No escritório da autora, no seu estúdio de Happy Green Things.
Moon: Sabe, Locutor-sama… Existem momentos na vida em que temos que rever as nossas ações.
Locutor-sama: Que profundo, senhorita Moon. E qual das suas ações você está revendo?
Moon: A de jogar demais Animal Crossing. Eu devo me libertar desse vício! Não é um modo saudável de passar as férias.
Locutor-sama: E que tal praticar algum esporte?
Moon: Você está exagerando.
Locutor-sama: Foi apenas uma sugestão.
Moon: Deixei as coisas para a última hora, como sempre.
Locutor-sama: Isso acontece.
Moon: Sinto falta dos bons tempos. Aqueles que eu tinha mais de cinquenta posts programados para o blog! O que aconteceu com o meu lado responsável? Ele fugiu?
Locutor-sama: Provavelmente está jogando Animal Crossing.
Moon: Detesto admitir isso, mas você tem toda razão.
Locutor-sama: Eu diria que represento a voz da sua consciência.
Moon: Quer dizer que você é um grilo falante?
Locutor-sama: Grilos falantes? É só nisso que você consegue pensar, quando alguém diz para você a palavra consciência?
Moon: Eu também consigo pensar em robôs gigantes assando biscoitos de maneira bonitinha. Por que a pergunta?
Locutor-sama: Você é uma pessoa complexa, senhorita Moon.
Moon: Diria que sou como um quebra cabeça de quinhentas mil peças!
Locutor-sama: Agora é a senhorita que está exagerando.
Moon: Falando nisso, bons tempos que eu montava quebra cabeças…
Locutor-sama: Mas você nunca teve paciência com quebra cabeças.
Moon: Deixe-me com a ilusão que tive um passado interessante!
Locutor-sama: Mas tem que lembrar da realidade.
Moon: Quer dizer que eu nunca tive um pônei?
Locutor-sama: Não, autora. Você nunca teve um pônei.
Moon: Não é a toa que eu cresci traumatizada.
Locutor-sama: Eu tenho certeza que existe algo além da vida do que ter um pônei na infância.
Moon: Uma fazenda com árvores feitas de doce?
Locutor-sama: A sua infância não ocorreu no reino doce.
Moon: Mas que porcaria! Quer dizer que eu nunca salvei a princesa do Bowser em Super Mario World? Ela está até hoje no castelo, presa jogando Mario Kart?
Locutor-sama: Isso foi o Mario. E os objetivos cumpridos nos videogames não contam.
Moon: É claro que contam! Eu dormi por sete anos e acordei em uma Hyrule que foi dominada pelo Ganondorf.
Locutor-sama: Eu tenho certeza que haverá um dia em que você fará algo de interessante.
Moon: Algo de causar inveja? Como andar em um pato de borracha gigante, que também solta laser?
Locutor-sama: Sonhar ainda é de graça, senhorita Moon.
Os meses passam muito rápido. Devem ter trabalhado em uma lavanderia!
Em frente da Casa Verde.
Hello: Julho! Finalmente estamos nesse mês. Estava esperando ansiosamente. Consegue sentir, Rosalina? O espírito natalino?
Rosalina: Por favor, a piada de natal em julho, novamente?
Hello: Natal pode ser em qualquer mês! Quem não gosta de julho e de natal? Me diga Rosalina… Aquilo ali é uma pizza voadora?
Rosalina: Não sei. É uma pegadinha sua?
[Hello e Rosalina olham para cima]
Hello: Que estranho. Não me lembro de ter soltado nenhum disco voador hoje. E olha que suspeitam que eu faça isso com frequência!
Rosalina: Você não tem muito o que fazer.
Hello: Isso foi frio, Rosalina! E olha que o dia hoje está quente.
Rosalina: Pensei que fosse porque esse dragão estava soltando bafo em cima de nós duas. Não acredito que estava errada.
Rika: Dragão Dançante! Olá!
Hello e Rosalina: Dragão dançante??
Dragão Dançante: Como vai, Rika?
Rika: Muito bem. Espero que não esteja com nenhum ódio dançante. Ouvi dizer que é muito perigoso!
