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Happy Green Things

Ah, novembro… Como assim, você já está acabando?

Moon: Há tantos dias no ano! E então… Ele acaba. Daqui a pouco é dezembro! É natal! E então ano novo! A vida é curta, muito curta.
Locutor-sama: Não seria o ano? Eu não sei porque de repente isso virou uma reflexão, senhorita Moon.
Moon: Há certos dias das nossas vidas que devemos refletir, Locutor.
Locutor-sama: Como quando temos que decidir qual é o nosso sabor favorito, no sorvete napolitano?
Moon: Não sei se isso seria uma questão de reflexão. Apenas devemos aguentar… Qualquer sabor que sobrar!
Locutor-sama: Normalmente é o de morango.
Moon: Exato!
Locutor-sama: Não queria ser chato, mas nós vamos mesmo ficar conversando sobre reflexões? Seria mais agradável dialogar sobre coisas mais engraçadas.
Moon: Tem razão! Certo, vou contar algo que aconteceu comigo. Estava tentando bater o suco, com o mixer. Não estava funcionando, por algum motivo.
Locutor-sama: Mas porque?
Moon: Estava fora da tomada.
Locutor-sama: Inacreditável. Fez isso mesmo, autora?
Moon: Ou será que não fiz? Como por exemplo, eu resgatei relíquias antigas na semana passada!
Locutor-sama: É possível perceber o que é verdade, e o que é uma… realidade aumentada.
Moon: Realidade aumentada? Isso existe?
Locutor-sama: Tem vezes que nós devemos acrescentar palavras que não fazem muito sentido, para parecermos educados.
Moon: Você está me ironizando, seu Locutorzinho engraçadinho?
Locutor-sama: Imagine, está imaginando coisas.
Moon: Muito bem, muito bem. Está ótimo!
Locutor-sama: Do que está falando agora, senhorita Moon?
Moon: Da frase, a qual parecia que você estava me ironizando.
Locutor-sama: Obrigado.
Moon: Está agradecendo o quê? Fui eu que escrevi o que disse, narrador.
Locutor-sama: Está machucando meus sentimentos…
Moon: Oh, desculpe. Não era bem essa a minha intenção. E essa história parece que não vai acabar nunca! Como o ano. Por que ele ainda não está acabando?
Locutor-sama: Pensei que lá em cima, estava falando sobre como o tempo passa rápido. Agora quer que o ano acabe? Está sendo um tanto contraditória.
Moon: Escritores são contraditórios.
Locutor-sama: Só isso que tem a dizer? Esperava um argumento melhor.
Moon: Oh! Já sei. Em minha defesa, comecei este poste outro dia.
Locutor-sama: Compreendo. A sua opinião pode variar dependendo do seu humor. Interessante.
Moon: Não é bem assim! Espera, o que estou dizendo? Preciso de um momento para organizar as minhas ideias. Vê só o que fez? Ou talvez eu tenha comido bolachas demais.
Locutor-sama: Talvez, autora. Tem vezes que as coisas que comemos dão reações um tanto estranhas. Nos fazem lembrar de coisas que deveríamos esquecer…
Moon: Minha nossa. Parece que até começou a ventar, aqui. Foi por causa da sua frase dramática? Espera aí… [olha para os lados] Para onde ele foi?
Locutor-sama: [apenas a voz] Eu sou… como o vento.
Moon: Caramba. Me deu um medinho agora.

Autora X Ideias, Happy Green Things

Autora X Ideais – Pelo menos aqui, as coisas acontecem!

