Locutor-sama: A Senhorita Hello estava andando sem muitas preocupações no corredor quando avistou uma imagem conhecida. Um coelhinho!
Hello: Sir Bigodón!
Locutor-sama: Mas havia alguma coisa errada. Enquanto ela andava cada vez mais perto em direção a ele, notou que havia mais de um Sir Bigodón. Clones? Sósias. Não sei bem dizer o que era.
Hello: Muito bem, coelhinhos! *fica parada em frente aos dois* Qual de vocês é o verdadeiro Sir Bigodón?
Sir Bigodón 1: Eu sou o verdadeiro!
Hello: Não! Eu sou o verdadeiro Sir Bigodón! É isso que você vai dizer, não é coelhinho?
Sir Bigodón 2: Ia dizer que não gosto de ameixas.
Hello: Hm. Não sei se o verdadeiro Sir Bigodón não gosta de ameixas.
Locutor-sama: E ela finalmente notou que, no final, ela não sabia muito sobre o coelhinho amarelo.
Hello: Eu sou uma verdadeira farsa! Se é que é possível ser verdadeiramente farsa.
Locutor-sama: Tudo é possível.
Sir Bigodón 1: Lá vem a reflexão…
Sir Bigodón 2: Contanto que isso não tem nada a ver com ameixas, ela pode refletir o quanto quiser.
Hello: Hm… Eu deveria levar alguma vantagem com essa história!
Locutor-sama: Como diz o ditado, é melhor um pássaro na mão do que dois voando.
Sir Bigodón 1: Mas nós somos coelhos.
Sir Bigodón 2: Ou será que somos pássaros, na verdade?
Sir Bigodón 1: Nunca havia pensando nisso antes!
Sir Bigodón 2: Minha visão de vida mudou completamente depois dessa revelação.
Hello: Venham, fofinhos! Vamos tirar selfies juntos.
Sir Bigodón 1: Eu não fico bem em selfies.
Hello: Ora, absurdo! Você é um coelhinho adorável com um belo bigode. Como não vai ficar bem na foto?
Sir Bigodón 2: Não quero tirar selfie nenhuma! Tenho certeza que você vai colocar ameixas.
Hello: Não vou colocar nenhuma ameixa! Eu prometo.
Sir Bigodón 1: O que você acha? Tiramos selfies?
Sir Bigodón 2: Não confio em selfies, nem em ameixas! Eu sou muito desconfiado.
Hello: Ora, vamos! Ninguém se machuca com selfies.
Locutor-sama: Contanto que você não tire selfie em um lugar perigoso…
Hello: Ninguém vai fazer isso! Francamente narrador, você tem cada uma. Acha que eu não tenho nenhum bom senso?
Locutor-sama: Prefiro não responder essa pergunta.
Hello: Ora! Vai me dizer que acha MESMO que não tenho bom senso? Estou ofendida.
Sir Bigodón 1: Não ligue para ele. Esse narrador é meio esquisitão!
Locutor-sama: Falou o coelhinho com bigode falso.
Sir Bigodón 2: O meu bigode é tão verdadeiro assim com minha aversão de ameixas!
Locutor-sama: E mais um fato interessante acrescentado no meu banco de informações do cérebro.
Sir Bigodón 1: Você está sendo irônico?
Sir Bigodón 2: Não sou bom em entender ironias…
Sir Bigodón 1: Eu sou muito bom em reconhecer uma ironia! Irônicos, tremei!
Hello: Que coelhinhos interessantes!
Locutor-sama: E enquanto conversavam, ninguém viu a figura verdadeira do Sir Bigodón fugindo com uma corda pela janela.
Sir Bigodón: Droga! Fui descoberto!
E assim, as aventuras podiam dar um bônus!
No apartamento do Capitão Yay.
Random: Capitão! Acorde!
Capitão Yay: Eu sabia que dar uma chave do meu apartamento ia ser um erro.
Random: Vim chamá-lo para viver uma aventura!
Capitão Yay: A única aventura que quero ter nesse sábado é o risco de cair da cama.
Random: Como você é engraçadinho! Vamos, saia da cama. Não temos tempo a perder, vamos escalar uma montanha.
