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O dia em que Tuta-sama parou.

Na Mansão de Tuta-sama, a guaxinim milionário, na Cidade dos Cinco Monumentos.

Tuta-sama: Por Tio Patinhas! (tentando acessar o banco) 1234deoliveira5678achoquequeroumbiscoito910comerpastéis. (repete diversas vezes) É oficial. Esqueci a senha!
Milla: Isso é um mantra, mãe?
Tuta-sama: Sim, minha querida filha formiga. É um mantra!
Milla: O que aconteceu?
Tuta-sama: Esqueci a senha do banco.
Milla: (surpresa) O quê?
Tuta-sama: Esqueci a senha do banco! Está surda?
Milla: Beta! A mamãe esqueceu a senha do banco! O fim do mundo está próximo, mesmo!
Beta: (chegou ao quarto de Tuta o mais rápido possível) A senhora esqueceu a senha do banco?
Tuta-sama: O que tem de mais? Errar é humano!
Millla: A Senhora é um guaxinim, mãe.
Beta: Com todo respeito, tenho que concordar.
Tuta-sama: Que bom! Como vou lembrar dessa senha?
Milla: Não dá para ligar para o banco?
Tuta-sama: Está louca? Me recuso a ligar para o banco! Ou não tem ninguém, ou o atendimento é péssimo. Não, obrigada. Irei arrumar um jeito. Ligarei para o Kekekê.
Milla: Até isso ele faz?
Tuta-sama: Não, ele não é um sistema de recuperar senha, infelizmente. Apenas vou ligar para ele, para ver como andam as coisas. (pega o telefone do quarto e digita o número)
Kekekê: Alô, Kekekê falando. Bom dia!
Tuta-sama: Bom dia, amigo. Gostaria de um auxílio seu.
Kekekê: Ah, olá Tuta. O que você precisa?
Tuta-sama: De uma ideia.
Kekekê: Não sou um mestre dos negócios, você sabe.
Tuta-sama: Não tem nada a ver com dinheiro. Bom, até tem, de certa forma.
Kekekê: Me explique melhor, por gentileza.
Tuta-sama: Esqueci a senha do banco.
Kekekê: (silêncio por meio minuto) Você não tem em nenhum lugar anotado?
Tuta-sama: Não!
Kekekê: Então não posso te ajudar, sinto muito.
Tuta-sama: Nenhuma ideiazinha, pelo menos?
Kekekê: Gostaria de te dar, mas estou cuidado dos gêmeos nesse exato momen- (interrompe o que ia falar pois escuta um barulho) Zezé! Santo deus, não faça isso!
Tuta-sama: Entendo. Desculpe te incomodar.
Kekekê: Imagina! Espero que consiga lembrar da senha.
Tuta-sama: Também espero. Tchau!
Kekekê: Até, Tuta.
Tuta-sama: (desliga o telefone) Preciso ligar para uma desocupada! (digita número de celular) Relôoou?
Hello: O que faz acordada tão cedo? (surpresa)
Tuta-sama: Tentando pagar minhas contas.
Hello: Ah. O que precisa, minha boa guaxinim?
Tuta-sama: Perdi minha senha do banco.
Hello: Tenho cara de sistema de recuperação de senha, querida?
Tuta-sama: Custa me ajudar, sua desocupada?
Hello: Depende. Vou cobrar.
Tuta-sama: Irei cortar o seu salário, minha menina.
Hello: Tá, tá. Diz aí, qual o seu problema?
Tuta-sama: Já disse. Tenha santa paciência!
Hello: Deixa ver… ahn… hm…
Tuta-sama: Desconfio que você não está fazendo esforço, menina.
Hello: Não acha meio ridículo você chamar uma mulher de vinte e um anos de menina?
Tuta-sama: Pensei que você tinha uma criança interior.
Hello: Ah, de fato. Desculpe a grosseria.
Tuta-sama: Acabou a paçoca, é?
Hello: Você compreende meu problema, não é?
Tuta-sama: Se fosse sakê, até que sim.
Hello: Por falar nisso, vou te mandar mais tarde, ou pode ser agora?
Tuta-sama: Sakê??
