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Pixie Tales

Não sei muito sobre arrumar torneiras de tanque – Mas sei que elas são irritantes, e isso é o bastante, certo? Não? Tá bom.

No apartamento da Matilde, na sala.
Matilde: É verdade, eu ando MUITO MAIS CONTROLADA sobre as questões que me deixam estressada. Mas sabe, Beethoven as vezes as coisas não funcionam como nós queríamos, e isso é simplesmente frustrante.
Beethoven: *olha em direção da fada, depois deita no chão e fecha os olhos*
Matilde: Algo me diz que você não acredita pelo fato de eu estar mais controlada.
Beethoven: *pisca*
Matilde: Estou sendo zombada por um cachorro! Está bem Beethoven, eu aprecio sua sinceridade.
[A campainha do apartamento toca.]
Matilde: *abre a porta* Tasketê! Eu agradeço pela gentileza de você ter vindo.
Tasketê: Ah, sim! Não se preocupe com isso.
Matilde: Sabe, eu faria isso por mim mesma, mas depois de ter tirado a água toda do estrago, meio que desisti e quebrei os rodos. [Matilde vai até a cozinha, Tasketê a segue.]
Tasketê: Isso… *observa os rodos caídos pela cozinha* É uma cena de guerra!
Matilde: Não houve nenhuma guerra! Ah. Se contar os rodos, a minha raiva e eu, como uma guerra, tudo bem. Sim, houve uma guerra. E ali tem groselha estirada no chão. Não pergunte, eu também não sei como isso aconteceu.
Tasketê: *respira fundo* Está bem! Eu trouxe o necessário para o conserto.
Matilde: Ótimo! Agradeço, Tasketê. Vou esperar na sala.
[Matilde vai até a sala e senta no sofá. Tasketê começa o trabalho.]
Tasketê: Vamos ver… Começando por aqui-
[Tasketê solta um grito, Beethoven levanta e vai até onde ele está]
Matilde: O quê houve? MINHA NOSSA!
Tasketê: Eu não acredito nisso! É uma nave alienígena em miniatura! UM MINI OVNI!
Matilde: Mas que- Sabe, sou eu que não acredito nisso. Como é que isso veio parar aqui?
Tasketê: Sei lá! Mas isso é deveras fascinante e deve ser cuidado com o carinho adequado.
Matilde: Certo. Caso contrário, ele vai soltar alguma coisa?
Tasketê: Mas é claro! É o sistema de defesa dele.
Matilde: Isso é uma máquina ou um animal selvagem?
Tasketê: Shh! Não é para ferir os sentimentos do pequeno Clóvis.
Matilde: Você acabou de dar nome para ele?
Tasketê: Que nada! Está escrito no lado de fora.
Matilde: Tasketê, eu não quero ser a chata e estragar a tua graça, mas isso deve ser brinquedo de uma criança chamada Clóvis.
Tasketê: *analisa profundamente o brinquedo* Tem razão. Mas como isso veio parar aqui?
Matilde: *dá de ombros* E eu lá sei? Não tenho resposta para tudo?
Tasketê: Clóvis… Essa criança, será um alienígena?
Matilde: Tasketê! Ele é um duende.
Tasketê: Não existem duendes em outros planetas?
Matilde: E eu lá vou saber! Quero esse tanque arrumado e pronto.
Tasketê: Você não sabe mesmo dialogar… *desapontado*

Pixie Tales

Um misterioso mistério de qualidade é mágico! Misteriosamente falando, é claro.

A fada Matilde procurava em todos os seus armários, irritada, querendo saber onde estava o que tinha perdido. Só podia estar de brincadeira, ela pensou, enquanto jogava a última toalha de mesa para fora do armário.
Matilde: ONDE ESTÁ ESSA-
*alguém toca a campainha do apartamento*
Matilde: *abre a porta* Qui é?
Wolf: Eu ouvi falar de um mistério misterioso?
Matilde: *fecha a porta na cara do Wolf* Fala sério…
*Wolf toca a campainha novamente*
Matilde: Você só pode estar de brincadeira. *abre a porta de novo*
Wolf: Mistério! Misterioso!
Matilde: *bate a mão na testa*
Wolf: Detetive Wolf a sua disposição!
Matilde: Isso não faz sentido. Você é grande demais para entrar em um complexo de apartamento para fadas, duendes, e outros seres mágicos!
Wolf: Fico feliz que tenha notado! Isso é graças ao meu Encolher 3000. Além de Detetive, também sou um inventor cientista!
Matilde: Tá, tá, tá, as 101 habilidades do lobo louco. E veio fazer o quê aqui? Dizer quê é fofinho?
Wolf: Eu disse lá nas linhas de cima, eu ouvi alguém falar mistério misterioso.
Matilde: Não falei mistério misterioso e nem o meu cachorro. Pode ir embora.
Wolf: Mas você estava procurando alguma coisa que sumiu dos seus armários.
Matilde: Ah! *pisca os olhos* Ah! *respira fundo* Oh! Nossa, você estava me espionando? Só tem fofoqueiro desocupado nessa cidade. Eu posso chamar a polícia, não sabia?
Wolf: Ma-mas eu posso ajudar a resolver um mistério-
Matilde: Você não vai parar de me encher, não é verdade?
Wolf: Não! E como recompensa, eu quero purpurina de fada.
Matilde: Purpurina…?
Wolf: Sim! Para dizerem que, além de fofinho, sou brilhante!
Matilde: *fecha a porta na cara dele, novamente*
Wolf: É BRINCADEIRA! EU FAÇO DE GRAÇA!
Matilde: *assobia e vem o cachorro, que estava deitado, em silêncio na sala* Beethoven, faça-me o favor e espante aquele lobo maluco daqui para mim, sim?
Beethoven: Au! Au!
Matilde: *abre a porta, pela última vez nessa historinha*
Wolf: Ah! Agora eu posso ajudá-la a resolver esse roubo de Paciência?
Beethoven: *começa a farejar o Wolf*
Wolf: Ei! Olhe bem onde você coloca o focinho, um detetive carrega nos bolsos objetos muito sensíveis!
Beethoven: Au! Au! *chama a atenção da Matilde, que começa a arrumar a bagunça que fez com a varinha*
Matilde: O que foi, rapaz?
Beethoven: Au! Au. Au. Au!
Matilde: O QUÊ?
Wolf: Sério? Você entende o que o cachorro está falando? Nem eu que sou lobo, e teoricamente seríamos parentes, entendo-
Matilde: Wolf, me devolva meu potinho de Paciência.
Wolf: Eu não tenho nenhum potinho de Paciência!
Matilde: Escute aqui, Wolf. Eu não estou de brincadeira. Não tenho a mínima paciência, e em um estalar de dedos posso mandar o Beethoven te seguir até o fim desse planeta. O que você prefere?
Wolf: Eu… Ahn…Toma. *entrega o potinho de vidro para a Matilde*
Matilde: Perfeito. Passe bem! E dê espaço para o Beethoven passar. É hora do passeio dele.
Wolf: Tá bom. *vê o cachorro saindo, vai embora chateado* Ninguém respeita detetives, atualmente.