Dragão Dançante: Não se preocupe, eu vim aqui muito contente.
Hello: Er… Dragão Dançante?
Dragão Dançante: Não vou dançar de alegria, acredite!
Rika: Oh, Hello e Rosalina. Esse é meu amigo dragão dançante.
Dragão Dançante: Olá!
Hello: Por que eu não tenho um amigo dragão?
Rosalina: Você tem um amigo dinossauro.
Hello: Não se pode ter tudo.
Dragão Dançante: Eu não vou demorar aqui.
Rika: Oh, não? Pode ficar mais um pouco.
Dragão Dançante: Eu só vim aqui para entregar um presente.
[O dragão entrega o presente para a Rika.]
Rika: É uma caixa de esmaltes!
Dragão Dançante: Não é uma caixa de esmaltes qualquer.
Hello: É uma caixa com esmaltes mágicos?
Rosalina: Uma coisa dessas não existe. Existe?
Dragão Dançante: Não, desculpe. São esmaltes com prupurina, apenas. Lamento decepcionar.
Rika: Purpurina faz toda a diferença!
Hello: Ah, tudo bem.
[Rika levou a caixa de esmaltes para o seu quarto]
Rika: Ufa! Ainda bem que o dragão avisou que viria.
[Abriu a caixa em cima da mesa]
Rika: Muito bem, esmaltes! Podem sair.
[Os esmaltes saíram da caixa, e olharam a cidade de miniatura que tinha em cima da mesa]
Chefe: Obrigado, senhorita Rika!
Rika: Não precisa me agradecer ainda. Vocês podem viver na cidade de miniatura ali, enquanto a cidade onde vocês moravam é reconstruída.
Chefe: Ela será reconstruída em outro lugar, claro.
Rika: Quem diria que esmaltes mágicos poderiam ter feito a pedra filosofal!
Chefe: Shh! Fale mais baixo. Nós vamos torcer que possamos voltar logo. Não queremos incomodá-la. Farei o possível para manter a ordem entre meu povo!
Rika: Oh, desculpe. Não se preocupe! Tenho certeza que vocês não vão incomodar.
Chefe: Caso você precise, pode nos colocar embaixo da cama!
Rika: Está bem…
Chefe: E tome cuidado com os vilões que podem aparecer.
Rika: Não se preocupe! Eu terei tudo sobre controle.
Chefe: Repito: Tome cuidado.
Julho! Ainda dá para comer paçoquinha?
No escritório da autora, em seu estúdio Happy Green Things.
Moon: [olhando para a parede]
Locutor-sama: Está de castigo, autora?
Moon: Eu só consigo pensar em “remando, remando”! Isso está atrapalhando minha concentração. E agora?
Locutor-sama: Já tentou remar, para ver se ajuda?
Moon: Para quê eu vou remar, se posso escrever uma história sobre isso? HEIN? Entenda como minha lógica funciona.
Locutor-sama: Tem razão, autora. Para quê fazer algo, se tem personagens que podem fazer por você?
Moon: Cheio de sarcasmo e piadinha hoje, hein! Quer escrever o roteiro? HEIN? HEIN?
Locutor-sama: Acalme-se, autora. Eu não quero escrever roteiro nenhum. Não faria nada que a deixasse ofendida.
Moon: Não me deixou ofendida. A não ser que você comece a dizer “remando, remando”! Eu vou ficar maluca.
Locutor-sama: Já tentou pensar outra coisa?
Moon: Estou aceitando sugestão, pessoa criativa. Alguma?
Locutor-sama: Aquela música que fala de setembro, a chuva e não sei mais o quê. Não é mais agradável?
Moon: Não! Ótimo. Agora essa música colou.
Locutor-sama: Mudando de assunto, quais são os seus planos para julho, senhorita Moon? Alguma novidade bombástica?
Moon: Novidades bombásticas não estão disponíveis. Sabe como é complicado inventar algo novo? Quando tanto coisa já foi pensada, criada e inventada? Há muitos gênios nesse mundo.
Locutor-sama: Tenho certeza que sim, autora. As pessoas são mesmo muito interessantes.
