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Green House Stories

Quando se trata de ser levemente baseada em fatos reais, a história pega um certo tom de… de… Realismo! Não, não é arte nem literatura. É REALIDADE.

No corredor, na Casa Verde.
Moon: Há uma figura triste, sentada bloqueando o caminho de um dos quartos da Casa Verde. O motivo disso ainda não é conhecido por mim, a autora dessa história. Vamos questionar a personagem em questão. Qual é o seu problema, caríssima Sabrina?
Sabrina: *sentada no chão e abraçada com os joelhos* Nada.
Moon: Como nada? Estamos falando de você! E até onde sei, não há nada relacionado aos peixes. A sua pessoa é um peixe?
Sabrina: Não.
Moon: Exatamente! Então diga logo, o que há com você para estar tão triste?
Sabrina: Apenas algo ridículo que aconteceu comigo.
Moon: É? O que é de tão ridículo, para ter acontecido com você?
Sabrina: Eu pensei que uma tampa de xampu fosse, um bicho.
Moon: OOOOOOOH!
Sabrina: Pode rir.
Moon: Não vou rir. Cadê a Clarissa? Clarissa! Nessas horas faz falta um megafone.
Sabrina: Você é a autora da história. Pode simplesmente fazê-la aparecer de repente, se faz tanta questão. Mas acho um tanto anti profissional.
Moon: Só porque é conveniente? Não estou no humor para criar histórias altamente complicadas, e cheias de inconveniências para os meus personagens.
Sabrina: E a minha história ridícula??
Clarissa: *aproxima-se do corredor, e finalmente passa pela Sabrina, agora apenas sentada próxima perto da porta de seu quarto* Que história ridícula?
Moon: A Sabrina pensou que, uma tampa de xampu fosse um bicho.
Clarissa: Essas coisas acontecem! Uma vez o Vlad encontrou uma caixa de biscoitos, e pensou que fosse uma caixa para guardar coisas de costura.
Sabrina: É? Mas não é tão ridículo quanto a minha história!
Clarissa: Não sabia que estava acontecendo uma competição de histórias ridículas. Mas mudando de assunto, como aconteceu esse engano?
Sabrina: Bom… Estava meio escuro, no meu banheiro.
Clarissa: Por que? A luz do banheiro queimou?
Sabrina: Não. A luz do banheiro está forte demais, então só acendo a luz do espelho.
Moon: Até porque, UMA PESSOA NORMAL, compraria luz para o banheiro assim que ela falhasse, não?
[Clarissa senta no chão, perto da Sabrina]
Sabrina: Não estou entendendo… *cochicha para a Clarissa*
Clarissa: Nem eu. Sabe-se lá o que a autora quis dizer com isso…
Moon: Mas não importa esses detalhes! E por tudo isso, você não voltou mais no seu banheiro?
Sabrina: Sim. Ainda não voltei, pois me exaustei por causa dessa humilhação.
Clarissa: Amiga, você está dramatizando um pouco…
Moon: Chega dessa palhaçada! Eu vou lá ver a bendita tampa de xampu.
Sabrina: Tome cuidado. Nunca se sabe o que pode acontecer…
*Moon entra no quarto da Sabrina, e logo chega no banheiro*
Moon: AAAAAAAAAAAAAAaaaaaaah!
[Sabrina e Clarissa se levantam e vão até a autora]
Sabrina: O que aconteceu? O que aconteceu?
Moon: É um bicho! UM BICHO!
Sabrina: É só a tampa do xampu…
Moon: Tola! Esse bicho é o bicho que vem assombrar os escritores, pois estão buscando aqueles com histórias inacabadas.
Clarissa: Para mim ainda é uma tampa de xampu.
Moon: Uma fada pode ter transformado nisso, que acabei de descrever.
Clarissa: *se abaixa para pegar* Viu? É só uma tampa de xampu.
Moon: Ainda estou desconfiada…
Sabrina: É apenas o símbolo da minha humilhação.
Clarissa: O que vou fazer com vocês duas…

— Não que isso tenha acontecido comigo, é claro. É absurdo demais para ser levemente baseado em fatos reais!
— Essa história tem um pequeno erro de continuidade narrativo, em homenagem à Five Doctors. Só percebemos o erro quando revemos na Véspera de Natal.

