No estúdio de Happy Green Things, escritório da Cola-sama.
[Cola-sama está dublando a música “Dancing Queen” do grupo ABBA, usando um cabo de vassoura como microfone. Lalali está ali, desde que a música começou, porém Cola-sama só a percebe depois termina de dublar.]
Lalali: Oi, Cola-sama!
Cola-sama: *com vergonha, larga o cabo de vassoura no chão* Já devia ter avisado que estava aí!
Lalali: Eu não quis interromper. Faz parte da minha política, não interromper o lazer das pessoas, sabia?
Cola-sama: Que ótimo! O que você quer.
Lalali: E o meu “Oi”? Estou esperando ele!
Cola-sama: Oi, Lalali.
Lalali: Melhor assim! Vem, peciso te mostrar uma coisa.
[Lalali entra no escritório, pega o braço da Cola-sama e sai correndo, enquanto segura a contra-regra.]
Lalali: Chegamos! Estamos do lado de fora.
Cola-sama: Isso dá para ver. Mas pra quê você me puxou até aqui? Eu sei andar, sabe.
Lalali: Sei, mas você é muito lerda.
Cola-sama: Muito obrigada pela sua honestidade.
Lalali: Não há de quê. Olhe lá, Cola-sama!
[Lalali aponta para longe.]
Cola-sama: O quê é que tem demais?
Lalali: Nós estamos todos aqui, sendo observados.
Cola-sama: Por aquilo ali?
Lalali: Sim. Você consegue identificar?
Cola-sama: Até onde sei, é uma vaca.
Lalali: Sim, uma vaca. Ela está nos espionando! Não é uma coisa emocionante?
Cola-sama: É muito interessante, a sua definição de emocionante.
Lalali: Sim, eu sei. Qual será a intenção dela?
Cola-sama: Nos espionar, oras. Você mesma disse!
Lalali: Sim! Mas quem deve tê-la enviado, para nos espionar?
Cola-sama: Deve ser coisa do Luis Pupu.
Lalali: Luis Pupu? Aquele pato que todo mundo fala dele, mas eu nunca vi?
Cola-sama: Ele mesmo. Todo mundo fala dele?
Lalali: Sim! Existe um modo de dizer, que é: “Não fale comigo, estou sendo observada pelo Luis Pupu.”
Cola-sama: Nunca ouvi falar.
Lalali: Você nunca pesta atenção no que as pessoas falam! Como pode trabalhar como contra-regra?
Cola-sama: Pois é, pois é. E o Hércules também é contra-regra.
Lalali: É verdade.
Cola-sama: Isto é, se a autora ainda se lembra desse detalhe.
Lalali: Olha lá! A vaca se mexeu!
Cola-sama: Lalali. Aquilo lá é apenas uma vaca.
Lalali: Mas não é qualquer vaca. É uma vaca espiã!
Cola-sama: Você está hiperativa demais. Tem certeza que você não é a Hello, disfarçada?
Lalali: Quer que eu prove, usando as minhas duas espadas?
[Cola-sama fica intimidada com as duas espadas de Lalali, que magicamente aparecem nas mãos dela.]
Cola-sama: Esquece. Só a verdadeira Lalali, poderia segurar as espadas dessa forma.
Lalali: Sim! *desaparece com as espadas, elas somem no ar*
Cola-sama: De qualquer modo, é melhor deixar a vaca em paz.
Cola-sama: De vacas.
Lalali: É uma vaca espiã?
Moon: Ah, vocês já conhecem a Mimosa.
Cola-sama: Mimosa!
Moon: É importante saber o nome de uma vaca.
Lalali: É verdade!
Cola-sama: Vocês duas só poder ser doidas, não é possível…
Entre outras coisas significa Etc, ou é ao contrário? Por favor, finja que entendeu.
No apartamento do Capitão Yay.
[Random estava dançando alegremente. O motivo disso não é da conta de nós, meros mortais. Um boneco de palito faz o que bem entender!]
Capitão Yay: Random, você escutou as notícias?
Random: Sim. A autora voltou a escrever histórias para o blog!
Capitão Yay: Exato!
Random: Sou um boneco de palito, sempre muito bem informado.
Capitão Yay: Para isso, basta ler o jornal.
Random: Sim, sim. Pessoas com cultura como eu, leem o jornal.
Capitão Yay: Você está muito exibido, hoje.
Random: Talvez eu esteja, meu querido Capitão! Porém, estou bem humorado. A baixa autoestima não tem vez para a minha alegria.