Moon: E você nunca pode imaginar o que elas estão pensando.
Locutor-sama: Acho que isso seria um tanto difícil. Não acha que está pedindo demais, ser telepata?
Moon: Eu não quero ter poderes de telepatia! Francamente, Locutor-sama. Acha que eu iria pedir uma coisa dessas?
Locutor-sama: É, talvez não combine muito com você. Não é uma vilã tentando dominar o mundo, é?
Moon: Estou tentando dominar o mundo de Silly Tales, apenas.
Locutor-sama: Mas você não é tecnicamente criadora desse mundo?
Moon: Isso me dá mais direito ainda de dominar, oras.
Locutor-sama: Provavelmente todas as pessoas sonham secretamente em dominar o mundo, senhorita Moon.
Moon: Está me consolando?
Locutor-sama: Não. As pessoas tem um mundo que elas criaram. Elas precisam dominá-lo, para entendê-lo melhor.
Moon: Eu não quero entender como as ideias funcionam.
Locutor-sama: Quem falou em ideias? Estou falando de lembranças. Aquilo que faz você dizer “Me lembro como se fosse ontem.”
Moon: Eu não sou tão velha para dizer essa frase.
Locutor-sama: Nostalgia não tem idade, autora. Lembre-se dessas minhas palavras. Vai lembrar, da próxima vez que tomar sorvete.
[Locutor-sama sai do escritório]
Moon: Sorvete? O que isso tinha a ver com a conversa?
Random Adventures – No fim do arco-íris.
Random: Hoje irei em busca do pote de ouro, no final do arco-íris! Não importa se é do gnomo, do duende ou do leprechaun! O que importa é encontrar o ouro. Não estou acompanhado do Locutor-sama dessa vez, mas sim do homenzinho Capitão Yay!
Capitão Yay: Eu não acredito que a única maneira de eu aparecer é em uma historinha com um boneco de palito.
Random: O mundo pode ser imprevisível! E o Locutor-sama está na biblioteca, novamente. Perdi meu amigo para os dicionários!
Capitão Yay: Que situação esquisita.
Random: Mas nós não podemos desanimar! Vamos, Capitão Yay. O arco-íris não vai ficar ali por muito tempo.
Capitão Yay: Certo, certo… estou indo.
Random: Andamos por muito, muito tempo! Mas, era de se esperar que nós demorássemos. Nós somos muito pequenos! Temos que usar algo para nos locomover mais depressa. Deixa eu ver… Oh! Um carrinho.
Capitão Yay: Sério que vamos usar isso?
Random: Está com preconceito, só porque é um carrinho cor de rosa? Tenha uma mente aberta, Capitão Yay.
Capitão Yay: O problema não é a cor do carrinho. E sim, o fato de que isso é um brinquedo. Como é que vai funcionar?
Random: Com essa purpurina que eu tinha no bolso!
Capitão Yay: Você tem bolsos??
Random: É claro! Eu uso uma calça jeans, afinal de contas.
Capitão Yay: E de onde você arrumou essa purpurina?
Random: Perguntas, perguntas! Isso não importa. Nós temos que pegar o pote de ouro, no final do arco-íris. Lembra-se?
Capitão Yay: Sim, eu me lembro. Mas o que tem de tão especial no pote de ouro? Não é mais fácil trabalhar para se conseguir dinheiro?
Random: Eu não recuso uma aventura, oras.
[O carro parou de andar, e Random parecia frustrado.]
Random: O que aconteceu?
Capitão Yay: Deve ter acabado o efeito da purpurina.
Random: Imagina! O efeito dela é prolongado.
Capitão Yay: Então… Só pode significar uma coisa.
Random: Autora!
Moon: Siim?
Random: O que aconteceu?
Moon: Boom, a lojinha do Tom Nook fechou, e eu não estou com paciência de ficar usando internet, já que está lenta.
Random: Não foi bem isso o que eu perguntei. E o que acontece depois, na história?
Moon: Bem… Eu deixei a historinha um dia nos rascunhos, e esqueci como ela terminava.
Capitão Yay: Tem certeza que não foi preguiça de terminar?