Locutor-sama: Sabe autora, em todos os dias da minha vida como narrador eu imaginei muita coisa. Ver umas coisas malucas, e que me surpreenderiam. Pensei que nunca mais nada seria surpresa, mas pelo visto eu me enganei.
Moon: Você está reclamando do meu pato gigante, narrador?
Locutor-sama: Não. Só estou achando surpreendentemente original.
Moon: Muito bem! Vou considerar isso como um elogio.
Locutor-sama: Mas é um elogio.
Moon: É bom que seja! Enfim, eu preciso encontrar a baleia.
Locutor-sama: Você vai caçar uma baleia?
Moon: Eu não sou um caçador maluco que estava obcecado por uma baleia, que tinha vários parafusos soltos como aquele livro.
Locutor-sama: Ainda bem. Mas eu não acho que caçador seja o termo certo para isso…
Moon: Quem se importa? O importante é que você me entendeu. Trouxe binóculo, Locutor-sama? Pois eu esqueci de trazer.
Locutor-sama: [entrega o binóculo para a autora]
Moon: Ótimo! Sorte. Trouxe um extra?
Locutor-sama: [tira um outro binóculo do bolso]
Moon: Que bom trabalhar com você. Pena que a guaxinim não aceita de dar um aumento. Por que será?
Locutor-sama: Nem imagino.
Moon: Muito bem… Onde está a nossa amiga baleia?
Locutor-sama: Nunca fiz amizade com uma baleia.
Moon: Tem primeira vez para tudo! Acredite.
Locutor-sama: Não estou vendo nada de interessante.
Moon: Nem eu. Essa ideia, que é em forma de baleia, está complicada de se encontrar.
Locutor-sama: É uma ideia?
Moon: Sim! É uma ideia que vai me dar uma ideia.
Locutor-sama: Pelo tom da sua voz, algo me diz que você não tem certeza.
Moon: Qual é a graça de viver a vida tendo certeza absoluta?
Locutor-sama: É uma vida mais segura, garanto.
Moon: Errado! Mesmo quando estamos nos sentido mais seguros, aquilo acontece. E você não sabe o porquê.
Locutor-sama: O quê, por exemplo?
Moon: A lata de lixo caiu no chão. Quem foi que derrubou?
Locutor-sama: Um cachorro.
Moon: Mas o que dá na cabeça de um cachorro para fazer isso?
Locutor-sama: Com todo o respeito, senhorita Moon. Mas nós dois estamos nos desviando do ponto principal dessa história.
Moon: Tenho que concordar com você, Locutor-sama.
Locutor-sama: Fico contente que você concorde.
Moon: Mas essa busca dessa ideia está me cansando!
Locutor-sama: Já está pensando em desistir?
Moon: Não sei, será que vale a pena continuar?
Locutor-sama: Nunca se sabe.
Moon: Nós olhamos por todos os lados. Onde ela está, afinal?
Locutor-sama: Pode ser uma lenda.
Moon: Como o unicórnio?
Locutor-sama: Exatamente.

Happy Green Things

Nunca desista dos bons momentos! Pois uma vez que você come um bolo de chocolate delicioso, nunca mais se esquece.

No escritório da autora, no seu estúdio de Happy Green Things.
Moon: Sabe, Locutor-sama… Existem momentos na vida em que temos que rever as nossas ações.
Locutor-sama: Que profundo, senhorita Moon. E qual das suas ações você está revendo?
Moon: A de jogar demais Animal Crossing. Eu devo me libertar desse vício! Não é um modo saudável de passar as férias.
Locutor-sama: E que tal praticar algum esporte?
Moon: Você está exagerando.
Locutor-sama: Foi apenas uma sugestão.
Moon: Deixei as coisas para a última hora, como sempre.
Locutor-sama: Isso acontece.
Moon: Sinto falta dos bons tempos. Aqueles que eu tinha mais de cinquenta posts programados para o blog! O que aconteceu com o meu lado responsável? Ele fugiu?
Locutor-sama: Provavelmente está jogando Animal Crossing.
Moon: Detesto admitir isso, mas você tem toda razão.
Locutor-sama: Eu diria que represento a voz da sua consciência.
Moon: Quer dizer que você é um grilo falante?
Locutor-sama: Grilos falantes? É só nisso que você consegue pensar, quando alguém diz para você a palavra consciência?
Moon: Eu também consigo pensar em robôs gigantes assando biscoitos de maneira bonitinha. Por que a pergunta?
Locutor-sama: Você é uma pessoa complexa, senhorita Moon.
Moon: Diria que sou como um quebra cabeça de quinhentas mil peças!
Locutor-sama: Agora é a senhorita que está exagerando.
Moon: Falando nisso, bons tempos que eu montava quebra cabeças…
Locutor-sama: Mas você nunca teve paciência com quebra cabeças.
Moon: Deixe-me com a ilusão que tive um passado interessante!
Locutor-sama: Mas tem que lembrar da realidade.
Moon: Quer dizer que eu nunca tive um pônei?
Locutor-sama: Não, autora. Você nunca teve um pônei.
Moon: Não é a toa que eu cresci traumatizada.
Locutor-sama: Eu tenho certeza que existe algo além da vida do que ter um pônei na infância.
Moon: Uma fazenda com árvores feitas de doce?
Locutor-sama: A sua infância não ocorreu no reino doce.
Moon: Mas que porcaria! Quer dizer que eu nunca salvei a princesa do Bowser em Super Mario World? Ela está até hoje no castelo, presa jogando Mario Kart?
Locutor-sama: Isso foi o Mario. E os objetivos cumpridos nos videogames não contam.
Moon: É claro que contam! Eu dormi por sete anos e acordei em uma Hyrule que foi dominada pelo Ganondorf.
Locutor-sama: Eu tenho certeza que haverá um dia em que você fará algo de interessante.
Moon: Algo de causar inveja? Como andar em um pato de borracha gigante, que também solta laser?
Locutor-sama: Sonhar ainda é de graça, senhorita Moon.

