Hello: Eu estava andando de sobreaviso em uma ruazinha fantasmagórica, tão clichê que até havia uma máquina “fazedora” de neblina. Passos. Alguém me seguia. Eu comecei a correr.
???: Hello! Você não deveria andar nessa rua sozinha!
Hello: Ué… essa é a voz do… Barman!
Barman: [correu por várias horas, até encontrá-la naquela rua da cidadezinha] Esse lugar é terrível! É enorme e as ruas não tem nenhum ponto de referência para lembrar!
Hello: Oh, como assim? E quanto as joaninhas nas paredes?
Barman: Tem joaninhas nas paredes?
Hello: Sim! Desenhadas! [aponta para uma parede de uma casa abandonada]
Barman: Puxa. Eu não tinha reparado.
Hello: É claro que não! Eu também só reparei nesse instante.
Barman: Você é mesmo incrível, Hello.
Hello: Não é para tanto. E porquê eu não posso andar nessa rua sozinha?
Barman: Bem, é que… O que era mesmo? Juro que era importante.
Hello: Esquecimento nos personagens da Moon é algo tão comum.
Barman: Calma! Eu irei lembrar…
Hello: É claro! Contanto que a Moon ainda lembre o que você ia dizer.
Barman: A Moon não pode esquecer o que eu ia dizer.
Hello: Ela pode. A Moon é louca, todo mundo sabe disso.
Barman: Não é mais fácil dizer que ela tem uns parafusos a menos?
Hello: Aí é palavra demais para falar, Jean.
Barman: Eu ainda não me acostumei com você me chamando assim.
Hello: Está bem, Barman.
[Os dois escutaram um barulho estranho]
Barman: O que foi isso?
Hello: Bem… eu defino como “barulho estranho”.
Barman: Agora me lembrei o que eu ia dizer!
Hello: Sério? Mesmo a Moon tendo escrito essa história faz um tempão?
Barman: Bem… Talvez não seja a mesma coisa que eu ia dizer antes.
Hello: Bom! Mas diga agora, o que quer seja que você vai dizer.
Barman: Tome cuidado com a-
[Uma pessoa maluca aparece, de repente]
???: Gostei dos seus cadarços. Onde você conseguiu?
Hello: Obrigada! Eu roubei do presidente!
Moon: Devolva os cadarços favoritos do P-san!
Hello: AAAH!
Barman: Vou começar a anotar o que o Locutor-sama diz em relação a autora.
[A Moon aparece]
Moon: Por que você disse isso?
Barman: Eu sei lá.
Moon: Hm… Esse é o problema, quando você começa a escrever, e não termina. Eu não lembro o porquê de ter escrito isso…
Locutor-sama: Autora, você realmente é uma pessoa difícil de entender.
Barman: [anotando o que o Locutor-sama disse]
Hello: Alguém me ajuda com essa pessoa maluca?
Moon: Acho que no roteiro original, era eu que ia pular do nada, pedindo de volta os cadarços do P-san…
Hello: Vocês estão me escutando? E desde quando pinguins precisam de cadarços??
Barman: A questão não seria, desde quando o P-san é presidente?
Moon: Acho que é um cargo que combina bem com ele.
Hello: Certo. Essa história está muito estranha.
[A pessoa maluca some misteriosamente]
Hello: E terminou mais esquisita ainda!
Tem vezes que as ideias não funcionam bem como se esperava.
[Hello acorda, confusa no meio de um shopping abandonado]
Hello: O que aconteceu?
Barman: Hello! Ainda bem que você acordou.
Hello: Hm… Que lugar mais estranho, que escolhi para dormir!
Barman: Na verdade, parece que a autora colocou vários personagens para dormir aqui. Eu também estava dormindo, até agora pouco.
Wolf: Alguém aí quer um suco de limão?
Barman: Parece que estão todos aceitando bem, o fato de estarmos dentro de um shopping abandonado.
Random: “Eu sei que você ficaria bem numa pista de dança”. [cantando]
Hello: Isso me parece um “Mystery Dungeon”.
Boon: Do que ela está falando?
Barman: É aquele episódio da hora da aventura.
Boon: Dificilmente consigo entender essas referências.
Locutor-sama: Finalmente vocês todos acordaram!
Barman: Locutor-sama! Espero que você tenha uma explicação para tudo isso.
