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Happy Green Things

Existem tarefas tão complicadas, que nem te recompensam com moedas celestiais! Que absurdo.

Moon: ESCREVA, escreva, ESCREVA. ESCRE-VA!
Locutor-sama: Senhorita Moon, sei que esse é o seu escritório e o seu digníssimo estúdio, mas não grite. Vai espantar os passarinhos!
Moon: Tsc. Eu estou me motivando para escrever mais histórias emocionantes! Engraçadas! Motivacionais! Mas tudo o que faço é escrever sobre mim em um estúdio imaginário. Deprimente.
Locutor-sama: Oh, você está tendo uma das suas crises novamente.
Moon: Que crise?? *soca a mesa* Eu sou melhor que isso. Não tenho crises. Já basta a crise econômica que encarece paçoquinhas!
Locutor-sama: Eu não sei bem se é culpada dela o preço das-
Moon: Escrever. Escrever. Escrever.
Locutor-sama: Você está repetindo isso, mas não escreve nada.
Moon: Nossa! Como você é atento, meu caro. Será possível que você é… O narrador?
Locutor-sama: Não vou tentar entender o porquê de você estar sendo irônica com seu adorável narrador, mas tudo bem.
Moon: Locutor-sama, preste atenção no que vou dizer.
Locutor-sama: Estou ouvindo, diga logo.
Moon: Você não é adorável!
Locutor-sama: Pare de socar a mesa. Quer machucar sua mão?
Moon: Bobinho, eu não vou machucar minha mão. Isso é só um alívio cômico!
Locutor-sama: Particularmente não vejo graça nesse seu alívio cômico.
Moon: E não vai dizer nada?
Locutor-sama: Sobre você dizer que não sou adorável…? NÃO.
Moon: Como não??
Locutor-sama: Senhorita Moon. Você está apenas me jogando palavras aleatórias que soam como insultos… Não são pedras. Não podem me machucar.
Moon: Não fique adaptando frases de efeito.
Locutor-sama: As frases de efeito devem ser renovadas de tempos em tempos.
Moon: Como um contrato?
Locutor-sama: Como um contrato.
Moon: Interessante.
Locutor-sama: Você está muito irônica, hoje.
Moon: Só hoje?
Locutor-sama: Bem, a sua especialidade não é exatamente a ironia.
Moon: Nã-não?
Locutor-sama: Não.
Moon: Devo trabalhar na minha ironia?
Locutor-sama: Deve trabalhar nas suas histórias inacabadas!
Moon: Tsc. Por que não me manda comer bolo de chocolate? É muito mais legal!
Locutor-sama: Existe algo na vida além do chocolate.
Moon: Sei disso. Mas eu devo comer chocolate!
Locutor-sama: Assim como você como chocolate com amendoim mesmo que não devia?
Moon: Tsc. O bombom com amendoim é gostoso! E tem chocolate. Ah, eu estou confundido tudo, mas você entendeu. *dá de ombros*
Locutor-sama: Autora… Você gosta de viver perigosamente.
Moon: Eu não vivo perigosamente! Sabe, eu não tenho amigos…
Locutor-sama: Oh?
Moon: Onde estão os amigos para me darem um bilhão em dinheiro??
Locutor-sama: Por favor, não repita piadas que vê em rede social, autora.
Moon: Tsc. Você não achou engraçado?
Locutor-sama: Não.
Moon: ESCREVA, escreva, ESCREVA. ESCRE-VA!
Locutor-sama: Não termine a história me ignorando!

Happy Green Things

“Você nunca deve me deixar sozinha em casa… Pois eu esvaziarei o seu pote de biscoitos!” *musiquinha de filme de terror ao fundo*