Capitão Yay: Fico feliz por você.
Random: Ah! Muito educado da sua parte dizer isso.
Capitão Yay: Talvez eu também tenha cultura, e boa educação.
Random: Lógico que você tem. Já te chamaram de sem cultura, ou mal educado?
Capitão Yay: Infelizmente, já passei por situações que mereci ser chamado de mal educado.
Random: Essas coisas acontecem.
Capitão Yay: Pois é. Não era um personagem descontruído, naquela época.
Random: Ao menos, você já gostava de pão de tapioca.
Capitão Yay:: De fato. Você sempre sabe o que dizer…
Random: Nem sempre. Muitas vezes, falo a primeira coisa que me vem na cabeça.
Capitão Yay: Disso eu sei. Não é nada de surpreendente!
Random: Bem. Nem todo dia, é dia de novidade!
Capitão Yay: E dia de lavar a louça?
Random: Todo o dia, é dia de lavar a louça.
Capitão Yay: Ontem eu não lavei a louça. Nem hoje de manhã.
Random: Isso significa que o senhor está com louça de ontem, acumulada com a de hoje?
Capitão Yay: Sim.
Random: Não acredito nisso.
Capitão Yay: Mas é verdade!
Random: Não me casei com você, pro senhor deixar louça acumulada. Vá lá, lavar a louça de uma vez!
Capitão Yay: Tá, tá, tá. Devia ter mantido a minha boca fechada!
Random: A verdade sempre vem a tona, meu querido.
Capitão Yay: Droga. Já devia ter lavado a louça…
Random: Concordo!!
[Capitão Yay está na cozinha. Random está na porta, sem entrar na cozinha.]
Random: Pare de resmungar. Quanto mais você resmunga, mais vai demorar pra terminar.
Capitão Yay: Que coisa, não precisa me dar lição de moral!
Random: Não estou te dando lição de moral.
Capitão Yay: Ah, que bom.
Random: Estou te dando lição de bom senso!
Capitão Yay: Céus, não sei o que é pior!
Random: Deixa de exagero! Vai conseguir terminar essa louça rapidinho.
Random: Pare de resmungar. Quanto mais você resmunga, mais vai demorar pra terminar.
Capitão Yay: Que coisa, não precisa me dar lição de moral!
Random: Não estou te dando lição de moral.
Capitão Yay: Ah, que bom.
Random: Estou te dando lição de bom senso!
Capitão Yay: Céus, não sei o que é pior!
Random: Deixa de exagero! Vai conseguir terminar essa louça rapidinho.
Como será o futuro? Será que finalmente teremos carros voadores? Provavelmente, porém espero que um dia a civilização melhore seus valores éticos morais.
Locutor-sama: A autora olha distraída, pela janela, como se o seu pensamento estivesse longe demais dali. Ou eu estou imaginando coisas, e ela apenas está com fome. Normalmente é o caso. Será que estou me preocupando de forma exagerada?
[Locutor-sama está na parede, que é onde fica a entrada do escritório da Moon. Cola-sama e Lalali logo se juntam a ele, nessa interessante atividade de observação. ]
Cola-sama: É bem possível que sim, você esteja apenas exagerando.
Lalali: Ou ela pode estar apenas apaixonada!
Locutor-sama: Bobagem.
Cola-sama: Ela não pode estar assim por causa de homens feitos de 2d.
Locutor-sama: Quanto cinismo, Cola-sama.
Cola-sama: Prefiro chamar de ceticismo. É mais elegante.
Lalali: Ainda acho que minha teoria é mais plausível.
Locutor-sama: Não gosto de discordar, porém a autora é uma pessoa simples. Normalmente é apenas estar com fome. E quando digo isso, é porque provavelmente ela deve estar pensando em algum tipo de doce, ou pastel. Nada fora do habitual.
Lalali: Ah! Também gosto de pastel.
Cola-sama: Não conheço um indivíduo deste mundo, que não goste de pastel.
Lalali: Se houver algum, provavelmente a autora expulsaria.
Cola-sama: Concordo.
Locutor-sama: Pior é quem não gosta de pão de queijo.
Lalali: Credo! Existem pessoas assim?
Locutor-sama: Existem.
Lalali: Minha nossa. Preciso me recuperar do choque.
Locutor-sama: De qualquer modo, todos nós devemos estar errados nas nossas teorias.
