Na varanda do estúdio em Happy Green Things.
Moon: Preciso perguntar-te algo, P-san.
P-san: Quanta formalidade.
Moon: Você não está morando aqui, está?
P-san: Para ser honesto, não. O Locutor-sama colocou isso na sua cabeça?
Moon: Talvez. Então, porque você está sempre aqui quando eu venho??
P-san: Eu tenho um detector que me avisa quando você está com problemas. Vê?
Moon: Isso aí é um relógio.
P-san: Apenas parece um relógio! E também pode virar uma abóbora.
Moon: Para quê você vai precisar de uma abóbora?
P-san: Estou surpreso com você, autora. Escreve sobre coisas absurdas, e não entender o porquê de precisar de uma abóbora.
Moon: Bem, desculpe a minha ignorância.
P-san: Para ser honesto, nem eu sei para que serve a função da abóbora. *boceja* Talvez contrabando com a fada da Cinderela.
Moon: Você está dizendo besteiras.
P-san: É, talvez. Quer ouvir uma frase de Sócrates?
Moon: Não.
P-san: Poxa vida, Moon. O que eu fiz para você?
Moon: Nada. Estou apenas me sentindo rabugenta hoje.
P-san: Você é rabugenta todos os dias.
Moon: Aprecio sua honestidade, meu amigo pinguim.
P-san: É, eu sei disso. Tenho uma honestidade especial.
Moon: Pena que não serve para prato do dia.
P-san: Agora é você que está dizendo besteiras.
Moon: Eu tenho esse direito.
P-san: Não é um direito muito bom.
Moon: Eu trocaria pelo direito de voar de vassouras, mas infelizmente isso não é possível.
P-san: Você nem tem carteira de motorista para vassouras.
Moon: Uma coisa dessas existe?
P-san: Claro! Não pensou que é tudo questão de magia e talento apenas, não é?
Moon: Na verdade, eu pensei.
P-san: A realidade não funciona assim.
Moon: A realidade é uma bela porcaria.
P-san: Mas ainda assim, a vida é bela.
Moon: Tem mesmo que falar frases estilosas?
P-san: Tenho de compensar o fato que não deu tempo…
Moon: De trazer a peruca?
P-san: Eu ia dizer o roteiro, não ando de peruca todos os dias!
Moon: Não é isso o que dizem por aí.
P-san: Você não deveria ouvir fofocas.
Moon: Fofocas são muito interessantes. E nem vem! Eu sei que você gosta de fofoca.
P-san: É o meu único ponto fraco. Quer fazer o favor de não falar isso tão alto? Meus inimigos podem ouvir.
Moon: Você é tão importante, que tem inimigos!
P-san: Está com inveja?
Moon: Não. Na verdade tenho sorte de não ser você.
P-san: Não precisa sorrir dessa maneira tão esquisita.
Moon: P-san…
P-san: O que foi, Moon?
Moon: Por que macarrão instantâneo não é de imediato?
P-san: Eu não respondo perguntas difíceis.
As memórias mais importantes são aquelas que tempos back-up!
No estúdio de Happy Green Things, escritório da autora.
Locutor-sama: Senhorita Moon, nós temos um problema.
Moon: Você vai falar da minha fantasia de ninja, não é?
Locutor-sama: Não, é que nós estamos atrasados no cronograma.
Moon: É… A vida é muito corrida. Quando você pisca, já é natal. Não é assustador? E pisca de novo… E é meu aniversário. Locutor, eu não tenho pressa de ficar velha!
Locutor-sama: Não precisa ficar tão assustada. Nós estamos ainda em novembro.
Moon: Você ouviu o que eu disse? A vida é muito corrida.
Locutor-sama: Pensei que você havia dito que a vida é uma corrida.
Moon: Ouviu errado.
Locutor-sama: Se a vida é uma corrida, onde nós somos todos corredores, o que está na linha de chegada?
Moon: Eu não estou com vontade de discussões filosóficas.
Locutor-sama: Todo momento deveríamos ter discussões filosóficas.