Moon: Eu andava pelo estúdio de Happy Green Things, procurando algo e alguém. O “algo” seria inspiração para uma historinha (a porcaria havia fugido horas atrás) e “alguém” seria o narrador. Cadê aquele bendito narrador? Some quando mais preciso dele!
Capitão Yay: Ele deve estar no banheiro.
Moon: No banheiro, Capitão?
Capitão Yay: No banheiro!
Moon: Eu não vou procurá-lo no banheiro.
Capitão Yay: Pensei que a busca pelo Locutor-sama era urgente.
Moon: Não é tão urgente como eu imaginava.
Capitão Yay: Você desistiu muito rápido.
Moon: É simples, meu amiguinho.
Capitão Yay: Não use diminutivo para alguém que tem apenas dez centímetros de altura!
Moon: Oh! Desculpe. Enfim, Cap… Achar a inspiração é mais importante que encontrar o narrador!
Capitão Yay: AH! Então você sabe bem o que é a sua prioridade.
Moon: É claro! Inspiração! Venha para a Moonzinha!
Capitão Yay: Chamá-la vai dar certo…?
Moon: Horas se passaram, e uma boa notícia. Encontrei o Locutor-sama! A má notícia é que ele estava com uma expressão de quem tomou café demais, e eu preferia encontrar a minha inspiração querida do que meu narrador nesse estado lastimável.
Locutor-sama: Senhorita Moon….
Moon: O que há com você, homem?
Locutor-sama: Os bodes devem ser livres.
Moon: É, eles devem! E….?
Locutor-sama: Não tem “e”, autora. Eles devem ser livres, e ponto final!
Moon: Estou vendo um “e” aí na sua frase. Tá querendo enganar a quem?
Locutor-sama: Não estou querendo enganar ninguém?
Moon: Oh, não…?
Capitão Yay: Talvez a si mesmo?
Moon: Concordo com você, Cap!
Locutor-sama: Por que o bode não questiona as ordens que ele recebe…?
Moon: Porque o bode é preguiçoso, Locutor.
Locutor-sama: Preguiçoso?
Moon: Sim! Agora, pare de ficar com essa cara de perturbado por causa de um bode. Quem liga para os bodes? Eu nem sabia que eles tinham telefone!
Locutor-sama: Sim, eles tem telefone. E celulares!
Moon: Aposto que sabem usar celular melhor que eu.
Capitão Yay: Qualquer um sabe usar celular melhor que você.
Moon: Obrigada pela parte que me toca, amiguinho!
Locutor-sama: O bode não quis ser salvo. Não acha isso triste?
Moon: De repente, ele ia ser salvo em um área de trabalho lotada! Ninguém quer ser mais um arquivo salvo em uma pasta bagunçada.
Capitão Yay: A área de trabalho NÃO é uma pasta.
Moon: Isso é o que “eles” querem que você pense.
Capitão Yay: E quem são “eles”…?
Moon: Não sei, mas é legal falar assim, não concorda? Fica misterioso!
Capitão Yay: Oh, o mistério!
Locutor-sama: Ninguém está levando o problema dos bodes a sério.
Moon: Esqueça dos bodes e vá trabalhar!
Locutor-sama: Me recuso!
Moon: Então fica aí mesmo, nesse cantinho escuro!

Happy Green Things

Autores tem hábitos, e quando estão fora do seu habitat é pior ainda!

Estúdio Happy Green Things, em um corredor.
Moon: Locutor! Locutor-sama! Cadê o homem…?
Random: Oi autora!
Moon: Random! Cadê o narrador?
Random: Tá por aí.
Moon: Por aí, onde?
Random: Oi?
Moon: Quero saber onde ele está!
Random: Você quer que eu seja específico?
Moon: Quero!
Random: Ele está na lua plantando batatas.
Moon: Plantando batatas!
Random: Plantando batatas.
Moon: Isso é impossível.
Random: Nada é impossível, contanto que seu coração saiba disso!
Moon: Você está me enrolando.
Random: Não estou. Olha o homem vindo aí…
Moon: Que homem?
Random: O Locutor.
Moon: O Locutor! Estou vendo apenas um astronauta.
Random: Exato!
Moon: Como pode garantir que tem alguém dentro?
Random: Bem… Tire o capacete, Locutor.
[O astronauta não se mexe]
Locutor-sama: Olá, pessoal.
Moon: Locutor!
Random: Se você está aí, quem é o astronauta…
[O astronauta continua parado]
Moon: Estou ficando com medo.
Random: Eu também!
Locutor-sama: Esse é apenas o astronauta que conheci quando estava plantando batatas na lua.
Moon: Por que você está suando frio?
Locutor-sama: Bom, eu não plantei batatas na lua…
Moon: Então para quê está mentindo?
Random: Mentira ter perna curta!
Locutor-sama: Eu pensei que seria interessante falar que foi plantar batas na lua…
Moon: Plantar batatas na lua é impossível.
Random: O astronauta continua parado, olhando para gente!
Locutor-sama: O que quer, criatura de uma terra distante?
Astronauta: ….
Random: Medo.
Moon: É alguma brincadeira?
Locutor-sama: Não. Eu saberia se fosse!
Moon: Eu também saberia se fosse!
Random: Será que é…
Moon: O que será que é?
Locutor-sama: Pode ser qualquer coisa.
Random: O quê é o quê?
Moon: O astronauta.
Random: Ah.
Moon: Quem é o astronauta!
Locutor-sama: O astronauta não tinha identidade. Ele é apenas… o astronauta.
Moon: E o que ele está fazendo dentro do estúdio?!
Locutor-sama: Esta é outra pergunta sem resposta.
Moon: Quantas perguntas vão ficar sem resposta?
Random: Ah.
Locutor-sama: O que há com você, amigo?
Random: Não sei…
Locutor-sama: Oh! O astronauta…
Moon: Desapareceu!
Locutor-sama: Muito misterioso.
Random: E medonho!
Moon: Muito medonho!
Locutor-sama: De fato, é assustador.
Moon: Nós vamos ficar assim mesmo?
Locutor-sama: Assim como?
Moon: Sem saber nada sobre o astronauta!
Random: O astronauta… não é ninguém.
Locutor-sama: Ele é apenas um andarilho.
Moon: Suposições!
Random: É melhor teorizar do que não pensar.
Locutor-sama: Não vai ficar maluco?
Random: Eu prefiro não pensar mais sobre o assunto!
Moon: Sim! É melhor nós não pensarmos mais no assunto.
Locutor-sama: E todos nós ficamos com a impressão que aquele astronauta ainda voltaria.