Random: Capitão!
Moon: Ou eu não sabia como terminar. Enfim… Tomem o ouro de vocês, e pronto.
Random: Você estragou toda a magia do negócio!
Moon: Não me agradeça. Vocês iam enfrentar um dragão, mas eu mudei de ideia.
Random: Autora, eu não agradeci nada.
Moon: Certo, certo.
Capitão Yay: É melhor você arrumar um emprego da próxima vez. Aposto que é uma aventura mais emocionante!
Todo mundo fica mais suspeito na chuva. Até quem usa bigode falso, que já é algo bem suspeito normalmente.
Locutor-sama: Lá estava ela. Na chuva, segurando o seu parasol com uma estampa de teias de aranha. E estava de bigode falso. Por algum motivo.
Hello: Não é divertido ficar em baixo da chuva de maneira suspeita?
Sabrina: Onde será que estava a minha cabeça quando concordei com isso… [usando bigode falso também, com uma capa de chuva amarela]
Hello: Sabrina! Você tem que aprender a se divertir mais.
Sabrina: O problema é estar embaixo da chuva, Hello. E se pegarmos uma gripe? Você não se preocupa com essas coisas?
Hello: Não pense de maneira negativa! Na chuva, dá para usar essas botas com estampa de bolinhas. Não é legal?
Sabrina: Tanto faz. Posso entrar agora?
Hello: Ma-mas Sabrina! Não tem graça nenhuma ficar aqui sozinha!
Sabrina: Desculpe, Hello. Vou entrar de qualquer forma. Mesmo com guarda-chuva, nesse tempo a gente sempre acaba se molhando.
[Sabrina entra na Casa Verde, deixando a Hello sozinha]
Hello: A chuva está tanta, que até o Locutor-sama entrou! Caramba.
[olha para os lados, vendo que não tem ninguém]
Hello: Será que seria melhor entrar mesmo? Moon! Se queria uma história temática com chuva, tinha que ser desse jeito?
Moon: De que jeito?
Hello: Nessa chuva absurda! Está chovendo até granizo!
Moon: Granizo não é algo tão incomum assim.
Hello: Não interessa! Pode mudar o cenário da história?
Moon: Uma ilha, em que está chovendo. E tem dinossauros!
[Um dinossauro aparece, rugindo]
Moon: Não é legal, o fato de ter dinossauros?
Hello: Ele acabou de dizer “Oba, almoço!”
Moon: Sério? Tem certeza que ele não só ofereceu um chazinho?
Hello: Não! Eu entendo o idioma dos dinossauros… E tenho certeza que ele não falou isso! Pare de brincadeiras, autora.
Moon: Hm… Talvez um cenário de galáxia!
Hello: O que é isso agora? Super Mario Galaxy?
Moon: Exatamente! E você pode fazer a sua própria constelação.
Hello: Hm… Não, não preciso. Criar constelação é muito difícil.
Moon: Mas é uma grande oportunidade! Quantas pessoas podem criar uma constelação, Hello?
Hello: Bom, todo mundo pode criar uma se tiver um cenário de constelação em casa.
Moon: Então você descobriu que não é uma galáxia, e sim um cenário falso. Como no teatro! Você é muita astuta.
Hello: Só haveria uma explicação para eu estar respirando no espaço. E por que você está falando “galáxia” ao invés de espaço?
Moon: É que galáxia me lembra bolacha de chocolate.
Hello: Isso não faz sentido.
Moon: Paciência. Ninguém entende pessoas criativas.
Hello: Pode me levar de volta, por favor?
[Hello volta para a frente da Casa Verde]
Hello: Legal! A chuva parou, e ainda por cima há um arco-íris!
Random: Lá vou eu, procurar o pote de ouro do gnomo!
Hello: Para mim, chega de loucura por hoje. [tira o bigode falso]
Dueeeeeendes. Chiclete. Não sei bem sobre o que estou falando.
Locutor-sama: Continuamos a saga na qual a autora está sem inspiração. Ou será que apenas é um sentimento que a faz pensar que ela está sem inspiração? Vocês decidam, leitores.
