Locutor-sama: Estou aqui presente na mansão de Tuta-sama. A autora resolveu trazer sua mesa, com seu telefone para cá. Ela está na sala de estar, e não sei como a Tuta-sama ainda não apareceu para pedir satisfação. Não sei se é sorte da autora, ou é simplesmente por conveniência. Se ela não aparecer aqui, a mesa pode ficar tranquilamente, porque não tem a dona da casa para impedir de colocar.
Moon: Você está com inveja!
Locutor-sama: Como assim, autora? Você está viajando nas ideias!
Moon: Eu tenho uma mesa e um telefone bonito, e você não.
Locutor-sama: Francamente, senhorita Moon. Não diga tamanha baboseira!
Moon: Não é baboseira, é fato.
Tuta-sama: Que palhaçada é essa por aqui?
Moon: Olá, olá minha guaxinim favorita!
Tuta-sama: Eu sou a única guaxinim em sua vida.
Moon: E que continue assim.
Locutor-sama: A autora está sem o escritório dela.
Tuta-sama: Cola-sama andou aprontando, não?
Moon: Andou.
Tuta-sama: Bom. Sinta-se a vontade pra ficar por aí. Mas não no meio do caminho, nem no meio do corredor.
Moon: Ótimo! Muito obrigada, minha guaxinim favorita!
Locutor-sama: Estranho. Podia jurar que você acharia ruim, a presença da senhorita Moon aqui.
Tuta-sama: As pessoas vivem entrando na minha casa. Você, principalmente, volta e meia está aqui. Parece que mora aqui também!
Locutor-sama: É verdade. Estou sem moral para falar da senhorita Moon.
Tuta-sama: Exato. E outro dia, aconteceu uma coisa bastante peculiar.
Locutor-sama: O que aconteceu?
Tuta-sama: Acordei e encontrei uma figura do meu lado.
Locutor-sama: A aparição do Wario?
Tuta-sama: Não me venha com baboseiras de creepypasta, Locutor. Estou falando de outra coisa.
Locutor-sama: Eu? Mas a creepypasta não é baboseira-
Tuta-sama: Continuando, eu estou falando sobre uma figura ao meu lado.
Locutor-sama: Está bem, continue sua creepypasta.
Tuta-sama: Não é uma creepypasta! Aconteceu de verdade.
Locutor-sama: Mas toda creepypasta é verdade. Na cabeça das pessoas que acreditam nela!
Tuta-sama: *decide ignorar o narrador* Então, eu estava dormindo. Acordei e vi a figura da Matilde ao meu lado!
Moon: Caramba, isso é mais assustador que qualquer creepypasta que já li.
Tuta-sama: Não é porque a fada não está aqui, que você deve falar assim.
Moon: Mas você vive falando coisas como essa!
Tuta-sama: Eu sou eu, eu pago o salário e você sou eu?
Moon: Complicado. Parece ter saído de Alice no País das Maravilhas.s
Tuta-sama: É uma frase cortada.
Locutor-sama: E o que a fada Matilde fazia no seu quarto?
Tuta-sama: Ela estava esperando eu acordar. Só estava me trollando, no final.
Locutor-sama: Caramba.
Moon: Coitada de você.
Tuta-sama: Pois é.
Monstros só saem a noite, porque de dia estão jogando Animal Crossing.
Locutor-sama: [Na frente da casa de Cola-sama.] *toca a campainha* Bom dia, Cola-sama.
Cola-sama: *abre a porta* Imaginei que você viria. Quer entrar?
Locutor-sama: Obrigado. Muito gentil de sua parte.
Cola-sama: Não se acostume. *dá passagem para o narrador passar*
[O narrador entra na casa de Cola-sama, e senta no sofá]
Cola-sama: Quer alguma coisa para beber?
Locutor-sama: Não, muito obrigado. Apenas vim conversar sobre a senhorita Moon.
Cola-sama: Ah! É sobre ela não estar usando o escritório no estúdio.