Cola-sama: Acha mesmo? Tenho que concordar.
Lalali: A autora é mesmo complexa…
[O outro contrarregra aparece, segurando uma pasta embaixo do braço.]
Hércules: O que estão fazendo?
Lalali: Shh! Estamos espionando a autora.
Hércules: Parece divertido.
Cola-sama: Sim, é uma atividade muito supimpa.
Locutor-sama: Supimpa!
Hércules: Não sabia que você era brega, Cola-sama.
Cola-sama: Eu estou sendo irônica, meu caro Hércules.
Lalali: Sei não, parecia sincero.
Locutor-sama: É melhor que vocês dois não abusem da paciência da Cola-sama.
Hércules: É verdade. Tem limite pra tudo, até mesmo para a paciência dela.
Cola-sama: Francamente! Hoje estou até de bom humor.
Lalali: É sério? Você é realmente um mistério.
Hércules: Um mistério muito difícil de decifrar.
Cola-sama: Pensei que estávamos espionando a autora, e não tentando me entender!
Locutor-sama: Ela tem razão, pessoal. Vamos ter foco! A autora não será observada sozinha.
Cola-sama: Não faz diferença, normalmente você faz toda a fofoca sozinho.
Lalali: Cola-sama!
Locutor-sama: Não tem importância, eu não fiquei ofendido.
Cola-sama: Está vendo. Ele está tranquilo.
Hércules: Ainda bem. É melhor todos nós nos darmos bem.
Lalali: Mas é claro!
Moon: *pensando* Quando é que esses personagens vão embora…
O mundo gira, o mundo muda, a Terra é um globo, não sabia m disso??
No escritório da Moon
Locutor-sama: Fazia muito tempo que nós não víamos, a autora. A Senhorita Moon apareceu hoje, sentada na cadeira de sua sala, dramaticamente pensativa.
Moon: Alô, narrador! Que bom vê-lo!
Locutor-sama: Igualmente, autora. Sempre fico feliz em me ver no espelho.
Moon: Muito engraçado.
Locutor-sama: Obrigado. Como sempre, você tem muito bom gosto.
Moon: Sim, eu tenho muito bom gosto. Eu criei você!
Locutor-sama: Ou sou eu que te criei?
Moon: Que loucura!
Locutor-sama: Exatamente. Mas estou feliz em vê-la, de fato.
Moon: Ainda bem. Eu te agradeço!
Locutor-sama: Até a Cola-sama estava com saudades de você.
Cola-sama: *de longe* TAVA NÃO!
Moon: Eu sei, a Cola-sama me adora. *sorri*
Locutor-sama: De qualquer forma, quais são os planos para hoje?
Moon: Sou uma mulher simples, narrador. Nada de excepcional.
Locutor-sama: Nada de excepcional? E eu com esperança que íamos planejar a dominação mundial.
Moon: Andou assistindo Pinky e Cérebro novamente?
Locutor-sama: Sim. Andei maratonando.
Moon: É, eu percebi. Mas nada de dominação mundial, hoje.
Locutor-sama: Aaaah. Mas amanhã, talvez?
Moon: Talvez.
Locutor-sama: Ótimo! Olha a Cola-sama, aí.
Moon: Olá Cola-sama! Que saudades que eu estava de você. Como vai?
Cola-sama: Bem. Soube do que aconteceu, com você.
Moon: Ah, você soube?
Cola-sama: Sim, que sua mãe foi para o céu. Ela está em um lugar melhor, agora. Nós, seus personagens estamos aqui com você, para o que der e vier.
Moon: Obrigada pela sua consideração, Cola-sama. Fico muito feliz eu ter seu apoio! Eu também te adoro. *sorri*
Cola-sama: Também não é para tanto, francamente.
Locutor-sama: Ora Cola-sama, a autora está sendo honesta e você também. Isso não é uma coisa boa?
Cola-sama: Sim, porém tanto faz. É obrigação nossa de cuidarmos da autora.
Locutor-sama: Isso eu concordo, não só como personagem, como também narrador das histórias da senhorita Moon.
Cola-sama: Ainda bem que nós concordamos em alguma coisa.
Moon: Bom! Temos muito o que fazer. Vamos por partes.
Cola-sama: Espero que a primeira parte seja terminar esta história.
Moon: Mas é óbvio, minha cara? Eu sou uma mulher de ideias simples.
Locutor-sama: Que bobagem, autora. Você tem ideias bastante complexas.