Moon: Isso seria terrível.
Locutor-sama: Acha mesmo?
Moon: Os filósofos do passado iriam aparecer vindo de uma máquina do tempo!
Locutor-sama: Tenho certeza que isso iria bagunçar a linha de tempo.
Moon: Exato!
Locutor-sama: Autora, você não está com vontade de escrever… Ou é só impressão a minha?
Moon: É só impressão! E eu queria descobrir o porquê do fio dos fones de ouvido do computador SEMPRE se enrolarem lá atrás.
Hello: *abre a porta do escritório com força* É COISA DOS DUENDITOS!
Moon: Faça o favor de colocar os quadros que estavam pendurados na parede.
Hello: Oh… Me desculpem. *faz o que a Moon pediu*
Moon: O que faz por aqui?
Hello: Bom, eu estava de boas andando pela Casa Verde e…
Moon: E?
Hello: Procurando pelo Rose Garden…
Moon: Você errou a porta, apenas.
Hello: Eu gosto de pensar que a minha vida é mais interessante do que a sua.
Moon: Se veio aqui para discutir, acho melhor você ir para a Tuta.
Hello: Ela não quis me atender. Não é um desaforo?
Moon: As pessoas não tem obrigação de te aturar…
Hello: Você está muito maldosa, hoje. Foi o refrigerante, não foi? Sim, sempre é o refrigerante.
Moon: Onde está querendo chegar? Ah, eu não sei porque ainda perco tempo fazendo perguntas…
Hello: Soube que os gases do refrigerante falam insultos!
Moon: Deixa eu adivinhar. Você enlouqueceu?
Locutor-sama: A Senhorita Hello parece só estar querendo atenção, autora.
Moon: Oh, pobrezinha! Dá uma paçoca para ela, que vai embora.
Locutor-sama: Nós não temos paçoca, autora.
Moon: É claro. Nós não temos paçoca! Nunca temos paçoca!
Hello: Não tem paçoca? Que absurdo! Nunca mais volto aqui…
*Hello vai embora*
Moon: Foi mais fácil do que pensei.
Locutor-sama: Estranho.
Em momentos como esse, uma revelação emocionante??!
Em uma noite no Estúdio Happy Green Things
Locutor-sama: Escuto passos, mas não vejo de onde a pessoa vem! Será uma história assustadora atrasada??
Moon: Diga com quem andas, que te direi quem és!
Locutor-sama: Oh, Senhorita Moon. Precisava mesmo dizer uma frase tão dramática?
Moon: Você anda com um boneco de palito, o que significa que é um boneco de palito também!
Locutor-sama: Não pude me manter de pé, cai de joelhos no chão. Eu era um boneco de palito? Como não pude perceber isso antes
Moon: Sim, fique chocado! E achocolatado, também.
Locutor-sama: Um boneco de palito. Quer dizer então, que a minha vida toda foi uma mentira??
Moon: Não, não exatamente. É só uma brincadeira!
Locutor-sama: Você acabou de me pregar o maior susto e diz que foi apenas uma brincadeira?? Não brinque com meus sentimentos desse modo.
Moon: Não precisa ficar chateado. Se quiser, pode ficar com o pote de glitter! *mostra um potinho de glitter que estava no seu bolso*
Locutor-sama: Eu não quero um potinho de glitter.
Moon: Você é sem graça, hein? Tudo bem. Vou guardar aqui e então ficará sem NADA. *dá uma risada louca*
Locutor-sama: Está muito estranha, autora. Quero dizer, mais do que o normal.
Moon: É o que acontece quando se escolhe o caminho da eterna indecisão sobre as ideias, meu caro. As ideias vem por trás de você e PÁ! Cai no chão, nocauteado pela realidade.
Locutor-sama: Você foi nocauteada pela realidade?
Moon: Com uma pá. Hehehe, Entendem a piada?
Locutor-sama: Entendi.
Moon: Não faça essa cara de Anésia. Sorria! Você está sendo filmando.
Locutor-sama: Essa é novidade.
