: Vamos! Para “aquela” sala!
Locutor-sama: Aquela em que a senhorita Moon vira as mesas?
Random: Não, aquela que normalmente está trancada!
Locutor-sama: Aquilo é o armário de vassouras!
Random: “Aquela outra sala”!
Locutor-sama: Não sei do que você está falando.
Random: É aquela sala em que você finge que ela não existe!
Locutor-sama: É claro que eu devo fingir que ela não existe. Afinal…
Random: Destrancaram a porta “daquela outra sala!”
Locutor-sama: Céus! Por que não disse antes?
Random: Por que você estava divagando nos seus pensamentos…
Locutor-sama: Saímos correndo até a sala. E encontramos…
Random: Uma nota de cem!
Locutor-sama: Foco, Random! Não deixe se levar pelo dinheiro.
Random: É mais forte do que eu! Vá sem mim, meu amigo.
Locutor-sama: Não! Eu não vou abandoná-lo!
Random: Não vale! Você guardou a nota!
Locutor-sama: Olhe! É a senhorita Hello!
Random: Não mude de assunto! Oh…?
Hello: Sim! Finalmente! Encontrei o que precisava! *usa uma bomba de fumaça*
Locutor-sama: A Senhorita Hello roubou um pote de glitter!
Random: Na verdade, é aquele pó de timeskip.
Locutor-sama: Antes fosse glitter.
Essa é uma história estranha. Eu nunca escrevi algo assim antes! Deveria fazer isso mais vezes.
No apartamento do Locutor-sama.
Locutor-sama: Esta é uma história emocionante sobre o narrador das histórias da senhorita Moon, que sou eu, lavando o banheiro.
Random: Uma história fascinante!
Locutor-sama: Isso foi culpa sua, você sabe.
Random: Não sei do que está reclamando. Olhe só! Quantas oportunidades você tem de colocar um lencinho na cabeça?
Locutor-sama: Francamente! Só você para achar isso fascinante. E a autora.
Random: Não precisa ser tão resmungão.
Locutor-sama: Não estou sendo resmungão! E então, autora? Sabe os nomes de produto de limpeza? Não! Você não sabe. Então estarei aqui, utilizando várias coisas que você não faz ideia do nome, e sua narrativa será pobre!
Random: Céus. O narrador pirou!
Locutor-sama: Eu não pirei. E bem que poderia ajudar-me um pouquinho!
Random: Só se tiver um lencinho para colocar na minha cabeça.
Locutor-sama: Nada disso. Vai ajudar sem lencinho!
Random: Ma-mas… Agora eu tive uma ideia! Você não pode usar seus poderes de narrador para limpar o banheiro?
Locutor-sama: Não é assim que as coisas funcionam, caro Random.
Random: Não?
Locutor-sama: Se a autora quer escrever uma história sobre seu narrador lavando o banheiro, ela vai escrever.
Random: Caramba!
Locutor-sama: Quando seus “poderes” estão sendo “controlados” por alguém uma hora pode acreditar, você se dará mal.
Random: Que vida difícil.
Locutor-sama: Muito!
Random: Eu não queria ter poderes limitados.
Locutor-sama: Mas meus poderes são limitados. Eu nem posso fazer uma torta aparecer do nada no momento!
Random: Oh! Uma torta. Seria uma ótima ideia!
Locutor-sama: Espero que não esteja pensando em jogar uma torta na minha cara.
Random: Bobagem! Nem tenho tamanho e força o suficiente para fazer isso.
Locutor-sama: Quando você estava brincando de paintball…
Random: Oh, mas estar dentro de um robô gigante é bem diferente de segurar uma torta!
Locutor-sama: Que pensamento aleatório digno de você.
Random: Estou fazendo meu papel! E você está mais mal humorado do que dramático.
Locutor-sama: Experimente limpar um banheiro e manter o bom humor enquanto fazer isso.
Random: Tem razão! Mas talvez você precise de um dias de folga.
Locutor-sama: Eu não preciso de nada! Nada além de terminar o meu banheiro.
Random: Hm…
Locutor-sama: O que foi?
Random: Você precisa mesmo de uma folga!
Locutor-sama: Talvez eu precise.
