[Essa história se passa quando o Kekekê era criança.]
Kekekê: O herói Bolo de Farinha está sendo atacado pelos invisíveis e um tanto cruéis cogumelos andarilhos, na Floresta Encantada das Anedotas!
Dona Amélia: Você sabe o que é anedota, querido netinho?
Kekekê: É um tipo de bota, não é?
[Dona Amélia sorriu para o seu inocente neto]
Dona Amélia: Não devia brincar com coisas que não conhece.
Kekekê: Tem algo de tão errado em uma bota??
Dona Amélia: Não é apenas um tipo de bota, Kekekê. Anedota é um estilo de vida!
Kekekê: Mas… Mas…
Dona Amélia: Sim, sim. Você vê, a Floresta Encantada das Anedotas é um lugar perigoso. Eles nunca iram aceitar serem visitados por um herói descalço, e ainda por cima, irá sofrer as terríveis consequências dos cogumelos andarilhos.
Kekekê: Que tipo de… Espera, consequência?
Dona Amélia: Sim, sim. Entenda, é muito mais do que uma questão dele sobreviver das garras dos cogumelos-
Kekekê: *começa a tremer* Os cogumelos andarilhos TEM GARRAS?
[Dona Amélia começa a pensar um pouco]
Kekekê: Eu… eu não me sinto muito bem.
Dona Amélia: Não precisa se preocupar com isso. É hora de você dormir. Pegue o seu amiguinho e vá para a sua cama.
Kekekê: Mas vovó… Os cogumelos tem garras ou não?
Dona Amélia: *suspira* Kekekê, existem coisas que eu mesma não posso saber.
[Ela empurra amigavelmente o neto em direção do quarto]
Kekekê: Vó! Não me deixa sozinho!
Dona Amélia: Você estará protegido no seu quarto. Boa noite, Kekekê!
Kekekê: [observa a gentil avó fechando a porta do quarto, devagar] O que faremos agora?
[Kekekê olha para o Bolo de Farinha]
Kekekê: Eu nem estou com sono! Posso muito bem continuar as nossas aventuras aqui. Você me protege dos cogumelos andarilhos, não é? Por favor… Não vá me dizer que tem medo deles também!
[A pelúcia não responde nada. Kekekê resolve imitar a voz dele]
“Bolo de Farinha”: Está tudo bem! Os cogumelos andarilhos não atacam duendes que dormem direitinho!
Kekekê: Mi-minha nossa! Acho que eu vou deitar na minha cama, cobrir meus pezinhos e rezar para quê eu não veja nenhum cogumelo.
[Kekekê deita na sua cama, e se cobre, levando consigo a pelúcia]
Kekkekê: Boa noite, Bolo de Farinha! *desliga a luz do abajur ao lado da cama*
Bolo de Farinha: Boa noite!
Kekekê: Eu… eu… VOVÓ! *joga a pelúcia no chão*
Dona Amélia: *abre a porta* O quê houve?
Kekekê: O Bolo de Farinha falou comigo!
Dona Amélia: Kekekê, quantas vezes eu já disse que as pelúcias são amigáveis, quando elas respondem, se você ficar com medo elas vão ficar tristes e ofendidas.
[Dona Amélia colocou o Bolo de Farinha ao lado do Kekekê na cama, beijou a testa do neto e saiu do quarto após fechar a porta]
Kekekê: Eu não vou dormir essa noite. *olha aterrorizado para a pelúcia*
Bolo de Farinha: Você gosta mais de “Good Night”?
Kekekê: Good Night?
Bolo de Farinha: É uma canção de ninar! Na verdade se chama boa noite, mesmo.
Kekekê: Você… Não está ofendido?
Bolo de Farinha: Não, não. Eu só me ofenderia se você me jogasse da janela. Mas se puder não me jogar da cama de novo, eu agradeceria.
[Kekekê teve a impressão que sua avó ainda estava na porta]
Kekekê: Tá bom. Nós somos amigos, não é?
Bolo de Farinha: Mas é claro! Não tenha dúvidas disso.
Kekekê: Então boa noite!
Bolo de Farinha: Boa noite!
Decepção? Se criar uma imagem de uma pessoa antes de conhecê-la, sim.
Nota: Isso era pra ser na categoria “desventuras”, mas como eu achei mais legal adaptar essa história pro jeito Kekekê de viver, então vai essa categoria de qualquer jeito e a “outros”.
Nota 2: Essa história se passa antes do meu querido duende e a Matilde se casarem.
Locutor-sama: Eram dois jovens, um duende e uma fada, estavam indo visitar a querida avó do duende, Dona Amélia. Enquanto não chegavam, conversavam no carro…
Matilde: Quer dizer que a sua avó é mesmo uma ótima pessoa? (:
Kekekê: Ela é a melhor mulher do mundo…! Depois de você, é claro, hehehe. Mas pode ter certeza que você vai adorá-la!
Matilde: Legal, legal! Nós estamos chegando? Eu não consigo parar na cadeira…!