Autora X Ideias, Happy Green Things

É aquele dia de novo, na verdade, os dias se repetem todos os anos. Exceto quando os anos são bissextos. Que coisa estranha, não concordam?

Na sala dos funcionários de Happy Green Things.
Lalali: É um bonito dia, não concorda caro colega?
Hércules: Sim. É estranho pensar que estamos sendo agraciados com tempo bom.
Lalali: De fato. A autora está nos honrado com bom humor!
Cola-sama: Ou talvez ela pouco se importe, com o clima que temos por aqui.
Lalali: Não seja uma reclamona e estraga-prazeres. Até mesmo você andava de bom humor!
Hércules: Sério? Eu só acredito vendo.
Lalali: Sim. É verdade. Também só acreditaria vendo. Mas vi! Com os meus dois olhinhos.
Hércules: Sei. Deve ter sido uma visão e tanto!
Cola-sama: Onde está a dona autora, numa hora dessas…

No salão de festas, do estúdio Happy Green Things.
Moon: Cerque a ideia, Locutor-sama!
Locutor-sama: Eu não tenho cercas do bolso, senhorita Moon!
Moon: Não importa! Cerque essa ideia fugitiva do mesmo modo.
Locutor-sama: Já disse que eu não…
Moon: VOLTE AQUI, IDEIA NÚMERO #87b, eu preciso da sua experiência em contar dinheiro extraterrestre!
Locutor-sama: Tenho até medo de perguntar para que você quer um desses.
Moon: Não faça comentários desnecessários! Apenas corra!
Locutor-sama: Nós dois corremos como dois loucos pelo estúdio, atrás dessa ideia que a autora simplesmente decidiu que, seria interessante usá-la de algum modo.
Moon: Como é que você consegue narrar correndo??
Locutor-sama: Um narrador personagem tem que estar preparado para tudo. Até mesmo narrar enquanto está embaixo da água, procurando pela cidade perdida de Atlântida.
Moon: *para de correr, não aguenta mais* Você tem cada uma.
Locutor-sama: Eu não tenho cada uma, autora.
Moon: Tem razão! Você tem várias.
Locutor-sama: Autora! Está vendo aquilo?
Moon: Estou vendo aquele chocolate com tracinho separando as palavras, mas imagino que você deve ter notado qualquer coisa mais interessante.
Locutor-sama: De fato! Eu achei.
Moon: Uma mancha causando o efeito de pareidolia?
Locutor-sama: Não! É a ideia #023-6.
Moon: Dá para me lembrar qual é essa? Não estou a reconhecendo.
Locutor-sama: É o elo perdido, que fecha sua ideia que está trabalhando há anos!
Moon: Não… Não é possível…
Locutor-sama: Devemos tentar cercá-la?
Moon: Não. Você disse que não tem cercas. Ou esqueceu?
Locutor-sama: Não sei…
Moon: Vamos tentar persuadi-la!
Locutor-sama: Certo. Você vai utilizar de palavras convincentes? Eu tenho um dicionário.
Moon: Você tem um dicionário, mas não tem uma porcaria de uma cerca? Muito bonito!
Locutor-sama: Muito obrigado.
Moon: Não! *bate com a mão na testa* Olhe só o que você fez, paspalho. Agora fiquei com dor na minha testa, e a ideia fugiu.
Locutor-sama: É mesmo uma pena…
Moon: E bota pena nisso! Que chatice.
Locutor-sama: Nós podíamos ter convencido-a pedindo por favor. Nenhuma ideia resiste a isso.
Moon: Mas você não entende de ideias.
Locutor-sama: Um narrador tem que entender das ideias. Caso contrário, ele é inútil relatando os acontecimentos.
Moon: Ai, ai… Já vi que você está impossível, hoje. Desisto de caçar ideias por hoje.
Locutor-sama: Ainda bem. Estou doido para tomar sorvete de maracujá.
Moon: Sinta-se a vontade. Só me deixe em paz, no meu canto sim?

Green House Stories

Títulos criativos são coisas complicadas a se fazerem, mas a partir do momento que vem de uma inspiração momentânea, já é criativo o suficiente.