Locutor-sama: Exato. Não acha que está sendo dura demais com ela?
Cola-sama: Não sei o que está falando.
Locutor-sama: Como assim?
Cola-sama: Ela é a autora, portanto é a escritora e decidi o que quer escrever. O que eu tenho a ver com isso? Se ela quis seguir meu conselho e escrever fora do estúdio e do escritório, melhor pra ela.
Locutor-sama: Em outras palavras, você considera sensato o seu conselho.
Cola-sama: Em outras palavras.
Locutor-sama: De qualquer modo, eu sinto-me por estar sentado e você em pé.
Cola-sama: Ignore isso. Apesar de que no final, é para convida-lo a ir embora mais rápido.
Locutor-sama: Que gentileza da sua parte.
Cola-sama: Eu sinto sua ironia. Vai falar também dos brilhos, que viu na fresta da porta?
Locutor-sama: Não reparei.
Cola-sama: Esqueci que você é nariz em pé.
Locutor-sama: Que ridículo dizer isso, Cola-sama.
Cola-sama: Verdade. Você podia bater com a cabeça na parede!
Locutor-sama: Já vi que não estou agradando. Vou-me embora.
Cola-sama: Volte sempre.
[Cola-sama abre a porta e Locutor-sama vai embora. Ele passa pelo portão do jardim, e encontra a senhorita Moon.]
Locutor-sama: Eu tentei, autora.
Moon: Com muita dignidade! Mas não precisa se preocupar, está sendo uma aventura e tanto escrever fora do ambiente do escritório.
Locutor-sama: Mas você trocou o ambiente do escritório por corredores.
Moon: E daí?
Locutor-sama: E daí que isso se torna bastante preocupante.
Moon: Eu gosto de corredores. Sem eles, a vida não faria sentido.
Locutor-sama: Está bem. Essa é a frase mais sensata que você falou, sobre esse tópico dos corredores.
Moon: Ainda bem que você reconhece minha genialidade.
Locutor-sama: Não é questão de genialidade. É questão de… Ah, deixe isso pra lá. Estou sem paciência para explicações.
Moon: Você? Sem paciência para explicações?
Locutor-sama: Sim. Algum problema com isso?
Moon: Não. É que um narrador sempre tem que saber o que dizer.
Locutor-sama: Mas estou com preguiça.
Moon: Ah! Agora melhorou.
Super Mario 64 é um bom jogo, mesmo eu não o jogando sempre, é um belo universo a se explorar. Preciso de novos hobbies, sim.
Locutor-sama: Ainda deixando as aventuras da Senhorita Moon (sem o escritório), estou presente em um corredor de arte. Sim, há pinturas penduradas na parede, não estou falando em sentido metafórico. Estou acompanhado pelo meu bom amigo Random, o boneco de palito.
Random: O que estamos fazendo aqui, mesmo?
Locutor-sama: Nós viemos aqui para aproveitar a visão de pinturas.
Random: Mas são os quadros de Super Mario 64!
Locutor-sama: Eu sei, meu amigo. Mas eu não vou questionar a senhorita Moon e suas escolhas para os enredos das histórias.
Random: Espere, espere! Estou vendo uma figura que não tem, em Super Mario 64.
Locutor-sama: Ah! Consigo ver o quadro que está enxergando, meu caro. É aquele quadro dos cachorros jogando pôquer.
Random: São cães jogando pôquer.
Locutor-sama: Cachorro e cães são sinônimos.
Random: Eu sei. Bom, é verdade. No final das contas, tanto faz.
Locutor-sama: É uma pintura bastante curiosa.
Random: Sim. Mas na verdade, com uma rápida pesquisa no Google você descobre que, são uma série e pinturas.
Locutor-sama: Interessante. Acha que ele presenciou a cena?
Random: Dos cachorros jogando pôquer?
Locutor-sama: Sim. Imagine só, você está vivendo sua vida, até que entra em uma sala onde está acontecendo um campeonato de pôquer!