Moon: Como você é lisonjeiro! Mas hoje estou de bom humor, então agradeço educadamente todo o apoio que vocês, personagens estão me dando.
Cola-sama: Pode ficar com o seu sentimento de gratidão, estou muito bem, obrigada.
Moon: Não estrague o clima, Cola-sama. Francamente…
Locutor-sama: Não é bom pedirmos mais do que podemos ter. Se você está de bom humor, ótimo, autora. Nós ficamos felizes por você.
Cola-sama: Eu tenho mesmo que ser incluída nisso?
Moon: Lógico! Afinal de contas, personagens unidos jamais serão vencidos!
Cola-sama: Tá. Mas agora, está na hora de eu ir embora.
[Cola-sama sai da sala, o narrador se despede e a autora fica sozinha.]
Moon: E agora, que estou apenas eu e meus pensamentos, posso fazer isso. Começar meu plano de dominação mundial!
– Acho que é necessário dizer que, na última frase eu estava brincando.
Eles nunca escutam, estão ocupados demais dentro dos seus próprios mundos.
[Rosalina está em uma cafeteria. É um lugar pequeno, mas muito agradável. Ela pediu um pão de queijo grande, que tinha um gosto único, popular no estabelecimento. Acompanhado de suco de limão! Enquanto esperava o pedido, escrevia em seu caderno.]
Rosalina: *escrevendo* Ah! A paz de um dia tranquilo, sem obrigações para cumprir. Estou aqui, questionando a mim mesma, está tudo bem assim? Não sei. A tranquilidade não é algo ruim, mas tem vezes que acho que deveria estar fazendo… Alguma coisa. Não sei.
[Rosalina para de escrever. O pão de queijo chega, e logo mais chegou o suco de limão que havia pedido.]
Rosalina: Obrigada! *para o atendente*
[Ela retorna ao caderno. Começa a desenhar umas flores, e com olhinhos. Ela suspira, e começa a comer o pão de queijo, sem pressa pra nada.]
Miss Cupcake: Rosalina! Que bom vê-la!
[A ursa de cor azul aparece, enquanto Rosalina tomava seu suco de limão.]
Rosalina: Miss Cupcake! Olá!
Miss Cupcake: Você parece chateada, minha querida. Aconteceu algo?
Rosalina: Ah, bem. Eu estava aqui, na paz e tranquilidade pensando que deveria estar fazendo outra coisa.
Miss Cupcake: Que outra coisa?
Rosalina: Não sei!
[Miss Cupcake senta-se em uma cadeira próxima, onde Rosalina estava sentada.]
Miss Cupcake: Bobagem. Se você não sabe, então é só a sua cabeça te exigindo que seja produtiva.
Rosalina: Acha isso?
Miss Cupcake: Eu acho, minha querida, que você se exige demais. Não gosta de tranquilidade, que está vivendo nesse exato momento?
Rosalina: Gosto.
Mis Cupcake: Então isso é mais do que suficiente!
[Um atendente vem falar com Miss Cupcake e ela faz o pedido.]
Rosalina: Talvez você tenha razão.
Miss Cupcake: Ou talvez eu não tenha. É você quem sabe, é você quem é dona do seu próprio nariz.
Rosalina: “Dona do próprio nariz” uma expressão engraçada de se usar.
Miss Cupcake: De fato, é. A Tuppence gosta muito de usar.
Rosalina: É?
Miss Cupcake: Sim. Na hora de dormir!
Rosalina: Criança parece que nunca tem sono, não?
Miss Cupcake: Sim. Era assim, quando criança?
Rosalina: Eu era. Tinha disposição para quinhentas coisas por dia.
Miss Cupcake: Também tinha! Agora minha disposição é para cem coisas.
Rosalina: Ainda assim é bastante.
Miss Cupcake: Eu estou em forma. É bom mesmo, o pão de queijo daqui?
Rosalina: É excelente.
Miss Cupcake: Nunca consegui fazer pão de queijo.
Rosalina: Nunca?
Miss Cupcake: Nunquinha. É uma daquelas histórias engraçadas para se contar, mas na verdade não tem graça alguma.
Rosalina: Ah! Essas histórias…
É um dia novo, meus caros amigos e amigas! Vamos respirar fundo e enfrentar mais um dia.
[Rosalina está colocando a conversa em dia com Nana, em uma cafeteria colorida. As duas estão discutindo sobre o último livro que leram.]
