Locutor-sama: Kekekê estava com a sua família (incluindo o ogro) no supermercado. E isso inclui a fada Matilde, também.
Matilde: O que quer dizer com “isso inclui a fada Matilde”??
Kekekê: Matilde, o Locutor-sama está no modo “narrador observador”, sendo assim, não dá para interagir com ele.
Locutor-sama: Siga o som da minha voz…
Matilde: E agora ele está zombando de mim!
Zezé: Onde será que ele está escondido?
Tadeu: Ele não está escondido! Está invisível.
Ogro: Grofa grofa. Grofa!
Zezé: O que foi que ele disse?
Tadeu: Grofa! Ele só sabe dizer isso.
Zezé: É um vocabulário um tanto limitado, o dele.
Tadeu: Mas ainda assim, pula corda muito bem.
Matilde: Ele quis dizer que o Locutor-sama não está em um lugar que qualquer um de nós possa alcançar.
Zezé e Tadeu: Ele tá no céu?
Matide: *bate com a mão na testa*
Kekekê: Deixe isso para lá, crianças. Matilde não está com muita paciência para explicar, e eu mesmo considero isso muito complicado.
Zezé: Mamãe não tem paciência para nada.
Tadeu: Nem para “nada”! Hahaha!
Zezé: Acho que ficaria melhor “nadar”!
Tadeu: É, de fato. Ou não dá para entender a piada.
Matilde: Ogro? O que há com você?
Ogro: Grofa, grofa grofa!
Matilde: O quê? Guardas interdimensionais?
Ogro: Grofa!
Kekekê: Ele… Tirou uma arma laser?
Matilde: Parece que sim.
Zezé: Grofa. Grofa? Grofa, grofa.
Matilde: É apenas um transportador de dimensões portáteis?
Kekekê: Ah, bom. Fico mais tranquilo em saber disso!
Zezé: Um negócio desses portáteis?
Tadeu: Vou pedir um desses para o Papai Noel!
Ogro: Grofa, grofa.
Kekekê: Seguro? De quê?
Matilde: O Kekekê não tem inimigos.
Ogro: Grofa. Grofa grofa!
Matilde: Nós não estamos falando do Kekekê?
Ogro: Grofa, grofa.
Matilde: Eu tenho inimigos? Mas eu-
Ogro: Grofa, grofa.*suspira*
Matilde: Está dizendo, em outras palavras, que tenho mania de perseguição??
Kekekê: Matilde! Todo mundo esta olhando…
Tuta-sama: Claro que tem mania de perseguição, sua fada louca. Não está vendo que o ogro protegeu o meu bom amigo??
Matilde: Tuta! O que faz no supermercado?
Tuta-sama: Me colocaram aqui. Fazer o quê! E quanto a você, o que faz no supermercado, Matilde? Da última vez que veio aqui, a polícia é que teve que tirá-la.
Zezé: Não foi daquela vez que abrimos os pacotes de papel higiênico?
Tuta-sama: Oh! É, não foi bem culpa da Matilde.
Tadeu: Ou da oura vez que fizemos uma fogueira para brincar de índio?
Tuta-sama: Como é que vocês trazem esses dois delinquentes adoráveis junto com vocês?
Kekekê: Eles nunca fizeram nada comigo, no supermercado.
Tuta-sama: Então de qualquer forma, foi culpa da Matilde?
Matilde: Não foi culpa minha!
Ogro: Grofa! *bate de leve no ombro da Matilde*
Tuta-sama: Está vendo? Até seu parente está te consolando.
Kekekê: Ai, ai… Os seguranças já tão olhando para a gente! *esconde a cabeça no gorrinho*
Um cenário familiar, uma fada nervosa, um duende simpático e um ogro.
Locutor-sama: Kekekê estava no apartamento da Matilde, cuidando das crianças com o seu mais novo amigo, o ogro. E a Matilde estava lá, também. Tentando fazer meditação para acalmar os ânimos.
Ogro: Grofa grofa grofa.
Kekekê: Você não sabe falar o nosso idioma, ogro?
Ogro: Grofa grofa grofa?
Kekekê: É, de fato você não precisa saber para brincar de pular corda.
Ogro: Grofa, grofa, grofa!
Kekekê: Brincar de pular corda para emagrecer? É, nada como unir o útil ao agradável.