Hello: Ganhei no supermercado, mas como não bebo…
Tuta-sama: Mande imediatamente!
Hello: Certo. Mas e quanto a sua senha?
Tuta-sama: Dou um jeito. Quem se importa se terei sakê?
Hello: Ok. Mais alguma coisa?
Tuta-sama: Sakê. Imediatamente.
Hello: Terei que aparatar?
Tuta-sama: Se possível.
Hello: Não gosto de ficar usando magia, mas já que você quer pra ontem…
Tuta-sama: Obrigada. Tchau! (desliga o telefone) Incrível como a desocupada da Hello nunca me resolve nada.
Panetone: (a auxiliar da Milla) Dona Tuta!
Tuta-sama: Sim, querida?
Panetone: Trouxe cinco torradas, chá das cinco, com cinco colheres de açúcar, no conjunto de chá que a senhora tem há cinco anos, mais cinco docinhos.
Tuta-sama: (feliz) Panetone! Achei!
Panetone: Oi?
Tuta-sama: Oh, obriga minha querida, muitíssimo obrigada!
Panetone: Fico contente em tê-la ajudado, mas não tem o porquê de me dar tantos agradecimentos…
Tuta-sama: Ah! Agora sim. Daqui a pouco tem sakê, e agora vou dar pausa para o chá. Posso pagar as contas depois.
Locutor-sama: E a guaxinim sai de seu quarto, saltitante!
Tuta-sama: AI! (leva um susto com o Locutor) De onde você veio, assombração?
Locutor-sama: A Senhorita Beta abriu a porta para mim.
Tuta-sama: Está atrasado ou a Moon esqueceu de te colocar?
Locutor-sama: É a segunda opção.

– Desculpe, Locutor! Fiquei tão empolgada escrevendo a história que quase esqueci de te colocar. Quem quiser seguir a Tuta-sama no twitter, favor clicar. 🙂 Me desculpem, mas não vou criar o do Kekekê. Como esqueço o meu por meses, nem dá para fazer o dele. Então, oficialmente, apenas ela tem twitter. E eu, claro. Para quem quiser, tem o meu marcado nos tweets dela. Isto é, se vocês quiserem ler minhas bobagens.
– Não, eu não uso nenhuma dessas senhas, obviamente! Roteiro da minha doida mãe.

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O Natal é muito melhor com a família! Parte Três (Última)

Locutor-sama: Ah! O Natal… um dia tão bonito! Aqui, na mansão da Tuta-sama estamos todos reunidos, conversando, em perfeita paz. Espera. Eu disse perfeita paz. O que está acontecendo ali atrás?
Matilde: Que ideia é essa de ensinar os meus filhos a ficar “tacando” pratos como se fossem OVNIS, “Hello-san”?
Hello-san: Oi? Demorou um dia pra vir me dizer isso? Ah. É. A Marcy insistiu pra que você ficasse junto, por causa das crianças e…
Matilde: Está tentando mudar de assunto?!
Hello-san: Não.
Matilde: Então, ótimo. Pode agora responder a pergunta?
Hello-san: Bem, os seus filhos se entediam muito fácil. Por causa disso, da última vez que fui babá deles eu inventei essa brincadeira. Mas não é perigosa, já que eu controlava os pratos.
Matilde: Como é?!
Hello-san: Ora Matilde, você entendeu muito bem. Não precisa ficar com essa cara de brava! Essa brincadeira só é perigosa se não usam os pratos adequados.
Matilde: Quer dizer que…
Hello-san: Foi uma sorte eu estar por perto, consegui pegar o prato que eles jogaram ontem, tá vendo?
Matilde: Oh. Não quebrou, então?
Hello-san: Claro que não! Ah. E é melhor eu contar para as crianças que eu é quem controlava os pratos. Nunca se sabe se de repente, elas resolvem pegar mais pratos… Ela podem ficar decepcionadas, mas assim fico tranquila.
Matilde: Que bom que você tem consciência.
Hello-san: É claro que tenho. Todos temos, sabia disso?
Matilde: Mas algumas pessoas só percebem que tem consciência quando ela fica pesada!
Hello-san: Você tentou me deixar brava?
Matilde: Sim!