Happy Green Things

Julho! Ainda dá para comer paçoquinha?

No escritório da autora, em seu estúdio Happy Green Things.
Moon: [olhando para a parede]
Locutor-sama: Está de castigo, autora?
Moon: Eu só consigo pensar em “remando, remando”! Isso está atrapalhando minha concentração. E agora?
Locutor-sama: Já tentou remar, para ver se ajuda?
Moon: Para quê eu vou remar, se posso escrever uma história sobre isso? HEIN? Entenda como minha lógica funciona.
Locutor-sama: Tem razão, autora. Para quê fazer algo, se tem personagens que podem fazer por você?
Moon: Cheio de sarcasmo e piadinha hoje, hein! Quer escrever o roteiro? HEIN? HEIN?
Locutor-sama: Acalme-se, autora. Eu não quero escrever roteiro nenhum. Não faria nada que a deixasse ofendida.
Moon: Não me deixou ofendida. A não ser que você comece a dizer “remando, remando”! Eu vou ficar maluca.
Locutor-sama: Já tentou pensar outra coisa?
Moon: Estou aceitando sugestão, pessoa criativa. Alguma?
Locutor-sama: Aquela música que fala de setembro, a chuva e não sei mais o quê. Não é mais agradável?
Moon: Não! Ótimo. Agora essa música colou.
Locutor-sama: Mudando de assunto, quais são os seus planos para julho, senhorita Moon? Alguma novidade bombástica?
Moon: Novidades bombásticas não estão disponíveis. Sabe como é complicado inventar algo novo? Quando tanto coisa já foi pensada, criada e inventada? Há muitos gênios nesse mundo.
Locutor-sama: Tenho certeza que sim, autora. As pessoas são mesmo muito interessantes.
Moon: E você nunca pode imaginar o que elas estão pensando.
Locutor-sama: Acho que isso seria um tanto difícil. Não acha que está pedindo demais, ser telepata?
Moon: Eu não quero ter poderes de telepatia! Francamente, Locutor-sama. Acha que eu iria pedir uma coisa dessas?
Locutor-sama: É, talvez não combine muito com você. Não é uma vilã tentando dominar o mundo, é?
Moon: Estou tentando dominar o mundo de Silly Tales, apenas.
Locutor-sama: Mas você não é tecnicamente criadora desse mundo?
Moon: Isso me dá mais direito ainda de dominar, oras.
Locutor-sama: Provavelmente todas as pessoas sonham secretamente em dominar o mundo, senhorita Moon.
Moon: Está me consolando?
Locutor-sama: Não. As pessoas tem um mundo que elas criaram. Elas precisam dominá-lo, para entendê-lo melhor.
Moon: Eu não quero entender como as ideias funcionam.
Locutor-sama: Quem falou em ideias? Estou falando de lembranças. Aquilo que faz você dizer “Me lembro como se fosse ontem.”
Moon: Eu não sou tão velha para dizer essa frase.
Locutor-sama: Nostalgia não tem idade, autora. Lembre-se dessas minhas palavras. Vai lembrar, da próxima vez que tomar sorvete.
[Locutor-sama sai do escritório]
Moon: Sorvete? O que isso tinha a ver com a conversa?