Moon: Bem, eu sempre achei assustador esses pôster que dizem isso. Você está sendo filmado? Mas por quem? Muitas perguntas sem respostas.
Locutor-sama: Certo, certo.
Moon: Não me olhe com essa expressão assustada. Você é meu narrador, e tem que me ajudar na revolução!
Locutor-sama: Acho que o mínimo que deveria fazer é combater a maldição da múmia.
Moon: Sim, é claro! E eu conseguirei com a sua ajuda.
Locutor-sama: Minha ajuda? Quer dizer que é a nossa vez de ir em uma tumba egípcia??
Moon: Pensei que estávamos falando em metáforas.
Locutor-sama: Ah, sim. Claro! Metáforas. Eu devia ter imaginado.
Moon: Há muita pesquisa a ser feita, e um velho inimigo para ser combatido. O Coronel Preguiçoso!
Locutor-sama: Não acredito que deu um nome para a sua preguiça.
Moon: É bem melhor que chamar de dona preguiça. E eu não sei o feminino de coronel, se é que existe.
Locutor-sama: Você é inacreditável.
Moon: AH sim, sim, obrigada.
Não existe sentido para nada, se você for pensar bem.
Na varanda do Estúdio Happy Green Things.
Moon: P-san, qual é o sentido da vida?
P-san: Então agora você resolveu fazer perguntas profundas e filosóficas.
Moon: Exatamente! Essas perguntas devem ser feitas.
P-san: Você realmente não espera que eu tenha uma resposta para isso, espera?
Moon: Estou decepcionada com você, P-san. Como ousa não satisfazer as minhas expectativas??
P-san: Sinto muito.
Moon: Deixe para lá. Sabe, eu estive pensando…
P-san: No quê?
Moon: Para que existem cupons de desconto?
P-san: Acho… Que é para dar esperança.
Moon: A esperança de comprar algo que elas não podem pagar?
P-san: Eu não acredito na existência de cupons.
Moon: Essa é a sua verdadeira opinião??
P-san: Chega sobre cupons.
Moon: Sim, chega! Cupons não são tão interessantes assim.
P-san: Uma vez, usei cupons para…
Moon: Pensei que íamos parar de falar sobre cupons!
P-san: Não eram acumulativos.
Moon: Oh, eu entendo a sua decepção.
P-san: Como eles ousam fazer isso comigo, um pobre pinguim??
Moon: Certo, certo…. Não precisa chorar.
P-san: Tem razão! Alegria! Alegria! Alegria!
Moon: Vo-você está fazendo algum tipo de encantamento?
P-san: É para nós sermos encantados pela alegria, Moon!
Moon: Que tipo de encantamento estranho é esse?
P-san: As pessoas precisam de alegria para preencher o vazio das suas vidas.
Moon: As pessoas são vazias?
P-san: Sim! Comprando celulares de última geração…
Moon: Não me diga que foi isso que você tentou comprar com os cupons?
P-san: *olha para a sua própria sombra*
Moon: P-san… Desculpe por fazer uma pergunta tão rude. Oh! Você não acha legal quando as pessoas dizem, por exemplo… “Três minutos para as quatro horas!”
P-san: Sim, é legal.
Moon: Elas parecem, de repente, mil vezes por cento mais legais! Como é incrível o poder da matemática…
P-san: A matemática é mesmo uma coisa incrível!
Moon: E os cupons?
P-san: Nós não vamos mais falar sobre cupons…
Moon: Está bem, está bem. Desculpe.
P-san: E as geleias?
Moon: O que tem as geleias?
P-san: Geleias… Por que elas tem esse nome?
Moon: Não sei. A origem das palavras não é bem a minha especialidade.
P-san: Será que tem… origem alienígena?
Moon: P-san, volte para o planeta! Você está vagando sem destino pelas estrelas no espaço sideral!
P-san: Tem razão, tem razão. E qual seria o sentido da vida?
Moon: Fiz essa pergunta para você no começo da história!!