Hello-san: Perdão, Matilde… Mas estou de muito bom humor.
Locutor-sama: Hello-san foi explicar aos gêmeos sobre os perigos da brincadeira dos OVNIS sem pratos adequados. Os dois não ficaram decepcionados, mas quiseram saber com que pratos eles podem deixar a brincadeira mais adequada e controlada! Hello-san se recusou a explicar pra eles como se fazia isso, então ela trouxe dois rolos de papel higiênico.
Hello-san: Não é de papel higiênico, e sim de papel toalha!
Matilde: Eeeei!
Hello-san: Que foi? Esses rolos de papel toalha quebram?  Eu acho que essa é uma brincadeira segura,  que incentiva a criatividade infantil, sem falar que é super efetiva!
Matilde: (bate com mão na testa)
Locutor-sama: Bom! Vamos pular a história para onde interessa, que é o jantar da noite de Natal!
Bijou: Mãe! Que bom que a senhora veio!
Vivi: Ora, eu tinha que comparecer numa época tão bonita, como a de Natal!
Bijou: A Tuta vai gostar da surpresa!
Panetonne: Puxa vida, Milla! Sua bisavó é uma senhora maravilhosa! Será que todos na família da Tuta-sama são assim?
Milla: Bom, acho que sim. Nem todos são como a mamãe, entende? Entendeu o que quero dizer?
Panetonne: Er… não.
Milla: Oh, tudo bem. Onde será que a mamãe se enfiou?
Panetonne: Eu a vi junto com a Senhorita Marcy, indo pro quarto!
Milla: Xii… tenho a impressão que a Tia Marcy vai querer vesti-la como árvore de Natal.
Locutor-sama: Estou perto da porta do quarto da Tuta-sama! Não irei entrar assim, do nada, como uma pessoal mal-educada, pois seria falta de cavalherismo da minha parte. Então, irei ficar escutando daqui mesmo!
Random: Isso também é falta de cavalherismo!
Locutor-sama: Psiiiu! Não seja chato, meu caro boneco de palito. Deixe-me escutar a conversa das duas!
Marcy: Olhe só, Tuuuuta! Eu tenho aqui vários vestidos lindíssimos que você poderá usar nessa linda noite de Natal!
Tuta-sama: O quê? Você me chamou aqui para escolher entre esses vestidos que mais parecem árvores de Natal?
Marcy: Ai, Tuuta. Você tem que ficar temática!
Tuta-sama: Desculpa Marcy, mas nós não compartilhamos o mesmo gosto quando se trata de moda! Espera um minuto, que perucas são essas?
Marcy: Eu comprei em uma promoção! Estavam quase de graça!
Tuta-sama: Como sempre economia de dinheiro e Marcy não combinam, não é mesmo?
Marcy: Mas Tuta, quando vemos alguma coisa em promoção, temos que aproveitar a oportunidade! Você nunca sabe se o item que você quer vai estar vendendo no dia seguinte!
Tuta-sama: Por Tio Patinhas… AH!
Marcy: O que foi, Tuta? Viu uma barata roubando o seu dinheiro?
Tuta-sama: Essa peruca…
Marcy: Você quer emprestada?
Tuta-sama: Se você não se incomodar…
Marcy: É claro que não me incomodo, Tuta!
Tuta-sama: Ótimo, ótimo. Obrigada. Agora podemos ir jantar?
Marcy: Mas é claro. Vamos lá, maninha!
Locutor-sama: Oh! Elas vão sair… temos que nos disfarçar, Random!
Random:  Que tal nos disfarçarmos de quadro?
Locutor-sama: Ótima ideia!
Marcy: Ah! Estou doida para experimentar as comidas novas que a Beta escolheu esse ano!
Tuta-sama: Outra que pensa em comer. Você devia ser da Casa Verde, Marcy!
Marcy: Falando nisso, a Hello me convidou para passar o ano novo lá….
Tuta-sama: É mesmo? Contanto que você não passe o ano aqui, me enchendo o saco, tudo bem.
Marcy: Ai, Tuuta! Oh… Você colocou quadros novos, nesse corredor?
Tuta-sama: Claro! Sempre peço para as meninas me ajudarem a inovar a decoração, não só do corredor, mas da casa toda, sempre que vem muita gente.