Kekekê: Sim, nós já chegamos… Ah, eu estou ansioso para que ela conheça você, Matilde! *abre a porta do carro*Estamos quase chegando, já que ela mora no térreo \o/
Matilde: É claro, DUH ela mora numa casa! ¬¬
Dona Amélia: Kekekê, meu querido netinho! *acenando* Quanto tempo, vem me dar um abraço!
Kekekê: *larga o carro* VOVÓ!
Matilde: Er, eu sei que ela é a sua avó e tudo mais, só que tinha que me largar com o carro e o bolo de cenoura que fiz pra sua avó…? Er, Kekekê? *olha pra frente da casa* ⊙o⊙ *espantada* [pensando]Meu deus… ela está de roupão e descabelada em frente da casa…! Espera Matilde, SE ACALMA! Chegamos cedo, de manhã, ela pode não ter tido tempo para se arrumar e…[/pensando]
Dona Amélia: Oh, e você, deve ser a noiva do meu querido netinho, a Matilde née? Você é muito bonita! Muito prazer em conhecê-la.
Matilde: *ainda muito espantada* Ah sim, prazer, dona Amélia! ^__^’ Olha, trouxe um bolinho de cenoura pra senhora, o Kekekê disse que você adora!
Dona Amélia: Nossa, parece delicioso…! Obrigada! *engole o bolo de uma vez só*
Matilde: [pensando]ELA ENGOLIU O BOLO! ELA ENGOLIU…! QUE MAL EDUCADA! O___O”[/pensando]
Kekekê: A senhora gostou, vovó? A Matilde é muito talentosa na cozinha!
Dona Amélia: Está uma delícia, Matilde. Agradeço! *abraça a Matilde*
Matilde: Ugh..ugh… *sem conseguir respirar*
Kekekê: Er, vovó… a Matilde não consegue respirar…! o__o
Dona Amélia: Ai, ai, desculpa Matilde! Ops, que cheiro é esse…? Meu quiabo! MEU QUIABO! TENHO QUE CORRER ANTES QUE QUEIME! *solta a Matilde*
Kekekê: Oh-oh. Você está bem, Matilde? o-o
Matilde: Ai… *tonta* acho que estou vendo camarões voando lá no céu… coloridos… tão bonito…
Kekekê: Ah, você está bem! Que bom, às vezes ela exagera nos abraços, a vovó… sabe, ela é um pouco forçuda.
Matilde: UM POUCO FORÇUDA, DUENDE? *puxa a camisa do Kekekê* Eu comecei a ver camarões coloridos! Quase que minhas asinhas de fada dançam também!
Kekekê: Ei, ei, calma! A vovó deve estar colocando o quiabo na mesa. *vai em direção a porta da casa* Vamos almoçar, minha cara!
Matilde: Quiabo? Mas que tipo de quiabo? o-o *entrando na casa*
Dona Amélia: Que bom, que bom! Meu quiabo refogado está prooooonto! Venham comer, meus jovens! Fiz arroz branco junto.
Kekekê: OBAAA! *vai sentando na mesa*
Matilde: Er… onde é o banheiro pra eu poder lavar a mão? n__n
Dona Amélia: Ah, minha querida, o banheiro está muito bagunçando, então lave as mãos aqui mesmo, na cozinha.
Matilde: [pensando]Banheiro… bagunçado…? Imagino como está… Hm, isso é MUITO suspeito. Espera, pode estar mesmo, tenho que parar de imaginar coisas![/pensando]
Dona Amélia: Oh, já comeu Kekekê? Quer mais ou quer pudim?
Kekekê: PUDIM! *_________*
Matilde: Calma Kekekê, o pudim não vai fugir…
Dona Amélia: Ah, aproveitando, vou trazer um dos álbuns da família, pra você ver, Matilde! Nada melhor que quiabo com fotografias pra lembrar do passado…
Matilde: Oh, legal… n___n peraí, fotos? QUÊ? O__O
Locutor-sama: Meu caro leitor, não vou citar aqui as horas que se passaram com Dona Amélia mostrando vários álbuns de fotografias antigos pra Matilde, nem as milhares histórias que ela contou e como o Kekekê abusou de pudim aquela noite, mas não aconteceu nada com ele, incrível… Pra você ter uma noção, eles só saíram lá de noite…
Matilde: *já no carro junto com o Kekekê* Desde de manhã… ouvindo conversas sobre quiabo… pudim… histórias NADA engraçadas de família… a aparência de uma senhora descabelada de roupão, ainda por cima oferecendo mais quiabo… eu não me aguento… preciso chegar em casa pra dormir…!
Kekekê: *dirigindo o carro alegramente* Nada como passar o dia na casa da avó, né Matilde? Os pudins estavam simplismente deliciosos…!
Locutor-sama: Leitor, a história acaba aqui, mas um mistério que não foi resolvido que nem eu mesmo entendi foi o estômago desse duende… Fazer o quê, não é? Só sei que a Matilde teve uma decepção terrível, já que ela pensava na avó do Kekekê uma pessoa completamente diferente… Desde essa história ela não julga mais uma pessoa só pela descrição do Kekekê! Aquele dia foi muito difícil pra ela.