P-san: De fato, você fez. Será que um dia, a humanidade terá resposta para essa pergunta?
Moon: Não sei.
P-san: Sim, ou não. A resposta irá depender de cada ser humano que vive nesse planeta!
Moon: Eu acho melhor deixar você sozinho…
Conversas podem ser interessantes! Não podem? Claro que podem!
No escritório da autora, no Estúdio Happy Green Things.
Locutor-sama: Senhorita Moon, posso fazer uma pergunta?
Moon: Claro que pode.
Locutor-sama: Por que o P-san está morando na varanda do estúdio?
Moon: Porque as nozes se chamam nozes? Eu nunca poderei entender isso.
Locutor-sama: Eu perguntei primeiro.
Moon: E eu perguntei segundo. Que diferença faz?
Locutor-sama: A diferença é que quem pergunta primeiro deve ser respondido logo, não acha?
Moon: Não acho.
Locutor-sama: Autora, por gentileza. Não vamos começar…
Moon: Nós não vamos começar nada! É muito responsabilidade.
Locutor-sama: Eu acho que-
Moon: Não precisa achar! Você sabe como são os unicórnios.
Locutor-sama: Nós não estávamos falando sobre unicórnios.
Moon: Tem razão! Estávamos falando sobre nozes.
Locutor-sama: Nozes.
Moon: Nozes!
Locutor-sama: Eu só queria saber o porquê o P-san estar morando na varanda!
Moon: Eu entendi muito bem a sua pergunta.
Locutor-sama: E já que você não respondeu a primeira, aí vai a segunda pergunta.
Moon: Diga.
Locutor-sama: O que P-san, nozes e unicórnios tem em comum?
Moon: Nada. Eles não são amigos nem nas redes sociais! Isso não é triste?
Locutor-sama: Autora, eu queria entender como alguém pode ficar se divertindo tanto como você.
Moon: E quem disse que nesse momento estou me divertindo?
Locutor-sama: É claro que está se divertindo!
Moon: Não é nada dramático da sua parte. E as nozes?
Locutor-sama: Que nozes? Que NOZES?
Moon: Calma, não precisa ficar nervoso.
Locutor-sama: Eu não estou nervoso! Estou muito tranquilo, para dizer a verdade.
Moon: Não é o que parece.
Locutor-sama: Está entendendo tudo errado.
Moon: É você que não quer falar sobre as nozes. Ou os unicórnios.
Locutor-sama: Por que eu ia querer falar sobre essas duas coisas se quero saber é do P-san??
Moon: Não se meta na vida pessoal dele!
Locutor-sama: Que vida pessoal? Ele está morando na varanda!
Moon: Já vi que você não entende de nada…
Locutor-sama: Senhorita Moon, estou a ponto de perder a minha paciência.
Moon: Não a perca! Coloque em uma… coleira.
Locutor-sama: Paciência não se coloca em coleira.
Moon: Tem razão! É uma coisa impossível, não é? *começa a dar risada* Quanta besteira minha!
Locutor-sama: Será que é muito difícil de responder a minha pergunta?
Moon: Que pergunta? Você já me perguntou várias coisas que comecei a me perder!
Locutor-sama: Isso é por algum estranho motivo que decidiu que iria me enrolar até o final da historinha!
Moon: É? Eu tenho motivos tão bizarros.
Locutor-sama: A varanda. O P-san.
Moon: Quer saber de uma coisa? Nem tinha notado que ele estava morando na nossa varanda.
Locutor-sama: Eu desisto.
Dentro do meu escritório, tinha um vampiro. E ele era um cara muito chato!
No Estúdio Happy Green Things.
Moon: *abre a porta do seu escritório* Mas o quê-
Locutor-sama: Seja bem vinda, senhorita Moon.
Moon: Locutor? O que está fazendo, vestido de vampiro? Ainda faltam sete dias para o Halloween.
Locutor-sama: Nunca é cedo demais para se preparar.
Moon: Se preparar? Está ansioso, é?
Locutor-sama: Ou eu apenas ache que fico muito mais dramático vestido de vampiro.