Tudo aconteceu em uma manhã qualquer… Um dia como qualquer outro…
Hello: Já vi que essa história vai ser boa!
Barman: É só meu sonho, Hello. Não tem nenhuma história.
Hello: Mas… Começastes com uma introdução dramática!
Barman: É a convivência com o Locutor-sama.
Hello: Continue, por favor. Não vou interromper desnecessariamente.
Barman: Está bem. Vou continuar. Mas precisava pegar pipoca?
Hello: Mas é que a sua voz é agradável! E tudo fica mais agradável com pipoca.
Barman: *embaraçado, e tosse* Continuando…
Eu esperava que fosse só mais um dia, que teria que cumprir minhas obrigações na cozinha. Nada parecia fora do comum. Até que começou…
Hello: A nova temporada da minha série favorita? AH! *percebe o que estava fazendo* Continue.
Começou com o Ali e o Óleo. Além do fato deles serem alienígenas de outro planeta, que são especialistas em cozinharem comida mexicana, eles estavam de BIGODE!
Hello: Isso me lembra alguma coisa…
Barman: E isso seria…
Hello: Quando lembrar eu falo! Prometo!
No começo, não importava muito. Cada dia se é inventado uma nova moda por aqui. Como naquele dia, que você cismou em criar um novo idioma…
Hello: Sim! Mas alienígenas invejosos roubaram. Espero que eles encontrem seu destino na esquina! Como a alergia as más vibrações.
Barman: Isso é suspeitosamente específico.
Hello: É, é… Mas veio da minha cabeça! De repente!
Os outros moradores logo aderiram à moda. Ou melhor: Já deveriam estar com bigodes grudados em seu rosto, antes mesmo de eu ter notado. Inclusive o Sir Bigodón!
Hello: Mas querido, o Sir Bigodón já tem bigode. Está no nome dele!
Tirando o Sir Bigodón, tudo bem. Eu via Tuta-sama de bigode, o Locutor-sama de bigode… Vi mesmo até a Miss Cupcake de bigode!
Hello: A Miss Cupcake de bigode… Falso?
Barman: O ponto é que todos estavam usando bigode falso.
Hello: *gasp* ATÉ O SIR BIGODÓN???
Barman: Você mesma disse. Que ele já tem bigode…
Hello: Mas não sei é falso! Supostamente é verdadeiro. Quero dizer, qualquer bigode é falso até se provar ao contrário.
Barman: Isso é uma forma de se ver as coisas.
Hello: Sim! É como aquilo que dizem.
Barman: Qual das coisas que dizem? São tantas coisas…
Hello: Que não importa o momento, é sempre minuto para criar um novo feriado!
Barman: Interessante.
Hello: O dia do bigode!
Barman: AAAAAAAH! Você quer dizer que não sonhei?
Hello: Foi de verdade, meu querido. Você não sonhou. E não está louco.
Barman: Não estar ficando louco, é um grande consolo pra mim.
Hello: Apesar de ter tido uma vez, que eu sonhei com você. E sabe o que aconteceu?
Barman: Não sei se quero saber a resposta, dessa pergunta.
Hello: Você falava com macacos!
Barman: Eu disse que não sabia se queria saber…
Hello: Já entendi, já entendi. Eu posso estar exagerando, só um pouquinho. Como exagerei no dia do bigode!

Raccoon Tales

Em uma cidade distante, há uma ideia circulando em uma cabecinha… Mas não é só isso! Há emoção! Há dramaticidade! Há comédia. Acho.