Zezé: Hein? Ele se acha gordo?
Tadeu: Você não é gordo, é rechonchudo!
Zezé: Que nem o papai.
Tadeu: E você é ogro que mora com ele…?
Matilde: *aparece do nada* QUEM?
Ogro: Grofa grofa grofa!
Matilde: Mordomo! Para quê o Kekekê precisa de um ogro mordomo?
Ogro: Grofa grofa grofa. Grofa! Grofa grofa.
Matilde: Ordens da Tuta? Bah! E eu não deveria me intrometer? Ora, seu ogro mordomo!
Zezé: Qual o o problema dele ser mordomo?
Tadeu: É bem melhor do que ele ser abajur!
Matilde: Tsc. *coloca a mão na testa* Eu não vou conseguir meditar, coisa nenhuma desse jeito!
Ogro: Grofa grofa. Grofa grofa? Grofa! Grofa.
Matilde: Mas o quê-
Ogro: Grofa, grofa? Grofa grofa….
Matilde: Isso não é da sua conta!
Ogro: Grofa, grofa.
Kekekê: Hein? Eu não estava prestando atenção em você, ogro. Estou com outra coisa na cabeça.
Matilde: O quê?
Kekekê: O quê o quê?
Matilde: Ah! Deixa para lá.
Zezé: Se está preocupado, compartilhe conosco!
Tadeu: Família é para isso mesmo!
Zezé: E para jogar torta na cara!
Matilde: Torta? Quem ensinou isso para vocês?
Kekekê: Os gêmeos encontraram fotografias antigas da minha família no campeonato anual de tortas na cara.
Matilde: Sua família era esquisita. Ah! E sua preocupação?
Kekekê: Oh, é meu amigo Barman. Ele está com problemas.
Matilde: Problemas com a tapada da Hello?
Kekekê: Não diga uma coisa dessas na frente das crianças, Tilde. A Hello não é…. Bom, ela é bastante distraída.
Matilde: E é só isso o problema dele?
Kekekê: Ele está com um problema sério de amor, e você diz que “é só isso o problema dele”?
Matilde: Amor não é problema quando não se é correspondido! É apenas platônico. Que é o nome bonito para amor platônico…
Ogro: Grofa, grofa.
Matilde: Não é bem isso o significado? Ora, quem se importa com o verdadeiro significado?
Ogro: Grofa-
Matilde: Ora, cale a boca seu bobão.
Kekekê: Matilde!
Matilde: Esquece. Eu vou voltar a meditar. E que talento tem esse ogro em pular corda, e dar palpite ao mesmo tempo. Eu o parabenizo por isso!
Duendes dormem em camas, mas será que são confortáveis? Mistérios que nunca serão resolvidos nos nossos dias.
Locutor-sama: O duende Kekekê é acordado por um barulho estranho. O que será que ia interromper a sua soneca da tarde?
Kekekê: Não é um barulho estranho. *boceja* É apenas a campainha da porta.
Locutor-sama: Tem razão.
Kekekê: Deixa eu ir atender… *anda até a porta e abre*
Ogro: *está na frente da porta* Grofa, grofa.
Kekekê: Ah! Muito prazer, senhor Ogro. Nome muito inovador, o seu!
Ogro: Grofa, grofa.
Kekekê: Não me leve a mal, mas prefiro chamá-lo de ogro pois seu nome é difícil de pronunciar.
Ogro: Grofa grofa grofa.
Kekekê: Ah, sim! Meu nome verdadeiro também é difícil de pronunciar.
Ogro: Grofa?
Kekekê: Quê? Eu estava apenas tentando te consolar.
Ogro: Grofa!
Kekekê: Bem, eu tenho um nome verdadeiro.
Ogro: Grofa!
Kekekê: Tá, é só uma brincadeira. Não precisa ficar bravo.
Ogro: Grofa!
Kekekê: É crime viver com nome falso? Mas Kekekê não é nome falso. Eu já disse, estava brincando.
Ogro: Grofa, grofa.
Kekekê: Hm… É estranho receber um hóspede ogro na minha casa da árvore, mas tudo bem. Entre aí, senhor Ogro.
Ogro: Grofa.
Kekekê: É, a vista daqui não é muito má. De vez em quando, eu tomo café da manhã na Casa Verde. É aqui, quase na frente, está vendo? *aponta na janela*
Ogro: Grofa!