Random: Um campeonato de cachorros. Uma coisa bem bizarra!
Locutor-sama: “Saia daqui, humano. Você não foi convidado.”
Random: “Não leu a placa? Aqui só é permitido cães. Você não tem nada de cão. Vá embora, olhar para o seu celular ou coisa assim”
Locutor-sama: Será o modo dos cachorros mandarem nós irmos procurá-los na esquina?
Random: Provavelmente.
Locutor-sama: Sabe uma coisa que eu acho?
Random: Não, pode dizer o que você acha. Não sou adivinho!
Locutor-sama: Certo. Eu acho que é um conceito.
Random: Um conceito?
Locutor-sama: Sim! Significa que o pintor está querendo nos mostrar coisas que não encontraríamos normalmente.
Random: Ah. Até aí eu concordo! Mas ainda gostei mais da teoria que, ele entrou em uma sala e encontrou essa cena.
Locutor-sama: Ou ele pode ter sonhado com isso.
Random: Sei lá. Quem entende, no final, a mente dos artistas?
Locutor-sama: Ninguém entende. Assim como a mente dos escritores.
Random: Nem me fale em escritores.
Locutor-sama: O que aconteceu?
Random: Fui ler um dos diversos trabalhos inacabados da autora, e estou desapontado.
Locutor-sama: Desapontado que ela não termina?
Random: Sim.
Locutor-sama: Também me sinto desapontado.
Random: Ainda bem que nós nos entendemos.
Locutor-sama: Amigos sempre entendem.
Não há nada de errado em variar um pouco, se no final você fará a coisa certa.
Locutor-sama: Nós vamos parar um momento, a saga da autora, sem seu escritório em Happy Green Things. A Senhorita Hello está em seu quarto, e provavelmente irá inventar alguma novidade. Não é nenhuma novidade isso, aliás, todos os personagens gostam de inventar alguma coisa. Inclusive eu. Ela saiu do seu quarto, e estou surpreso com o que estou vendo.
Hello: O que tem de tão de tão surpreendente, em uma pessoa sair do quarto?
Locutor-sama: Isso não tem nada de surpreendente. Estou me referindo a outra coisa.
Hello: Qual o problema então, Locutor? Você poderia ser mais claro e direto, na sua narrativa toda.
Locutor-sama: Estou falando sobre seu uniforme.
Hello: Ah sim! Que bom que notou. É o uniforme da Casa Verde.
Locutor-sama: Mas ele é azul, senhorita Hello.
Hello: Que sagaz da sua parte, ter notado a cor!
Locutor-sama: Sem ironizais, por favor. A cor dele não deveria ser verde?
Hello: Isso seria óbvio demais. Não seja bobo! Estamos falando da Casa Verde, não de uniformes verdes.
Locutor-sama: Está certo, está certo. Não há nada que eu possa comentar sobre isso.
Hello: Além do mais, imagine só se o uniforme fosse verde! A Matilde iria dizer que eu estava me vestindo de duende. E um duende falsificado, ainda por cima!
Locutor-sama: Um duende falsificado. Eu ouvi direito?
Hello: Sim! Você escutou direito. Estou falando que eu pareceria um duende falsificado, principalmente porque eu não teria um gorrinho.
Locutor-sama: Interessante.
Hello: Bom! Agora é um momento importante. É hora de trabalhar!
[Hello desce as escadas e vai em direção da sala de estar.]
Rosalina: Hello! Que bom que você resolveu aparecer
Hello: Não vai falar nada, sobre o meu uniforme?
Rosalina: Estou surpresa em saber que a Casa Verde tem um uniforme.
Hello: Rosalina!
Rosalina: Desculpe, desculpe. Eu sabia que tinha um uniforme, mas eu realmente não lembrava.
Hello: Está bem. Estava precisando de mim?
Rosalina: Sim, a Tuta-sama pediu pra você resolver, o que tinha prometido. Ela não especificou o que era, no entanto.
Hello: AH! Não precisa se preocupar, eu já sei o que era para fazer.
