Locutor-sama: Estou aqui em um local esquisito do país de Silly Tales. Não posso revelar exatamente onde, mas posso dizer o nome. A Área 72!
Alice: Dizem que aqui acontece coisas muito bizarras, relacionadas com alienígenas! Qual a sua opinião sobre o assunto, Tasketê?
Tasketê: Acho que você tem razão, Alice.
Alice: Será que é uma sede para os aliens?!
Tasketê: É o que nós vamos descobrir.
Alice: Eu trouxe os materiais necessários!
Tasketê: E eu trouxe biscoitinho de canela!
Alice: Legal. Ah, eu tenho algo para nós bebermos, também.
Locutor-sama: Espero que vocês não estão confundindo essa investigação com um piquenique.
Tasketê: Xii… Não vou poder usar a minha toalha xadrez?
Alice: Úon… essa carinha triste!
Locutor-sama: Bom. Toalha xadrez não quer dizer piquenique…
Tasketê: Ainda bem. Gosto muito dessa toalha!
Alice: A Área 72 tem bastante seguranças, não é mesmo?
Locutor-sama: Eles impedem curiosos, mesmo que eles não tenham más intenções.
Tasketê: Deve ter um segredo muito grande, escondido nessa área!
Alice: Ou talvez seja algo mais simples do que nós pensávamos.
Tasketê: Aí não teria muita graça.
Locutor-sama: Vamos aproveitar, que parece deserto na entrada.
Alice: Ótimo! (coloca o duende no ombro dela) Vamos nessa, Tasketê!
Tasketê: Ao infinito e além!
Alice: Nós não estamos voando.
Tasketê: É que eu sempre quis dizer isso.
Locutor-sama: Andamos devagar na Área 72. Observamos que haviam vár-
Guarda 1: Intrusos!
[Vários guardas começam a seguir os três.]
Alice: Corram, pessoal!
Tasketê: No meu caso, vou segurar o meu gorrinho!
Locutor-sama: Corremos contra o vento! Não podíamos ser pegos pelos guardas… As pessoas precisavam saber a verdade!
Tasketê: Viva a verdade!!
Alice: Abaixo a opressão!
Locutor-sama: Daqui a pouco, vamos virar baderneiros.
Tasketê: Me sinto lutando com a capital…
Alice: Eles são muitos! Não vamos conseguir explorar o local direito…
Locutor-sama: Precisamos de um plano.
Tasketê: Que pena que o Cebolinha não está aqui.
Alice: Não temos o Cebolinha, mas temos isso! (tira uma coisa do bolso)
Tasketê: Isso aí é um… quadrado?
Alice: É só jogar no chão, que dá para ver o efeito!
[Os três viraram estátuas!]
Guarda 1: Ué? Para onde eles foram?
Guarda 2: Para lá?
Guarda 3: Não, para cá!
Guarda 4: Essas estátuas sempre estiveram aqui?
Guarda 1: É claro! Não seja bobo.
Guarda 2: Temos que encontrá-los!
Guarda 3: Alguém se habilita a farejar o chão?
Guarda 4: Essas estátuas…
[Depois de discussões, eles foram embora.]
Alice: Ufa! Quase fomos pegos.
Tasketê: Vocês viram como esses guardas se vestiam de maneira esquisita?
Alice: Não era bem dessa maneira que eu imaginava, que eles se vestiam…
Locutor-sama: Pareciam até chefes de cozinha!
???: O que vocês estão fazendo aqui?
Alice: Nossa!
Tasketê: Não é aquele famoso chefe da tevevisão?
Alice: Acho que ele tem até um programa de culinária…
Chef: Vocês não deveriam estar aqui. Estamos fazendo receitas super secretas!
Tasketê: Então é isso que tem na Área 72?
Alice: Que decepcionante.
Chef: O que vocês esperavam? Alienígenas?
Alice: Bem…
Tasketê: Sim.
[Os três foram embora. Enquanto isso, o pessoal da Área 72 tirou seus disfarces…]
Chef: (que na verdade é um alienígena) Humanos são tão fáceis de se enganar!
O Clube dos Personagens Injustiçados.
Balinha: Hoje eu estou aqui para uma reunião importante. Os personagens injustiçados se reuniram aqui…
Pascoal: Normalmente, as pessoas se reúnem em reuniões…
Balinha: Silêncio, Locutor-sama! Não sei nem para quê você veio aqui, se não é injustiçado.
Pascoal: Eu não sou o Locutor-sama, sabe…
Balinha: Você não é o Locutor? Então, quem é você?
Pascoal: Eu sou o irmão gêmeo dele.
Balinha: Nunca ouvi falar disso.
Barman: Mas é verdade, Balinha.