Happy Green Things, Silly Tales

Nem sempre dá para saber exatamente o que vai ser escrito. Isso deixa a história mais emocionante ainda!

Locutor-sama: Era um dia nada tranquilo, na Casa Verde. Alli e Óleo haviam feito uma comida que deixou todos com o estômago pesado.
Moon: NÃO! [vira a mesa]
Locutor-sama: Senhorita Moon!
Moon: Que tipo de história é essa? Qual vai ser a emoção? Já sei! Não vai ter remédio para resolver o problema de estômago pesado. E então, alguém vai ter que sair para lutar contra o dragão, para conseguir…
Locutor-sama: Até que dá um roteiro interessante.
Moon: Nada disso! Não é um roteiro bom.
Locutor-sama: Mas tem um dragão.
Moon: O que quer dizer? Que um reality show seria interessante, se os participantes fossem dragões?
Locutor-sama: Nunca se sabe. Muita gente ia achar intrigante assistir um programa assim.
Moon: Você só pode estar brincando.
Locutor-sama: Não precisa ficar brava.
Moon: Dragões merecem a liberdade!
Locutor-sama: Eu não estava falando sério.
Moon: Ainda bem.
Locutor-sama: Era uma vez, em um reino muito distante, um boneco de palito que era adorado por todos.
Moon: Locutor-sama.
Locutor-sama: Sim?
Moon: De onde você está tirando esses roteiros?
Locutor-sama: Do baú mágico.
Moon: Não é o tipo de resposta que eu esperava.
Locutor-sama: Está duvidando dos poderes do baú? Oh! Como você pôde?
Moon: Não comece com suas expressões dramáticas.
Locutor-sama: Pelo menos elas são divertidas.
Moon: Certo, certo. Qual é a próxima história do baú mágico?
Locutor-sama: É… sobre… um sorvete.
Moon: Um sorvete?
Locutor-sama: Exatamente. Um sorvete.
Moon: Continue.
Locutor-sama: É uma história muito triste.
Moon: É?
Locutor-sama: São os desafios que ele passa, até chegar ao seu destino. Que é o pólo norte. Ele… quer conhecer o papai noel! [lágrimas caem do rosto do Locutor-sama]
Moon: É mesmo?
Locutor-sama: Que tipo de reação é essa, autora? É emocionante!
Moon: Não acho.
Locutor-sama: Quanta insensibilidade…
Moon: Próxima.
Locutor-sama: Os três porquinhos.
Moon: E desde quando isso é original?
Locutor-sama: Eles usam jaquetas azuis e uma gravata borboleta vermelha.
Moon: Isso pode dar processo, sabia?
Locutor-sama: É verdade. Preciso achar uma história mais original.
Moon: Ótima mais alguma coisa?
Locutor-sama: Não sei. Tem receitas misturadas com os roteiros.
Moon: Receitas de quê?
Locutor-sama: Bolos. Tortas.
Moon: Não acho mais nenhuma historinha?
Locutor-sama: Encontrei uma! “O duende e o detergente”
Moon: É uma história sobre um duende lavando louça?
Locutor-sama: Sim. Não parece muito emocionante.
Moon: Não mesmo.
Locutor-sama: Encontrei mais uma…
Moon: CHEGA! Nenhuma das histórias está boa o suficiente!
Locutor-sama: O que você queria, exatamente?
Moon: Paçoquinhas! Onde estão as paçoquinhas?
Locutor-sama: A senhorita Hello comeu todas.
Moon: Eu deveria ter adivinhado!

Happy Green Things

Tudo aconteceu como eu planejei! Menos o chá que eu derrubei… Que rima péssima!