Capitão Yay: Não prefere um campeonato de tetris?
Random: Campeonato de tetris! Isso não é emocionante.
Capitão Yay: Claro que é emocionante. Você nunca sabe qual é a próxima peça que vai cair do céu!
Random: Isso é emocionante??
Capitão Yay: É emocionante e muito divertido. Mas no momento, para mim, ficar deitado na cama é bem melhor.
Random: Mas e todas as coisas que planejei para fazermos hoje?
Capitão Yay: Fazemos amanhã.
Random: Foi o que você disse ontem.
Capitão Yay: Então faremos amanhã.
Random: Capitão! Poxa vida.
Capitão Yay: Vá perturbar o Locutor-sama.
Random: Eu tentei, ele não estava em casa. E eu não consigo encontrá-lo, nem usando o meu radar!
Capitão Yay: Onde aquele pateta se mete quando ele é necessário…
Random: É o que perguntei quando não encontrei ele em casa! Será que está se divertindo com outros patetas?
Capitão Yay: É bem provável.
Random: Então nós devemos nos divertir também! É praticamente a nossa obrigação, Capitão.
Capitão Yay: Eu já disse, prefiro ficar na cama.
Random: Mas Capitão! Vamos nos divertir no mundo lá fora.
Capitão Yay: Até iria, mas minha cama está muito confortável.
Random: Se a sua cama não estiver confortável, então quer dizer que você levantava?
Capitão Yay: Eu não devia ter dito isso.
Random: Imagine! Eu não farei nada. Deixarei você aí, sossegado. Vou embora, curtir a vida sozinho. *sai do apartamento*
Capitão Yay: Ele foi embora mesmo? *levanta da cama*
Random: Voltei! Sentiu minha falta?
Capitão Yay: Era uma armadilha!
Random: Agora vamos! Vista-se algo decente para sairmos.
Capitão Yay: Random… Por favor. Eu deixo você comer os brownies que eu comprei.
Random: Brownies? Você disse brownies? Não! Eu não serei convencido tão facilmente.
Capitão Yay: Ah vai, Random! Eu sei que você ama brownies!
Random: Eu… Tenho que resistir!
Capitão Yay: Olhe só como os brownies estão bonitos.
Random: Não! Não deixe eles olharem para mim…
Capitão Yay: Random, coma logo esses brownies!
Random: Tá bem.
Capitão Yay: Agora nós não precisamos sair mais para viver aventuras, não é?
Random: Tá, tudo bem. Agora fiquei com preguiça!
Há momentos que não dá para saber se é uma piada, ou é sério.
No escritório da autora, em Happy Green Things.
Moon: Eu não sei, Locutor-sama.
Locutor-sama: O que você não sabe?
Moon: De tudo. Quero dizer, como vamos saber se isso é realmente o que queremos??
Locutor-sama: Devia estar acostumado com isso, mas tenho que dizer… Não entendo o que quer dizer, senhorita Moon.
Moon: Você pode ter vontade de comer um doce, mas depois? Há momentos em que mudamos de ideia… E tudo começa a dar errado.
Locutor-sama: Dar errado?
Moon: Sim, Locutor-sama. Tudo dá errado porque no final de contas era algo salgado que queria comer.
Locutor-sama: Você gosta mesmo de falar sobre comida.
Moon: Comida é sempre um bom assunto para se refletir, narrador.
Locutor-sama: Eu acho que existem coisas mais interessantes.
Moon: Como o quê?
Locutor-sama: Um novelo, por exemplo.
Moon: Um novelo é interessante? Onde?
Locutor-sama: Você pode criar coisas novas a partir dele.
Moon: É, tem razão.
Locutor-sama: E sabe uma coisa que nunca deixa de ser interessante?
Moon: Que coisa?
Locutor-sama: Os livros. Eles sempre são interessantes!
Moon: E quanto aos livros ruins?
Locutor-sama: Eles continuam sendo interessantes, em um ponto de vista diferente do nosso!
Moon: Sempre saber ser convincente, não é?
Locutor-sama: Você diz isso como se não fosse uma coisa boa.