Balinha: É?
Barman: É.
Balinha: E você, Tasketê? O que acha sobre o assunto?
Tasketê: Eu?
Balinha: Sim, você.
Tasketê: Ninguém liga para a minha opinião.
Balinha: É claro que nós ligamos para a sua opinião!
Capitão Yay: Qual é o telefone dela?
Balinha: Capitão!
Capitão Yay: Eu quis fazer uma pequena piada.
Balinha: Não foi uma piada muito boa.
Capitão Yay: Eu tentei.
Balinha: Certo, você é o irmão gêmeo dele. Pensei que era o Locutor usando peruca.
Pascoal: Hmm, não. Eu deixei meu cabelo crescer, para ser-
Balinha: Você conheceu a Mônica?!
Pascoal: Não é como na música “Eduardo e Mônica”!
Balinha: Oh. Me enganei. Desculpe!
Capitão Yay: E eu pensei que ele estava fazendo uma piada.
Balinha: Bom, meus caros amigos injustiçados…
Barman: Olha, eu não entendi bem o porquê de eu estar nessa reunião. O Tasketê tudo bem, que acho que apareceu apenas em duas histórias. Mas e eu? Por que sou injustiçado?
Balinha: Porque… você só aparece para fazer perguntas. E ser parte do cenário!
Barman: Eu não vejo as coisas por esse lado.
Balinha: Quer dizer que você não vê nada de errado na sua vida?
Barman: Não tenho nada para reclamar da minha vida.
Pascoal: Esse cara não tem sonhos…
Barman: Mas eu sonho todas as noites!
Pascoal: Não foi bem isso que eu quis dizer.
Balinha: Tá. Vamos focar no problema do Tasketê.
Tasketê: Problema? Qual problema?
Balinha: Você raramente dá as caras nas histórias.
Tasketê: Pensei que era a minha falta de tomar refrigerante.
Balinha: Não! A sua ausência é mais importante.
Tasketê: Não é como alguém sentisse falta…
Balinha: É claro que sentem falta!
Pascoal: Se souberem quem é você, com certeza sentirão falta.
Tasketê: (cai uma gota de lágrima do olho dele)
Barman: Isso é coisa que se fale?
Pascoal: Tem razão, senhor questionador. Desculpe, duende Tasketê!
Tasketê: Tudo bem… não tem importância, por falar a verdade…
Balinha: É claro que tem! Olha, eu arrumei um jeitinho para você aparecer na historinha de amanhã…
Tasketê: Verdade?
Balinha: Claro! Anões não mentem. E nem usam desodorante!
Pascoal: Preferia não saber da última coisa.
Capitão Yay: Isso explica o seu cheirinho…
Balinha: Não! Quis dizer que não uso desodorante, no lugar no machado.
Capitão Yay: Sei…
Barman: Então… Pascoal, o que quis dizer quando disse que eu não tinha sonhos?
Pascoal: Que você não é ambicioso.
Barman: Ambicioso? Mas eu não queria dominar o mundo.
Pascoal: (suspira) É a última vez que tento me explicar.
A guaxinim X O narrador.
Locutor-sama: Em uma das suas raras horas de relaxamento, Tuta-sama aproveitava o começo do seu dia. Estava sentada confortavelmente na varanda da sua casa…
Tuta-sama: Ah! Quando finalmente tenho um pouco de silêncio, aparece esse narrador chato.
Locutor-sama: Peço desculpas, Tuta-sama. Mas hoje, eu vim aqui para narrar…
Tuta-sama: Narrar? Eu não quero ouvir narração.
Locutor-sama: Então o que você gostaria de ouvir, Tuta-sama?
Tuta-sama: Os meus pensamentos.
Locutor-sama: Mas a autora me pediu que…
Tuta-sama: O que importa? Sou eu que mando, já que eu pago todos os personagens.
Locutor-sama: Eu sei disso.
Tuta-sama: Se você sabe, então dê o fora.
Locutor-sama: Preciso fazer o meu trabalho por mais algumas linhas, Tuta-sama.
Tuta-sama: Será que terei que repetir?
Locutor-sama: Tuta-sama, entendo que está cansada. Mas hoje, eu devo narrar o que você está fazendo.
Tuta-sama: E isso importa alguma coisa?
Locutor-sama: É claro, os leitores…
Tuta-sama: Estou falando, o que importa você narrar? Por que não vai seguir um personagem desocupado?
Locutor-sama: Não posso, já que é a vez de narrar as suas aventuras.
Tuta-sama: Aventuras? Minha única aventura será ficar sentada confortavelmente.
Locutor-sama: Não tem importância. Personagens sentados na cadeira é algo diferente, para se narrar.