Locutor-sama: Estou aqui em frente a porta, da Mansão de Tuta-sama passeando com meu cachorro. Ele ainda não foi devidamente apresentando, porque… Não sei. Não me pergunte. Perguntem para a Senhorita Moon, leitores. Enfim. Estou tocando a campainha. Quero ver como ela está!
[A porta é aberta rapidamente, para a surpresa do narrador]
Tuta-sama: Olá, Locutor-sama. Como você está? Você chegou em uma ótima hora! Olá, Amendoim!
Amendoim: *late e abana o rabinho*
Locutor-sama: É? Eu cheguei uma boa hora?
Tuta-sama: Eu não disse boa hora, eu disse ótima hora.
Locutor-sama: Ah, está bem. O que a senhora precisa?
Tuta-sama: Vamos discutir lá dentro. Pode trazer o cachorro!
[Os dois entram, Tuta-sama fecha a porta]
Locutor-sama: Fiquei surpreso em ver que, foi a senhora que atendeu.
Tuta-sama: Ah! É que estão todos ocupados. Eu não tenho quem conversar, também. Então você serve. Solte o Amendoim!
[Locutor faz o que lhe foi mandado, o cachorro fica feliz sem a guia.]
Locutor-sama: Não vá muito longe!
Amendoim: *late, concordando*
Tuta-sama: Estava pensando em uma coisa.
Locutor-sama: Entendi.
Tuta-sama: Não diga entendi, até ouvir tudo o que tenho a dizer!
Locutor-sama: Então diga o que tem a dizer, Tuta-sama.
Tuta-sama: *caham* Estava pensando em fechar a rua, hoje.
Locutor-sama: A senhora?
Tuta-sama: Sim. Eu mesma!
Locutor-sama: Não sei… Tem alguma razão para isso?
Tuta-sama: Eu só quero fechar a rua! Precisa de um motivo por trás disso?
Locutor-sama: Você precisa de autorização da prefeitura. Sei que consegue isso facilmente, Tuta-sama. E tem outra coisa mais.
Tuta-sama: Aí vem notícias…
Locutor-sama: É só uma notícia. No plural, talvez só no jornal. Ou na televisão. Ou em um site de notícias!
Tuta-sama: Já entendi, já entendi! Mas me diga logo a coisa.
Locutor-sama: Não sei como dizer isso sem te chocar…
Tuta-sama: Diga de uma vez, por tio Patinhas!
Locutor-sama: A Senhorita Hello já fechou a rua.
Tuta-sama: O QUÊ????????
Locutor-sama: A rua já está fechada. Pela Senhorita Hello. Entendeu bem?
Tuta-sama: Já entendi, já entendi.
Locutor-sama: Mal sabíamos, Tuta-sama, Amendoim e eu no que estava prestes a acontecer… Indignada, a milionária saiu para a rua disposta a discutir com a senhorita Hello.
Tuta-sama: Ela fechou a rua para uma pista de dança! LOCUTOR-SAMA!
Locutor-sama: Estou dando água para o meu cachorro, me desculpe. Vou demorar um pouco para atendê-la.
Tuta-sama: Mas a cadê aquela ruiva, ladra de ideias??
[A guaxinim passa por várias pessoas que estão dançando, até que…]
Tuta-sama: CHUVA DE SERPENTINAS??
[E agora passava por ela, um certo pinguim gigante chamado P-san]
P-san: Tuta-sama! Está gostando da festa?
Tuta-sama: Não.
P-san: Bem. Não se pode agradar a todos…
Tuta-sama: A ideia na festa da rua foi sua??
P-san: Não. Só a serpentinas.
Tuta-sama: Mesmo assim, não gostei.

— História levemente baseada em fatos reais.

Pixie Tales

Esse é um interessante mundo em que vivemos, mesmo considerando certas coisas que fazem deixar de ser um planeta interessante.

Na casa da árvore, onde mora o duende Kekekê.
Kekekê: Sabe Matilde, eu estive pensando…
Matilde: Que a sua missão de Natal foi um fiasco?
Kekekê: *pego de surpresa* Quê? Não!
Matilde: Se não foi um fiasco, então você pode me contar o que aconteceu.
Kekekê: Não dá para contar. Caso um dia meus esforços se fundamentarem em algo concreto, eu conto para você.
Matilde: *cruza os braços e faz cara feia*
Kekekê: Não faça essa cara, minha querida fada.
Matilde: Estou sendo enrolada esse todo tempo!
Kekekê: Não seria o tempo todo?
Matilde: Então você admite.
Kekekê: Não. Eu só acho que nem adiantaria eu tentar contar alguma coisa.
Matilde: É? Mas poderia vir um certo esforço da sua parte.
Kekekê: É muito além de questão de esforço, Matilde…
Matilde: É? Se explique melhor. Estou esperando por respostas há dias!
Kekekê: Está bem. Fiz um juramento…
Matilde: E você não pode quebrar, pois jurou para o Papai Noel que não contaria nem à sua mulher??
Kekekê: Eu acho esposa mais bonito.
Matilde: Tanto faz. Enfim. Me diga se estou certa ou não.
Kekekê: É uma questão de confidencial.
Matilde: Ah.
Kekekê: E eu também, esqueci qual era a missão!
Matilde: Como é quê é??
Kekekê: Onde foi que, você não entendeu?
Matilde: Tudo! Como você pode esquecer a missão, no qual participou??
Kekekê: Vou explicar melhor, então.
Matilde: Se explique! Não tive tanta curiosidade assim, desde que… Procurei ideias perdidas das histórias da Moon!
Kekekê: O Papai Noel me fez esquecer.
Matilde: Sério?
Kekekê: Sim.
Matilde: É uma missão tão confidencial, assim?
Kekekê: Talvez. Ele me disse que me daria notícias, e minhas memórias de volta caso tudo desse certo.
Matilde: E se nunca ter certo, você nunca vai ter suas memórias?
Kekekê: Exatamente!
Matilde: Caramba.
Kekekê: Pois é.