Moon: Horas depois, Locutor finalmente terminou de limpar o banheiro!
Locutor-sama: E é assim que vai terminar a história?
Moon: Não seja tão crítico. Pelo menos você terminou o serviço!
Locutor-sama: Eu nunca mais quero participar de uma história sobre lavar o banheiro!
Moon: Está bem, revoltado.
Aventuras podem ser vividas por todos. Até mesmo bonecos de palito!
Locutor-sama: O cenário para essa história é um tanto estranho. Mas, já que é uma história do meu amigo Random – É justificado.
Random: Acho que é um cenário dramático!
Locutor-sama: Eu não sei… Acho que estar em cima de um trem, é um tanto exagerado.
Random: E o trem ainda está andando!
Locutor-sama: Você tem noção do que nós estamos fazendo? É muito perigoso. Corremos um risco tremendo aqui em cima!
Random: Oh, de fato. E estamos dando mal exemplo! Lembrem-se de não ficar por cima de trens que estão andando! É perigoso.
Locutor-sama: Random, você às vezes é complexo demais.
Random: Chega de jogar conversa fora! Temos que ir até o próximo vagão.
Locutor-sama: Vagão? Quer dizer que nós vamos entrar no trem?
Random: Entrar? Não. Quando eu disse que nós temos que ir para o próximo vagão, quis dizer por cima dele! [Random pula para o próximo] Venha, Locutor! Está perdendo tempo.
Locutor-sama: [pula atrás do Random, apesar de estar se sentindo receoso.] Estamos fazendo isso pela aventura?
Random: Além da aventura, sempre quis fazer como o Finn e o Jake, naquele episódio que tinha as masmorras nos vagões dos trens!
Locutor-sama: Mas eles estavam DENTRO do trem.
Random: Quer fazer exatamente o que eles fizeram? Temos que ser originais! Cadê o seu espírito aventureiro?
Locutor-sama: Devo ter deixado em casa.
Random: Olhe só, Locutor! Temos companhia, ali em cima do outro vagão.
Locutor-sama: Outros loucos como nós? Não é possível…. São almofadas!
[Random e Locutor pulam até em cima do vagão que estavam as almofadas.]
Random: Minha nossa! Elas estão jogando cartas, bastante concentradas. Estão se mexendo, mas em silêncio!
Locutor-sama: Deve ser porquê a autora não quer ter de dar nomes para elas.
Random: Não sei. Ela poderia colocar “Almofada 1, Almofada 2.”
Locutor-sama: Imagino que esteja pensando que ela planejou algo de interessante para essas almofadas?
Random: Não sei. Como iria saber? Sou o personagem com função de dizer coisas doidas e aleatórias.
Locutor-sama: Então, como narrador vou imaginar alguma coisa.
[Locutor sentou-se em cima do vagão.]
Random: Oh! Uma reflexão é algo sempre bem vindo. Quem sabe arrumo um jeito na minha mente de, arrumar meu armário?
Locutor-sama: Algo interessante para se pensar, meu amigo.
Random: Claro que é! Infelizmente não é nada de legal para se fazer.
Locutor-sama: De fato. Mas facilita futuras dores de cabeça…
Random: Sempre pensando no dia de amanhã, não é?
[No ar, um passarinho com uma câmera fotográfica tira uma foto]
Luís: Essas fotos vão vender por muito, para a revista de pessoas excêntricas!
“É claro que eu tenho algo interessante para fazer!”
Locutor-sama: Estamos aqui, no escritório da senhorita Moon. Eu e Random vamos tentar descobrir qual será o tema da próxima história.
Random: Espero que tenha algo com donuts!
Locutor-sama: Donuts?
Random: Eu gosto de donuts.
Locutor-sama: É, você gosta de donuts. Tudo bem, Random.
Random: Apesar de aqui ser o escritório da Moon, ela não está aqui.
Locutor-sama: Se a autora não está aqui, só existe uma possibilidade. Consegue imaginar, onde ela esteja?
Random: Não! Nem imagino.
Locutor-sama: Ela deve estar… Na sala secreta!
Random: Adora salas secretas!
Locutor-sama: Eu sei, Random. Todo mundo gosta de salas secretas!