Locutor-sama: Na verdade, só consigo imaginar que a autora está misturando algumas ideias…. Sem ideia exatamente do que fazer com a história.
Hello: Que irresponsabilidade!
Moon: Irresponsabilidade seria deixar os personagens em um lugar, sem nenhum mapa para eles se guiarem!
Locutor-sama: Você tem um mapa do shopping abandonado preparado, mas não tem um do País de Silly Tales?
Moon: Calado, Locutor-sama.
Boon: O que você quer que a gente faça, exatamente?
Moon: Qualquer coisa que não seja ficar sentado, bebendo suco de limão.
Wolf: Que foi? Nunca viu alguém sendo fofo e bendo suco de limão?
Hello: Er… é para nós explorarmos?
Moon: É para vocês tentarem sair daqui! Boa sorte!
Locutor-sama: Parece uma brincadeira de mal gosto.
Barman: Concordo.
Wolf: É melhor irmos logo. Eu tenho compromisso!
Boon: Como é que vocês conseguem estar tão calmos?
Barman: Podia ser pior.
Hello: Nós podíamos estar em uma fábrica abandonada, cheia de monstros!
Locutor-sama: E desarmados.
Boon: Isso virou jogos vorazes!
Wolf: Olhem só! Tenho um arco e flecha!
Hello: São de brinquedo.
Wolf: Quer dizer que não posso brincar de Katniss?
Moon: Mas que coisa! Vocês estão presos dentro de um shopping, e essa é a reação de vocês? Só o Boon está em pânico!
Boon: Nós nunca vamos voltar para casa! [tremendo de medo]
Moon: Estou ficando com dó do pobrezinho.
Hello: Não faça bullying com o abacaxi!
Moon: Que falou em bullying? Personagens precisam de desafios para crescer.
Hello: Personagens não são pokémons!
Moon: Eu disse crescer, e não evoluir.
Barman: Pelo visto, está todo mundo aceitando muito bem a situação.
Moon: E não era bem isso que eu esperava.
Boon: Nós podemos ir embora?
Moon: Hm… Eu deveria ter colocado todo mundo em uma fábrica de chocolate abandonada…
Hello: Tenho certeza que o Biscoito ia adorar!
Wolf: Ótimo! Vou para casa, e fazer meu cosplay de quincy!
Locutor-sama: Pensei que ia fazer de Katniss.
Wolf: Mudei de ideia!
Há uma importante diferença entre festa e a equipe que viaja com você em uma aventura.
Locutor-sama: A protagonizada e escolhida dessa história é a senhorita Hello. Por algum motivo, ele pegou uma espada e decidiu ir em uma aventura. Seu objetivo? Ninguém sabia exatamente, mas o certo era imaginar que o mundo estava em perigo. Ou qualquer outra causa nobre, como bingos beneficentes.
Hello: É uma causa justa, lutar para fazer justiça!
Locutor-sama: Que tipo de justiça está se referindo?
Hello: Não sei, não sei…
Moon: Sem enrolação. Quem se importa com o objetivo? É só uma historinha aleatória inspirada em RPG.
Hello: Co-como assim? O objetivo é importante?
Moon: Então… você vai resgatar as rosquinhas.
Hello: Rosquinhas?
Moon: Rosquinhas. E não adianta ficar indignada!
Locutor-sama: Na equipe estavam presentes Random, Miss Cupcake, Wolf, Rosalina, Fábio e…. eu.
Hello: Você? Sério?
Moon: Não! Você, Locutor-sama?
Locutor-sama: Estava pensando… eu poderia fazer um papel tipo do Kratos.
Moon: [bate com a mão na testa]
Locutor-sama: Que foi?
Moon: NÃO! E na equipe também está presente o Barman!
Locutor-sama: Mas… e eu?
Moon: Você pode ser o cara que fica seguindo a equipe o tempo todo, por alguma razão, mas não acaba fazendo nada de ontem.
Locutor-sama: Estou com meus sentimentos feridos.
Moon: Muito bem! Helo, a arqueira-
Hello: Mas o Locutor-sama disse que eu peguei uma espada.
Moon: Oh. Espada… Ok. Então a Miss Cupcake é a arqueira, o Wolf é o espadachim que também faz algumas magias…
Wolf: Sou tipo o Kratos! Só que mais fofinho!