Moon: Voltou da biblioteca?
Locutor-sama: Sim, autora. Eu ainda não terminei que construir meu holograma para me substituir nas histórias…
Moon: Um HOLOGRAMA?
Locutor-sama: É moderno e está na moda.
Moon: Quem diria que meu narrador é ligado nas tendências…
Locutor-sama: E você pensava que eu era apenas um rostinho bonito com tendências a ser dramático… Espera, porque eu falei isso?
Moon: Pois eu imaginei você falando isso, achei engraçado e decidi escrever.
Locutor-sama: Tem vezes eu me esqueço do poder que você tem.
Moon: Nunca se esqueça do meu poder, Locutor-sama. E já que você está aí, no cantinho narrando anote aí uma ideia para mim.
Locutor-sama: Apenas se você falar a palavra mágica.
Moon: Abracadabra!
Locutor-sama: Está cheia de piadinhas hoje, autora. Tem certeza absoluta que está sem inspiração?
Moon: Não me faça perguntas que me façam pensar um tempão sobre a vida, e que de repente me fazem refletir sobre as formigas. Sério, meu. As formigas são coisas tão esquisitas.
Locutor-sama: Você não está se sentido bem, autora. Precisa dormir.
Moon: Estou ótima! Podia até escrever dez histórias hoje.
Locutor-sama: É quase meia noite. Não acho que é uma boa pedida.
Moon: Por acaso se passar de meia noite, o feitiço vai acabar? A carruagem vira abóbora e o príncipe vira o sapo?
Locutor-sama: Não acho que seja assim que as coisas funcionam.
Moon: E elas funcionam como?
Locutor-sama: Com a senhorita dormindo e descansando o cérebro, amanhã poderá estar funcionando corretamento,sem cometer erros de digitação que me fazem questionar o sua sanidade.
Moon: Você fala demais. Anote a ideia, por favor. Hello falando “Paçoquinhas ou Travessuras” no Halloween. Vai ser hilário.
Locutor-sama: Não falta muito tempo para isso?
Moon: As ideias nunca vai aparecer no período festivo que você quer. Pense nisso, Locutor-sama. Pensar é muito importante.
Locutor-sama: Quando está com sono, você fala umas coisas estranhas. Pensando bem, fala coisas estranhas o tempo todo…
Moon: Não estou falando coisas estranhas. Tudo faz sentido, está tão claro! Somos frágeis, nunca saberemos como a falta de comer um único pastel pode nos deixar deprimidos do dia seguinte.
Locutor-sama: Pastel?
Moon: Pastel! Ou você acha que alguém vai levantar e dizer “Estou com uma enorme vontade de escovar os dentes.” O que é isso? É vontade de cuidar da sua saúde bucal?
[Locutor-sama procura alguma coisa no armário do escritório]
Locutor-sama: [dá um cobertor e um travesseiro para a Moon] Vá dormir, autora. Eu imploro. Antes que você diga algo mais esquisito.
Moon: Sobre como eu preciso de um celular novo, e que tem a mesma cor da floresta Amazônica?
Locutor-sama: Tarde demais.
Não discuta com as pessoas. Não discuta com seus personagens… Fale com o seu travesseiro. É mais seguro!
Moon: Eu tenho o cenário perfeito. Casa Verde. Sala de estar. As garotas sentadas no sofá, conversando. Mas sobre o quê? Esmaltes?
Hello: Pfft! Todo mundo sabe que eu não converso sobre esmaltes. Eu converso COM os esmaltes. Não é educado falar sobre eles…
Rosalina: Hello, está falando coisas aleatórias novamente antes do almoço? Você sabe como fica depois…
Hello: Não fico tão ruim, como quando a autora está sem ideias.
Moon: Não estou sem ideias! Apenas sem inspiração.
Hello: Não é a mesma coisa?
Moon: Claro que não. Estou apenas sem inspiração. Ela. Aquela criatura que aparece para te iluminar!
Hello: Moon, se você precisa de uma lâmpada, basta comprar…
Sabrina: Sabe que a piada foi boa?