Nana: Entenda, eu fiquei cansada de ler livros cabeças. O romance de vampiros foi uma bênção. Faz sentido, o que estou falando?
Rosalina: *dá uma risada* Eu entendo, menina. Quando estava fazendo minhas duas faculdades, eu comecei a cansar de ler tanto livro acadêmico.
Nana: Não sei como você fez duas faculdades.
Rosalina: Nem eu, para dizer a verdade. Mas no momento, ando fazendo outras coisas mais importantes.
Nana: Como colocar a leitura em dia!
Rosalina: Sim! Comprei uma coleção de ficção científica para ler. E terminei os dois primeiros livros.
Nana: Sobre o quê são?
Rosalina: É sobre uma civilização de robôs. A raça humana parecia ter acabado, até que o protagonista encontra um grupo de adolescentes, escondido em um supermercado abandonado.
Nana: Caramba! Parece interessante.
Rosalina: Eu te empresto, o livro.
Nana: Gentileza de sua parte! Eu trouxe o livro de vampiros que li, e também uma comédia distópica. Quer um desses emprestado?
Rosalina: Quero sim! Assim que eu terminar a coleção. Faltam três livros! Não quero aumentar a minha fila de livros.
Nana: Oh, tudo bem. Você quem sabe, eu te empresto assim que você quiser.
Rosalina: Conte-me mais sobre o romance entre vampiros.
Nana: Ah! Os vampiros são modernosos. E o mundo deles há um país inteiro, apenas para eles viverem. Eles não saem no sol, então é uma cidade cheia de prédios com… Toldos. E outras coisas para fazerem sombra.
Rosalina: Sei. E o romance?
Nana: Fraco, mas é um livro extremamente cômico.
Rosalina: Céus.
Nana: Sim, é bem engraçado! O romance deve dar errado, até o final.
Rosalina: Espero que isso você não ache engraçado.
Nana: Mas é claro que não! Que tipo de pessoa, você acha que eu sou?
Rosalina: O tipo de pessoa que ri com Agatha Christie. Achei alguém que acontece a mesma coisa, inclusive.
Nana: Oh! É verdade, você falou. É a chefe da Casa Verde, não?
Rosalina: Sim. Um tipo peculiar.
Nana: Eu imagino. Você atrai pessoas assim.
Rosalina: Eu queria entender o porquê. E o livro, que você deu para Natasha?
Nana: Ah! É um livro sobre uma princesa vampiro. Ela explora um castelo abandonado, que no final, acaba se tornando seu lar.
Rosalina: Parece interessante.
Nana: E é. Meu irmão que fez o livro, as ilustrações. O texto é da minha mãe.
Rosalina: Ah! Dona Marceline continua escrevendo livros infantis?
Nana: Sim! Mas ela está no humor de escrever livros com ilustrações.
Rosalina: Ah, aqueles livros grandões??
Nana: Esses mesmos.
Rosalina: Bacana. E você?
Nana: Eu sou apenas uma leitora. Não sou talentosa o bastante para escrever ou desenhar…
Rosalina: Mas é uma leitora e tanto.
Nana: Talvez. Vou te passar o contato da dona Marceline, minha mãe. Ela falou que gostaria que você ganhasse um cópia do livro.
Rosalina: Ficaria encantada. É igual o da Natasha?
Nana: Sim! Ela já autografou, até.
Rosalina: Nossa, obrigada! Pode passar o contato. Adoraria conversar com sua mãe.
Nana: Sim! Ela é outra que ama uma boa e velha ficção científica…
Se você acreditar, tudo é possível. Nem tudo. Só não quebre nenhuma lei, muito menos lei da física…
[Rosalina está participando da festa da sua afilhada, a Pequena Natasha. Estão na festa, além da mãe dela, a Esther, suas outras amigas de escola, Regina e Nana. Mais tarde, será a festa verdadeira, com as crianças amigas de Natasha. O tema da festa é Hello Kitty com Doctor Who.]
Natasha: Não quero! Eu NÃO quero ir conversar com as suas amigas velhotas!
Esther: Que vergonha, filha! Eu não sei porque você chegou a conclusão de que, eu estou obrigando você a conversar. E ninguém é velhota, se fosse amiga de velhas, também, não havia problema. Senhorinhas são uns amorzinhos.
Natasha: Não são, não! A dona Bete, é uma velha sisuda e sempre em silêncio. Não quero ver suas amigas! Não quero. Quero é que chegue logo a minha hora da festa, com os MEUS amigos.