Happy Green Things

Nunca é cedo demais para outra história com a autora.

Locutor-sama: A Senhorita Moon estava sentada em uma poltrona confortável, no estúdio Happy Green Things.
Moon: Em uma poltrona confortável? Não. Isso aqui não é confortável.
Locutor-sama: Tem certeza? Pois me parece uma cadeira confortável.
Moon: Chega de falar sobre conforto! (levanta da poltrona)
Locutor-sama: Isso mesmo, é sempre bom tomarmos uma atitude. O que vai fazer, exatamente?
Moon: Nada de muito especial. Apenas… pensar.
Locutor-sama: Suponho que ter de fazer uma narrativa sobre os seus pensamentos?
Moon: Oh, não! Coisas engraçadas. Pensando melhor, não é melhor ficar pensando coisa nenhuma. Temos que fazer a primeira coisa que vier nas nossas cabeças!
Locutor-sama: Isso pode ser perigoso.
Moon: Acha mesmo?
Locutor-sama: Se fizermos algo sem pensar, podem haver danos irreparáveis.
Moon: Que exagero!
Locutor-sama: Eu não estou exagerando.
Moon: Então… explique-se.
Locutor-sama: É uma coisa complicada.
Moon: Jura? Eu adoro coisas complicadas!
Locutor-sama: É algo relacionado com vaso sanitário.
Moon: E o que seria?
Locutor-sama: O Random brincou de paintball com seus amigos boneco de palito no meu banheiro.
Moon: E você está pensando nisso.
Locutor-sama: Estou pensando que vou ter de limpar aquela droga de banheiro, mais cedo ou mais tarde.
Moon: Pobrezinho de você.
Locutor-sama: Sinto muito por não ser um pensamento interessante para compartilhar.
Moon: Não importa. Eu vou estar ali, no cantinho. Comendo uma torta!
Locutor-sama: De onde veio essa torta?
Moon: Que pergunta! Bom, eu vou explicar. Sou a autora. Se quiser estar segurando uma torta, eu seguro. Por exemplo! Posso simplesmente jogar essa torta que apareceu do nada na sua cara.
Locutor-sama: Por favor, não faça isso.
Moon: Mas como assim? É uma piada clássica. A piada da torta…
Locutor-sama: Autora. A minha roupa vai se sujar!
Moon: E não vai ser engraçado.
Locutor-sama: Não mesmo!
Moon: Mas a máquina de lavar pode achar engraçado.
Locutor-sama: Uma máquina de lavar não dá risada.
Moon: Está dizendo que ela não tem sentimentos?
Locutor-sama: Se eletrodomésticos e todos os outros itens da casa tivessem sentimentos, meu vaso sanitário deve estar muito deprimido no momento.
Moon: Um vaso sanitário deprimido! Que imagem.
Locutor-sama: Não me olhe assim, autora. Isso não é nada engraçado.
Moon: Não estou dizendo que é! E em primeiro lugar, você não deveria ter deixado o Random entrar na sua casa.
Locutor-sama: Diga isso para um boneco de palito! Ele pode entrar em qualquer lugar. Ele é pequeno.
Moon: Quer dizer que ele pode estar na sua cabeça nesse exato momento?
Locutor-sama: Por favor, diga que ele não está na minha cabeça.
Moon: Talvez.