Tuta-sama: Você é surdo?
Locutor-sama: Não. Graças a deus, tenho muito bons ouvidos.
Tuta-sama: Eu quero silêncio, e você está me incomodando.
Locutor-sama: Posso falar mais baixo.
Tuta-sama: Diminuir o volume não quer dizer silêncio.
Locutor-sama: Mas é possível ouvir os pensamentos.
Tuta-sama: Como você é insistente!
Locutor-sama: Narradores não podem desistir facilmente.
Tuta-sama: Isso é muita falta de respeito.
Locutor-sama: Tuta-sama, peço desculpas por fazer o meu trabalho…
Tuta-sama: Não quero saber.
Locutor-sama: Mas eu…
Tuta-sama: Já decidi, Locutor-sama.
Locutor-sama: Decidiu o quê?
Tuta-sama: Eu vou tirar o seu microfone.
Locutor-sama: Tuta-sama, nós podemos conversar…
Tuta-sama: Nada disso! Me dê o seu microfone!
Locutor-sama: Você não pode fazer isso comigo.
Tuta-sama: Posso e devo!
Locutor-sama: Meu microfone é de estimação…
Tuta-sama: Daqui a pouco você vai falar que ganhou ele, quando era um bebezinho…
Locutor-sama: Não é apenas isso. Esse microfone me acompanhou pela longa jornada da vida. Passamos momentos felizes juntos, nos divertindo. Ele me ensinou muitas coisas, como ver que as coisas ruins da vida não se passam de desafios. Cada aprendizado meu, o microfone ficava mais orgulhoso de mim…
Tuta-sama: (adormeceu de boca aberta)
Locutor-sama: É, já fiz o meu trabalho por hoje.
Senhoras que gostam de tricô.
No apartamento da Matilde
Dona Tildinha: Matilde, minha querida. Estava pensando se, não seria muito incômodo…
Matilde: Incômodo? O que seria um incômodo?
Dona Tildinha: Sabe, eu queria uma carona.
Matilde: Quer que eu te leve aonde?
Dona Tildinha: Para uma reunião super importante!
Matilde: Das velhinhas que fazem tricô.
Dona Tildinha: Você acha sua mãe velha?
Matilde: Er, não. Falando sério, onde que vou ter que te levar?
Dona Tildinha: Para a reunião das Senhoras que gostam de tricô.
Matilde: Oh…
Dona Tildinha: O que estamos esperando? Vamos, não temos o dia todo!
Matilde: (é puxada pela mãe)
[Matilde tira o carro da garagem.]
Dona Tildinha: Filha, eu estou aqui!
Matilde: E você está com a Beta?
Dona Tildinha: Sim, ela vai conosco.
Beta: Como vai, Matilde?
Matilde: Bem. Mas mãe, olha só o tamanho da Beta. Não vai caber no meu carro!
Dona Tildinha: (dá uma risadinha) Matilde, esqueceu que somos fadas?
[Beta diminui graças à magia da dona Tildinha.]
Matilde: Ah. Esqueci desse pequeno detalhe.
Beta: Ser fada deve ser bem prático, não?
Dona Tildinha: É muito prático, mesmo.
[Elas entram no carro.]
Beta: Fico contente que você tenha aceitado vir, Tildinha.
Dona Tildinha: Ora, porque não? Eu sempre gosto de conhecer novas pessoas. E fazer novas amizades.
Beta: Tenho certeza que as pessoas vão achá-la bastante simpática.
Matilde: Há-há…
Dona Tildinha: O que houve, querida? Lembrou de alguma piada?
Matilde: Não.
Dona Tildinha: Não seja tímida. Adoraria ouvir uma piada agora, minha filha.
Matilde: Nada, eu apenas lembrei de uma situação engraçada.
Beta: E qual foi?
Matilde: O Kekekê vestido de menina.
Dona Tildinha: Ah! Aquela peça que ele fez, não é? Me lembro como tivesse sido ontem…
Matilde: É, o tempo passa muito rápido.
Beta: E como foi? Pode me contar?
Dona Tildinha: Ah, claro querida…
[Após uma hora de viagem, elas chegam ao local.]
Matilde: Bom mãe, Beta. Divirtam-se!
Dona Tildinha: Como assim “divirtam-se?”
Matilde: Eu vou embora, oras. Podem sair do carro!
Dona Tildinha: Na disso! Você vai se divertir com a gente.
Matilde: Não dá. Eu estou com uma dor no pé…
Dona Tildinha: Querida, você está mesmo muito esquecida hoje… lembra que sabe voar?
Matilde: Eu não consigo ligar o alarme do carro.
Beta: Ah, deixa que eu faço isso.