Moon: Nesse caso é uma coisa boa, acho.
Locutor-sama: “Nesse caso” é uma coisa boa. O que quer dizer com isso?
Moon: Eu não quero que me convençam a dar meu pedaço de chocolate, por exemplo.
Locutor-sama: Você está escrevendo essa historinha com fome, por acaso?
Moon: Não, eu gosto só de falar sobre o tópico de alimentação.
Locutor-sama: Ah.
Moon: Não me olhe com essa cara.
Locutor-sama: É a minha cara normal.
Moon: Bem, pode ser. Mas a sua expressão é sarcástica!
Locutor-sama: Isso é apenas impressão sua, autora.
Moon: Certo. Eu já vi que essas nossas discussões nunca vão para lugar nenhum!
Locutor-sama: Seria bem estranho se elas fossem para algum lugar, não concorda?
Moon: Não leve o que eu digo ao pé da letra.
Locutor-sama: Mas isso sempre torna o diálogo mais interessante e engraçado.
Moon: Acha mesmo?
Locutor-sama: É claro! Lembre-se que nem tudo em se resume em discutir sobre doces.
Moon: É… Principalmente porque você não come nada nessas conversas.
Locutor-sama: Eu ainda acho que está com fome, senhorita Moon.
Moon: Bobagem!
Locutor-sama: Não acho que seja bobagem…
Moon: Se for para falar sobre outra coisa, eu estou com sono.
Locutor-sama: Você parece mesmo uma velhinha, autora.
♫ Na maioria das vezes é frustrante, mas tem vezes que as coisas se acertam quando menos se espera ♫
No laboratório da Casa Verde.
Hello: Alice! Alice! Eu trouxe algo para você.
Alice: *explodindo tubos de ensaio* Hã? O que foi?
Hello: Olhe só que coisa bonita! Uma mesa triangular.
Alice: Meia grande, não?
Hello: Pode transformar isso aqui em algo útil? Como uma nave?
Alice: Ou um armário de cozinha?
Hello: Ocuparia muito espaço.
Alice: Está bem. Deixe aí, que dou um jeito nisso.
Hello: Tudo bem! *sai do laboratório*
Alice: Não tenho a mínima ideia do que fazer com isso.
Wolf: Um espelho! Para admirar a minha fofura.
Alice: Não, Wolf. E de onde você apareceu?
Wolf: Não importa! Se não vai transformar essa mesa inútil em um espelho, o que vai fazer com ela?
Alice: *pensa um pouco* Não sei… Talvez um robô.
Wolf: Um robô triangular?
Alice: Não me parece uma ideia ruim.
Wolf: Essa é boa! Eu ainda voto na ideia do espelho.
Alice: Vou fazer um robô, e pronto.
Wolf: Robôs são muito bobos.
Alice: Você está sendo intrometido demais!
Wolf: Eu estava apenas forçando a minha opinião.
Alice: Ainda bem que você admite.
Wolf: Já que você quer tanto assim fazer um robô, irei ajudá-la.
Alice: Sério?
Wolf: Sério!
Alice: Então faça-me o favor de passar a caixa de ferramentas.
Wolf: Certo!
Horas depois.
Wolf: Eu… Acho que isso não deu muito certo.
Alice: Detesto admitir, mas você tem razão. Mas nem tudo está perdido! Consegui construir um hoverboard.
Wolf: Mas será que funciona?
Alice: Não sei, mas você pode testar!
Wolf: Eu? Mas que grande honra!
*o hoverboard não funciona também*
Alice: Vamos voltar para o robô.
Wolf: Tudo bem.
Alice: Acho que já sei o que vamos precisar.
Wolf: De mostarda?
Alice: De mostarda!
Um bom tempo depois.
Alice: Nós estamos perdendo tempo, Wolf.
Wolf: Concordo! Jogo da velha é uma bela porcaria.
Alice: A mostarda não funcionou. Como vamos fazer o robô funcionar?
Wolf: Com bom senso!
Alice: Não sabia que isso era um combustível.
Wolf: Eu também não sabia.
Alice: Certo… Me traga um lenço para limpar meu suor, sim?
Wolf: Tá bem!