– Naquela noite, o Locutor foi obrigado a ligar para o Random para ter certeza que ele não estava dentro da sua cabeça.

Happy Green Things

Se você fosse um par de sapatos dançantes, isso ia ser MUITO esquisito. A não ser que, onde você vive isso seja comum… Continuaria sendo esquisito!

No escritório da autora, em Happy Green Things.
Moon: Locutor. [sentada na cadeira em frente da mesa, com os braços segurando a cabeça]
Locutor-sama: Autora.
Moon: O certo seria “Senhorita Moon” e não autora. Só se eu falasse “Narrador” você deveria dizer… Ah, tanto faz. Quem se importa? É um detalhe completamente irrelevante!
Locutor-sama: Aconteceu alguma coisa?
Moon: Eu recentemente encontrei um otome game excelente….
Locutor-sama: Senhorita Moon!
Moon: [fica de braços cruzados] Qual o problema?
Locutor-sama: Você está desviando da resposta da minha pergunta.
Moon: Está bem. Eu tenho de confessar uma coisa, Locutor-sama.
Locutor-sama: E o quê é?
Moon: Não faço a menor ideia, sobre o que eu escrevi nas semanas de maio. Sabe o que isso quer dizer?
Locutor-sama: Que você vai ter que reler tudo.
Moon: NÃAAAAO!
Locutor-sama: Não seja dramática.
Moon: É bastante cômico ouvir isso de você.
Locutor-sama: Imagino que sim. E o problema é bastante simples de resolver! Não há necessidade de preocupação.
Moon: Simples? Não! Não é simples! Todas as vezes que volto para ler algo que escrevi, a possibilidade de eu achar horrível é de quinhentos por cento.
Locutor-sama: Você gosta de exagerar bastante, não é mesmo?
Moon: Se todos os problemas do mundo fossem resolvidos apenas vencendo a nossa preguiça interior… Muitas pessoas estariam perdidas. Incluindo eu!
Locutor-sama: Está admitindo que é uma pessoa preguiçosa? Pois isso é muito interessante!
Moon: Eu não sou uma pessoa preguiçosa!
Locutor-sama: Tem razão. Você é apenas uma pessoa muito devagar para fazer certas coisas.
Moon: Exatamente!
Locutor-sama: Mesmo que demore… Alguns anos. O que são um, dois, três anos quando se o tempo é na verdade uma eternidade?
Moon: Caramba. Você está me deixando de consciência pesada! Está feliz? ESTÁ FELIZ? HMMM?
Locutor-sama: Não. Deixar alguém de consciência é algo muito infeliz. E nada engraçado!
Moon: Mas que droga!
Locutor-sama: Não abaixe a cabeça na mesa.
Moon: Você está parecendo minha mãe.
Locutor-sama: Quero lembrá-la que fui criado como personagem em um momento de necessidade.
Moon: Sim! De falar as verdades para as pessoas, e ao mesmo tempo não aborrecê-las!
Locutor-sama: Eu vou fingir que minha criação foi por uma causa nobre, mesmo que isso não seja verdade.
Moon: O quê quer dizer com isso? Lógico que é uma causa nobre!
Locutor-sama: Isto é apenas uma causa nobre na sua cabeça.
Moon: Eu nunca sei quando você está sendo sarcástico… E eu deveria saber, pombas!
Locutor-sama: Não se incomode com esses detalhes irrelevantes.
Moon: Agora você foi sarcástico!
[silêcio de dois minutos]
Locutor-sama: Impressão sua, autora.
Moon: Eu realmente não gosto de sarcasmo.
Locutor-sama: Então porque foi criar um narrador sarcástico?
Moon: Excelente pergunta! Eu não tenho resposta para ela.
Locutor-sama: Não se preocupe, senhorita Moon. Eu não sou sarcástico, para falar a verdade.
Moon: Não?
Locutor-sama: Eu sou apenas… dramático.
Moon: Você tinha mesmo que ficar com a piada final? Pombas!

Happy Green Things

Olhe para a janela, e coloque os dois braços para trás. Agora sim, você está pronto para uma cena reflexiva!