Random: Nem tanto como eu gosto de donuts.
Locutor-sama: Está bem. Deixa eu ver…
[Locutor-sama tira um livro da prateleira]
Locutor-sama: AHÁ!
[Um globo de discoteca aparece]
Random: Uau!
Locutor-sama: Não era bem isso que eu esperava…
Random: Eu queria uma discoteca no meu escritório, também.
Locutor-sama: Você tem um escritório? [surpreso]
Random: É claro! Todo boneco de palito que se preze tem um escritório, caro Locutor-sama.
Locutor-sama: Quem diria. Vivendo e aprendendo.
Random: Isso mesmo!
Locutor-sama: Hm, onde será que é a entrada para a sala secreta?
Random: Sei lá! Queria pão de queijo.
Locutor-sama: Você está pensando em comer uma hora dessas?
Random: Toda hora é hora de pensar em comida!
Locutor-sama: Profundo, Random. Não sei como nunca pensei nisso.
Random: É que você não é um boneco de palito.
Locutor-sama: Sei, sei… Vamos voltar ao assunto!
Random: Podemos tirar no palitinho?
Locutor-sama: Para quê, exatamente?
Random: Sobre quem vai escolher o próximo assunto!
Locutor-sama: Não, Random. Nós não estamos aqui para ficar de “bobeira” conversando sobre frivolidades.
Random: Não seja chato. Parece que a autora não está, mesmo.
Locutor-sama: Ela tem que estar aqui! A senhorita Moon não tem tantas histórias adiantadas assim, para ficar de “bobeira”.
Random: Por que você coloca a palavra “bobeira” entre aspas?
Locutor-sama: É que não a considero uma palavra o suficientemente dramático, mais alguma pergunta?
Random: Por que o céu é azul?
Locutor-sama: Tenha a santa paciência, Random. Não estou aqui para responder perguntas filosóficas.
Random: Mas você deve responder perguntas filosóficas de vez em quando! É uma coisa importante na vida.
Locutor-sama: No momento não é possível que eu faça isso.
Random: Está bem! Então seja sábio, e descubra onde está a sala secreta da Moon. Estou cansado de ficar aqui!
Locutor-sama: Vamos ver… Pense, Locutor-sama. Onde a senhorita Moon deixaria uma entrada para sua sala secreta?
[Locutor-sama olha para os lados, então vê uma pedaço de queijo de pelúcia em cima da mesa]
Locutor-sama: Deve ser isso!
Moon: O que está fazendo, Locutor-sama?
Locutor-sama: [se vira, assustado] Autora! O que faz… por aqui?
Moon: Aqui é meu escritório. Em Happy Green Things… Lembra?
Locutor-sama: Ah sim, sim… Vamos embora, Random.
Random: É hora de dar no pé!
[Locutor-sama e Random vão embora]
Moon: Esquisito. Mais estranho do que um pedaço de queijo de pelúcia!
Random Adventures! – No local, só haviam…
Locutor-sama: O amigo de todos, o boneco de palito está em uma aventura um tanto incomum. Nesse lugar, só haviam dados gigantes!
Random: Dados gigantes! O que a autora tem na cabeça?
Locutor-sama: Eu não sei, Random. Mas olhe só para esse cenário!
Random: Está… tudo branco.
Locutor-sama: E dados. Dados gigantes!
Random: Fascinante!
Locutor-sama: O que pretende fazer?
Random: Andar… e ver o que a vida guardou para mim?
Locutor-sama: Dados gigantes?
Random: Não seja sem graça, Locutor. Existe algo além de dados, nesse lugar! Acha mesmo que a Moon ia escrever uma história sobre mim andando em um lugar que só tinha dados gigantes?
Locutor-sama: Acalme-se, Random. Você falou sem pausa nenhuma.
Random: Eu estou calmo! Muito CALMO!
Locutor-sama: Quer um milkshake, para se acalmar?
Random: Quero sim! Espera… onde você arrumou isso.
Locutor-sama: Na lanchonete.
Random: Tem uma lanchonete, por aqui?
Locutor-sama: Hm… não.
Random: Está mentindo para mim, Locutor-sama?
Locutor-sama: Eu não estou mentindo. Comprei esses milkshakes antes de vir para esse lugar.