[Após frustradas tentativas da Matilde, ela acabou entrando com a mãe e a Beta no local.]
[Claro, a dona Tildinha é muito convincente! E ela fez a Beta voltar para o tamanho normal.]
Matilde: Eu mereço. Nem me lembro como se faz tricô!
Dona Tildinha: Não seja exagerada. Com certeza, com esforço, você vai lembrar.
Matilde: O Kekekê seria melhor, para uma reunião como essa.
Dona Tildinha: Eu sei como você ama o seu marido, e como queria estar com ele…
Matilde: Não foi bem o que eu disse.
Dona Tildinha: Isso é uma reunião de senhoras, não é para ter homens aqui.
[Após loongas horas, Matilde conhece uma senhora um pouco ranzinza, mas que ajudou a fada no tricô. Enquanto isso, Dona Tildinha fez amizade com uma senhora simpática, apesar de um pouco maluca.]
Dona Tildinha: Não foi divertido, meninas?
Beta: Ah, muito! Nós fizemos bastante coisa.
Matilde: É, não foi tão chato como pensei.
Dona Tildinha: Ainda conheci uma senhora muito boazinha. Fiz amizade com ela!
Matilde: É, eu reparei. Mas para mim, ela parecia não bater muito bem da cabeça.
Dona Tildinha: Enquanto você fez amizade com uma senhora bem antipática…
– Essa discussão das duas, não vai acabar muito bem.
Teatro dos Abacaxis.
Zaltana: Como vocês sabem, o encontro dos Abacaxis está chegando.
Boon: E os Abacaxis fazem algo especial. Já sabemos.
Malvino: Não precisa explicar!
Zaltana: É necessário! Vocês são muito esquecidos.
Boon: Nós não somos esquecidos!
Malvino: TREVO DE QUATRO FOLHAS?
Boon: ONDE?
Zaltana: (bate com a mão na testa) ABACAXIS!
Malvino: Onde?
Boon: Abacaxis estão fugindo?
Malvino: Talvez da polícia…
Boon: Abacaxis malvados!
Zaltana: No concurso, nós vamos fazer um pequeno teatro.
Malvino: É?
Boon: Nós somos obrigados?
Zaltana: SIM! Vocês já planejaram algo para o encontro dos Abacaxis?
Malvino: Não.
Boon: Eu sempre espero por uma inspiração… repentina.
Zaltana: Inspiração repentina normalmente não resolve, Boon.
Boon: Não? Você só pode estar brincando.
Zaltana: Eu não estou brincando.
Malvino: Ela vai nos obrigar a fazer o teatro, Boon.
Boon: Vamos fugir?
Malvino: Podemos tentar.
Boon: Um, dois, três.
Zaltana: (começa a chorar) Snif…
Malvino: Ah, não!
Boon: Não aguento ver abacaxi chorando.
Malvino: Zaltana, a sua maquiagem vai ficar borrada.
Zaltana: Não importa. Vocês não ligam…
Boon: Claro que nós ligamos!
Malvino: Sim! Você vai ficar mais assustadora que já é!
Zaltana: (chora mais alto)
Boon: Malvino, não seja insensível. Você parece que não conhece as mulheres…
Malvino: No caso, estamos falando de uma abacaxi.
Boon: Malvino!
Malvino: Ok, desculpe Zaltana. Eu exagerei.
Zaltana: Então, para se desculpar, vai me ajudar no teatro.
Malvino: Tá…
Boon: Eu também?
Zaltana: Claro! Afinal, todos sabem que você é um abacaxi adorável.
Boon: Adorável?
[Algumas preparações depois…]
Zaltana: Vou explicar o roteiro para vocês. É uma conversa básica.
Boon: Precisamos usar essas perucas ridículas?
Malvino: Só falta o nariz de palhaço.
Zaltana: Não são ridículas!
Boon: Zaltana, de boa… Olhe bem para essas perucas.
Malvino: Não combinam com a gente.
Zaltana: Paciência, são as únicas que eu tenho.
Boon: Certo, vou tentar me acostumar.
Zaltana: Agora, vou falar do roteiro. Fui eu mesma que escrevi!
[Depois da explicação, e do ensaio.]
Zaltana: Perfeito! Vocês entenderam o que eu tinha em mente. Estaremos prontos para amanhã!
Boon: Ótimo, podemos descansar?
Malvino: Estou precisando de um doce.
[O celular da Zaltana toca.]
Zaltana: Oi? Ah, sim… tá bom. Certo, certo. Que pena. Tchau!
Malvino: Aconteceu alguma coisa?
Zaltana: O Encontro Anual dos Abacaxis foi cancelado.
Boon: Tanto trabalho… para nada.
Zaltana: Tudo bem, eu guardo para o ano que vem.