Alice: Olhe só isso, Wolf!
Wolf: O quê? O quê?
Alice: Tudo era muito simples. Como fui tola!
Wolf: É?
Alice: O problema era bem pequeno.
Wolf: Uma parafuso solto!
Alice: No final, é sempre um parafuso solto.
Wolf: Puxa vida! Quem diria…
Hello: *acaba de voltar* E aí? Conseguiu?
Alice: Nós fizemos um robô dançante!
Wolf: Não é uma gracinha?
Hello: É mesmo uma graça… Mas não serve para nada.
Alice: Esse hoverboard também!
Hello: Bom, tanto faz. É ainda melhor do que ser uma mesa triangular sem utilidade nenhuma.
Nada temam! A autora tem a solução para tudo (mentira).
No escritório da autora, em Happy Green Things.
Moon: Eu posso ser uma pessoa esforçada, como pode ver.
Locutor-sama: Estou vendo, senhorita Moon.
Moon: Ora, não poupe elogios.
Locutor-sama: Não vejo como trocar o papel de parede para um fundo do mar vai ajudar.
Moon: Use a sua imaginação! Ela é muito importante, sabe.
Locutor-sama: Sim, eu sei disso.
Moon: Se você sabe, então deve utilizá-la com cautela.
Locutor-sama: Com cautela? Sim, eu estou entendo.
Moon: Ótimo, ótimo! O mar pode ser uma grande fonte de inspiração para nós, os escritores.
Locutor-sama: Imagino que sim, senhorita Moon.
Moon: E o fundo do mar pode guardar grandes mistérios!
Locutor-sama: Como Atlântida.
Moon: Como Atlântida! Esse meu narrador é mesmo muito inteligente.
Locutor-sama: Obrigado.
Moon: Mas não é esse tipo de mistério que eu procuro.
Locutor-sama: E então, o que procura?
Moon: Está aí uma boa pergunta! Eu queria saber o que procuro. Devo pensar mais? Não, estou cansada de pensar!
Locutor-sama: Tenho certeza que vai aparecer alguma ideia luminosa.
Moon: Sempre tão otimista! Sim, uma ideia. Elas sempre aparecem… Mas eu não posso ficar sentada, esperando! Há muito trabalho a ser feito.
Locutor-sama: Vejo que está muito animada com essa perspectiva.
Moon: Mas é claro! É a chave de tudo isso. Se você não ficar animada com as coisas, a vida não vai para frente.
Locutor-sama: Profundo.
Moon: Preferia ter comprado um papel de vista para o mar, sabe…
Locutor-sama: Você pode fazer isso noutro dia.
Moon: Sim! Tem razão, meu caro. Ah! As ideias… O mistério é algo intrigante, Locutor-sama.
Locutor-sama: Normalmente, sim.
Moon: Eu gosto de coisas intrigantes. E elas tem que assustar, nem que seja um pouquinho.
Locutor-sama: Uma história para segurar o leitor.
Moon: Exato, meu caro narrador! Caramba, mas ainda assim… Sinto que falta uma linha.
Locutor-sama: Com todo o respeito, sempre falta uma linha, senhorita Moon.
Moon: É, sempre falta! Teimo em perder todas elas… Francamente! Devo ser mais cuidadosa.
Locutor-sama: Tenho que concorda. Caso contrário, as coisas não vão para a frente.
Moon: Mas elas tem que ir, mais cedo ou mais tarde.
Locutor-sama: Concordo. Só que, autora, é melhor você tomar o controle de tudo isso.
Moon: O controle! Uma grande responsabilidade.
Locutor-sama: Na vida sempre vai encontrar responsabilidades.
Moon: Responsabilidades parecem servir apenas para complicar ainda mais a vida.
Locutor-sana: Veja por um ponto de vista diferente. Um desafio a ser enfrentado!
Moon: É, talvez eu possa olhar por esse lado.
Locutor-sama: Tenho certeza que as coisas serão diferentes quando fazer isso, autora.
Moon: Está bem, meu caro narrador. Sempre tão otimista!
Quando eu vou aprender? Um dia, talvez.
No escritório da Hello na Casa Verde.