Rosalina: Tem certeza? Pela sua cara, parece que não sabe.
Hello: Ora, Rosalina. Estamos falando da Hello do passado, que não usava uniforme. Eu não sou a Hello de ontem!
Barman: A Hello de ontem não está aqui, então significa que a Hello de hoje é uma falsa Hello?
Hello: Ah! Oi, Barman. Não, eu sou a mesma Hello. Só que de uniforme.
Barman: O uniforme ficou bem em você.
Hello: Muito obrigada! Agora é momento para resolver o que prometi para Tuta!
[Hello sai pela porta da frente.]
Rosalina: Sinto que ela só queria ouvir elogios.
Barman: Sinto a mesma coisa!
As ideias podem vir devagar, mas se elas se apresentarem, então o serviço está feito! Mas ainda assim, lento.
[A autora se aproxima de um jardim simples e modesto, que é de uma casa bonita, de um bairro com pessoas de talento promissores. Aqui, não estamos falando de escritores. Estamos falando de pessoas que tem paciência com jardinagem! Elas chegam a algum lugar. Nem todos os escritores chegam. Mas divago. Ao se aproximar da casa, ela toca a campainha. Sim, o portões dos jardins foram passados. Esse detalhe será deixado de lado.]
Moon: COLA-SAMA! *toca a campainha de modo insistente*
Cola-sama: *dentro de casa ainda* Eu já vou, eu já vou. *depois de um tempo, finalmente vai abrir a porta* Autora!
Moon: Que brilhos foram esses, que vi na fresta da porta?
Cola-sama: Quer dizer que nada pode brilhar, que de repente tenho que me justificar com você?
Moon: Não mude de assunto.
Cola-sama: Não estou mudando de assunto. Você não tem assunto em primeiro lugar! Ou veio aqui exclusivamente pra falar de brilhos na fresta da porta?
Moon: Não vim pra isso, mas me parece um assunto ótimo pra se explorar. No que consiste a luminosidade do brilho?
Cola-sama: Você está com a cabeça fora do lugar, pelo visto.
Moon: Minha cabeça está no lugar sim, muitíssimo obrigada. O problema é o sol no me braço!
Cola-sama: Caramba.
Moon: Pois é! E só pude vir escrever, bem na hora que bate sol no computador. Sinto falto de você, cortina.
Cola-sama: A cortina da sua casa não precisava lavar??
Moon: Precisava, mas isso não vem ao caso. Queria fazer um pequeno drama!
Cola-sama: Estou vendo.
[A autora está de braços cruzados, como se esperasse alguma coisa para acontecer.]
Cola-sama: Autora, diga logo o que veio fazer aqui.
Moon: Estou me perguntando se vale a pena dizer, em primeiro lugar. Será que vale a pena?
Cola-sama: Você se deu ao trabalho de vir até aqui. Porque desistir agora?
Moon: São muitas as variáveis. Senti um ponto de preocupação na sua voz?
Cola-sama: Primeiro, você não precisa da minha preocupação. Segundo, só se for a questão de suas histórias estarem cada vez mais sem sentido!
Moon: Bondade sua.
Cola-sama: Isso não foi um elogio.
Moon: Cabe ao leitor a procurar o sentido. Minhas aleatoriedades são enigmáticas…
Cola-sama: Você deixa os leitores confusos, isso sim.
Moon: Vou tentar pensar por esse lado, prometo.
Cola-sama: Sei.
Moon: E o meu escritório?
Cola-sama: O seu escritório está muito bem.
Moon: Quer dizer que posso voltar para lá?
Cola-sama: Se não quiser ser original. Faça o que quiser, quem escreve é você.
Moon: Vilã!! *sai andando, em direção ao portão de entrada*
Cola-sama: Eu não fiz nada, só comentei!
O tempo está salvo, mas ele é relativo!