Random: Hm… E se tiver uma maneira de sair daqui?
Locutor-sama: Como assim?
Random: Eu quero sair daqui para comprar mais milkshakes!
Locutor-sama: Bem… Deve haver uma maneira de sair daqui, sim.
Random: Girando os dados gigantes!
Locutor-sama: Girando os dados gigantes…? Mas como? Você é um boneco de palito pequenininho, e os dados são enormes.
Random: Não me subestime, Locutor-sama! Eu tenho uma ideia, de como resolver isso.
Locutor-sama: Interessante. Fale mais sobre a sua ideia.
Random: [usa um apito]
Locutor-sama: Atraído pelo som do apito, apareceu um dinossauro gigante. Sentido? É, eu não estava esperando por algo normal, mesmo. É melhor sempre esperar ser surpreendido.
Random: Fique quieto e observe, Locutor-sama!
Locutor-sama: O dinossauro começou a mexer nos dados, fazendo eles girarem. Quem diria que dinossauros tinham essa habilidade?
Random: Dinossauros comandam!
Locutor-sama: Espero que eles não comandem o planeta Terra.
Random: Eu também espero! Eles são muito inteligentes. Nunca se sabe o que os dinossauros podem estar tramando…
Locutor-sama: Número seis e três nos dados.
Random: Minha nossa! Começou a chover confete.
Locutor-sama: Confesso que por essa eu não esperava.
Random: Dinossauro, por gentileza! Tente outra vez!
[No fundo, dinossauros repetem “Tente outra vez!”]
Locutor-sama: Depois de girar os dados, os números dois e quatro aparecem. O que vai acontecer agora? Nós vamos conseguir sair desse estranho lugar?
Random: Está chovendo pipoca! Pipoca!
Locutor-sama: Pelo menos gostamos de pipoca.
Random: Mas eu queria sair daqui para comprar milkshake…
Dinossauro: Por que não disse logo? Eu conheço uma saída?
Locutor-sama: Nós dois seguimos o dinossauro, que abriu um buraco no chão. Muito esquisito.
Dinossauro: Antes de cair no buraco, gritem “AO INFINITO E ALÉM!”
Locutor-sama: Isso é bem estranho. E essa história toda foi bem estranha! Nunca me acostumo com as maluquices da senhorita Moon.
O negócio das piñatas.
Locutor-sama: Como narrador, eu já vi coisas muito esquisitas na minha vida. Por exemplo, botas mal humoradas. Até hoje não entendi o motivo de tanta raiva. Mas essa história não é sobre botas ou mal humor. O tema é “O negócio das piñatas”. Invenção do meu criativo, amigo boneco de palito, Random!
Random: “Piñata business”, my friend. Falar em inglês é muito mais elegante, não concorda?
Locutor-sama: Talvez. O que planeja fazer com o seu negócio?
Random: Abri por diversão!
Locutor-sama: Isso eu sei, mas todo negócio tem que ter um objetivo a se cumprir, não concorda? Se não, seria apenas uma grande perda de tempo… e de dinheiro!
Random: Caramba! Você está parecendo a Tuta-sama. Será que é porquê você está usando uma máscara igual a um guaxinim?
Locutor-sama: Eu não estou usando máscara nenhuma, Random.
Random: Isso é o que eles querem que você pense!
Locutor-sama: Quem são eles?
Random: Não sei. Muitas pessoas tem a mania de se referir á “eles”. Eu sempre quis fazer igual.
Locutor-sama: Mesmo sem saber quem são eles?
Random: Não comece a me confundir, Locutor. Sei lá, quem são eles! E isso não importa. O que importa é o meu negócio!
Locutor-sama: Certo… E o que você faz com ele, exatamente?
Random: Eu deixo as pessoas usarem essa espada para bater na piñata. Elas podem pegar quantos doces deixarem cair.
Locutor-sama: Eu ouvi direito?
Random: O quê?
Locutor-sama: Uma espada. Normalmente não se usa um bastão? Você vai cortar a piñata, com uma espada.
Random: A espada é de brinquedo! E eu não encontrei nenhum bastão. Mas tem esse graveto aqui, se alguém quiser.