[A campainha da casa toca. Kekekê se levanta e vai atender.]
Kekekê: Pois não?
Pompom: Seu Kekekê!
Kekekê: Pompom! O que faz por aqui?
Pompom: Estou procurando uma ideia.
Kekekê: Uma das ideias da Moon?
Pompom: Sim.
Kekekê: Qual delas?
Pompom: A ideia número 444.
Kekekê: Oh! Essa não.
Pompom: Ou será que é a número 555?
Matilde: Francamente, Pompom. Um dos seus serviços, lá na cabeça da Moon e ter noção de que ideia está procurando!
Pompom: Mas eu fui nocauteado.
Matilde: Foi??
Pompom: Sim! Sem querer, elas tacaram uma bolinha de beisebol na minha cabeça.
Kekekê: “Sem querer?”
Pompom: Sem querer.
Kekekê: Duvido muito.
Matilde: As ideias são selvagens, Pompom. Não seja ingênuo.
Pompom: Não estou sendo ingênuo. Eu olhei bem fundo no olhar deles!
Matilde: E você viu honestidade?
Kekekê: 99% das vezes são pura selvageria e aleatoriedade.
Pompom: E como vocês descreveriam o Random?
Matilde: O Random ao menos é aleatório, na medida da sensatez.
Pompom: Mas a sensatez não é algo que deve ser medido…

[Os três conversaram por horas, até que Pompom se despediu e ficou apenas o casal.]
Matilde: E o que você estava pensando, mesmo?
Kekekê: Já me esqueci! Não deveria ser importante.
Matilde: Que cheiro de queimado é esse?
Kekekê: MEUS BOLINHOS DE CHUVA!!
*o duende levanta correndo*
Matilde: Você não deve pensar em bolinhos de chuva. Deve SENTIR o bolinho de chuva. Espero que dê para salvá-los!

Raccoon Tales

O primeiro dia do ano é sempre muito esquisito, pois ainda pode não parecer apropriado colocar outra data de ano. Nem sempre estamos prontos para virar a página do calendário!

Na fazenda “Os Bichinhos Felizes”
Marcy: Tuta! Tuta! TUUUUUUUUUUUUUUTA!
Tuta-sama: *deitada na sua cama, em seu quarto* Céus! É o apocalipse de coelhas gritonas?
Marcy: Que horror, querida irmã! É assim que você me trata?
Tuta-sama: Não sei o que você queria, pois estou DORMINDO. De repente, uma maluca entra no meu quarto, e simplesmente grita meu nome. Não use meu nome em vão, hein?
Marcy: Tá bom. Tá bom.
Tuta-sama: Já fui legal demais em deixar a fazenda em suas mãos, enquanto estive fora. Agora que estou aqui novamente, só quero descansar.
Marcy: Mas hoje é o primeiro dia do ano!
Tuta-sama: Não há lei que impeça, guaxinim nenhuma de descansar no primeiro dia do ano!
Marcy: Tá.
Tuta-sama: Não me venha com tá! Me deixe descansar. Eu virei o ano viajando para cá, e eu não quero saber.
Marcy: Tá bom.