Locutor-sama: Eu cheguei de mais um dia de trabalho, de muitas narrativas emocionantes. Até viajei em momentos de passado, com uma autora mais jovem, quando fui necessário. E por mais confuso que pareça, lidar com outra autora de tempo diferente, não acaba por aqui. Qual foi minha surpresa quando descobri, a senhorita Moon (tempo presente) no corredor que estava próximo ao meu apartamento.
Moon: Olá!!! *com a mesa e o telefone na frente, sentada em um banquinho*
Locutor-sama: Senhorita Moon, precisamos conversar sobre essa sua mania de corredores.
Moon: Isso não é simplesmente uma mania de corredores, meu caro.
Locutor-sama: Isso não é sobre ficar no meio da passagem apreciando a paisagem?
Moon: Não sei do que está falando. Isso é sobre estética! Olhe só para isso, Locutor. Está tudo combinando. A cor do corredor, a atmosfera, está tudo perfeito para ficar por aqui.
Locutor-sama: Apreciando a paisagem.
Moon: Está bem, está bem. Tem razão! Estou apreciando… A atmosfera.
Locutor-sama: Certo, senhorita Moon. Não iremos brigar por uma coisa tão tola quanto essa.
Moon: Ótimo! Agora faça-me um favor, ligue pra mim no telefone.
Locutor-sama: Mas pra quê?
Moon: Eu quero me sentir importante!
Locutor-sama: Autora, esse telefone não está preso a nada.
Moon: Isso é um detalhe. Não deixa de fazer o telefone funcionar.
Locutor-sama: Essa eu quero ver. *pega o celular e toca o telefone*
Moon: *atende o telefone que está tocando* Alô?
Locutor-sama: Como está funcionando?
Moon: Não se apegue aos detalhes, apenas faça parecer importante.
Locutor-sama: Tenho alguma razão especial para querer parecer importante?
Moon: Razão nenhuma. Eu só queria fazer uma historinha, onde usava o telefone enquanto estava no corredor.
Locutor-sama: *desliga o celular* Não era mais fácil usar o celular?
Moon: Ninguém usa o celular para parecer importante. *desliga o telefone*
Locutor-sama: Para falar a verdade, as pessoas usam qualquer coisa para parecerem importantes!
Moon: É, eu acho que você tem razão.
Locutor-sama: De qualquer modo, não é melhor você retornar ao escritório?
Moon: Não vou retomar ao escritório, afinal de contas eu posso fazer o que quiser, onde quiser!
Locutor-sama: Não dá trabalho ficar levando de um lado para o outro, essa mesa?
Moon: Você está muito apegado aos detalhes.
Locutor-sama: Autora, assim não dá. Eu vou ter que fazer alguma coisa.
Moon: Que coisa? Eu estou muito bem aqui.
Locutor-sama: Você nem tem lugar para encostar as costas!
Moon: Eu… eu.. Ok. Você tem razão. Talvez seja melhor eu voltar para o escritório.
Locutor-sama: Ainda bem que você está ouvindo a voz da razão!
Moon: Mas convencer a Cola-sama dá trabalho demais, então preciso inventar outro lugar para ficar…
As ideias são assim, aparecem de repente e quando você menos espera. Sim, elas podem aparecer entrando pela janela. Elas voam, não sabia?
Moon: Estou aqui no corredor, em um deles na verdade. A Casa Verde está cheia deles! Você não está surpreso, é claro. Afinal de contas, a questão aqui se trata de uma coisa. Sem os corredores, como é que chegaríamos aos locais presentes em uma casa?? Sim, você nunca parou para pensar nisso.
Locutor-sama: *atrás da autora* Muito profundo.
Moon: AAAAH! *vira-se rapidamente, muito surpesa*
Locutor-sama: Ainda por aqui, autora?
Moon: Sim. Você não precisava ter me assustado dessa maneira!
Locutor-sama: Sinto muito. Mas você está refletindo sobre corredores, em um corredor. Senti que deveria intervir nessa verdadeira loucura.
Moon: Verdadeira loucura? Quer dizer que existe falsa loucura?