Moon: [bate com a mão na testa novamente] Rosalina é maga que também é curadora, o Fábio é mago e o Barman é espadachim.
Locutor-sama: Eu queria ser alguém também…
Moon: Não. Você não faz parte da festa… equipe.
Locutor-sama: Nem do “healing circle”?
Moon: Não.
Locutor-sama: Agora fiquei muito chateado.
Moon: Bom… tudo estava indo muito bem, na busca das rosquinhas perdidas no Reino Esquecido.
Random: Que nome criativo!
Moon: Até que, de repente… aconteceu uma coisa.
Hello: O quê? O que foi que aconteceu?
Moon: Apenas quatro pessoas podiam ser usadas nas batalhas. A equipe era Hello, Miss Cupcake, Rosalina e Barman. De vez em quando, Barman se revezava com o Fábio. Mas tinham dois personagens que nunca eram usados…
Fábio: Para que nós nos revezamos, mesmo?
Barman: É que eu tenho meu emprego de Barman para manter.
Fábio: Ah! Faz sentido.
Locutor-sama: Wolf e Random. Nunca, mas nunca, eram chamados para as batalhas.
Moon: NUNCA!
[trovoadas dramáticas ao fundo]
Hello: Vocês dois estão exagerando na narração.
Wolf: Random! Temos que fazer alguma coisa!
Random: Sim. Estou cansado de comer pipocas, e ficar assistindo as batalhas.
Wolf: Nós temos que nos vingar!
Random: Boa ideia! O que nos podemos fazer, exatamente?
Wolf: Nós vamos… jogar cascas de bananas por todos os lados!
Locutor-sama: Uma coisa terrível aconteceu.
Moon: Ninguém mais viu esse pessoal depois disso…
Hello: Vocês quatro não sabem jogar RPG de mesa! Vão embora!
[Locutor-sama, Random, Wolf e Moon são expulsos da sala]
Moon: Nós vamos fazer o quê, agora?
Locutor-sama: Não faço ideia, autora.
Random: Nós podíamos conversar com os patos da lagoa!
Wolf: Ótima ideia!
– Essa história não ficou bem como eu imaginava.
O último dia do mês.
Casa Verde.
[Kekekê entra no escritório da Hello.]
Kekekê Bom dia!
Hello: Bom dia.
Kekekê: Que desânimo é esse?
Hello: Hoje é o último dia do mês.
Kekekê: Sim. Algo de errado?
Hello: Nada de errado! É que sinto que não fiz nada de emocionante.
Kekekê: Ora, Hello. Não fique assim.
Hello: Tarde demais, já estou dessa forma.
Kekekê: Quer um abraço?
Hello: Não precisa, obrigada.
Kekekê: Posso ir embora?
Hello: Pode.
[Kekekê sai do escritório da Hello.]
Kekekê: Ai, ai…
Random: Quem escorrega também cai!
Kekekê: É?
Random: Sinto muito. É que hoje é o dia, das revelações.
Kekekê: Todos os dias, são bons para isso.
Random: Tem razão!
[Random some. Aparece o anão Balinha.]
Kekekê: Oi Balinha!
Balinha: Olá, Kekekê.
Kekekê: Fazia tempo que você não aparecia.
Balinha: Ou que a autora me deixasse aparecer.
Kekekê: Você está aborrecido.
Balinha: Sim. Já estou vendo “Abril, me surpreenda!”
Kekekê: As pessoas tem uma esperança.
Balinha: É muito clichê. Estou cansado.
Kekekê: Último dia do mês, é sempre difícil, não é?
Balinha: Sim.
Kekekê: Bom… a gente se vê por aí…
[Balinha vai embora. Aparece o Pascoal.]
Pascoal: “A gente”? Estou cercado de espiões.
Kekekê: Olá, Pascoal!
Pascoal: Quem falou isso?
Kekekê: Aqui embaixo!
Pascoal: Ah! (se abaixa para falar com o Kekekê) Oi!
Kekekê: Tudo bem?
Pascoal: Não exatamente. Ouvi tantos erros de português, que estou com vontade de voltar para cama…
Kekekê: Não fique assim!
Pascoal: Qual o seu nome, duende?
Kekekê: Kekekê.
Pascoal: Prazer.
Kekekê: O prazer é todo meu.
[Pascoal se levanta e vai embora.]
Kekekê: O pessoal sempre fica assim, no último dia do mês…