Kekekê: Como? Você tem um papel para me entregar?
Ogro: Grofa! *entrega nas mãos do Kekekê*
Kekekê: Ah! É uma carta da Tuta. Deixa eu ler…
Ogro: Grofa.
Kekekê: É? Um segurança! Para que eu preciso de segurança?
Ogro: Grofa.
Kekekê: Estou correndo perigo? Tem certeza?
Ogro: Grofa grofa!
Kekekê: Bem, a assinatura é da Tuta, mas…
Ogro: Grofa.
Kekekê: Não, senhor Ogro. Eu não estou dizendo que está mentindo!
Ogro: Grofa grofa.
Kekekê: Hm? Você tem certeza? Está bem. *digita o número da Tuta no seu telefone* Alô?
Tuta-sama: *no telefone* Kekekê! O Ogro chegou aí?
Kekekê: Sim, mas é mesmo necessário??
Tuta-sama: Claro! Meu amigo, o seguro morreu de velho!
Kekekê: Vai… Acontecer alguma coisa?
Tuta-sama: Não sei, mas é bom ficar prevenido, não concorda?
Kekekê: Bem… Está certo.
Tuta-sama: Além do mais, o Ogro serve como mordomo também!
Kekekê: Sério?
Tuta-sama: Como um abajur…
Kekekê: Oh…
Tuta-sama: Bem, ele tem diversos talentos. Não se preocupe, ele não irá decepcioná-lo.
Kekekê: Mas quem vai pagá-lo?
Tuta-sama: Que pergunta boba! É claro que estou responsável sobre isso.
Kekekê: Tem certeza?
Tuta-sama: Eu não gosto de gastar dinheiro, mas eu posso abrir exceções de vez em quando.
Kekekê: Está bem… *desliga o telefone*
Locutor-sama: E assim, o duende Kekekê ganhou um novo amigo, segurança, mordomo e abajur.
Kekekê: Eu não preciso que ele sirva de abajur.
Uma história sobre competição…? E mais alguma coisa.
Locutor-sama: Hoje é uma história com nosso amigo duende favorito, Kekekê! E com seu irmão, Marcelo que apareceu apenas uma vez no blog da senhorita Moon. E estou no meu formato chibi para me igualar ao tamanho dos outros personagens.
Random: Ele tá cabeçudo!
Locutor-sama: De fato, caro amigo boneco de palito. Muito astuto da sua parte!
Random: Tenho a impressão que você está sendo sarcástico.
Marcelo: Vamos, Kekekê! Uma partida de tênis de mesa, pelos velhos tempos.
Kekekê: Mas nós nunca jogamos tênis de mesa.
Marcelo: Ah, eu sei disso! Mas é legal falar a expressão “pelos velhos tempos”.
Kekekê: Você não tem muitas oportunidades de dizer isso, não é?
Marcelo: É.
Kekekê: Não fique triste, mano! Nós vamos nos divertir.
Marcelo: Bom, eu não sei jogar tênis de mesa.
Kekekê: Nem eu.
Marcelo: Vale mesmo a pena?
Kekekê: Claro! Nós vamos nos divertir.
Marcelo: E se cair no olho?
Kekekê: Não seja pessimista!
Marcelo: Sei não…
Kekekê: Será um treinamento de sobrevivência!
Marcelo: Céus! Não vai ser uma situação tão perigosa assim, vai?
Kekekê: Nunca se sabe.
Marcelo: Você também está com medo?
Kekekê: Medo? Eu não sei do que está falando.
Marcelo: Kekekê, você está tremendo.
Kekekê: Estou apenas dançando ao ritmo da música em que a Moon tá escutando enquanto escreve essa história!
Marcelo: Isso é o que chamam de metalinguagem?
Kekekê: Vamos jogar de uma vez.
Marcelo: Acabo de me lembrar que não trouxe raquetes.
Kekekê: Então como nós vamos jogar?
Marcelo: Só tem a bola.
Kekekê: Vamos jogar a bola um para o outro… Isso não me parece divertido.
Marcelo: É melhor do que usar uma raquete violenta.
Kekekê: Estou começando a achar que você escondeu as raquetes.
Marcelo: Não escondi as raquetes! Elas sumiram.
Kekekê: Que coisa misteriosa.