Brinquedos com nomes engraçados
[Zezé e Tadeu foram para a casa do amigo duende deles, Zico. Eles estudavam na mesma classe.]
[Após as aulas, o Kekekê combinei com o pai de Zico que eles iam passar a tarde lá.]
Zico: Amigos! A Rosquinha Roberta, Melancia Jackie e… e… Zé da Torta estão prontos para a ação!
Zezé: E quanto o Bolo Farinha?
Zico: Eu não o acho em lugar nenhum.
Tadeu: Não é o Bolo Farinha, em baixo do sofá.
Zico: Puxa, é mesmo! Como será que ele foi parar aí?
Zezé: Esse é um dos misteiros da vida, amigo.
Tadeu: Um dia, em cima da sua cama…
Zezé: No outro, embaixo do sofá!
Zico: Que sinistro.
Zezé: Muito!
Tadeu: Ainda bem que eu trouxe lanterna.
Zezé: Para quê você trouxe uma lanterna?
Tadeu: Para contar as famosas histórias do Torrão de Açúcar!
Zico: Não é História de Terror?
Tadeu: Não, é Torrão de Açúcar.
Zezé: Ah, não! As histórias do Torrão de Açúcar são chatas.
Tadeu: Não são, não!
Zezé: São, sim!
[Briga entre Zezé e Tadeu.]
Zico: Amigos! Não briguem!
Zezé: É mesmo.
Tadeu: Olha o estado que ficou nossos gorrinhos.
Zico: Vamos fazer o seguinte. Resolver esse assunto, no pedra, papel e tesoura.
Zezé: Boa ideia! Se eu ganhar, nós vamos brincar.
Tadeu: Se eu vencer, vou contar a história do Torrão de Açúcar!
Zezé: Um, dois, três e…
Tadeu: Já!
Zezé: Papel ganha da pedra!
Tadeu: Mas que coisa!
Zico: Foi uma partida justa. Podemos brincar, sem brigar agora?
Zezé: Claro!
Tadeu: Tá bem.
Zico: Um dia de emoção na Cidadezinha Quitanda. A Rosquinha Roberta passeava, até o momento em que…
Zezé: Ela é sequestrada pelo dragão Gao e seu comparsa Gorila Gigante!
Tadeu: Zé da Torta vê tudo o quê aconteceu. O Chefe Bolo Farinha entra em contato com ele, avisando que brevemente a Melancia Jackie apareceria!
Zico: Melancia Jackie chegou, no seu Dragão Brocólis, o bonzinho.
Zezé: Começam a perseguir o Dragão Gao e Gorila Gigante.
Tadeu: Zé da Torta, impaciente usa sua arma de arco-íris contra eles.
Zezé: O Dragão Gao é atingido. O Gorila Gigante caiu de cara no chão!
Zico: O Dragão Brócolis consegue resgatar a Rosquinha Roberta.
Tadeu: Mas Zé da Torta cai no chão…
Zezé: E então… e então…
Zico: A super caixa de sapato voadora o salva!
Zezé: Super caixa de sapato voadora?
Zico: Tudo pode virar personagem.
Tadeu: Desse jeito, até uma ervilha caída no chão vira personagem.
Zico: Pode ser uma história inspiradora, de uma ervilha que fugiu de dinossauros.
Zezé: Dinossauros?
Tadeu: Ficou maluco?
Zico: Claro que não!
Zezé: Mas você não tem um dinossauro de brinquedo, tem?
Zico: Bem… não sei. Acho que não.
Tadeu: Nesse caso, ele pode fugir do Panda Brioche.
Zezé: O Panda Brioche não ia ser herói, dessa vez?
Zico: A Ervilha pode ser vilã…
[Muitas brincadeiras com histórias dramáticas depois…]
Kekekê: Crianças! É hora de ir embora.
Zezé: Aaah.
Tadeu: Já?
Pai do Zico: Vocês brincaram bastante. Não esqueçam de pegar seus brinquedos!
[Zezé e Tadeu recolhem os brinquedos deles.]
Kekekê: E sua esposa, como vai?
Pai do Zico: Ela está passando a tarde na casa da minha sogra.
Kekekê: As coisas andam difíceis?
Pai do Zico: Não, não… É que ela precisava descansar.
Kekekê: Crianças podem deixar qualquer um doido, não é mesmo?
Pai do Zico: E como!
Zico: Tchau Zezé, Tchau Tadeu!
Zezé e Tadeu: Tchau!
– Eu queria saber que história é essa, sobre o Torrão de Açúcar.
– Nem me dei ao trabalho de dar nome ao pai do Zico.
Chuva e travesseiros.