[Horas depois, a milionário decide que vai levantar.]
Tuta-sama: Isso que foram boas horas de sono! Vamos ver, vou checar como Marcy está se saindo.
[Tuta desce as escadas, após se arrumar. A coelha está na sala de estar.
Marcy: *assobiando alegremente enquanto prepara o café da manhã*
Tuta-sama: Marcy! Marcy, bom dia.
Marcy: Ah! Olá, bom dia irmã. Como está? Não mais mal humorada, agora?
Tuta-sama: Não sei do que está falando.
Marcy: Tá bom! Escute, eu tenho que te perguntar algo.
Tuta-sama: Pergunte, então. Estou morrendo de fome, posso ir comendo enquanto você pergunta?
Marcy: Sim! Sirva-se.
[Tuta-sama senta na cadeira, e começa a tomar sua xícara de chá.]
Marcy: Prepare-se! Pois nesse momento te farei uma pergunta muito interessante.
Tuta-sama: Uma pergunta interessante! ME parece um desafio. Pergunte de uma vez, então.
Marcy: Como é que você virou o ano, viajando?
Tuta-sama: Meu voo era de uma três horas. Começou às onze horas da noite. Simples assim.
Marcy: Não é tão simples assim!
Tuta-sama: Como não? Me traga papel e lápis. Eu desenho e te explico, uso até diagramas se for necessário!
Marcy: Não é isso.
Tuta-sama: Então o quê é, minha querida irmã?
Marcy: A questão é a seguinte, nós não mudamos de tempo realmente por aqui.
Tuta-sama: AAAAAAAAaaaaah. É. Nas histórias da Moon, não.
Marcy: Então você captou o que eu queria dizer!
Tuta-sama: Acho que sim.
Marcy: Então explique-se, irmã.
Tuta-sama: Tá. Vamos ver…
Marcy: Estou esperando. E olha que já tomei café! Essas duas orelhas irão prestar bastante atenção nas suas palavras.
Tuta-sama: Então serei cuidadosa para atender suas expectativas.
Marcy: Que bom!
Tuta-sama: Eu estava viajando entre o espaço tempo, oras.
Marcy: Não era esse tipo de explicação que eu esperava…
Tuta-sama: Ainda bem! Significa que te surpreendi.
Marcy: E desde quando você gosta de fazer isso?
Tuta-sama: Ora! Desde sempre. Mas faço isso de maneira mais sutil.
Marcy: Está explicado.

— FELIZ ANO NOVO, que seja o ano que tudo dê certo, na melhor medida do possível! Cuidem da saúde, queridos leitores. 😀

Hello-san Legends

No final das contas, no final do ano, o que importa é todo o caminho percorrido até aqui. Mesmo que nem tudo que tenha sido planejado, tenha realmente se cumprido!

As aventuras da fazendeira Hello: Os animais se reúnem para o último dia do ano!