Marcy: Entendi. Acho que vou olhar os quadros. Não me espere!
Tuta-sama: Eu já não ia te esperar, mesmo!
Marcy: Puxa vida. Esse quadro “O Narrador de histórias e o boneco de palito” está pintado bem dramático… Mas pra quê pintar um boneco de palito? Isso tira a seriedade do quadro. Ei. O boneco de palito se mexeu? Acho que estou tendo alucinações… deve ser a fome! (sai pulando e começa a cantar) “É Natal, é Natal…”
Locutor-sama: Caramba! Quase fomos descobertos. Agora Random, diga-me… o que faz aqui?
Random: Eu vim como um infiltrado, no seu bolso!
Locutor-sama: Ah! Entendi. Epa! Temos que seguir para a sala de jantar, antes que percebam que deixei um boneco inflável, tipo aqueles de posto de gasolina, me substituindo!
Random: Te garanto que ninguém vai perceber…
Locutor-sama: Tuta-sama e Marcy foram até a sala de jantar, e Tuta-sama teve a surpresa de ver sua querida avó Vivi, depois de tanto tempo!
Tuta-sama: Vovó! Que surpresa boa, vê-la por aqui!
Vivi: Eu estava com saudades suas, querida!
Tuta-sama: Como isso aconteceu?
Marcy: Insisti para a vovó aparecer. Afinal, “O Natal é muito melhor com a família”, não é verdade?
Vivi:  Pois é. E você sabe como a Marcy é convincente, não é, Tuta?
Tuta-sama:  E como ela é convincente! Por que não diz logo vó, que a Marcy é uma chata?
Marcy: Pô, Tuuuta!
Hello-san: Nossa! Conhecemos sua mãe, agora sua avó… Agora Tuta, diga pra mim. Ela é um panda?
Tuta-sama: É claro que ela é um panda! Algum problema?
Hello-san: Não, nenhum. Só acho estranho misturar ursos, pandas, guaxinins e formigas numa mesma família…
Zezé: Dinda! Podemos falar com você?
Tadeu: Podemos?
Tuta-sama: Digam, crianças!
Zezé & Tadeu: Podemos abrir os presentes?
Tuta-sama: Os presentes? Bom… (olha pra Matilde)
Matilde: Zezé! Tadeu! Já disse que só vai se abrir os presentes depois do jantar!
Zezé: Mas isso aqui tá uma chatice!
Tadeu: Nós estamos entediados!
Matilde: Antes de mais nada dona Hello, você tem direito de ficar calada!
Hello-san: Mas eu só ia pedir pra me passar esses pãezinhos deliciosos….
Rosalina: Se você se entupir desses pãezinhos, depois você não vai querer jantar!
Hello-san: Eu estou com fome, caramba!
Rosalina: Que falta de classe, Hello! Seja uma dama!
Hello-san: Saco, saco, saco… Beleza. Eu ficarei parada, como uma dama, esperando o jantar. Mas que fique registrado: “Estou com fome!”
Tuta-sama: Credo, Hello! A comida não vai fugir!
Hello-san: Nunca se sabe…
Beta: (chega com uma das comidas) Me desculpem a demora! Nós tivemos um pequeno problema!
Tuta-sama: Qual problema?!
Hello-san: A comida fugiu?!
Beta: Não, não. (dá uma risada) Um biscoito falante assaltou os doces, bem na hora que eu estava terminando! Mas está tudo bem com a comida.
Tuta-sama: Ah! Nem deve ser o Biscoito dando uma de “infiltrado!”
Locutor-sama: Desculpe minha falta de educação, mas nós podemos comer?
Tuta-sama: Está certo! Mas que bando de gente faminta!
Zezé & Tadeu: Nós não somos famintos, só queremos abrir os presentes!
Matilde: Crianças! (bate com a mão na testa) Onde está aquele duende quando preciso dele?!
Locutor-sama: Na cozinha! Random, faça o favor de narrar essa parte, sim?
Random:  Está bem, está bem! (sai do bolso do Locutor-sama) Estou indo.
Locutor-sama: Conto com você para a “narração dramática!”