[Moon estava sentada em uma poltrona lendo, no jardim do Estúdio Happy Green Things. Tinha uma expressão insatisfeita no rosto.]
Locutor-sama: Autora, aconteceu alguma coisa? Se é que não seria rude da minha parte, me meter na sua vida.
Moon: Não tem nenhum pato em que posso conversar. Isso é preocupante.
Locutor-sama: E para quê você quer conversar com um pato?
Moon: Não sei explicar, exatamente. É que tive duas ideias. Uma, era estar sentada nessa poltrona e a outra, conversar com um pato.
Locutor-sama: Ideias interessantes.
Moon: E talvez… comer pão de queijo.
Locutor-sama: Você sempre acaba falando de comida, não é mesmo?
Moon: Não posso evitar! A comida é algo importante, que deve ser sempre citado nas histórias.
Locutor-sama: Os leitores vão pensar que você escreve com fome.
Moon: Bem, isso acontece normalmente.
Locutor-sama: Devo procurar um pato para conversar com você?
Moon: Não, não. A outra vez que fomos falar com patos na lagoa, não foi uma boa ideia.
Locutor-sama: Quem diria que patos sabiam lutar daquele jeito.
Moon: Foi um tanto idiota da parte do Wolf, ter repetido tantas vezes que era fofinho. Nem patos conseguiram aguentá-lo.
Locutor-sama: E dizem que patos tem uma paciência de elefante….
Moon: Dizem isso? Sério?
Locutor-sama: Não sei, se é isso que realmente dizem. Eu posso ter inventado agora, só para ser uma frase aparentemente dramática.
Moon: Não consigo entendê-lo às vezes, Locutor-sama…
Locutor-sama: E agora? Você vai fazer o quê?
Moon: Por enquanto estou bem confortável, sentada nessa poltrona. É uma pena que não tenha um lugar tão aconchegante para sentar…
Locutor-sama: Autora! Você precisa pescar ideias!
Moon: Não.
Locutor-sama: Não??
Moon: Dá muito trabalho, e muitas vezes aparecem ideias do tamanho de uma baleia.
Locutor-sama: Oh…
Moon: E esse livro está muito chato! [fecha o livro e joga ele longe]
Locutor-sama: E lá se foi o livro.
Moon: Locutor-sama!
Locutor-sama: Sim, autora?
Moon: Eu vou tomar um copo de suco de laranja.
Locutor-sama: [surpreso]
Moon: O que foi?
Locutor-sama: Laranja, ao invés de uva?
Moon: É bom mudar de vez em quando.
Locutor-sama: Isso é preocupante.
Moon: Não se preocupe, Locutor-sama. Até os patos trocaram a lagoa por uma piscina. Tudo na vida precisa mudar.
Locutor-sama: Piscina? Sério?
Moon: Dizem que até levaram boias de pato.
Locutor-sama: Que imagem inacreditável…
Moon: Não é? Patos são surpreendentes.
Locutor-sama: Não dá para entender…
Moon: Sabe o que tem de especial nessa poltrona, Locutor-sama?
Locutor-sama: Mudança completa de assunto!
Moon: Dá para guardar planos para a dominação global! [entrega um plano para o narrador] Dê se uma olhada!
Locutor-sama: Isso são receitas com paçoquinha.
Moon: Ah! E vai me dizer que essa não é a melhor maneira de dominar o mundo?
Locutor-sama: Você também é inacreditável, autora.

Happy Green Things

Tem dias que a inspiração está dormindo, e as ideias ficam pulando amarelinha!