Marcelo: Muito misteriosa.
Kekekê: Bem, se não a nada o que fazer…
Marcelo: Isso!
Kekekê: Então nós podíamos…
Marcelo: …discutir a novela?
Kekekê: Novela?
Marcelo: Podemos discutir sobre um novelo, se prefrir.
Kekekê: Tenho impressão que você queria fazer essa piada.
Marcelo: Não posso evitar a vontade de ser engraçado.
Kekekê: Compreendo perfeitamente, não se preocupe.
Marcelo: Você é bonzinho demais, Kekekê. Não ia sobreviver no mundo lá fora! Lá é cruel e injusto.
Kekekê: Injusto porque desaparece com raquetes de tênis de mesa?
Marcelo: Exatamente!
Kekekê: Você está sendo dramático.
Marcelo: O curso do Locutor veio a calhar!
Kekekê: Quer fazer tricô? Crochê?
Marcelo: Crochê.
Locutor-sama: No meio das linhas eles encontraram as raquetes. Porém, agora a bola de tênis tinha sumido!
Random: *toca musiquinha de suspense no celular*
– Uma história sobre competição? Eu me enganei.
Um mistério misterioso para um duende adorável resolver.
[Cenário em preto e branco, para combinar com o tema detetivesco!]
Kekekê: [o narrador dessa historinha] É um dia estranhamente calmo no país das Margaridas. Nenhum caso para resolver, e começo a demonstrar ansiedade. Tomando café na minha xícara azulada, pela quinta vez.
Matilde: [digitando calmamente em um notebook] Kekekê, tá maluco? Isso nem é café. É água!
Kekekê: Matilde! Nós temos que manter o clima. Eu devo ser um detetive que toma café demais – e você, a adorável e competente secretária.
Matilde: Que porcaria. Por que eu não posso ser uma ninja?
Kekekê: A secretária não pode ser uma ninja.
Matilde: Mas Kekekê…
Kekekê: Nada de ninjas! Desculpe, Matilde.
Matilde: [cruza os braços] Que tédio!
Kekekê: Você pode jogar enquanto trabalha.
Matilde: Tipo aquele jogo de matar zumbis?
Kekekê: Esses jogos de violência me assustam. Mas pode.
Matilde: Ótimo! Devo treinar para apocalipses zumbis, chefe.
Kekekê: Certo. E não me chame de chefe!
Matilde: E quem é o chefe? O Biscoito? [aponta para um Biscoito comendo uma barra de chocolate no cantinho do escritório]
Kekekê: Mas o quê… Locutor-sama!
Locutor-sama: [na sua forma chibi] Sim, Kekekê. O que houve?
Kekekê: O que o Biscoito faz aqui?
Locutor-sama: Suponho que ele deve ser o cliente.
Matilde: Tá de brincadeira comigo!
Locutor-sama: Não estou brincando. Acabei de checar no roteiro.
Kekekê: Meu cliente, que é um cookie chamado Biscoito parecia ansioso, e ao mesmo tempo nervoso. Se é que uma pessoa consegue parecer ansiosa, sem parecer nervosa. Narrar uma história de detetive em primeira pessoa é algo muito confuso!
Biscoito: [joga o embrulho da barra de chocolate que estava comendo no lixo]
Matilde: É mesmo tão necessário especificar essa ação?
Locutor-sama: Devemos ser politicamente corretos. Se não dermos exemplo, quem dará?
Kekekê: É melhor eu fechar esse lixo, e levá-lo para fora!
[Kekekê sai do escritório]
Matilde: Essa deve ser a história de detetive mais chata que já foi escrita.
[Kekekê anda por um tempo, carregando o lixo e coloca no lugar adequado]
???: Kekekê!
Kekekê: Marcelo?
Marcelo: Olá! Eu trago notícias importantes para você.
Kekekê: Observo Marcelo com uma certa surpresa, e uma dúvida. Será que a Moon já apresentou meu irmão mais novo no blog dela? Talvez não, talvez sim. É impossível tentar lembrar todas as coisas que a autora já fez!
Marcelo: Você está narrando… Interessante! E esse cenário preto e branco, misterioso. Mas essa é a ideia, obviamente. Estou impressionado.
Kekekê: Acredito que você esteja fazendo o papel de policial?