Moon: Você não está com os dentes.
Locutor-sama: Não importa. O que vale é a intenção – E a CAPA! *faz uma virada dramática*
Moon: Ah, é? Vampiros são chatos.
Locutor-sama: Eles não são chatos.
Moon: São chatos sim!
Locutor-sama: Você não entende os vampiros.
Moon: E prefiro continuar sem entendê-los!
Locutor-sama: E ferir os sentimentos deles?
Moon: Quem se importa com os vampiros?
Locutor-sama: Bom, eu não me importo com eles.
Moon: Se não se importa, então está vestido como um para…?
Locutor-sama: A capa, senhorita Moon. Eu fico muito mais estiloso.
Moon: A capa, é? E teve todo o trabalho para comprar uma roupa dessas. Que desperdício de salário!
Locutor-sama: O que faço com o meu dinheiro, é problema meu.
Moon: A Tuta não ia curtir isso.
Locutor-sama: Eu não-
Moon: Mas você devia se importar com a opinião dela!
Locutor-sama: Não era bem isso que eu ia dizer.
Moon: Não era, mas sabe como é divertido interromper o que o narrador ia dizer? SABE?
Locutor-sama: Não, não sei. Interromper o que os outros iam falar é muita falta de educação da sua parte.
Moon: Ora, você está se preocupando demais, narrador vampiro! Não esquente a cabeça e tudo ocorrerá bem no final.
Locutor-sama: Está tentando me enrolar?
Moon: Que absurdo! Por que eu faria uma coisa dessas?
Locutor-sama: Porque você acha isso muito divertido!
Moon: Está dizendo que eu me divirto às suas custas?
Locutor-sama: Sim. É o que estou dizendo.
Moon: É uma pena mesmo, Locutor vampiro… Eu deveria voltar a falar “batata” o tempo todo.
Locutor-sama: Não faça isso, por favor.
Moon: Me dê um bom motivo!
Locutor-sama: Um bom motivo? É muito esquisito.
Moon: Esquisito? Você sabe o que é MUITO ESQUISITO MESMO?
Locutor-sama: Não sei, mas posso tentar deduzir.
Moon: Não, você não pode!
Locutor-sama: Autora, já vi que não entende que sou um narrador de muitas habilidades.
Moon: Como aparecer vestido de vampiro, seu esquisitão??
Locutor-sama: Eu não vejo nada de errado com isso!
Moon: Pois eu vejo.
Locutor-sama: Acho que falar “batata” é mil vezes por cento mais esquisito.
Moon: Mil vezes por cento? Está exagerando!!
Locutor-sama: Eu apenas exagero em ocasiões especiais.
Moon: E essas “ocasiões especiais” seriam…?
Locutor-sama: Ocasiões dramáticas, obiviamente.
Moon: Ah, mas é claro. Devia ter adivinhado!
Vai ser o nosso segredo, eles disseram. Mas é sorvete! Vão contar para todo mundo amanhã, de manhã.
Na varanda do Estúdio de Happy Green Things.
Moon: P-san! P-san.
P-san: *dormindo em pé*
Moon: Pinguins são capazes de fazer isso?
P-san: *acorda* Não! Não todos os pinguins. Apenas eu! Não sou como os outros pinguins.
Moon: Certo, certo. Senhor floquinho de neve!
P-san: Moon! Não… Isso é…
Moon: Isso é o quê?
P-san: Uma história engraçada, nem te conto! O que tem nessa caixa?
Moon: Uma metáfora, amigo pinguim!
P-san: Não sabia que metáforas são guardadas em caixas.
Moon: Sabe o que dizem! Vivendo e aprendendo, aprendendo de vivendo! E engordando. De decepções.
P-san: Ah, esqueça. Você vai superar suas decepções!
Moon: Você não sabe como é difícil desenhar em Okami!
P-san: Tenho certeza que vai superar isso.
Moon: Bom, sobre a caixa.
P-san: A caixa. O que tem na caixa?
Moon: Ah, você está curioso!