No escritório da autora, em Happy Green Things.
Locutor-sama: Senhorita Moon.
Moon: O que foi, Locutor-sama?
Locutor-sama: As histórias programadas acabaram.
Moon: [vira a mesa] COMO ASSIM? É tudo culpa do Bhaskara! Ele fica servindo café, mas não lembra as pessoas de suas responsabilidades!
Locutor-sama: Bhaskara…?
Moon: Para que serve a fórmula dele, afinal? É algo secreto para permitir a viagem temporal? Ou o chocolate eterno? Qual será a utilidade?
Locutor-sama: Vejo que hoje é dia dos questionamentos.
Moon: Todos os dias devemos nos questionar das coisas, Locutor-sama! Temos cérebro para pensar, e não para ocupar um espaço na nossa cabeça.
Locutor-sama: Que profundo. Mas você ainda precisa escrever.
Moon: Não me apresse, Locutor-sama. Estou esperando a inspiração divina!
Locutor-sama: Do chocolate?
Moon: Não sei. Pode ser do sanduíche, também. [pensativa]
Locutor-sama: Autora, não comece a se enrolar.
Moon: Eu não estou me enrolando!
Locutor-sama: [preocupado] Isso não vai acabar bem.
Moon: [abre o armário] Vamos ver… O que temos aqui?
Locutor-sama: Livros. Muitos livros.
Moon: Sabe, eu deveria ter um livro com um botão que abrisse um laboratório secreto.
Locutor-sama: E como ia se chamar?
Moon: “Laboratório de Dexter!”
Locutor-sama: Não é muito criativo.
Moon: Você não me entendeu. É em homenagem ao meu primeiro hamster, Dexter. Ele… era uma gracinha! A coisa mais fofa que você já viu?
Locutor-sama: Oh. Entendo.
Moon: E então, colocar no laboratório um monte de pôster de hamsters!
Locutor-sama: Um pôster do Kratos e outro do Jade dos jogos de Tales já não são o suficiente?
Moon: Está me impedindo de sonhar, narrador chato?
Locutor-sama: Não.
Moon: Bom. Não é melhor fazer um laboratório… talvez um jardim secreto.
Locutor-sama: Imagino que seja seu sonho de infância.
Moon: Quem nunca quis ter um jardim secreto?
Locutor-sama: Eu nunca quis ter um jardim secreto.
Moon: Você está muito chato hoje, Locutor-sama.
Locutor-sama: Peço desculpas, autora. Mas a senhorita estava indo tão bem, em deixar os posts adiantados…
Moon: Ora, me desculpe decepcioná-lo. Não é todos os dias, que a inspiração vem, e de repente… zap! Dez histórias são escritas. A vida não é assim tão fácil.
Locutor-sama: Comer gelatina ainda é fácil. Ou pudim.
Moon: Talvez você tenha razão.
Locutor-sama: E agora?
Moon: Para quê medir uma pirâmide?
Locutor-sama: Autora, esse tipo de questionamento é…
Moon: A pergunta mais importante é, ninguém foi genial o bastante em fazer uma pirâmide de chocolate?
Locutor-sama: Biscoito? É você?
Moon: Não deveria dar ouvidos a ele.
Locutor-sama: Realmente, autora. Existem coisas melhores… como maçã!
Moon: Certo, mas eu não vou subir a escada comendo maçã.
Locutor-sama: Ninguém falou que você terá que fazer isso.

Happy Green Things

É complicado querer ser original, em um mundo onde tantas coisas já foram criadas!

Locutor-sama: No escritório da autora, em seu estúdio imaginário no Happy Green Things, senhorita Moon está sentada no sofá, de braços cruzados.
Moon: Pronto! Agora não estou mais de braços cruzados.
Locutor-sama: Alguma coisa errada?
Moon: Sim, Locutor! Eu quero algo original! Inusitado! Chega de piada com queijo, ou gaita!
Locutor-sama: Eu não vejo nada de errado em piadas com queijo.
Moon: Claro que piadas com queijo são erradas!
Locutor-sama: Só porque algo é repetitivo, não quer dizer que seja ruim.
Moon: Mas Locutor-sama, eu quero coisas inusitadas, estranhas e malucas que tornem uma história mais engraçada!
Locutor-sama: Em outras palavras, você quer aperfeiçoar a maluquice.
Moon: Em outras palavras. É mais ou menos isso que tenho em mente.
Locutor-sama: Talvez calculadoras contadoras de histórias.
Moon: E o que isso tem de inusitado?
Locutor-sama: Ora, é muito simples senhorita Moon. Calculadoras são usadas para se fazerem contas matemáticas!
Moon: Sei que é para isso que serve uma calculadora!
Locutor-sama: Estou ciente desse fato. Só expliquei minha ideia.
Moon: Hm… é muito estranha, essa sua ideia.
Locutor-sama: Pensei que era exatamente esse tipo de coisa que você queria.
Moon: Sim, mas será que é uma ideia boa o suficiente?
Locutor-sama: Nunca saberemos se não testarmos!
Moon: Está bem, está bem. Entre a calculadora contadora de histórias!
Calculadora: Era *bip* uma *bip* vez *bip* uma *bip* bruxinha *bip* que *bip* gostava *bip* de *bip* se*bip* vestir *bip* com *bip* vestidos *bip* de *bip* bolinha.
Moon: Quê é que foi que ela disse?
Locutor-sama: Suponho que foi algo relacionado a uma bruxa de baixa estatura, e seu vestuário se resume a um vestido de bolinhas.
Moon: Muito informativo. SÓ QUE ELA TEM QUE PARAR DE FAZER ESSE BIP ENLOUQUECEDOR!
Locutor-sama: Senhorita Moon, acalme-se por favor. As calculadoras tem o direito de produzir o barulho de “bips e bips” quanto quiserem.
Moon: Não tem não! É por isso que as calculadoras tem como desligar o barulhinho das teclas, para não enlouquecer ninguém.
Locutor-sama: Mas autora…
Moon: Está dispensada, calculadora!
Locutor-sama: Isso foi um tanto injusto.
Moon: Como todo mundo diz… a vida não é justa. Por que deveria ser diferente com as calculadoras?
Locutor-sama: Se todas as pessoas pensarem assim, o mundo não será um lugar muito bom para se viver.
Moon: Ma-mas Locutor-sama! Nós estamos falando de calculadoras.
Locutor-sama: Calculadoras também tem sentimentos! Lembrem-se, leitores, de nunca jogarem uma calculadora contra a parede.
Moon: É, você nunca sabe se a calculadora é uma fada disfarçada, que pode transformar o individuo que cometeu tal atrocidade, em uma calculadora. Que vingança!
Locutor-sama: Você pegou o espírito da coisa, e da maneira dramática de se falar.
Moon: Desconfio que isso já aconteceu com esse narrador…