Locutor-sama: Existe falsa loucura, pois percebemos que estamos perdendo tempo com coisas que não deveriam ser um tipo de prioridade pra nós.
Moon: Eu… Não sei o que dizer.
Locutor-sama: Sério? Naturalmente eu deixo poucas pessoas sem palavras.
Moon: Mas é que você me desconcentrou!
Locutor-sama: Não diga.
Moon: Digo sim! E além do mais, o senhor me desconcentrou.
Locutor-sama: No que você estava concentrada? Em descrever um corredor?
Moon: Aquilo era para me distrair de um fato.
Locutor-sama: Ah! Você quer se distrair de um fato. E que fato seria esse, senhorita Moon?
Moon: O fato que estou procurando uma ideia.
Locutor-sama: Ah! Uma ideia.
Moon: Sim. Ela é em formato de octógono.
Locutor-sama: Ah!
Moon: Falo sério. Não esqueço das suas ironias, Locutor. Mesmo que você não diga nada, essa ideia realmente existe!
Locutor-sama: Sempre esqueço que você pode estar falando literalmente de uma coisa de verdade.
Moon: Sei! Você sempre esquece.
Locutor-sama: Calma, senhorita Moon.
Moon: Eu estou calma. Mas preciso encontrar essa ideia.
Locutor-sama: É possível que ela não fosse a ideia certa. Essas coisas acontecem.
Moon: Alto lá! Quem é o senhor para entender as ideias?
Locutor-sama: Eu sou um narrador. O narrador deve entender as ideias! Ou ele se torna um simples descritor de fatos.
Moon: Mas descritor é sinônimo de narrador.
Locutor-sama: Não mude de assunto, autora. Temos assuntos mais importantes a se tratar, ao invés de ficarmos aqui, em um corredor conversando.
Moon: É mesmo, espertinho? O que temos melhor a fazer?
Locutor-sama: Qualquer outra coisa.
Moon: Não pode ser uma coisa qualquer, narrador. Tem que ser algo realmente interessante!
Locutor-sama: Caiaques.
Moon: *chocada* Caiaques?
Locutor-sama: São itens meramente decorativos que ficam no corredor.
Moon: Oi? Caiaques não são items decorativos que deviam ficar no corredor.
Locutor-sama: Falei a primeira coisa que me veio a cabeça. Vamos, senhorita Moon.
Moon: *apenas o segue, por ter ficado muito confusa*
Alguém usa tapete, hoje em dia? Fica aqui o questionamento pra se fazer, depois de ler essa história.
[A autora está sentada em cima de um tapete. Este é um quarto que fica na Casa Verde, o quarto da personagem da Sabrina.]
Sabrina: *acaba de chegar* Autora! O que está fazendo aqui, dentro do meu quarto?
Moon: Estou sentada nesse tapete, você não está vendo?
Sabrina: Eu estou vendo, mas para quê?
Moon: Tipo, eu tenho que ter um motivo?
Sabrina: Tem. Não entendo como você não sabe, Moon, que não pode entrar aqui simplesmente e esperar que eu aceite a sua presença aqui.
Moon: Mas que falta de camaradagem! Não é qualquer lugar que tem um tapete rosa e felpudo.
Sabrina: Não sou a única pessoa que exclusivamente tem um tapete desses. Você pode sair para comprar um.
Moon: Bobagem! Eu tenho que estar aqui, nesse lugar, especificadamente.
Sabrina: E o lugar específico, é o tapete que fica no meu quarto? Não pode ser qualquer outro lugar?
Moon: Não.
Sabrina: Não?
Moon: Eu preciso porque…
Sabrina: Ah! Você ainda não tinha pensando na desculpa que daria para mim?
Moon: Não é isso. Você não entenderia o conceito da ideia!
Sabrina: Você podia explicar. Estou esperando. *braços cruzados*
Moon: É um glitch.
Sabrina: *chocada* Um glitch??
Moon: Sim.