Rosalina: Não a elogie, se não vamos passar esse tempo todo ouvindo piadas que não fazem o menor sentido.
Sabrina: Não havia pensando nisso.
Clarissa: Ficar sem ideia deve ser algo ruim, de fato. Dá para observar a expressão de desesperada da Moon. Está… tudo bem?
Moon: É claro que está tudo bem! Apesar de eu só conseguir pensar naquela propaganda da bailarina, que por alguma razão chutou um lutador de boxe. Qual era a mensagem daquela propaganda?
Hello: A bailarina sempre sonhou em lutar boxe. Sua mãe jamais permitiria. Então ela foi, vestida de bailarina mesmo para um torneio. Jamais esperariam que uma coreografia delicada poderia se tornar um chute mortal…
Zaltana: Essa mulher está me dando medo.
Rika: Puxa vida! Agora tenho certeza que vai ver propaganda com outra perspectiva.
Moon: Estar sem inspiração é difícil.
Rosalina: Não parece tão complicado assim.
Hello: Não, mas por alguma razão a Moon começa a colocar os seus personagens em lugares comuns discutindo coisas que ninguém imaginaria que era possível se falar sentado em um sofá.
Moon: É alguma coisa assim.
Sabrina: Está imitando o Locutor-sama, Hello?
Hello: Alguém deve ser dramático enquanto o Locutor-sama está na biblioteca.
Sabrina: O que será que ele está fazendo na biblioteca…
Moon: Provavelmente procurando sinônimos para as palavras comuns que usamos no dia-dia, mas ele vai achar um termo que ninguém usa, para todo mundo ficar com cara de idiota quando ele falar.
Sabrina: Mas normalmente as pessoas se irritam quando ele as segue e começa a narrar o que estão fazendo.
Clarissa: Pensei que isso só aplicasse a Tuta-sama.
Sabrina: Não. Outro dia vi ele fazendo isso com o sorveteiro.
Zaltana: Ou pode ser a maneira dele de comprar sorvete.
Rika: O Locutor-sama não deve ter muitos amigos.
Rosalina: O que vamos esperar, do narrador das histórias da Moon?
Hello: Esquisitices.
Moon: Ei!
Bônus, na biblioteca:
Locutor-sama: Os dicionários são os meus únicos amigos.
Random: E eu?
Locutor-sama: Você é meu amigo boneco de palito.
Ideia? Não, eu não tenho nenhuma. Sinto muito! Você pode tentar amanhã, se quiser.
Moon: Eu poderia estar jogando Animal Crossing, lendo um livro, escrevendo uma historinha da Casa Verde ou do Kekekê, mas não. Aqui estou eu, em outra historinha de Happy Green Things, no qual discuto uma coisa qualquer com o Locutor-sama. Mas ele não está, parece que foi passar o dia em uma biblioteca. Então, está aqui. Ela. A Hello.
Hello: Oi gente!
Moon: Com quem você está falando?
Hello: Com os leitores, obviamente! Temos que ser pessoas educadas, autora. Devemos cumprimentá-los!
Moon: Você espera que as pessoas respondam?
Hello: Nunca se sabe. Elas podem ter respondido!
Moon: Como aqueles que respondem para o telejornal dizendo “Boa noite”? Eu acho isso um hábito bem esquisito.
Hello: Mas existem pessoas que são dessa madeira! Não dá para mudá-las. A variedade é uma coisa importante quando se trata de…
Moon: Você está falando demais, mas no final, não quer dizer nada!
Hello: Mas estou imitando o Locutor-sama. Não é assim que ele faz?
Moon: Por falar, leia a fala acima da sua e entenda o que eu quero dizer. Ou será que você não prestou atenção?
Hello: Hm… Isso está ficando confuso.
Moon: Concordo. Tão confuso, que eu ia escrever Hello com três L. É sinal de que devo dormir.
Hello: Mas você tem que continuar a escrever a historinha!
Moon: Iglu, Águia…
Hello: Oi? Sabe autora, você não bate bem da cabeça.
Moon: É que tem uma música, em que eles falam algo que parece com “Iglu, Águia.” Ou o meu inglês está ruim.