Tuta-sama: Aquilo foi o Random saindo do seu bolso?! Ele veio como infiltrado, é?
Locutor-sama: Na verdade, ele veio pra me ajudar. Mas não se preocupe, ele não vai comer nada!
Random: Aqui estou eu, indo em direção da cozinha! O que estou vendo?
Kekekê: Você está vendo eu lutando contra o Biscoito! Peloamordedeus, Biscoito! Já falei que você não foi convidado
Biscoito: Mas isso é injusto!
Kekekê: Não é injusto, não! Você ia querer comer todos os doces, sem dividir com ninguém.
Random: Er… Kekekê? A Matilde está te procurando!
Kekekê: Ai! Quer fazer o favor de ir embora, Biscoito? Não tenho tempo pra ficar de olho em você.
Biscoito: Está bem. Eu vou embora! Mas eu vou me vingar!
Kekekê: Certo, se vingue, se isso te deixar feliz. Agora, é melhor eu ir ver o que a Matilde quer!
Locutor-sama: Virando a cena para a sala de jantar, Beta e as outras funcionárias que trabalham com a Tuta-sama, terminam de colocar todos os deliciosos pratos na mesa de jantar!
Hello-san: OOOH! IT’S BEAUTIFUL! *chorando de emoção*
Rosalina: Ninguém está rindo da sua piada, Hello.
Hello-san: Não é uma piada! Estou com fome! (começa a comer)
Tuta-sama: Eu ia dizer algumas palavras bonitas,  de como estou feliz em ver minha mãe e minha avó hoje, nesse jantar de Natal…
Marcy: Você não está feliz em me ver, Tuuuta?
Tuta-sama: E como estou feliz de ver minha irmã, mas se você começar a comer sem esperar os outros, dona Hello, sabe…
Olliver: Hello! Você não pode esperar, por favor?
Hello-san: Difícil quando estou com fome!
Rosalina: Hmph. Falta de educação, e de classe!
Hello-san: Não entendo o porquê de você estar do lado da Tuta!
Barman: A questão não é de estarmos do lado da Tuta, eu acho que no mínimo temos que ser educados e comer na hora que ela mandar, já que ela nos convidou para jantar na sua mansão.
Hello-san: Tá, tá. Venceu no argumento. Eu paro de comer. Pode falar o que você queria, Tuta! Desculpinha.
Tuta-sama:  *caham* Estou muito feliz hoje, nesse dia de Natal, principalmente por ver minha mãe, minha avó e minha irmã, presentes nesse dia tão especial. Tudo bem que reclamei, pois Marcy ficou me enchendo a paciência desde que chegou, MAS, como mamãe sempre diz “O Natal é muito melhor com a família!”, irei acrescenter que é muito bom passar o Natal com os amigos! Kekekê principalmente! Até você, dona Hello, por mais mal educada que seja, sem esperar eu dar permissão para comer. E é claro que eu também estou feliz em estar com você Matilde, não precisa me olhar com essa cara! Não dá pra eu falar o nome de todo mundo, se não nunca vamos comer, e a comida vai esfriar. Então… Feliz Natal, meus amigos! Pode começar a comer, Hello!
Hello-san: Finalmente!
Zezé: Podemos abrir os presentes?
Tuta-sama: Como sua mãe disse, esperem até terminarmos o jantar, tá?
Tadeu: Está bem, dinda, mas só porque você disse isso!
Locutor-sama: Feliz Natal, leitores do Consequence! E não se esqueçam que o “O Natal é muito melhor com a família”! Sem falar dos amigos, claro. Por mais estranhos que eles sejam!

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O Natal é muito melhor com a família! Parte Dois

Locutor-sama: Era um dia bonito,  o dia 24 de dezembro. Mas esperem um minuto! Eu estou falando isso no passado? Estou maluco? Bom, não é o que interessa agora! Eu irei falar da manhã de hoje, pra ser exato às oito horas. Lembrando que estamos no não tão famoso horário de verão, então seria sete horas. Eu não vou nem comentar que tinham duas sombras – sem me incluir na conta, é claro – observando a Tuta-sama dormir. Por que não vou comentar? É que é assustador demais.  Pelo menos eu estou achando assustador!