Sabrina: Na vida real não existem glitches.
Moon: Você que pensa, minha cara! O mundo é cheia de coisas assim, coisas misteriosas e inexplicáveis.
Sabrina: Ah! E é isso que você define um glitch na vida real?
Moon: Sim! Se somos uma simulação, porque o mundo real não pode dar uma bugada?
Sabrina: Acho estranho, mas tudo bem. E que glitch você quer causar?
Moon: Ah, qual o glitch?
Sabrina: Sim! O glitch que você quer causar, na vida real.
Moon: Na verdade, não é bem isso.
Sabrina: Você não quer causar um glitch na vida real?
[Para a surpresa de Sabrina, a autora finalmente se levanta e deixa o pobre coitado do tapete felpudo em paz.]
Moon: Não! Eu não quero causar um glitch na vida real.
Sabrina: Então está querendo dizer que a explicação foi para nada.
Moon: Não foi para nada, porque dá para concluirmos que é muito perigoso tentar fazer isso. Então, eu tive uma ideia.
Sabrina: Que é ficar andando de um lado para o outro, dentro do meu quarto?
Moon: Não. A minha ideia é causar um glitch em Super Mario World.
Sabrina: Ah! Então você não precisa mais do meu tapete felpudo.
Moon: Claro que preciso!
Sabrina: Não precisa não.
Moon: Ele é confortável para sentar e muito tranquilizante.
Sabrina: Tapetes não são cadeiras. Eles não servem para sentar!
Moon: Você tem razão. E assim, eu me retiro!
[A autora sai do quarto da Sabrina, deixando-a muito confusa.]
Sabrina: Até as histórias do Random tem feito mais sentido, do que a própria autora em si. Francamente…
Tesouros escondidos são sempre muito interessantes. Quanto mais tempo guardados, melhor fica a descoberta!
Moon: Eu estou aqui novamente, na Casa Verde. Sim! A autora, que sou eu, está interagindo com os seus personagens novamente, porque não está fácil para ninguém.
[A autora dá risada sozinha, enquanto Hello e Barman observam e estão muito preocupados.]
Hello: Você acha que ela está bem?
Barman: Bom, aparentemente aquela risada não é de felicidade. Mas isso é só um palpite.
Hello: Muita sagacidade de sua parte.
Moon: *vira para trás, onde estavam os dois* AHÁ! VOCÊS ESTÃO AÍ
Hello: O-Olá, autora. Como vai a vida!
Moon: Rápido! Leiam esse texto aqui. É de caderno que usei há dez anos atrás! No meu mundo, pelo menos.
Barman: Autora, não tem nada nas suas mãos.
Moon: Verdade. Cadê o caderno… Onde está ele? AHÁ! Aqui está?
Hello: Autora, você acabou de tirar o caderno do meio do ar.
Moon: É que hoje eu estou com vontade de quebrar algumas regras. De lógica, de como as coisas funcionam.
Barman: *cochichando* É, a autora está inovando muito hoje.
Hello: *cochichando* Que forma gentil de dizer que ela está ficando doida de pedra.
Moon: Aqui está, abra na ideia número 22. *entrega o caderno* Hello, por favor. Depois passe para o Barman. *sorri, de maneira orgulhosa*
Hello: Como? No Brasil não neva?
Barman: Não!
Hello: Mas… seu pai disse que nevava…
Barman: Mas veja pelo lado bom, tem as praias!
Hello: Dá para fazer bonecos de neve de areia?
Barman: Não.
Hello: Então qual é a vantagem?
[Hello fecha o caderno. Barman estava confusa e ela não estava menos que ele. Os dois olharam para a sua autora como se quisessem explicações.]
Moon: Bom! E a ideia era essa.
Hello: Mas autora. Bonecos de neve de areia não existem! O Correto seria bonecos de areia.
Moon: Bom. Eu não falei que a ideia era perfeita.
Barman: Na praia dá para fazer castelos de areia.