Hello: Iglu? Águia? O seu inglês está muito ruim!
Moon: Mas é divertido imaginar o que eles estão cantando, e no final, ser uma coisa totalmente diferente.
Hello: E então você fica desapontada, pois destrói todos os seus sonhos. A música não fala sobre empadinhas, mas de bolinhos. Você queria que ela falasse de empadinhas. Mas não! Inconformada, nunca mais poderá ouvir aquela música novamente…
Moon: Acho que isso seria uma coisa que o Locutor-sama diria.
Hello: Eu sou uma pessoa talentosa.
Moon: E muito humilde.
Hello: Aprendi com ela. A Tuta-sama.
Moon: Que grande exemplo!
Hello: Eu senti um tom de sarcasmo.
Moon: Vamos mesmo falar da guaxinim milionária?
Hello: Por que não? É um excelente assunto. Ela é rica. Sarcástica. Rica. Vamos falar mal dela?
Moon: Não, não. Depois eu vou ter que me entender com ela.
Hello: Tem razão. Então eu vou embora.
Moon: Vai mesmo?
Hello: Eu tenho uma visita a receber.
Moon: No Animal Crossing?
Hello: No Animal Crossing.
Moon: Que triste.
Não importa quantas vezes você batalha com as ideias. Nunca vai ter experiência o bastante contra elas! São astutas demais para serem vencidas.
Locutor-sama: No estúdio de Happy Green Things, em seu escritório a senhorita Moon estava entretida em uma tarefa diferente. Observava alguma coisa pela janela, usando binóculos. Espero que não tenhamos uma casa monstro como nosso vizinho da frente.
Moon: Não seja bobo, Locutor-sama! Eu estou observando uma coisa interessante, e não uma coisa esquisita.
Locutor-sama: Uma gelatina?
Moon: E desde quando gelatina é interessante?
Locutor-sama: Eu acho interessante. E estou com vontade de comer gelatina. Vê algum problema nisso?
Moon: Eu nunca vou discutir com os seus interesses, Locutor-sama.
Locutor-sama: A autora continuava a observar alguma coisa. O que há de tão fascinante, para perder o tempo com isso?
Moon: Não sei se você está sendo dramático, ou apenas curioso.
Locutor-sama: Sou sempre dramático. O resto é bônus.
Moon: Bônus? Fascinante.
Locutor-sama: Autora, você não vai me dizer o que está olhando?
Moon: Não. Acho interessante enrolar a história toda falando coisas aleatórias, até que acontece o final que finalmente pode rolar o objetivo.
Locutor-sama: Rolar o objetivo…?
Moon: Sim, Locutor-sama! O objetivo pode ser uma pedra rolando. Os objetivos sempre são as coisas mais estranhas, que nós não damos valor. De repente, a sua vida vai mudar hoje. O papel higiênico vai acabar, você sai para comprar e então, encontra alguém que vai dizer assim “Você é o escolhido.” E então, sua vida muda para sempre…. Mas do que estávamos falando mesmo?
Locutor-sama: Autora, você está me enrolando.
Moon: Eu não estou te enrolando! Afinal, eu não peguei nenhuma corda. Entendeu? Entendeu?
Locutor-sama: Entendi, senhorita Moon. Mas qual é a graça de esperar até o final para dizer o que está observando?
Moon: Já vi que vou ter que dizer… Muito bem. É um unicórnio! Ele é uma metáfora que representa aquela ideia incrível, mas tão difícil que ela é considera uma mitologia fantástica.
Locutor-sama: Extremamente dramático.
Moon: Exato! Mas é uma criatura delicada. Se você se aproximar dele, vai fugir. É muito tímido…
Locutor-sama: Não é o Biscoito ali, se aproximando do unicórnio?
Moon: Miserável!!
Locutor-sama: Calma.
Moon: Nada de calma! Vai ter que passar alguns séculos, até ele aparecer de novo. Nunca, mas nunca vou encontrar alguém como aquela ideia!
Locutor-sama: Não seria “encontra alguma”?
Moon: Não. Fica muito esquisito. E você entendeu…
Locutor-sama: Não. Não entendi.