???: Tuuuuuuuuuuuuuuuuta. (com um sininho no pescoço balançando)
???: Ela ainda tá dormindo? Acorde, Tuta!
???: Tuta. Hoje é véspera de Natal!
Tuta-sama: Mas heein? (esfregando os olhos)
???: Oh! Ela acordou!
???: Ela já tinha que ter acordado, oras! Ela não será a anfitriã dessa festa?
Tuta-sama: Quem são vocês?
Locutor-sama: Ah! Então esse é o motivo das sombras? (janela com a cortina) Luz, por favor! (abre a janela)
Tuta-sama: AAAAH! A LUZ!
Hello-san: Que draminha é esse, minha amiga guaxinim? Já está na hora de acordar!
Tuta-sama: Hello? O que faz aqui, maluca? Sabia que são sete horas da manhã?
Hello-san: Não Tuta, são oito horas. O relógio do meu celular nunca mente pra mim.
Tuta-sama:  Mas são sete horas! Ou você acha que eu sigo o horário de verão?
Hello-san: Pois você devia seguir! A maioria das pessoas do país seguem.
Tuta-sama: E quem é você para ficar dando palpite?
Hello-san: Ora, sou a Hello. Eu posso ficar dando palpite. Sei que você não liga…
Tuta-sama: É claro que eu ligo!
Hello-san: E essa adorável coelhinha liga para a véspera de Natal!
Tuta-sama: MARCY!
Locutor-sama: Imaginem esse nome pronunciado da maneira mais dramática possível. Vocês imaginaram? Ótimo! Então vamos pular para o presente, onde estamos todos sentados na sala de jantar (esperando o jantar ficar pronto) Agora, é melhor eu apresentar para vocês, uma simpática personagem. Senhora Bijou! Prazer em conhecê-la!
Bijou: O prazer é meu, Locutor-sama.
Locutor-sama: Como vocês não sabem, irei explicar. Ela é a mãe, – espero que vocês não achem estranho uma ursa ser mãe de uma guaxinim – da ilustre Tuta-sama!
Tuta-sama: Está puxando o meu saco, porquê? Quer um aumento de salário?!
Bijou: O que é isso, Tuta! Falando de “salário” na véspera de Natal?
Tuta-sama: Estou, ué. Qual o problema?
Bijou: Escute, Tuta. Você se esqueceu do que eu ensinei?
Tuta-sama:  Não, mãe. Eu não esqueci. A técnica de matemática mental é muito bom. Facilita quando estou contando as minhas economias, sabe?
Bijou: Errou! Falando de negócios na véspera de Natal? Pensei que eu havia ensinado que não se pode falar de négocios em feriados, e quando se está comendo!
Tuta-sama: Mas sou uma guaxinim com talentos naturais para negócios!
Bijou: Sei, Tuta. E eu sou uma ursa polar! E sabia que eu trabalho como modelo de propaganda para refrigerantes?
Tuta-sama: Mãe, a senhora não é uma ursa polar, e sim uma ursa comum.
Bijou: Estou sendo sarcástica! Agora, faça-me o favor de parar de falar de negócios. Amigos, querem ouvir o que aconteceu na minha viagem para cá?
Hello-san: Oh! Uma história? Isso seria ótimo.
Rosalina: Seria ótimo, mesmo. A Hello fica muito chata quando está entediada…
Olliver: Não seria nenhum incômodo pra mim. Adoro uma boa história. O que há de melhor do que ouvir uma história? Estar numa sala de jantar luxuosa como essa, na mansão lindíssima da Tuta-sama? Meu Deus! Que jardim maravilhoso!
Bijou: Você gosta de jardinagem? Admiro rapazes com gostos simples.
Tuta-sama: Lá vem um blablablá… Posso beber mais cedo?
Locutor-sama: Não fique chateada, Tuta-sama. Por que você não se reúne com o seu compadre Kekekê?
Tuta-sama: É uma boa ideia… Espere um minuto.  A Marcy está com o Kekekê!
Locutor-sama: Não consigo entender o porquê de você estar tão nervosa, Tuta-sama.
Tuta-sama: É que você não conhece a Marcy como eu conheço.