Marcelo: Correto! Fiquei bastante surpreso ao ser convidado para fazer essa historinha. A Moon nunca tinha me chamado para nada.
Kekekê: “Isso é algo embaraçoso, nós não encontramos nada.”
Marcelo: Do que está falando?
Kekekê: Fiz a busca no blog da Moon. Ela realmente não tinha te apresentado antes.
Marcelo: Estou seriamente ofendido.
Kekekê: Não liga não, Marcelo! A Moon não apresentou nem os nossos pais. Acho.
Marcelo: O caso é grave! Mas voltando ao roteiro, vou te contar uma coisa.
Kekekê: Oh, é mesmo. O que houve?
Marcelo: Eu descobri que a sua secretária é uma ninja, foragida nos três estados!
Kekekê: Isso é absurdo. Daqui a pouco vai dizer que chamou um espião ornitorrinco.
Marcelo: Não, eu não chamei. Talvez eu devesse ter feito isso.
Kekekê: Tire essa ideia da sua cabeça, Marcelo.
Marcelo: A ideia da sua secretária ser uma ninja? É verdade.
Kekekê: Você tem alguma prova?
Marcelo: Lógico! Ela é uma das jogadores top no game online “Insiranomeaqui”.
Kekekê: Não sei se fico impressionado pelo fato de você ter me informado isso, ou surpreso pelo nome que a Moon escolheu para esse game online.
Marcelo: Talvez ela tenha esquecido de colocar o nome!
Kekekê: Ou ficado com preguiça. Tanto faz.
Marcelo: Acredita agora no que eu disse?
Kekekê: Sobre a Matilde ser uma ninja em um game online? Claro. Não vejo porquê não. Mas isso não deixa de ser um fato desnecessário, pois eu não me meto onde a minha secretária anda na internet.
Marcelo: Ela devia estar trabalhando!
Kekekê: Nem tem caso para resolver!
Marcelo: E esse tal de Biscoito? Ele não ia aparecer? [olhando no roteiro]
Kekekê: Tenho certeza que foi um erro da autora. Agora com licença, você pode deixar eu lavar minhas mãozinhas? Estamos conversando faz um tempão e-
Marcelo: [tira purpurina de um saquinho que estava no bolso]
Kekekê: Para quê está carregando purpurina nos bolsos?
Marcelo: Algum problema?
Kekekê: Não.
– E assim termina uma história da categoria “mistério misteriosos”. Na verdade, o Kekekê não resolveu caso nenhum – A não ser que você conte esse negócio de eu nunca ter apresentado o irmão do Kekekê. É, isso vale como um mistério.
Decepção? Se criar uma imagem de uma pessoa antes de conhecê-la, sim.
Nota: Isso era pra ser na categoria “desventuras”, mas como eu achei mais legal adaptar essa história pro jeito Kekekê de viver, então vai essa categoria de qualquer jeito e a “outros”.
Nota 2: Essa história se passa antes do meu querido duende e a Matilde se casarem.
Locutor-sama: Eram dois jovens, um duende e uma fada, estavam indo visitar a querida avó do duende, Dona Amélia. Enquanto não chegavam, conversavam no carro…
Matilde: Quer dizer que a sua avó é mesmo uma ótima pessoa? (:
Kekekê: Ela é a melhor mulher do mundo…! Depois de você, é claro, hehehe. Mas pode ter certeza que você vai adorá-la!
Matilde: Legal, legal! Nós estamos chegando? Eu não consigo parar na cadeira…!
Kekekê: Sim, nós já chegamos… Ah, eu estou ansioso para que ela conheça você, Matilde! *abre a porta do carro*Estamos quase chegando, já que ela mora no térreo \o/
Matilde: É claro, DUH ela mora numa casa! ¬¬
Dona Amélia: Kekekê, meu querido netinho! *acenando* Quanto tempo, vem me dar um abraço!
Kekekê: *larga o carro* VOVÓ!
Matilde: Er, eu sei que ela é a sua avó e tudo mais, só que tinha que me largar com o carro e o bolo de cenoura que fiz pra sua avó…? Er, Kekekê? *olha pra frente da casa* ⊙o⊙ *espantada* [pensando]Meu deus… ela está de roupão e descabelada em frente da casa…! Espera Matilde, SE ACALMA! Chegamos cedo, de manhã, ela pode não ter tido tempo para se arrumar e…[/pensando]
Dona Amélia: Oh, e você, deve ser a noiva do meu querido netinho, a Matilde née? Você é muito bonita! Muito prazer em conhecê-la.