Happy Green Things

Tem vezes que me esqueço como escrever um título de post é uma grande responsabilidade!

Locutor-sama: Um dia calmo em Happy Green Things. Acabo de entrar no escritório da Senhorita Moon, e a encontro em frente da janela, olhando para o céu. Me aproximo da autora e pergunto o que ela estava fazendo.
Moon: Não era mais fácil você me perguntar de uma vez, ao invés de falar palavras e palavras e cada vez mais palavras?
Locutor-sama: Eu devo exercer a minha função de narrador, de vez em quando. Afinal a minha profissão não é apenas ser dramático.
Moon: Tinha me esquecido disso. E exercer, que palavra difícil!
Locutor-sama: Difícil, como?
Moon: Exercer me lembra planilhas. E planilhas me lembram algo difícil.
Locutor-sama: O seu raciocínio sempre me surpreende. E o que você estava fazendo, olhando para o céu? Viu algum…
Moon: …camarão voador? Não.
Locutor-sama: É uma pena. Tinha uma esperança que minha encomenda viesse rapidamente.
Moon: Camarões voadores são tão rápidos assim?
Locutor-sama: São bem rápidos. E sei que você vai me perguntar sobre o que é minha encomenda-
Moon: A NUVEM TÁ MUITO BAIXA!
Locutor-sama: …é um livro sobre narração. Mas acho que a nuvem está mais interessante que a minha conversa. Queira me desculpar…
Moon: Ah, um livro? Interessante, Locutor-sama! Desculpe, é que estou muito intrigada com uma coisa.
Locutor-sama: Com a nuvem?
Moon: Sim, com a nuvem!
Locutor-sama: As nuvens estiveram no céu desde sempre.
Moon: Mas eu disse no nuvem no singular, e não no plural!
Locutor-sama: Se continuarmos com essa emocionante discussão sobre a língua portuguesa, eu acharia melhor nós chamarmos o Pascoal. Ele é a pessoa mais adequada para se discutir sobre o assunto.
Moon: Muito engraçado, você! E diga as coisas de maneira mais simples… Caramba, eu perdi a nuvem!
Locutor-sama: Essa deve ter sido uma das frases mais estranhas que já ouvi.
Moon: Mas Locutor-sama! A nuvem só pode ser uma nave alienígena.
Locutor-sama: Com todo o respeito, mas acredito que existe a liberdade de escolha no design das naves alienígenas.
Moon: E você diz que eu digo coisas estranhas!
Locutor-sama: Autora… a liberdade de escolha é uma coisa muito importante!
Moon: Sim, eu sei disso! Só que estou falando da nuvem, não da liberdade de escolha!
Locutor-sama: Nuvens e liberdade de escolha não tem muito em comum. Elas normalmente não tem escolha…
Moon: Escolha de quê?
Locutor-sama: Repare que as cores das nuvens não são sempre criativas.
Moon: Mas se nuvem fosse de cor diferente, aí seria poluição!
Locutor-sama: Bem pensado. E a nuvem… o que tinha de especial nela, além de estar muito baixa?
Moon: Era a nave do P-san, lógico!
Locutor-sama: Lógico?
Moon: *deixa a janela escancarada* P-SAN PARE DE NOS OBSERVAR!
Locutor-sama: Mas autora…
Moon: EU SEI QUE VOCÊ ESTÁ NOS OBSERVANDO!
Locutor-sama: Senhorita Moon…
Moon: Agora eu não consigo fechar a janela.
Locutor-sama: Moral da história: Nunca grite com uma nuvem.
Moon: Ou com um pinguim!