Marcy: Tuta! Finalmente você está desocupada!
Tuta-sama: Eu nunca, mas nunca estou desocupada! (sai correndo)
Zezé: Puxa vida. Não sabia que a dinda era tão rápida.
Tadeu: Será que guaxinins de negócios tem que ser rápidos?
Marcy: Puuuxa. A maninha não sabe relaxar.
Kekekê: Oh. É que a Tuta leva negócios muito a sério.
Marcy: Sim, eu sei. Mas continuando nossos assuntos natalinos, Kekekê… Você entende mais do que eu imaginava!
Kekekê: Claro. Eu tenho que entender alguma coisa, já que conheço o Papai Noel.
Marcy: Como? Você o conhece?
Kekekê: É claro que sim. Tenho no meu quarto um pôster, uma foto antiga que tirei na época que eu trabalhava com ele.
Marcy: Minha nossa!
Zezé: Papai é tão inocente!
Tadeu: Ele acredita em Papai Noel.
Marcy: Meu jovens, vocês tem que acreditar. A coisa mais pura numa criança é acreditar em Papai Noel!
Zezé: Lá vem outra adulta achando que somos inocentes.
Tadeu: Somos crianças diferentes das humanas, está ouvindo?
Kekekê: Desculpe, Marcy. Os gêmeos são assim mesmo.
Marcy: Ora, não se preocupe, Kekekê. Você faz seu melhor como pai.
Matilde: Alô-ou, “esposa do Kekekê” e mãe desses “jovens duendes” está presente nessa cena!
Zezé: Espera um minuto. Ela disse “Esposa do Kekekê”?
Tadeu: Mas a mamãe insiste os dois estão divorciados.
Matilde: Quietos, vocês dois!
Zezé: Acho que a mamãe está sendo contraditória.
Tadeu: Muuuito contraditória. Eu acho que lá no fundo ela gosta do papai.
Matilde: QUEREM ME FAZER O FAVOR DE CALAREM A BOCA?
Kekekê: Calma, Tilde.
Marcy: Ora, não vejo o problema de admitir que você gosta dele.
Matilde: Não me diga que o foco da conversa agora é fofoca, Marcy.
Marcy: Aaah, desculpe. Sarcasmo não funciona com essa coelha, Matilde!
Tuta-sama: É verdade. Por mais sarcástica que eu seja, a Marcy não liga.
Locutor-sama: Tuta-sama! De onde você apareceu?
Tuta-sama: Sabia, Locutor-sama, que minha casa tem entradas secretas?
Zezé: Puxa, a mansão da dinda tem entradas secretas?
Tadeu: Genial!
Locutor-sama: Eu pensei que você teve um peso de consciência.
Tuta-sama: Isso também. Mamãe sempre diz que “O Natal é muito melhor com a família”. Antes que ela viesse atrás de mim dizendo isso, achei melhor voltar pra cá.
Locutor-sama: Entendo perfeitamente, Tuta-sama. O Natal faz com que nós fiquemos mais… Como é que se diz? Acho que “Familiares!”
Zezé: Não, não. Não é assim!
Tadeu: Será que temos que ficar explicando tudo para esses adultos?
Locutor-sama: Então expliquem crianças, por favor.
Zezé: No Natal, temos que se reunir com a família. Desse modo, fica bem mais divertido!
Tadeu: É sempre legal quando passamos o Natal em casa! Essa é uma das raras ocasiões em que a mamãe deixa o pai ficar com a gente!
Locutor-sama: Isso é legal! Agora, crianças… Posso saber o que estão fazendo?
Matilde: Eu me viro UM MINUTO e vejo que vocês jogam um prato?!
Zezé: Mamãe ainda não entendeu nossa brincadeira dos OVNIs pratos, Tadeu.
Tadeu: Percebi, Zezé.
Matilde: Quem foi que ensinou isso pra vocês?
Zezé e Tadeu: A Tia Hello!
Matilde: Ah! Essa “Hello-san” vai se ver comigo!
Locutor-sama: Não acho que seja o final adequado para uma história de Natal, mas acho que serve. Calminha que ainda tem outra parte, – que será a última – meu caros leitores! Até amanhã!