Hello: A vida é mesmo fantástica! *dá uma girada* Não acha, Rosalina?
Rosalina: *em silêncio*
Hello: ROSALINA!
Rosalina: Ah? Oi? Que foi?
Hello: Estava dizendo que a vida é mesmo fantástica.
Rosalina: Sim, sim. Fantástica!
Hello: Você não estava escutando. O que fazer com o seu bom humor quando as pessoas não parecem prontas para compartilhar dele?
Rosalina: Desculpe, Hello.
Hello: Ah, tudo bem. Eu não consigo ficar brava com você!
Rosalina: Então? Está de bom humor.
Hello: Sim, eu estou! Não consegue ver pelo meu sorriso bobo?
Rosalina: Sim, eu consigo ver.
Hello: Hehehe… Sim! Alegria, Rosalina. Não se sente contagiada pela minha alegria?
Rosalina: Talvez. Aconteceu algo de bom?
Hello: A vida já é algo bom o suficiente para acontecer.
Rosalina: Bela frase.
Hello: Sim! Sabe, Rosalina… Apesar da alegria, às vezes sinto um vazio.
Rosalina: Isso acontece com todo mundo.
Hello: Esse vazio terá de ser preenchido! Com…
Rosalina: Paçoquinha.
Hello: Ué, como você sabe?
Rosalina: Tudo você resolve com paçoquinha, sabe.
Hello: A paçoquinha sempre foi uma solução.
Rosalina: Talvez você precise de algo diferente.
Hello: Algo diferente! O que de diferente, que eu preciso?
Rosalina: Não sei, Hello. Apenas escute seu coração!
Hello: O meu coração diz para comer paçoquinha.
Rosalina: Isso é o seu estômago.
Hello: De fato! Ele é muito intrometido.
Rosalina: Existe vida além de comer, Hello.
Hello: Existe?
Rosalina: Sim! Existe. Não precisa ficar tão surpresa, assim.
Hello: Mas foi uma revelação e tanto!
Rosalina: É, eu imagino.
Hello: Rosalina… Alguma sugestão para a sua querida amiga?
Rosalina: Acho que nada me ocorre no momento.
Hello: Ora, vamos! Eu sei que você tem uma ideiazinha na sua cabeça. É sempre tão sensata, a minha querida amiga Rosalina.
Rosalina: Não sei se sou tão sensata, assim…
Hello: Não seja modesta.
Rosalina: Não sei, Hello. Você está sempre confiante com o seu estilo de vida. Não cabe a mim interferir.
Hello: Tem razão, mas e quanto ao vazio?
Rosalina: Talvez o romance seja a resposta.
Hello: Eu não estou com vontade de ler José de Alencar.
Rosalina: José de Alencar? Ora, bolas! Hello, não sei de onde tira essas coisas.
Hello: Pensando bem, nunca li José de Alencar! Não sou tão culta como pareço ser.
Rosalina: Ah, você é mesmo tão distraída… Bom, faz parte da sua personalidade.
Hello: Distraída? O que quer dizer com isso?
Rosalina: É melhor deixar isso tudo para lá.
Hello: Você é quem sabe.
Mesmo que não seja eu, ainda serei uma pessoa, tecnicamente falando!
Random: Não acredito nisso.
Capitão Yay: Leões jogando pingue-pongue… A Moon é realmente original.
Random: Está repetindo a ideia, mas dessa vez tem música eletrônica no fundo!
Capitão Yay: Não vejo muita diferença. Fundo musical não muda muita coisa.
Random: É aí que você se engana! Pode mudar tudo!
Capitão Yay: Não acho.
Random: Mas eu acho.
Capitão Yay: Está sendo otimista, novamente.
Random: Só sendo otimista para ser um personagem da Moon.
Capitão Yay: É?
Random: Ajuda a enfrentar as dificuldades.
Capitão Yay: Eu não estou vendo as dificuldades.
Random: Está vendo? Pegou o espírito da coisa.
Capitão Yay: Peguei?
Random: Você está virando um otimista!
Capitão Yay: Creio que otimismo não combina comigo.
Random: Bobagem! A alegria sempre está na moda.