No escritório da autora, em Happy Green Things.
Moon: Sabe, Locutor-sama… Fico me perguntando. Para quê vivemos, afinal?
Locutor-sama: Existem muitas respostas para essa pergunta que fez. Qual o motivo dela?
Moon: Estava apenas filosofando, meu caro.
Locutor-sama: Entendo. Mas você está bem?
Moon: É claro que estou bem. Estou apenas aqui, querendo saber a resposta para a minha pergunta.
Locutor-sama: Eu não sei. Podíamos ficar discutindo isto por horas, e não chegarmos em conclusão alguma.
Moon: É, acho que sim. Mas me diga, Locutor…
Locutor-sama: Sim?
Moon: Sabe, eu vejo agora o como é uma grande besteira deixar qualquer coisa te irritar. E então, observo pessoas se aborrecendo por bobagem.
Locutor-sama: Nem todos vão simplesmente ficar mais calmos. Talvez eles iriam pensar que, isso seria como ignorar o problema.
Moon: Ignorar! Não estou falando nisso, exatamente.
Locutor-sama: Imagino que proponha uma solução, então.
Moon: Deixar as coisas de lado, por um minuto!
Locutor-sama: E se for algo urgente?
Moon: Bem, se for algo urgente, para ontem eu não sei. Mas, se for um problema velho – que todo mundo já conhece – Para quê se preocupar com ele?
Locutor-sama: Isso não resolveria todos os problemas, sabe disso.
Moon: Claro! Mas quando as pessoas ficam discutindo por bobagens? Ou quando passam grande parte do tempo, culpando uma a outra?
Locutor-sama: Hm… Acho que sei onde quer chegar.
Moon: No final, para aquele que observa parece isso – Que nenhum dos lados quer se entender! Pois um acha que está certo, e o outro errado. E não uma maneira muito boa para tentar se resolver diferenças.
Locutor-sama: Fica difícil de convencer as pessoas quanto a isso.
Moon: Claro! Pois todo mundo é muito teimoso. E sempre com aquela velha história de “estar certo”. Isso não importa!
Locutor-sama: Para você, autora, o que realmente importa?
Moon: Você não sabe?
Locutor-sama: Lógico que não sei, senhorita Moon. Acha que se eu soubesse, estaria te perguntando?
Moon: De repente, você estava perguntando só para dar melhor para entender o que eu estava falando!
Locutor-sama: Realmente, eu não sei do que se trata dessa vez.
Moon: Em que mês nós estamos?
Locutor-sama: Maio.
Moon: Maio, Mario… O que temos aí?
Locutor-sama: Maio temos o dia das mães. Não é?
Moon: Existem outras coisas importantes, além disso.
Locutor-sama: E o que pode ser mais importante que dia das mães?
[Hello aparece, abrindo o tubo de ventilação na parede]
Hello: Paçoquinha, obviamente!
Moon: Junho, venha! Queremos você.
Hello: Principalmente as suas paçoquinhas!
Locutor-sama: Que maneira para se terminar uma história tão filosófica.

Happy Green Things

Existem coisas que dá até vontade de escrever. Mas às vezes, elas são esquecidas no lado mais escuro da mente.

No escritório da autora, em Happy Green Things.
Moon: [olhando para a janela] Os dias passam bem rápido, em um mês. Mas só fico satisfeita com isso se minhas histórias estão adiantadas!
Locutor-sama: Você está conseguindo adiantar muito bem, autora. De fato, pode ficar satisfeita.
Moon: É claro que eu poderia ter até escrito mais, [começa a andar no escritório] mas isso não vem ao caso. É melhor me satisfazer com o que eu consegui escrever.
Locutor-sama: É mais positivo, do que se exigir cada vez mais e jamais se contentar com o que já fez.
Moon: Dramático como sempre, não é?
Locutor-sama: Esse é o meu trabalho, autora.
Moon: Fico feliz de vê-lo tão animado!
Locutor-sama: Acapulco me fez descansar bem.
Moon: Acapulco te serviu todo esse tempo? [espantada]
Locutor-sama: Não me expressei muito bem, senhorita Moon. Quis dizer que descansei bem a minha mente em Acapulco.
Moon: A sua mente mente?
Locutor-sama: Como é quê é?
Moon: Não é estranho como mente pode significar coisas diferentes? Parte de nós, seres humanos que nos dá habilidade para refletir ou mentir, conjugando na terceira pessoa do singular!
Locutor-sama: Estou na dúvida se isso está certo…
Moon: O importante é fazer reflexões, meu caro narrador Locutor-sama. Você tem que se questionar, das coisas da vida. Como por exemplo, como é que o chocolate pode ser tão gostoso?
Locutor-sama: Não acho que tenho resposta para essa pergunta.
Moon: Claro, Locutor-sama. Ninguém pode responder uma coisa dessas!
Locutor-sama: Você acaba cismando com as coisas mais interessantes do mundo, autora.
Moon: Vou ficar na dúvida se isso é sarcasmo, ou não. Enfim…
Locutor-sama: O que foi?
Moon: Estou pensando em roteiros interessantes. Que não precisem durar tão histórias…
Locutor-sama: Uma coisa que não seja tão séria, talvez possa dar mais certo.
Moon: Ou uma história de várias partes que eu escreva em um dia só!
Locutor-sama: Acho melhor você ser mais realista.
Moon: Tem razão, narrador dramático. O negócio é escrever histórias pequenas e com mais variedade!
Locutor-sama: É bom começar com as coisas bem devagar.
Moon: Ou praticar devagar! É mais fácil, e mais sábio.
Locutor-sama: De fato, senhorita Moon. Mas lembre-se, caso vá fazer algum roteiro que dure várias histórias da próxima vez…
Moon: Pense um pouquinho mais?
Locutor-sama: Sim, pode até ser. Pensar nunca é demais.
Moon: De fato, Locutor! E planejar, é uma coisa saudável.
Locutor-sama: E pensar.
Moon: Sim, Locutor-sama. Já entendi!