Locutor-sama: O objetivo do seu negócio é fazer os seus clientes cometerem uma violência contra uma piñata, e depois eles podem se empaturrar de doces?
Random: Não me olhe com esse olhar de julgamento!
Locutor-sama: Random, eu não sei se isso é uma boa ideia.
Random: Como assim, não é uma boa ideia? Os doces são muito gostosos. Eu experimentei alguns, antes de colocar na piñata.
Locutor-sama: Tem doce de caramelo?
Random: Caramelo?
Locutor-sama: Caramelo.
Random: Acho que não. Que eu me lembre, pelo menos.
Locutor-sama: Então o seu negócio está destinado a falar.
Random: Ma-mas não é possível. Todo mundo gosta de doces!
Locutor-sama: Nem todo mundo. Tem gente que gosta de paçoquinha…
Random: Paçoquinha não é doce??
Locutor-sama: [tira um gravador do bolso e liga]
[voz da Hello gravada em um gravador] Paçoquinha é paçoquinha!
Locutor-sama: Pelo menos, é o que diz a senhorita Hello.
Random: Você sempre anda com um gravador no bolso?
Locutor-sama: Quase sempre.
Random: Eu… vou desistir do meu negócio.
Locutor-sama: Nessa época do ano, se tem duas opções. Abrir uma barraquinha de festa junina…
Random: Ou?
Locutor-sama: Vender camisetas estampadas de coruja.
Random: Você diz umas coisas estranhas, Locutor-sama…
O Sábio Milho Verde da Montanha.
Random: O narrador das histórias da Moon, Locutor-sama, foi em busca de um sábio Milho Verde. Parece que ele vive em cima da montanha, como todos os bons sábios!
Locutor-sama: Existem sábios que não moram em cima de montanhas, Random.
Random: Então eles não são sábios verdadeiros!
Locutor-sama: Está bem, Random. Você quem sabe.
Random: Locutor-sama andou um longo caminho, para chegar em seu objetivo. Lutou contra monstros, tomou café na padaria da esquina, tomou um pouco do refrigerante de laranja, e também…
Locutor-sama: Vivi muitas aventuras.
Random: Resumindo, sim. E você está chateado, porque não está narrando?
Locutor-sama: É claro que não.
Random: Minha nossa, Locutor! Outro monstro!
Locutor-sama: Outro?!
Random: É pior que o primeiro!
Locutor-sama: O monstro está cantando… músicas de comerciais de pasta de dente?
Random: NÃAAO!
Locutor-sama: Você tem medo disso, Random?
Random: Cla-claro que eu não tenho medo!
Locutor-sama: Senhor monstro, eu gostaria de pedir um favor. Teria a gentileza de poder ir cantar suas músicas mais para lá?
Monstro: HAAAAAR!
Locutor-sama: Har?
Random: Har?
Monstro: Sou pirata, algum problema?
Locutor-sama: Está faltando o tapa-olho.
Monstro: Tapa-olho? Que pena, eu só tenho esse elmo viking.
Locutor-sama: Você poderia se tornar viking, então.
Monstro: Viking… não combina muito comigo. Talvez seja melhor eu me tornar bailarino!
Random: Um bailarino com elmo viking? Que estranho.
Locutor-sama: Shh, Random! As pessoas tem direito de serem quem elas quiserem.
Monstro: Eu não sou uma pessoa, sou um monstro.
Locutor-sama: Oh. Desculpe.
Random: Então… nós podemos passar?
Monstro: Ah, claro que sim! Desculpem se eu assustei, mas não consigo evitar, sabem?
Locutor-sama: Essas coisas acontecem, não se preocupe.
Random: Andamos mais um pouco, e finalmente chegamos em frente da montanha!
Locutor-sama: Agora só falta escalar.
Random: E quando nós escalamos a montanha…
Locutor-sama: Olhe só, Random! Uma placa escrito “O Sábio que vivia aqui, se mudou.”
Random: E embaixo, está escrito que ele não aguentava mais viver em um local sem internet.
Locutor-sama: Faz sentido, eu acho.
– Moral: (porque toda boa história tem) Não confie na autora, principalmente quando ela está escrevendo em cima de hora.