Capitão Yay: Mas é claro! Assim como a cor amarela.
Random: Qual é o problema com a cor amarela?
Capitão Yay: Não há nenhum problema com a cor amarela.
Random: Tem certeza?
Capitão Yay: Sim. Eu só estava dando um exemplo.
Random: Ah.
Capitão Yay: Bem que alguma coisa interessante podia acontecer.
Random: Continua querendo jogar pingue-pongue?
Capitão Yay: Não.
Random: Oh. Mas eu pensei… Eu estava errado, então.
Capitão Yay: Sim, mas não se preocupe comigo.
Random: Certo.
Capitão Yay: Qualquer momento a partir de agora!
Random: Você diz coisas bem estranhas.
Capitão Yay: *suspira* Confesso que estou entediado.
Random: Quer ir para lá?
Capitão Yay: Longe do barulho do pingue-pongue? Conte comigo!
E eles foram para lá.
Random: E agora?
Capitão Yay: Estava pensando em tirar uma soneca embaixo da árvore.
Random: Não me parece uma má ideia.
Capitão Yay: Mas fica difícil pensar em tirar uma soneca sem ter um travesseiro.
Random: Esses luxos modernos! É tão inacreditável.
Capitão Yay: Talvez pudéssemos fazer algo de diferente.
Random: Como pular amarelinha?
Capitão Yay: Pular amarelinha. Que original!
Random: Ora, vamos! Pular amarelinha pode ser divertido.
Capitão Yay: Não vejo nada de divertido.
Random: Não precisa ser ranzinza!
Capitão Yay: Otimismo está sempre na moda, já sei.
Random: Amarelinha, ou não?
Capitão Yay: Eu assisto você brincando.
Random: Sabia! Tem algo contra o amarelo.
Capitão Yay: Amarelinha e o amarelo são duas coisas completamente diferentes. *senta no banco e o Random faz o mesmo*
Random: Então de onde veio o nome “amarelinha”?
Capitão Yay: É uma boa pergunta.
Random: Uma boa pesquisa para se fazer.
Capitão Yay: É, talvez.
Random: Desistiu mesmo de tirar a soneca?
Capitão Yay: Desisti.
Random: Bom, mas eu vou tirar uma soneca!
Capitão Yay: Está bem.
Posso mudar, posso mudar para VOCÊ! Mas pode tornar-se sábado em um passe de mágica.
Na varanda do Estúdio Happy Green Things.
P-san: É um belo dia para feriado! Oh, você chegou primeiro.
Moon: Hoje o feriado cai no domingo.
P-san: Nem tudo pode ser perfeito, como diz a música.
Moon: Vejo que está de bom humor.
P-san: Como não estar de bom humor? Os pássaros cantam, o sol brilha e tudo mais.
Moon: Ah, é? Os pássaros cantam, que coisa mais fascinante!
P-san: Está rabugenta, e eu nada surpreso com isso.
Moon: A vida cansa, P-san. De onde tirar motivação?
P-san: De um cronograma atrasado.
Moon: Você é muito engraçado.
P-san: Sim, eu sou hilário. O que aconteceu com a sua motivação?
Moon: Ela deve ter fugido.
P-san: Sempre dá para resgatá-la, pequena autora. Nós vamos consertar isso!
Moon: O que quis dizer com “pequena”?
P-san: Não faça perguntas difíceis. Apenas se concentre, é muito importante! Feche os olhos.
Moon: Tá, eu estou com os olhos fechados. Mas o que isso vai fazer de diferença?
P-san: Imagine que está voando entre as nuvens.
Moon: Estou voando entre as nuvens… Ei! Está funcionando. E é divertido!
P-san: Continue voando pelas nuvens…
Moon: Se continuar assim, vou encontrar o Homem de Ferro!
P-san: Está tranquila, voando pelo céu. Encontra os pássaros voando para o sul.
Moon: Já está nessa época do ano?
P-san: E então você continua voando.
Moon: Bem que podia acontecer algo emocionante.
P-san: Que exigente! Certo, nada de imaginação para você.
Moon: Não! Eu irei continuar voando pelos céus!