P-san: Claro que estou curioso. Quem não ficaria curioso?
Moon: A curiosidade… Matou o gato! Com um candelabro! Na sala de estar! Espera. Isso não é muito correto! Os gatos não-
P-san: Não diga coisas sem sentido. E coitado dos gatos.
Moon: Pobres gatos! Não façam isso! Eles devem ser livres! Não os limitem. Gatos tem que viver seus sonhos!
P-san: Moon, foco.
Moon: Foco. Foco… Sim, foco! Eu estou focada! Super focada.
P-san: Agora… A caixa.
Moon: Caixa! Sim, a caixa. Tome.
P-san: *abre a caixa* O que é isso? Um papel?
Moon: Sim! Um papel!
P-san: Está escrito “lógica”.
Moon: Sim! Muito bem, P-san. Acabou de provar que sabe ler!
P-san: Não é esse o ponto!
Moon: Caixas não tem pontos! P-san, como você é bobinho.
P-san: Não vai me dar uma explicação razoável?
Moon: “Existe algo mais importante que a lógica: a Imaginação. Se a idéia é boa, jogue a lógica pela janela.”
P-san: De quem é a frase?
Moon: Alfred Hitchcock.
P-san: Você pesquisou isso no Google, não é?
Moon: Viva o google!
P-san: E com essa frase você aprendeu uma coisa muito importante.
Moon: Exatamente, P-san! A lógica é a coisa que menos importa.
P-san: Coitada da lógica!
Moon: A partir de hoje, a lógica deixará de existir para mim!
P-san: Você já não lida muito com a lógica, para começo de conversa.
Moon: Sábias palavras. Mas é uma boa frase!
P-san: Ah, sim. É uma boa frase!
Moon: Cara! Como eu gosto de frases.
P-san: É, frases. Como são legais!
Moon: Você está entediado, não está?
P-san: Ainda não entendi porque tem um papel escrito “lógica” dentro da caixa. Sinto que você me enrolou.
Moon: Jamais entenderá metáforas, meu amigo pinguim!
Longe de ser típico, longo demais para ser um vestido… É uma coberta! Coberta por outras cobertas. Estranho.
Locutor-sama: Caminhei lentamente até o escritório da senhorita Moon no Estúdio Happy Green Things. Ouvia o barulho de chuva, e a atmosfera estava bastante pacífica. Mas! Esse narrador aqui estava sendo tolo, mal sabia o que aguardava no seu destino!
Random: Um sabonete!
Locutor-sama: Um sabonete? Não. Espero que não. Eu não quero escorregar em um sabonete.
Random: Não se preocupe! Eu te protejo, com minha espada flamejante!
Locutor-sama: Guarde isso, Random. Antes que alguém se queime!
Random: Desculpe.
Locutor-sama: Estávamos na frente da porta. E eu a abri! Uma cena muito esquisita estava a minha espera.
Moon: Batata.
Random: Batata?
Locutor-sama: Uma pausa dramática aconteceu. O que aconteceu com a senhorita Moon? Por que ela está usando um capuz escuro?
Random: A fase gótica é na adolescência!
Locutor-sama: A Senhorita Moon não superou a adolescência.
Random: Ainda escuta Avril Lavigne?
Moon: Batata! *levanta do chão*
Locutor-sama: Misterioso!
Random: Muito misterioso.
Moon: Batata.
Random: Onde será que tem batata?
Locutor-sama: Silêncio. Nós podemos estar sendo testados!
Random: Para sermos personagens principais?
Locutor-sama: Nós já somos personagens principais.
Random: Ah! Ainda bem.
Moon: Batata!
Locutor-sama: Senhorita Moon, nós não estamos entendendo o que está acontecendo.
Random: Nós não temos um dicionário de batatas!
Moon: Batata. Batata! Batata!
Random: Muitas batatas.
Locutor-sama: Isso já está começando a ficar preocupante!
Moon: Batata?
Locutor-sama: Autora, por favor. Nós estamos assustados!
Moon: Batata!