Matilde: *ainda muito espantada* Ah sim, prazer, dona Amélia! ^__^’ Olha, trouxe um bolinho de cenoura pra senhora, o Kekekê disse que você adora!
Dona Amélia: Nossa, parece delicioso…! Obrigada! *engole o bolo de uma vez só*
Matilde: [pensando]ELA ENGOLIU O BOLO! ELA ENGOLIU…! QUE MAL EDUCADA! O___O”[/pensando]
Kekekê: A senhora gostou, vovó? A Matilde é muito talentosa na cozinha!
Dona Amélia: Está uma delícia, Matilde. Agradeço! *abraça a Matilde*
Matilde: Ugh..ugh… *sem conseguir respirar*
Kekekê: Er, vovó… a Matilde não consegue respirar…! o__o
Dona Amélia: Ai, ai, desculpa Matilde! Ops, que cheiro é esse…? Meu quiabo! MEU QUIABO! TENHO QUE CORRER ANTES QUE QUEIME! *solta a Matilde*
Kekekê: Oh-oh. Você está bem, Matilde? o-o
Matilde: Ai… *tonta* acho que estou vendo camarões voando lá no céu… coloridos… tão bonito…
Kekekê: Ah, você está bem! Que bom, às vezes ela exagera nos abraços, a vovó… sabe, ela é um pouco forçuda.
Matilde: UM POUCO FORÇUDA, DUENDE? *puxa a camisa do Kekekê* Eu comecei a ver camarões coloridos! Quase que minhas asinhas de fada dançam também!
Kekekê: Ei, ei, calma! A vovó deve estar colocando o quiabo na mesa. *vai em direção a porta da casa* Vamos almoçar, minha cara!
Matilde: Quiabo? Mas que tipo de quiabo? o-o *entrando na casa*
Dona Amélia: Que bom, que bom! Meu quiabo refogado está prooooonto! Venham comer, meus jovens! Fiz arroz branco junto.
Kekekê: OBAAA! *vai sentando na mesa*
Matilde: Er… onde é o banheiro pra eu poder lavar a mão? n__n
Dona Amélia: Ah, minha querida, o banheiro está muito bagunçando, então lave as mãos aqui mesmo, na cozinha.
Matilde: [pensando]Banheiro… bagunçado…? Imagino como está… Hm, isso é MUITO suspeito. Espera, pode estar mesmo, tenho que parar de imaginar coisas![/pensando]
Dona Amélia: Oh, já comeu Kekekê? Quer mais ou quer pudim?
Kekekê: PUDIM! *_________*
Matilde: Calma Kekekê, o pudim não vai fugir…
Dona Amélia: Ah, aproveitando, vou trazer um dos álbuns da família, pra você ver, Matilde! Nada melhor que quiabo com fotografias pra lembrar do passado…
Matilde: Oh, legal… n___n peraí, fotos? QUÊ? O__O
Locutor-sama: Meu caro leitor, não vou citar aqui as horas que se passaram com Dona Amélia mostrando vários álbuns de fotografias antigos pra Matilde, nem as milhares histórias que ela contou e como o Kekekê abusou de pudim aquela noite, mas não aconteceu nada com ele, incrível… Pra você ter uma noção, eles só saíram lá de noite…
Matilde: *já no carro junto com o Kekekê* Desde de manhã… ouvindo conversas sobre quiabo… pudim… histórias NADA engraçadas de família… a aparência de uma senhora descabelada de roupão, ainda por cima oferecendo mais quiabo… eu não me aguento… preciso chegar em casa pra dormir…!
Kekekê: *dirigindo o carro alegramente* Nada como passar o dia na casa da avó, né Matilde? Os pudins estavam simplismente deliciosos…!
Locutor-sama: Leitor, a história acaba aqui, mas um mistério que não foi resolvido que nem eu mesmo entendi foi o estômago desse duende… Fazer o quê, não é? Só sei que a Matilde teve uma decepção terrível, já que ela pensava na avó do Kekekê uma pessoa completamente diferente… Desde essa história ela não julga mais uma pessoa só pela descrição do Kekekê! Aquele dia foi muito difícil pra ela.