Happy Green Things

Um dia qualquer no escritório da autora.

No escritório da Moon, no estúdio Happy Green Things.
Moon: [olhando fixamente para o monitor do computador]
Locutor-sama: Autora, aconteceu alguma coisa?
Moon: Não sei, Locutor-sama.
Locutor-sama: Então, você não sabe se aconteceu alguma coisa. Muito interessante. Isso acontece com frequência?
Moon: Onde está querendo chegar?
Locutor-sama: Em lugar nenhum. Não sou do tipo de pessoa que precisa de passaporte para viajar.
Moon: Me pergunto o que quer dizer com isso.
Locutor-sama: Só foi uma frase que pensei para me fazer parecer legal.
Moon: Oh. Problemas de popularidade, novamente?
Locutor-sama: Pelo visto o fato de que eu fico seguindo as pessoas, para narrar o que estão fazendo não é muito apreciado.
Moon: Você tem que admitir que isso é bem estranho.
Locutor-sama: Mas isso é o meu trabalho.
Moon: De fato, mas para os personagens isso pode ser um pouco inconveniente.
Locutor-sama: Talvez. Eu acho que deveria começar a aparecer apenas como narrador observador, e não personagem.
Moon: Não pode fazer isso. Caso contrário, não vai aparecer muito nas histórias.
Locutor-sama: Tenho certeza que personagens como a Tuta-sama ficariam felizes com isso. [o narrador suspira desanimado]
Moon: Ora, não faça essa carinha de infeliz! O outro problema é que os personagens não compreendem muito bem a função do narrador.
Locutor-sama: Não adianta tentar meu animar, senhorita Moon. Sou apenas uma inconveniência na vida dos personagens. Um esquisitão!
Moon: Tenho que concordar com a última parte…
Locutor-sama: Autora!
Moon: Olha, não sou eu que converso com um esfregão quando ninguém está olhando.
Locutor-sama: Como sabe disso?
Moon: A autora escuta tudo, vê tudo e está em todos os lugares! [dá uma risada maluca] Ah, é bom estar no comando de alguma coisa.
Locutor-sama: [Sentado no sofá, deprimido]
Moon: Ora Locutor-sama, não fique assim.
Locutor-sama: Talvez fosse melhor que eu desse um tempo para tudo isso.
Moon: Dar um tempo? Como assim?
Locutor-sama: Vou explicar, autora. Irei sumir por uns tempos, para dar um pouco mais de liberdade para os personagens. Um narrador também tem como função pensar no bem estar dos outros.
Moon: Mas Locutor-sama, você não acha que está sendo dramático demais, no mau sentido?
Locutor-sama: Não, autora. Já me decidi. Devo fazer o que é certo!
Moon: Certo? Isso é realmente certo? Eu não posso ficar sem narrador!
Locutor-sama: Tenho certeza que aparecerá um personagem mais competente do que eu, para fazer esse trabalho…
Moon: Mas Locutor-sama…
Locutor-sama: Não tente me impedir! [segura uma mala em cada mão] Vou embora. E voltarei, sabe deus quando!
[Locutor-sama sai do escritório da Moon]
Moon: Normalmente quando dizem isso, é que querem que alguém vá atrás deles.
Locutor-sama: Não. Quis dizer que vou embora mesmo.
Moon: Isso pode se tornar o problema.