[É um dia chuvoso, no apartamento do Kekekê. As crianças, foram passar o dia com ele. Ela deve estar brava, por causa do que aconteceu ontem… Ou na história anterior!]
Zezé: O dragão Gao ataca o Gorila Gigante!
Tadeu: Mas o Gorilla Gigante soube se defender, porque ele tinha travesseiros.
Zezé: MUITOS TRAVESSEIROS!
Tadeu: TRAVESSEIROS!
Kekekê: Crianças, eu trouxe os biscoitos…
Zezé: ATACAAAAR!
Kekekê: AAAAH!
Tadeu: Zezé, olha o que você fez!
Zezé: Ora, Tadeu! O papai só caiu no chão. E o travesseiro não soltou penas!
Tadeu: Isso não é travesseiro de penas!
Zezé: Ma-mas os traesseiros não são feito de penas?
Tadeu: Nem todos…
Zezé: Desculpe pai, você tá bem?
Kekekê: Ai… estou bem, apesar de ter batido com a cabeça no chão.
Tadeu: Bom, podia ter sido pior. Um acidente com casca de banana, por exemplo!
Zezé: Ah! Agora os biscoitos estão todos no chão!
Kekekê: Eu vou jogá-los fora. Não se preocupem, tem mais.
Tadeu: Ufa! Por um momento, pensei que tudo estivesse perdido.
Kekekê: Por que vocês não fazem um forte de travesseiros?
Zezé: O senhor vai proibir a guerra dos travesseiros?
Kekekê: Se vocês não colocaram travesseiros no chão, para amortecer a queda, proíbo.
Tadeu: Travesseiros no chão! Temos uma pequena guerra de travesseiros para fazer!
Kekekê: Ótimo. Mas lembrem-se, que a guerra tem que terminar em paz.
Zezé: Com um tratado de paz?
Kekekê: Pode ser. Vou buscar os biscoitos, e já volto.
[Os gêmeos terminam de montar o forte dos travesseiros!]
Zezé: Qual será o motivo da nossa briga?
Tadeu: Briga de travesseiros não precisa de um motivo.
Zezé: Biscoitos não pode ser um motivo?
Tadeu: Oh! Já estou começando a imaginar…
Zezé: O quê? O quê?
Tadeu: Guerra no país Confortável, os habitantes querem biscoito!
Zezé: É a única coisa que pode parar!
Tadeu: Legal, já sabemos como vai ser o fim da briga.
Zezé: Vamos começar a briga!
Tadeu: ATAQUEEE!
[Barulho de trovoada]
[Zezé e Tadeu correm para o forte feito de travesseiros.]
Zezé: Minha nossa!
Tadeu: A chuva parece que aumentou. (olha pela janela)
Zezé: Caramba!
Tadeu: Que foi?
Zezé: Esquecemos Gao e Gigante!
Tadeu: É mesmo. Desse jeito, eles vão se molhar.
[Nota: Eles ainda estão dentro do apartamento, mas eles acrescetaram chuva na imaginação. É para ficar mais… dramático! O Locutor pode não estar aqui, mas o dramático sempre existe.]
Zezé: O que vamos fazer?
Tadeu: Eu irei buscá-los!
Zezé: Não, irmão. Pode ser perigoso.
Tadeu: Alguém deve correr esse risco. (sai do forte)
Zezé: NÃAO! Pelo menos, leva um guarda-chuva!
Tadeu: Gao, Gigante! Eu vim aqui para buscá-los!
[Outra trovoada, um panda de pelúcia aparece;]
Tadeu: É o Panda Brioche!
Zezé: Cuidado! Ele pode usar uma armadilha!
Tadeu: Calma! Eu tenho travesseiros, para brigar com ele.
Zezé: Vai Tadeu!
Tadeu: (dá umas travesseiradas no Panda) Consegui!
Kekekê: Crianças! Eu trouxe os biscoitos.
Tadeu: Você demorou, pai.
Kekekê: É que eu tive que subir as escadas, para alcaçar o armário.
Zezé: Biscoitos!
Kekekê: Então… acabou a guerra?
Zezé: Guerra?
Tadeu: Salvar os seus amigos, é mais importante do que uma guerra.
Kekekê: Que lindo! *snif*
Tadeu: Bom trabalho como vilão, Panda Brioche!
Zezé: Da próxima vez, ele vai ser o herói.
– Travesseiros… muitos travesseiros! É isso que estou imaginando, nesse exato momento.
Apocalipse da Purpurina.
[Matilde estava no portão da escola Cogumelo Fofinho, esperando os gêmeos saírem.]
Matilde: Minha nossa Senhora das Fadas! Dona Larga Lagarta, o que aconteceu com esses dois?