P-san: Está bem, está bem. Nós vamos continuar com o exercício.
Moon: Minha nossa. O que é aquilo?
P-san: Diga-me, o que está vendo?
Moon: Eu estou vendo uma nave… Não! É um avião!
P-san: Um avião?
Moon: Ela está vindo em minha direção… Minha nossa! Ele tem olhos e uma boca. Essa imaginação não é criativa e está começando a ficar bastante bizarra.
P-san: Está bizarra, mesmo.
Moon: Chega! *abre os olhos* Não quero mais saber desse exercício.
P-san: É uma pena, estávamos chegando em algum lugar.
Moon: Estava começando a parecer um filme comercial.
P-san: É uma porcaria quando isso acontece.
Moon: Chega, P-san: Vou fazer algo útil!
P-san: Duvido.
Moon: Não duvide de mim!
P-san: Está bem, eu não vou duvidar da corajosa autora.
Moon: Está me ironizando?
P-san: Não.
Moon: Ainda bem! É hora de tirar uma soneca.
P-san: Sério? Uma soneca?
Moon: Eu posso tirar uma boa soneca, sabe. É uma habilidade e tanto!
P-san: Se você diz…
Moon: Até a próxima, meu amigo pinguim!
P-san: Até mais. *a Moon vai embora* A autora é tão esquisita…
Pode correr, mas não irá se esconder de um furo no plot! Ou será que foi um dinossauro?
Escritório da autora no estúdio Happy Green Things.
Moon: Estamos em um momento que precisamos inovar, meu caro narrador.
Locutor-sama: Explique-me como uma estátua de dinossauro vai nos ajudar com isso.
Moon: Dinossauros são o símbolo da novidade!
Locutor-sama: Eles estão extintos.
Moon: A concorrência era muito invejosa. E não estão extintos, basta acreditar que eles ainda existem!
Locutor-sama: Francamente, eu esperava coisa melhor.
Moon: Você apenas sabe reclamar! Mesmo quando estou me esforçando tanto…
Locutor-sama: Sim, está se esforçando muito.
Moon: Ainda bem que consegue reconhecer isso!
Locutor-sama: Nesses momentos só adianta tentar agradá-la.
Moon: O que quer dizer com isso?
Locutor-sama: Você entendeu muito bem o que esse narrador quis dizer.
Moon: Ah, é mesmo? Como você é engraçado!
Locutor-sama: Eu não sou engraçado.
Moon: Não seja tão modesto!
Locutor-sama: Senhorita Moon! Por favor!
Moon: Eu não fiz nada de errado. O que você tem contra essa adorável estátua?
Locutor-sama: Ela não é adorável, autora. E ocupa um grande espaço!
Moon: Não seja chato. Mas olhe só para ele! Tem olhos do estilo anime!
Locutor-sama: E isso deixa a visão ainda mais perturbadora.
Moon: Acha mesmo? Eu deveria ter escolhido a versão de óculos escuros.
Locutor-sama: Um dinossauro com óculos escuros??
Moon: Não precisa ficar tão surpreso! Dinossauros também se preocupam com moda.
Locutor-sama: Não posso acreditar nisso.
Moon: Pois acredite! O que seríamos nós sem a crença? Deixaríamos de ser fadas!
Locutor-sama: Nós nunca fomos fadas.
Moon: Caramba, hoje você está muito chato!
Locutor-sama: Eu não sou chato.
Moon: É, sim. Fim de discussão!
Locutor-sama: A discussão só vai terminar com você tirar essa estátua daqui!
Moon: Me obrigue!
Locutor-sama: Está certo. Deixa a estátua aqui.
Moon: Os incomodados que se mudem, já dizia o ditado.
Locutor-sama: Não vamos ultrapassar dos limites do bom senso.
Moon: Mas nós já fizemos isso!
Locutor-sama: *respira fundo*
Moon: Certo, talvez essa estátua ocupe um grande espaço.
Locutor-sama: Eu disse!
Moon: Olhando bem, como foi que ela passou pela porta?
Locutor-sama: Como ela passou pela porta…
Moon: É, narrador. Como ela passou pela porta?