Esther: Mas filha, hoje eu chamei a sua madrinha, a Rosalina.
[Natasha começa a reconsiderar]
Natasha: Ela vem, mesmo? A tia Rosalina?
Esther: Sim, minha filha. Ela vem, sim. Eu sempre a chamo nas suas festinhas, o que seria de diferente esse ano?
Natasha: Nada de diferente, espero.
[Rosalina toca a campainha. Esther abre a porta.]
Esther: ROSALINA, minha querida. Como vai você.
Rosalina: Estou ótima, estou ótima. Trouxe o seu presente, Natasha. *dá uma caixinha bem embalada e com laço roxo para Natasha.*
Natasha: Tia! Obrigada! *pega o presente e leva correndo para o quarto, no andar de cima.*
Esther: Rosalina… Desculpe.
Rosalina: Desculpe? Imagine, não se preocupe com isso! Deixe-a, Esther. Eu sei que ela é assim. A Regina e a Nana já estão aqui?
Esther: Já estão! Elas trouxeram as encomendas dos doces, adiantado esse ano.
Rosalina: Ainda bem! Ano passado, deu aquela chuva.
Esther: Sim, você se lembra… Foi um dia impossível.
Rosalina: As duas doidas estão na cozinha?
Esther: Você sabe como é… Estão jogando conversa fora, enquanto tomam um suco de limão.
Rosalina: Ah, como sempre então. Vá beber uma água, Esther. Você está com aquela cara de quem não parou, nem por um minuto.
Esther: De fato! Vamos, você não deve lembrar onde é a cozinha.
Rosalina: Minha memória não é tão ruim assim, Esther. Com licença…
[Rosalina vai andando até a cozinha, Esther acaba decidindo sentar-se na poltrona. A amiga retorna, e trazendo o copo de água.]
Esther: Rosalina! Não precisava. *pega o copo de água.*
Rosalina: É lógico que precisava, menina. Teve sempre o péssimo hábito de beber pouca água para o dia. Tem dias que não para nem pra respirar…
Esther: *termina de beber a água.* Que exagero! Mas eu acabo fazendo isso, mesmo. Regina e Nana viram você?
Rosalina: Não.
Esther: Discreta, como sempre.
Rosalina: Treinamento ninja! Quero dizer… Eu morei muitos anos em um hotel, e sempre acordei cedo. Tinha que fazer o possível para não acordar os funcionários.
Esther: Ainda acho que é treinamento ninja. *coloca o copo na mesa, que fica ao lado da poltrona*
[Regina saiu da cozinha.]
Regina: Rosalina! Você veio. Caramba, porque não disse um olá?
[Regina foi abraçar a Rosalina, que retribuiu o abraço]
Rosalina: Você estava conversando com a Nana, não quis interromper.
Nana: Não quis interromper! Absurdo. Devia ter dito algo. *da cozinha*
Rosalina: Está melhor agora, Esther?
Esther: Ótima! Nada melhor que ver as amigas reunidas.
Regina: Acha que Natasha vai usar o vestido que dei?
Rosalina: É claro. Ela é sempre muito disposta a modas variadas.
Nana: *da cozinha* Espero que ela leia o livro que dei!
Esther: *levanta da poltrona* Sabe que eu me sinto melhor, agora? E disposta a jogar uma parte de buraco!
Regina: Esther, meu amor… Nós te adoramos, mas uma partida de buraco?
Esther: Não me olhe assim! Você sempre trapaceia, quando joga pôquer.
Regina: Mentira! Vocês que jogam muito mal.
Rosalina: Isso eu tenho que concordar, com a Regina.
Nana: *da cozinha* Se estamos falando em jogos de carta, não seria melhor nós jogarmos…
Esther: Dominó, não!
Nana: *sai da cozinha* Dominó não é jogo de carta!
Esther: Por via das dúvidas, digo não. Como anfitriã da casa, é minha obrigação impedir que minhas amigas morram de tédio.
Não há muitos dias sobrando em maio, mas mesmo assim eu vou com essa meta. Uau, esse título é motivacional!
Nota da autora: No dia que estou escrevendo essa história, faltam 11 dias para terminar o mês.
No estúdio Happy Green Things, no escritório da autora.
Moon: Mais um dia, começa! Caramba. Esse sentimento que carrego… seria fome?? Não, não. Nem tudo é fome. Controle-se! Você não é nenhuma Magali, dona Moon. Enfim… Sinto um pouco de vontade de mudar as coisas, não sei.