Larga L.: Houve um acidente, Matilde. As crianças… vomitaram em suas mochilas.
Matilde: Vomitaram? E você está cheia de… purpurina.
Larga L.: Não foi apenas um acidente.
Matilde: Então…
Larga L.: As mochilas dos dois, estão limpinhas.
Matilde: Me desculpe pelo trabalho, dona Larga.
Larga L.: Ah, essas coisas acontecem. As crianças não tiveram culpa!
Matilde: Certo… isso é o que vamos ver.
Zezé e Tadeu: (engolem em seco)
[Matilde entra no carro, após colocar as crianças no banco de trás.]
Matilde: (fecha a porta do carro) Muito bem, crianças. Contem para mim, o que aconteceu.
Zezé: Tem certeza?
Tadeu: A culpa não foi nossa! Foi do… da…
Zezé: O caracol dos olhos negros!
Tadeu: Isso! isso!
Zezé: Ou foi do Charizard?
Tadeu: É! Foi o Charizard! Ele apareceu, destruiu todos os potinhos de purpurina-
Matilde: Certo. Vocês são muito criativos.
Zezé & Tadeu: Obrigado!
Matilde: Me contem a verdade, dessa vez.
Zezé: Er…
Tadeu: Hm…
Matilde: É melhor falar a verdade, vocês sabiam disso?
Tadeu: Sabíamos!
Zezé: Puxa, você está parecendo uma mãe exemplar!
Matilde: Eu sou uma mãe exemplar!
Zezé: Ce-certo! Desculpe!
Tadeu: Você não precisa falar essas coisas para a mamãe.
Zezé: Vou falar o quê, então?
Tadeu: A verdade.
Zezé: Mas a verdade é chata!
Matilde: Falem de uma vez!
Zezé: Bom… nós comemos muitas empadinhas.
Tadeu: E brincamos demais.
Zezé: Quando voltamos do recreio, teve a aula de artes.
Tadeu: E fizemos bagunça.
Zezé: E purpurina!
Tadeu: E acabamos vomitando.
Matilde: Não precisam ficar usando tantos “Es” no começo da frase. Mas na mochila? Como vocês não foram no banheiro?
Zezé: Bem, nós…
Tadeu: Não tivemos tempo de pensar nisso.
Zezé: E a mochila parecia um esconderijo tão bom.
Matilde: Eu ia abrir a mochila de vocês e encontrar… acidentes!
Tadeu: É… não foi um bom plano.
Matilde: Não mesmo!
[Eles chegaram no prédio em que a Matilde mora.]
Kekekê: Oi Matilde! Oi Crianças!
Zezé e Tadeu: Oi papai!
Matilde: Você sabe o que os seus filhos fizeram?
Kekekê: Não sei.
Matilde: Claro que você não sabe! Eles vomitaram… cada um na sua mochila!
Kekekê: Eu já vi isso em algum lugar.
Matilde: Oi?
Kekekê: Deixa para lá.
– Conheci uma criança que vomitou na mochila… O que ela tinha na cabeça?
– Co-como assim? Então a história é baseada em fatos reais?
Em uma Tempestade de Neve.
[Imagine um boneco de palito vestido com uma roupa bem quentinha. Imaginou? Está pronto para a história! Caso você não tenha imaginado… Bem. Tanto faz! Leia a história, de qualquer forma.]
Random: Era um dia frio, e solitário. Grande parte dos meus amigos fugiu para as montanhas… E eu estou aqui, me perguntando: O que aconteceu, para todo mundo ir para lá? É claro, eu estou fazendo teorias sobre o assunto. Deve ter sido a neve!
Urso de Pelúcia: A neve sempre nos separa dos nossos amigos queridos.
Random: (começa a chorar)
Urso de Pelúcia: Desculpe. Não queria te deixar deprimido!
Random: Não tem problema, Urso de Pelúcia. É melhor nós sabermos da realidade!
Urso de Pelúcia: Não sei quanto tempo nós iremos sobreviver nessse local.
Random: Concordo. Neves não foram feitas para bonecos de palito.
Urso de Pelúcia: E nem para…. (espirra) Ursos de Pelúcia.
Random: Saúde.
Urso de Pelúcia: Obrigado.
Random: O que nós vamos fazer?
Urso de Pelúcia: Além de sobreviver?
Random: Não fale assim! Um dia, vamos estar rindo disso.
Urso de Pelúcia: De fato, isso é uma situação ridicúla.
Random: Podemos começar a rir agora!
Urso de Pelúcia: Ou cantar.
Random: Ou as duas coisas!
Urso de Pelúcia: Ótima ideia!
Random: Ha ha ha
Urso de Pelúcia: Beware of the trolls!
Random: Isso é uma música?