Random: Será que ela entrou em uma sociedade secreta de batatas?
Moon: Batata.
Locutor-sama: Existe uma coisa dessas?
Random: Nunca se sabe.
Moon: Batata. Batata.
Locutor-sama: É melhor nós voltarmos outra hora.
Random: Com batatas?
Locutor-sama: Batatas. Essa deve ser a chave do segredo para salvá-la!
Moon: Batata!
Locutor-sama: As luzes se apagaram. E de repente, se acenderam, e vimos algo inacreditável!
Random: Minha nossa senhora dos bonecos de palito!
Locutor-sama: Por todos os mestres dramáticos!
Random: Pelas barbas de Odin!
Locutor-sama: Minha nossa!
Random: Isso é assustador.
Locutor-sama: O que há na cabeça da autora?
Moon: Francamente! Até quando vocês vão ficar nessa?
Locutor-sama: Ela está curada.
Random: Pelo nosso bom senso!
Moon: Tsc. Tsc! Vocês estragaram tudo! Todo o clima de terror.
Random: Tinha clima de terror?
Locutor-sama: Tudo que aconteceu foi você estar com um capuz preto, e falar batata.
Random: E as luzes se apagaram!
Locutor-sama: E nós ficamos espantados.
Random: Muito espantados.
Moon: Certo, certo. Eu já entendi! Agora eu vou mandar vocês irem embora, pois tenho uma reflexão importante para fazer.
Random: Sobre batatas?
Moon: Sobre batatas.
Locutor-sama: A autora é definitivamente esquisita.
Essa é a última vez que… *espirra* Não, é provável que eu vá espirrar novamente.
Na varanda do Estúdio de Happy Green Things.
Moon: Está uma noite estrelada muito bonita.
P-san: É verdade.
Moon: Na nossa imaginação, tudo é mais bonito. Não concorda comigo, P-san?
P-san: Concordo.
Moon: E mesmo assim, eu não fui dormir ainda. Por que será…?
P-san: Ao invés de perguntar isso, porque você não deita e dorme?
Moon: A noite é uma criança quando se trata de escrita!
P-san: Vá dormir.
Moon: Estou com dor nas costas.
P-san: Vá deitar!
Moon: Meus olhos estão pesados…
P-san: Isso significa uma coisa, que é melhor você ir deitar e dormir.
Moon: Mas e as histórias que precisam ser escritas?
P-san: Você faz isso amanhã!
Moon: Mas… Eu quero escrever hoje.
P-san: Haverá uma chance para fazer isso amanhã.
Moon: E se eu esquecer as ideias?
P-san: Prefere acordar com sono?
Moon: O risco de esquecer as ideias é muito grande.
P-san: Não é preferível ter uma boa noite de sono?
Moon: O que é uma boa noite de sono?
P-san: Não comece a filosofar!
Moon: Filosofar… Filosofar!
P-san: Você começa a dizer coisas estranhas quando está com sono.
Moon: Uma escritora nunca dorme!
P-san: Uma escritora que nunca dorme fica de mau humor.
Moon: Pfft! Isso é apenas achismo da sua parte.
P-san: Eu tenho provas.
Moon: De matemática ou português?
P-san: Muito engraçado.
Moon: Sim, eu sei! Sou super engraçada. Eu sou… A Super Moon!
P-san: Você é a Super Moon? Sempre soube que tinha uma identidade secreta.
Moon: P-san, não seja sarcástico.
P-san: Você ter que dormir. Quer que eu seja honesto?
Moon: Acabou de ser honesto, dizendo que tenho dormir! Não é necessário ser honesto duas vezes.
P-san: Usarei da minha honestidade até você entender a necessidade de ir deitar e dormir.
Moon: Está bem, eu vou dormir.
P-san: Vai mesmo?
Moon: Vou.
P-san: Ótimo!
Moon: Sim, ótimo.
P-san: Então… Não vai dormir?
Moon: Sim, eu vou!
P-san: Então vá.
Moon: Calma!