Random: Fantástico!
[A autora leva um susto, com a entrada do boneco de palito Random em seu escritório.]
Moon: Random! Você tem mesmo que entrar assim, de fininho?
Random: Ué! Um bom personagem seu, autora, entra de fininho. É questão de tradição!
Moon: Tem razão. Mas você está dizendo fantástico aleatoriamente, porque você tem assistido o nono doutor, ou…?
Random: Pode até ser! Mas sabe, eu queria só falar uma coisa.
Moon: Contanto que você não se esqueça, do que vai dizer.
Random: Se está sentido vontade de mudar as coisas, mude.
Moon: Ah! Você á a fada da inspiração.
Random: Deus me livre, ser uma fada! A dona Matilde me pega, se eu me intitular desa maneira.
Moon: Ela… te pega?
Random: Sim! Em um novo tipo de pega-pega. Quem fingir ser fada, sem a autorização dela, vai ser o próximo a…
Moon: Já entendi, já entendi. Vai estar com o próximo.
Random: Exato! Muito inteligente da sua parte, autora.
Moon: É?
Random: Sim! É bom sempre ter em mente, as regras das brincadeiras.
Moon: Sei. Mas tem alguma razão especial, para isso?
Random: Lógico que se tem, minha querida autora.
Moon: Manter a criança interior, viva…?
Random: Sim. Esse é o espírito!
Moon: Bonito.
Random: Sim, eu sei que é bonito. Por isso, estou te lembrando.
Moon: Entendi, entendi.
Random: Sempre é bom inovar, mas certos princípios não devem ser esquecidos.
Moon: Saudades de quando você falava, a primeira coisa que vem a cabeça…
Random: Meias!
Moon: Random! Está me ajudando a matar a saudades, dos velhos tempos…?
Random: Tem uma meia, ou melhor, duas meias aí na sua mesa.
Moon: Tem razão. Como é que isso veio parar aqui…?
Random: Vai saber.
Moon: Estranho.
Random: Não há nada de estranho, autora. Você é que deve ter colocado!
Moon: Tem razão, tem razão.
Random: Claro que tenho razão, eu sou seu personagem. E como sou seu personagem, sei que você é BASTANTE esquecida.
Moon: Esquecida ou distraída?
Random: Ambas as coisas, mas depende do dia e do jeito que você acorda.
Moon: Gentileza sua, dizer isso.
Coloque os seus sapatos vermelhos e vamos dançar.
Estúdio Happy Green Things, um dos corredores.
Kekekê: Moon! MOON!
[Ninguém responde. O duende olha para cima, mas não vê ninguém em seu tamanho pequenino. Até que, depois de gritar novamente o nome da autora, alguém aparece.]
Kekekê: Moonzinha! Que bom que eu te encontrei.
Moon: Ah! Olá, Kekekê. O que foi? Por que me procurava?
Kekekê: Bom. Na verdade, é por um montão de coisas.
Moon: Imagino que seja, por um montão de coisas.
Kekekê: Diga-me…
[A autora se abaixa, e pega o duende na mão e coloca no ombro.]
Kekekê: Ah! Assim é bem melhor.
Moon: Mas é claro que é melhor! E então, o que tem a dizer?
[O duende fica pensativo antes de dizer alguma coisa.]
Moon: Você esqueceu, não é verdade?
Kekekê: Quê? Não, eu não me esqueci.
Moon: Está tudo bem, Kekekê. Não é vergonhoso, essas coisas acontecem…
Kekekê: Tá, mas eu não me-
Moon: Uma vez, eu me esqueci de uma ideia super legal que eu tive. Dormi e esqueci. Espero que não aconteça isso, no dia em que sair esse post.
Kekekê: Não vai acontecer nada disso. Tenho certeza!
Moon: Eu te agradeço, Kekekê.
Kekekê: Imagine! Estou aqui para sempre dar o apoio possível.
Moon: Mas eu REALMENTE te agradeço.
Kekekê: Moonzinha…
Moon: Ah, desculpe. Pode falar aí, o quê é que você queria mesmo?
Kekekê: Bom. Eu esqueci!
Moon: Ahá! Eu tinha razão. Viu, não é vergonhoso admitir que esqueceu o que veio fazer.
Kekekê: Mas eu esqueci agora.
Moon: Oh. Não esqueceu antes?