Urso de Pelúcia: Era para ser, pelo menos.
Random: Entendo. Você até sabe criar músicas.
Urso de Pelúcia: Precisa existir algo de inspirador, nessa tempestade de neve.
Random: Nós podíamos fazer uma fogueira!
Urso de Pelúcia: Com o quê? Nós só vemos neve, neve, e mais neve!
Random: Uma fogueira com neve…?
Urso de Pelúcia: Isso não existe.
Random: Podíamos inventar!
Urso de Pelúcia: Não é possível inventar isso.
Random: Não diga que nada é impossível!
Urso de Pelúcia: Eu não disse isso.
Random: Não
Urso de Pelúcia: Ainda não, pelo menos.
Random: Bem..
Urso de Pelúcia: O que é, agora?
Random: Vou começar a andar em círculos.
Urso de Pelúcia: Para quê?
Random: Para… fazer coisas.
Urso de Pelúcia: Você está escondendo alguma coisa?
Random: Eu? Claro que não!
Urso de Pelúcia: É mentira! Você está escondendo, sim!
Random: AAAH!
[Locutor-sama aparece, interrompendo a louca brincadeira do Random.]
Locutor-sama: Random?
Random: O que foi?
Locutor-sama: O que você está fazendo?
Random: Brincando na geladeira de isopor, ué.
Locutor-sama: E você colocou até um urso de pelúcia na geladeira de isopor??
Random: Eu queria algo realista, meu amigo.
Locutor-sama: Agora faz sentido. Mas não seria melhor sair daí?
Random: Aceito uma ajudinha. Por favor?
– Toda vez que eu ia escrever “Urso de Pelúcia”, saía Urso T- Não é Urso Tobi, é Urso de Pelúcia!
Quando a autora não quer escrever. (02-02)
Locutor-sama: Estamos reunidos aqui, meus amigos para discutir um assunto muito importante.
Hello: O que houve exatamente?
Barman: Isso me lembrou aquela reunião, da reforma da cozinha.
Rika: Puxa, já faz tanto tempo que isso aconteceu.
K-chan: Que boa memória!
Locutor-sama: Gente, eu não quero falar da reforma da cozinha?
Barman: Não? Ah, desculpe Locutor-sama.
Hello: A cozinha não está precisando de reforma… está?
Barman: Não.
Hello: Ótimo!
Locutor-sama: Bom, eu não sei se vocês estão sabendo, mas…
Random: Panquecas!
Locutor-sama: O quê tem panquecas?
Pascoal: Tem umas panquecas, andando pela rua. Parece que elas estão se manifestando…
Random: É algo urgente!
Locutor-sama: E eu pensei que a senhorita Moon não quisesse escrever.
Barman: Ah, ela está com bloqueio criativo?
Hello: Novamente?
Random: E as panquecas?
Locutor-sama: Sei que elas também são importantes, mas alguém precisa convencer a autora a-
Random: Panquecas!
Pascoal: Minha nossa, você não pode parar de falar em panquecas?
Hello: Convencer a autora a escrever? Pode deixar comigo!
Random: Nós temos que resolver essa história das panquecas!
Locutor-sama: (bate com a mão na testa) Está bem, Random. Eu vou ver essa história das panquecas…
Pascoal: Ótimo! Assim ele para de ficar falando isso.
Barman: E quanto ao bloqueio criativo da Moon?
Locutor-sama: Bem, a senhorita Hello podia resolver isso. Você conhece os portais dimensionais, não é?
Hello: Ah, sim! Acabei encontrando sem querer, outro dia.
Locutor-sama: Então você pode ir.
Barman: Eu posso fazer outra pergunta?
Locutor-sama: Qual?
Barman: Esses portais dimensionais, não vão criar nenhum… problema?
Locutor-sama: Não.
No mundo real…
Moon: Estou precisando escovar os dentes, quem é que está no banhei-
Hello: Oi, Moon!
Moon: Hello? Você veio para cá… para quê?
Hello: É por um bom motivo.
Moon: Sério?
Hello: Claro.
Moon: E você está escovando os dentes… com a minha escova?
Hello: Não, é só uma igual sua, viu?
Moon: Ceerto, e qual é o bom motivo?
Hello: De eu ter vindo para cá? Ah, o seu bloqueio criativo.
Moon: Você também? Se bem que, da outra vez foi sonho.
Hello: Oh, é? De qualquer forma, você vai continuar a escrever?
Moon: Não sei… talvez não.
Hello: Como não?
Moon: Tá, tá! Eu escrevo, calma!
– Bloqueio criativo dos bravos… sim, outra vez.
– Na verdade, eu começo as histórias e não ando terminando. Mas isso resolve!