Locutor-sama: Não precisa repetir. Se você não sabe, muito menos eu.
Moon: Fascinante! Um mistérios em nossas mãos. Não está fascinado com o fato, narrador?
Locutor-sama: Posso ser honesto?
Moon: Não. O que há com você? Perdeu seu senso de humor?
Locutor-sama: Meu senso de humor não permite essas coisas.
Moon: Que coisas?
Locutor-samas: Discussões desnecessárias.
Moon: Olha só isso! Um botão na estátua. Nunca vi isso. *pressiona o botão*
Locutor-sama: A estátua diminuiu.
Moon: Mistério resolvido! Vai dar um ótimo peso de papel.
E todos viveram felizes para sempre.
Luz, câmera… Ação! Não tem luz? Não tem câmera? Só a ação está bom, mesmo.
De noite, No colégio Senhora Madame Tuta-sama.
Lara: Nós estamos cercadas! E eles são muitos.
Bonnibel: Eles ainda estão lá fora.
Rika: Ótimo! Eu nunca vou terminar de ler aquele mangá.
Bonnibel: Calma, nem tudo está perdido. Eu tenho um plano!
Lara: Se o seu plano envolve macarrão instantâneo, pode esquecer.
Bonnibel: Dessa vez é um bom plano!
Rika: Envolve pandas e marshmallows?
Bonnibel: Estava pensando em unicórnios.
Lara: Nós não vamos envolver os unicórnios!
Bonnibel: Mas é um bom plano. Não entendeu a minha ênfase?
Lara: Entendi muito bem. Mas envolver os unicórnios é uma péssima ideia!
Rika: Por que é uma péssima ideia?
Lara: Um, unicórnios são raros. Dois, é melhor escolhermos o macarrão instantâneo.
Bonnibel: Certo, nós não vamos envolver os unicórnios. Usamos o macarrão instantâneo!
Rika: Acho que eles não gostam do sabor de quatro queijos.
Lara: E então o que vamos fazer?
Rika: Estava pensando em chamar os caça-fantasmas…
Bonnibel: Eles não caçam zumbis.
Rika: Pois deveriam!
Lara: Certo, certo. Vamos ter calma! Tenho certeza que no final, vai ficar tudo bem.
Rika: Que esperança… Mas é melhor nós morrermos com esperança do que sem nenhuma!
Bonnibel: Nós não vamos morrer.
Lara: Sim! Nós vamos sair dessa enrascada.
Rika: Eu só estava dizendo uma frase de efeito.
Bonnibel: Não foi uma frase muito motivadora.
Rika: Me desculpem por isso.
Lara: Esperem! Eu tenho um outro plano.
Rika: Se envolve pasta de dente, não conte comigo.
Lara: Então tenha uma ideia espetacular!
Rika: Agora? Não trabalho bem sob pressão!
Bonnibel: Ótimo! Estão invadindo a escola!
Lara: Eu queria saber como esses vidros estão misteriosamente em ordem no dia seguinte.
Rika: Mistérios misteriosos!
Bonnibel: Rápido! Nós acabamos perdendo tempo. Agora estamos cercadas mesmo!
Rika: Esses zumbis são muito rápidos!
Hello: *aparece de repente* Temem, zumbis! Eu cheguei aqui para resolver a parada! *usa uma flecha e acerta uma linha reta de zumbis*
Rika: Caramba! Detesto quando aparecem assim, tão de repente…
Hello: Mas o que é isso? Garotas mágicas…
Lara: Guerreiras mágicas!
Hello: As suas vozes estão esquisitas e suas caras pixeladas! Estranho.
Rika: Ela copiou a ideia daquele anime, não foi.
Bonnibel: É, foi.
Lara: Escute aqui… Nós estamos com a situação sobre controle.
Hello: Não é o que parecia! Ah! Mas não precisam me agradecer. Vocês estão a salvo, e é só isso que importa! *faz sinal positivo com a mão* Bom, até a próxima!
Bonnibel: Nós podíamos ter resolvido isso.
Lara: Mas não resolvemos.
Rika: Somos incompetentes!
Bonnibel: Bem, vamos ter mais sorte na próxima.
Lara: É o que espero!