Moon: É uma pena que você não é uma mitologia fantástica…
Locutor-sama: Complicado tentar entender a sua linha de pensamentos. Tem certeza que não acharia melhor tentar esclarecer o que você está pensando, senhorita Moon?
Moon: Quando o personagem e a autora não se entendem, é sinal que deve terminar a história. Caso contrário, tudo fica confuso.
Nem tudo pode ser como desejamos. A vida pode ser irritante e teimosa! Mas nós também somos.
Locutor-sama: A senhorita Hello estava indignada, atrás das grades. Qual será o crime que ela cometeu? Não acho que tenha sido novamente dirigir o carro, com um monte de gnomos de jardim no banco de trás?
Hello: Gnomos de jardim? Não, não!
Locutor-sama: A cadeia não é um lugar confortável. Que tipo de crime você cometeu?
Hello: Eu não cometi nenhum crime. Isso aqui é só um jogo de tabuleiro, Locutor-sama.
Locutor-sama: Oh. Quem diria.
Sabrina: Não acho que tenha sido uma das suas melhores ideias.
Hello: Jogar esse interessantíssimo jogo de tabuleiro? Eu acho que foi uma ideia maravilhosa! Mesmo que eu não tenha encontrado até agora, nas cartas, um passe livre da cadeia. É muita falta de sorte!
Clarissa: Não tem cartões faltando?
Hello: Impossível! Está dizendo isso, porque a a caixa desse jogo estava mofando no porão? Não fale bobagens.
Barman: Acho que tem umas cartas meia comidas…
Olliver: Pode ter sido o cachorro fantasma do porão!
Barman: Eu não sabia que tinha um cachorro fantasma no porão.
Olliver: Nem eu. E nem sabia que ela mordia cartas!
Random: Por falar em cartas, o que o mágico disse para o coelho?
Locutor-sama: Ah, não! Random, nós já conversamos sobre isso.
Random: Mas Locutor-sama… A pida é engraçada!
Hello: Nós ouvimos piadas de mágicos e coelhos por horas! O que você tem de novo para contar?
Random: Bem, dessa vez tem uma ovelha…
Locutor-sama: Adicionar apenas um elemento não vai fazer a história mais interessante.
Random: E quanto as mentiras?
Sabrina: As mentiras tem pernas curtas. Pelo menos é o que dizem…
Clarissa: Hm. Fico imaginando, se o que vi outro dia era uma mentira! Tinha pernas tão curtas.
Sabrina: Uma barata?
Clarissa: Não, não. A não ser que a barata tenha tomado forma humana… O que seria muito esquisito.
Random: Uma barata com forma humana? Será que uma barata pode fazer isso? Elas são cheias de recursos…
Locutor-sama: É impressionante como você esquece um assunto rápido.
Random: Eu sou um cara que não fico apegado ao passado.
Olliver: E eu pensei que você você apenas um boneco de palito.
Random: Um boneco de palito não pode ter cara?
Sabrina: Mas você nem tem cara!
Clarissa: Um rosto, você quis dizer.
Random: Só porque você não vê o meu rosto, não quer dizer que eu não tenha um.
Sabrina: Isso foi informativo.
Random: Eu sou um carinha sábio!
Hello: Não acredito! Não aparece um passe livre da cadeia. Vou mofar na mesma posição!
Barman: Não é possível. Os passe livre da cadeia sumiram?
Sabrina: Parece que todas as cartas estão aqui. Menos os passes livres da cadeia… É como se alguém tivesse tirado de propósito!
[Todo mundo olha para o Random]
Random: Eu? O que foi que eu fiz?
Clarissa: Bem, observando que você entrou dentro da caixa antes de começarmos o jogo…
Random: Isso não quer dizer nada.
Locutor-sama: Esvazie os bolsos, Random.
Random: Tá! Parem de me olhar com esses olhos incriminadores.
[O boneco de palito esvazia os bolsos, e lá estavam as cartas.]
Olliver: Como é que cabiam cartas maiores do que ele no bolso?
Barman: Não discuta com a lógica das histórias da Moon, Olliver. Você vai acabar enlouquecendo.