Hello: Eu nunca fiz castelos de areia. Mas já fiz objetos voadores não identificados. Os famosos OVNIS de areia.
Barman: Caramba. Isso nunca vi!
Moon: Quanta originalidade.
Hello: A Moon de dez anos atrás não pensou nos castelos de areia.
Moon: A Moon de dez anos atrás, estava MORRENDO de calor. Muito provavelmente. E hoje eu também estou morrendo de calor!
Hello: A origem da ideia faz sentido, exceto tem uma coisa que não faz o MENOR sentido.
Moon: E isso seria o quê?
Hello: Bonecos de neve de areia?
Barman: Podiam ser bonecos de neve, que foram teletransportados para um lugar de areia, de forma misteriosa.
Hello: É. É uma possibilidade.
Moon: Agradeço, Barman.
Barman: Disponha.
– Ideia número 22, no dia 22 de novembro de 2020. Coincidências? Acho que não.
O vento parece falar, enquanto eu escrevo esta história. Mas não se preocupem, não é uma história aterrorizante.
No apartamento do Locutor-sama
Locutor-sama: Estou aqui, na minha casa e tive a surpresa de encontrar a autora, em pessoa presente na sala de estar.
Moon: Olá Locutor! Como vai a vida?
Locutor-sama: Autora, o que está fazendo com essa mesa e esse telefone?
Moon: Você não respondeu a minha pergunta. Me responda primeiro.
Locutor-sama: No momento, estou espantando com a sua presença aqui. Com a sua mesa e o seu telefone, que é um item meramente decorativo.
Moon: Bacana, não acha? Eu encontrei uma réplica perfeita deles!
Locutor-sama: Isso me lembra uma coisa.
Moon: O que te lembra, meu caro narrador? Alguma coisa muito emocionante?
Locutor-sama: Não é nada de emocionante, é algo que eu considero bastante misterioso.
Moon: E o quê é bastante misterioso? Não estou entendendo.
Locutor-sama: O motivo de você ter um telefone, que é uma mera decoração.
Moon: Mas você TINHA que implicar com o meu telefone! Qual é o problema de eu ter um telefone decorativo? Me explica, se é uma coisa proibida ou sei lá o quê.
Locutor-sama: Não é proibido ter um item decorativo, de maneira nenhuma. Mas justo um telefone?
Moon: Vamos deixar o telefone de lado. Você ainda não fez a pergunta mais importante!
Locutor-sama: E a pergunta seria…?
Moon: Que falta de curiosidade!
Locutor-sama: Se é o motivo de você estar aqui, ao invés do escritório, eu já estou sabendo que a Cola-sama proibiu você de ir lá.
Moon: Minha vida é tão difícil.
Locutor-sama: Podia ser pior, você podia… podia…
Moon: Eu estou com bloqueio criativo!
Locutor-sama: Era isso que eu temia. De qualquer maneira, é bom saber que você identificou o problema. Mas espere!
Moon: O que foi? Qual é o momento de sabedoria que você tem a compartilhar agora?
Locutor-sama: Você está escrevendo a história.
Moon: E o que tem isso?
Locutor-sama: É um fato, que a senhorita está escrevendo a história. Ou seja, o bloqueio criativo não é tão forte assim.
Moon: Primeiro lugar, eu estou me esforçando. Segundo lugar, estou falando sobre o meu projeto do Nano. Eu simplesmente TRAVEI nele.
Locutor-sama: Não se preocupe, autora.
Moon: Está tentando me consolar?
Locutor-sama: Lógico. Tenho certeza que você terminará o projeto no devido momento. E você está tentando imitar o personagem Brigadeiro de Doctor Who?
Moon: Ainda bem que você pegou a referência. E obrigada por tentar me consolar, porque é sempre necessário um apoio.
Locutor-sama: Não há de quê, autora. Estou aqui para isso, para te apoiar, como seu narrador. Só espero que você não vá se instalar aqui permanentemente.
Moon: Não se preocupe! É sempre bom ter opções alternativas, no entanto.