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O Natal é muito melhor com a família! Parte Um

Locutor-sama: Ah, o fim de ano! Quem não gosta dessa época? As pessoas tem a chance de ter uma folga, e todo mundo adora uma folga! Pelo menos eu gosto. Mas e a Tuta-sama? Ela gosta de tirar uma folga? Acredito que sim. E se não, o quê será que ela pensa dessa época do ano?
Tuta-sama: Não me diga que é o telefone tocando! São só oito horas da manhã, me deixa dormir!
Beta: Desculpe, Tuta-sama, mas a senhorita Marcy insiste em falar com você. (entrega o telefone para a Tuta)
Tuta-sama: Por Tio Patinhas! Me dê essa porcaria de telefone! (pega o telefone)
Marcy: (pelo telefone) TUUUUUUUTA! ESTOU CHEGANDO!
Tuta-sama: Eu sei, sua coelha louca! Não precisa ligar pra mim diariamente dizendo isso!
Marcy: Ai, Tuuta! Isso é jeito de me tratar, já que sou sua irmã mais nova?
Tuta-sama: Eu estou dormindo, caramba! Você sabe que no mínimo eu acordo as dez horas nas quintas-feiras!
Marcy: Mas eu pensei que fosse só no final de semana e…
Tuta-sama: Me diga, Marcy, você não está trabalhando?
Marcy: Ah, eu já terminei de ajudar a arrumar a festa de Natal que te falei, sim. Eu estou agora no aeroporto!
Tuta-sama: Mas já?!
Marcy: Eu nem estou aí perto! Que ansiedade é essa em me ver, Tuuuta?
Tuta-sama: Até parece que estou ansiosa pra te ver, chata!
Marcy: Ai, Tuuuta. Bom. Tanto faz. Ah! Quase que me esqueço, Tuuta. Mamãe me ligou, dizendo que está chegando pro Natal. Ela disse que queria ter ido mais cedo pra aí, mas aconteceu um imprevisto.
Tuta-sama: Ah, é? Obrigada por me ligar então.
Marcy: Bom, Tuuuta. Tenho que desligar. Meu voo é daqui uns minutos. Estou louca para matar a saudade, maninha! Beijos!
Tuta-sama: Eu não estou! (bate o telefone na cara da Marcy)
Beta: Não acha que exagerou, Tuta-sama?
Tuta-sama: Não, Beta. Uma guaxinim como eu, tem direito de descansar. Ela que me ligue apenas quando eu estiver acordada! E se for possível, não me ligar…
Locutor-sama: Puxa! Que coisa… e o que será que irá acontecer, meus caros leitores? Vejo vocês na próxima parte! – Sim, vai ter outra parte dessa história! –

Parte Extra da história
Milla: Ei, Beta! É verdade que a Tia Marcy está pra chegar? Ouvi o grito desesperado da mamãe.
Beta: (saindo do quarto da Tuta-sama) Ah, você ouviu?
Milla: Deu pra ouvir da casa toda! Até acordou a Panetonne!
Panetonne: Eu pensei que tinha acontecido alguma coisa com a Tuta-sama!
Beta: É verdade, Milla, a senhorita Marcy vem pra passar o Natal com a gente. Acredito que você esteja ansiosa.
Milla: Claro que sim, Beta! A mamãe nunca me deixa ver a tia Marcy, a não ser em alguma excepções…
Beta: Isso é verdade.
Panetonne: Entãaao… essa sua tia é legal? Estou curiosa pra conhecê-la!
Milla: Acredito que você vai gostar dela, Pane. Sabe, é essa minha tia (e única) que tem uma coleção enorme de perucas!
Panetonne: Puxa, vida! Deve ser maravilhoso poder trocar de estilo todos os dias!
Milla: Sim, sim. Mas sabe, comparando com a minha quantidade de peruca, a Marcy tem muitos. Eu acho um exagero!
Panetonne: Quando se trata de estilo, nunca é um exagero! Qual acessório que te faz deixar bonita, é útil nessas horas, sabe.
Milla: Sei… Bom. Essa é a sua opinião. Só sei essa peruca que estou usando, é a minha favorita!