Kekekê: Não senhora, eu esqueci agora, enquanto tentava falar e fui interrompido.
Moon: Ah, é mesmo?
Kekekê: Sim.
Moon: Puxa vida.
Kekekê: Pois é, mas não tem problema.
Moon: Não?
Kekekê: Não, não tem problema nenhum.
Moon: Mas…
Kekekê: Se não é esse o momento para falar, então é que não é para eu falar.
Moon: Oh. Então, isso quer dizer que…?
Kekekê: O quê? Não quer dizer nada!
Moon: Você não esqueceu, então.
Kekekê: Eu esqueci, sim. Só foi uma tentativa de frase profunda.
Moon: Deixa disso, Kekekê.
Kekekê: Deixo nada. A senhora que é do contra, quando cisma.
Moon: *gasp* Eu? Não estou cismada, não.
Kekekê: Ai, ai, ai, Moonzinha…
Moon: Ai.
Kekekê: Dona Moon!
Moon: Caramba, Kekekê. Precisa mesmo pegar no meu pé?
Kekekê: Mas eu não peguei o seu pé. Eu estou no seu ombro direito. Literalmente!
Moon: É. Realmente, você está no meu ombro.
As fadas tem uma visão diferente de mundo, assim como os guaxinins.
Na cabeça da autora, um lugar inusitado para se ter um escritório.
Locutor-sama: Estamos de volta, para mais uma interessantíssima história, dentro da cabeça da senhorita Moon. E eu estou aqui, na minha versão miniatura, tomando café. Enquanto isso, acompanhem os fatos que estão acontecendo!
Matilde: Em um momento como esse, quando se tem tanto trabalho pra fazer, estou sentido-me entediada. Acha que isso é possível?
Kekekê: Troque “entediada” por “cansada” e faz mais sentido.
Matilde: Ah! Realmente, estou me sentindo sem forças. Estou precisando descansar um pouco.
Kekekê: É melhor mesmo, Matilde. Deixe as coisas comigo.
Matilde: Tem certeza?
Kekekê: É claro que eu tenho certeza! Está tudo sob controle.
[Matilde sai, mesmo com certa incerteza. A guaxinim entra em cena, com sua clone.
Kekekê: Alô, Tuta. Olá, as duas. Como é que estão as coisas?
Tuta-sama: Péssimas.
Tuta-sama²: Sumiu o meu cortador de unha.
Kekekê: Caramba!
Tuta-sama: Caramba.
Tuta-sama²: Você viu?
Kekekê: Não, eu não vi.
Tuta-sama: Se você ver o meu cortador de unha, avise sim?
Kekekê: Claro!
Tuta-sama²: Obrigada, meu bom amigo.
Kekekê: Fique tranquila, eu aviso se ver o cortador de unhas saindo correndo.
[As duas guaxinins olham uma para a outra, mas nada dizem. Elas saem do escritório do Kekekê.]
Kekekê: Onde é que eu estava? Ah sim. Eu ia pesquisar sobre yoga. Ou é ioga? Não sei como se escreve!
[O duende joga uma pequisa no site de busca.]
Kekekê: Ah! O certo é ioga, ao menos na língua de portuguesa.
[A fada retorna ao escritório.]
Matilde: Kekekê! Você não vai acreditar no que vi. Estava na sala de descanso, quando vi…
Kekekê: O cortador de unhas da Tuta correndo?
Matilde: Cortadores de unha não saem correndo, Kekekê. Você pirou?
Kekekê: Não. Mas você não devia estar descansando?
Matilde: Também iria parar de descansar, se visse um cortador de unhas correndo!
Kekekê: Ah! Então eu estava certo. Por que disse que eu pirei?
Matilde: Simples. Porque, meu caro, eu tenho dificuldade de aceitar as coisas absurdas.
Kekekê: Mas você trabalha com a Moon!
Matilde: Mesmo assim, mesmo assim. Os absurdos da Moon tem um certo limite.
Kekekê: Eu não contaria com isso…
Matilde: Com o quê?
Kekekê: Que a Moon tem limite, para as coisas absurdas que ela escreve em suas histórias.
Matilde: Deixe-me com a minha ingenuidade, meu caro. É o meu elo a sanidade.
Kekekê: Se você diz, tudo bem. Eu respeito as suas decisões!
Matilde: Deixe eu pegar esse cortador de unha. Caso contrário, eu terei meu momento de descanso interrompido.
Kekekê: É, talvez seja melhor.