P-san: Calma nada! Olhe para você, mal está segurando os olhos!
Moon: Por que eu seguraria os meus olhos? Você diz coisas tão estranhas, P-san.
P-san: O fato que você não entendeu o que eu quis dizer, é outro sinal que é melhor ir dormir!
Moon: Tem razão.
P-san: Lógico que tenho razão! Escute a voz da sua consciência.
Moon: Qual delas?
P-san: Eu.
Moon: Mas aí eu vou ficar com vontade de comer atum.
P-san: No máximo, só vai sonhar com atum.
Moon: Eu nunca sonhei com atum!
P-san: Então é momento de você tentar!
Moon: Está bem! Eu vou ir dormir. Isso foi muito inspirador, obrigado P-san!
P-san: De nada. E bons sonhos (com atum)!
Sonhamos pelas coisas que não temos. (?) Objetos inanimados tem sonhos, sim!
Na sala de reuniões de Happy Green Things.
Cola-sama: Nós estamos no dia 29 de setembro.
Lalali: Mas essa historinha está saindo no dia 15 de outubro!
Cola-sama: Eu sei. Mas ela já devia estar um mês adiantada!
Hércules: Considerando que ela quase entrou setembro com apenas uma historinha pronta, nós estamos no lucro, não concorda?
Cola-sama: Não importa. Ela já teve cinquenta histórias programadas! Cinquenta!
Lalali: A Cola-sama está repetindo aquela lenda novamente.
Hércules: É verdade. Será que ela não vai cansar disso?
Cola-sama: Não é uma lenda! Aconteceu de verdade!
Hércules: Você deve ter sonhado.
Lalali: Concordo!
Cola-sama: *coloca a mão no rosto* Francamente, vocês dois…
Lalali: Ora, acalme-se.
Hércules: Não é como a autora estivesse atrasada.
Cola-sama: Sei disso, mas… Ela podia se esforçar mais!
Lalali: Ela está fazendo o que pode.
Hércules: De fato!
Cola-sama: A Moon está reclamando que acabou ShiroKuma Café! Ao invés de ter assistido tão rápido, porque ela não adiantou as histórias para o blog primeiro?
Lalali: Sobre isso…
Hércules: Você não deve forçar o cérebro para descobrir respostas para perguntas tão difíceis.
Cola-sama: Estão ignorando o fato??
Lalali e Hércules: Que fato?
Cola-sama: O fato que ela está no escritório, olhando para um pôster que colocou do Pinguim-san!
Hércules: DO P-SAN?
Lalali: Não, é do Pinguim-san personagem de Shirokuma Café.
Hércules: Ah, tá!
Cola-sama: Você já viu o pôster?
Lalali: Sim, eu vi quando ela estava passando com ele.
Cola-sama: E não fez nada?
Lalali: O que eu poderia fazer? Não julgo o gosto de pôster de ninguém.
Cola-sama: Não é isso que eu quis dizer… Francamente! Vocês não tem vontade mesmo.
Hércules: Claro que nós temos.
Lalali: Temos MUITO vontade!
Cola-sama: Vocês tem mesmo?
Lalali e Hércules: Claro!
Cola-sama: Essa reunião era sobre dar um jeito nessa autora!
Hércules: Sobre isso…
Lalali: Acho que não tem jeito mesmo.
Cola-sama: Tem que ter um jeito! Tudo tem.
Hércules: A Cola-sama é realmente positiva.
Lalali: Não é?
Cola-sama: Chega! *levanta da cadeira em que estava sentada* Eu cansei dessa conversa. *sai da sala de reuniões e anda em direção do escritório da autora* Vamos ver… Eu preciso fazer algo!
[A porta do escritório é aberta]
Cola-sama: Moon!
Moon: *olhando para o pôster do Pinguim-san, vira a cabeça quando é chamada e a Cola-sama nota que está usando uma máscara de panda* Você não deveria ter visto isso.
Cola-sama: *fecha a porta* A autora não tem jeito, mesmo. Eu não devia insistir mais nesse assunto!