Happy Green Things, Silly Tales

Azulzinho & Queijo.

Locutor-sama: É mais um dia no estúdio Happy Green Things. Senhorita Moon continua a colocar os rascunhos em ordem, e finalmente usando-os para alguma coisa.
Moon: *com a cabeça deitada na mesa*
Locutor-sama: Autora…? O que está fazendo?
Moon: AZULZINHO, CADÊ VOCÊ?
Locutor-sama: Azulzinho…?
Moon: AZULZINHO, VOCÊ NUNCA VAI APARECER?
Locutor-sama: Não sei bem o que aconteceu, mas acalme-se autora.
Moon: *levanta a cabeça da mesa* Azulzinho…
Locutor-sama: Senhorita Moon, e os rascunhos?
Moon: Não importa quantos rascunhos eu termine, ele não aparece. *soca a mesa* ISSO NÃO É JUSTO!
Locutor-sama: A vida não é-
Moon: …justa! Sem frases de efeito, por favor!
Locutor-sama: Então…
Moon: Então o quê?
Locutor-sama: O rascunho.
Moon: Ah, o rascunho. Eu escolhi esse aqui.

Falar queijo confunde as pessoas?
Existe uma lenda que se você falar “queijo” para a pessoa que começa uma conversa que não está te agradando, você pode falar queijo, confundi-la por alguns segundos e… Sim. É a sua chance de escapar da chatice do seu amigo! Se essa lenda é verdadeira? Não… mas você pode ser educado, mesmo que a conversa não estiver te agradando, escute mesmo assim! Ou você pode usar fones de ouvido invisíveis, o que acha? É, eu sei. Não existe fones de ouvido invisíveis… ou será que existe?

Acho que esse texto só serviu para deixar você confuso. Ou mais criativo? Ou será que, talvez, você tentará falar queijo para confundir uma pessoa? Muitas perguntas sem respostas. QUEIJO!

Locutor-sama: Um interessante rascunho, senhorita Moon.
Moon: Sim… muito interessante. Mas o que mais posso adicionar? Uma aventura épica?
Locutor-sama: Seria bastante criativo, colocar algum personagem para procurar sobre a veracidade da lenda.
Moon: Hm… é. Seria interessante!
Locutor-sama: Ótimo! Qual personagem você vai usar?
Moon: Não sei. Sorteio!
Locutor-sama: Sorteio me lembra bingo.
Moon: Uma coisa não tem nada a ver com a outra!
Locutor-sama: Mas no bingo se sorteia os números!
Moon: Ah, é mesmo. Boa lembrança!
Locutor-sama: Autora, acho que não quer usar a ideia do queijo.
Moon: É que essa piada é tão antiga… Teria mais graça se eu tivesse postado, quando tinha começado o post.
Locutor-sama: Vai desistir do post?
Moon: Não, eu só preciso ter uma inspiração divina.
Locutor-sama: Senhorita Moon, inspirações divinas podem ser um tanto complicadas e demoradas. Não acha que devia-
Moon: Shh! Silêncio, pois ela está vindo…
Locutor-sama: A inspiração?
Moon: Não, bobo. Estou falando da piada!
Locutor-sama: Que piada?
Moon: Queijo!
Locutor-sama: Isso não foi muito original.
Moon: Eu tentei.