Ramsés: Atenção, senhoras! *bate no martelinho, em cima da mesa* E atenção, gato. *aponta para si mesmo* Hoje é o último dia do ano. E significa comemoração!
Ninna: Ainda bem que não tem fogos de artifício, na nossa vila. E você está bem, Ravena?
Ravena: Estou bem! Vamos ouvir o que o gato tem a dizer.
Ramsés: Mas eu já disse, o que eu tinha a falar.
Ninna: Que frase esquisita.
Ravena: Bom. Se nós vamos ter comemoração, significa que a senhorita Hello não vai trabalhar?
Ninna: Ela nunca trabalha.
Ramsés: É verdade. Não seja ingênua, Ravena. A Hello dificilmente trabalha. Ela pode até fazer isso — mas tenho certeza que não é do jeito que nós esperávamos.
Ravena: Puxa vida.
Ninna: Você é inocente demais, Ravena. Sempre acreditando no potencial das pessoas! *coloca a patinha na cabeça de Ravena*
Ramsés: Não que isso seja uma coisa ruim, é claro. É que a Hello é um caso perdido…
Ninna: Não acho que ela tenha sido um caso encontrado, em algum momento.
Ravena: Mas gente! O jeito dela de fazer as coisas, pode só ser diferente.
Ramsés: Não sei. Eu nunca a vejo trabalhando na fazenda…
Ninna: Mas supostamente, está vindo lucro de algum lugar. Isso não aparece do nada, os dois não concordam comigo?
Ravena: Concordo!
Ramsés: A não ser que ela roube…
Ninna: Ramsés! *olha feio para o gato*
Ramsés: Tem razão. Estou exagerando.
Ninna: E nós dois sabemos que a Hello é preguiçosa demais, para cometer crimes.
Ramsés: Que sorte a nossa, não? Não ia querer que ela fosse uma criminosa. Enfim… Ideias para comemorar o ano que está para vir?
Ravena: Poderíamos… Comer pão caseiro.
Ninna: Pão caseiro? Não! Te falta ambição.
Ravena: O que eu deveria querer então, dona Ninna?
Ninna: É uma boa pergunta. Talvez… Diamante negro!
Ramsés: Com todo o respeito às senhoras, não acredito que tenha coisa a ver, com o tópico que estamos discutindo a respeito.
Ravena: Como não tem a ver? São coisas boas para se comer.
Ninna: Exato! E é isso que importa. Comemorações tem que ser divertidas, e para aproveitar tem que haver boa comida!
Ramsés: Não são comidas apropriadas para bichinhos de estimação.
Ninna: Ora! Você estava comendo bolo de morango, um dia desses.
Ramsés: Mas isso não invalida meu argumento.
Ninna: Como não?
Ravena: Deve ser porque ele é especial, de alguma forma.
[Ramsés olha atentamente de Ninna para Ravena e de Ravena para Ninna]
Ramsés: Tudo bem! O que temos a perder? Temos que aproveitar as comemorações! *fala baixo* Nós estamos em um mundo ficcional, mesmo…
[Hello abre a porta da casa, encontrando os bichinhos reunidos]
Hello: Ah! Nada melhor que um dia de trabalho.
Ramsés: Você estava trabalhando??
Hello: Mas é claro que não! Eu contratei os kobolds para cuidar da fazenda!
Ramsés: Não me surpreende.

Happy Green Things

Penúltimo dia do ano. Uma palavra estranha, penúltimo. Muito estranha. Cada palavra que temos! Mas será que sabemos todas as palavras o suficiente? Provavelmente não. Novas palavras são invetadas todos os dias…

No escritório da Moon, em Happy Green Things.
Locutor-sama: Imaginem a cena que está ocorrendo no escritório. Em cima da mesa, a qual a autora usa nessa sala tem uma árvore de Natal. Com presentes. E quem entra na sala não é a senhorita Moon. É o pinguim P-san.
P-san: Mas isso! São presentes de Natal. No dia 29 de dezembro. É um absurdo! Quatro dias de atraso. *para e começa a pensar* Será que eles ficaram presos no correio? Ou será que foram esquecidos no dia, e entregues atrasados hoje?
Moon: P-san, o que está fazendo por aqui?
[P-san vira em direção a porta, rapidamente.]
P-san: Moon! Tem presentes de Natal, em cima da sua mesa.
Moon: estou vendo.
P-san: Que falta de reação!
Moon: Bom. Não tem aí o que eu queria… Ao menos não dar para saber, vendo os pacotes de presentes fechados.
P-san: E você queria o quê?
Moon: Um pastel.
P-san: Pensei que você queria um pinguim de geladeira.
Moon: Não. Pensei melhor, não preciso de pinguim de geladeira.
P-san: Como não? Todo mundo precisa de um pinguim de geladeira.
Moon: Todo mundo precisa de um pinguim de geladeira? Que exagero da sua parte, meu caro! E eu não preciso de um, eu posso colocar você no topo. Da geladeira.
P-san: Seria poético. Mas sou grande demais, sou um pinguim de dois metros!
Moon: Posso colocar sua versão pelúcia.
P-san: Ah. Então tudo bem. Acho.
Moon: Quem será que trouxe esses presentes?
P-san: Não sei. Locutor-sama?
Locutor-sama: Eu sou apenas um narrador personagem. Não sei a resposta para essa complexa pergunta.
Moon: Excelente maneira de enrolar! Mas tudo bem. Vejamos então. É momento de investigar a mesa de presentes!
[Os três olham os pacotes e descobrem um cartão de Natal]
P-san: Isso é um desenho de sapo!
Moon: P-san…
P-san: Desde quando você tem amigos sapos, senhorita Moon?
Moon: Não sei.
P-san: Não sei, não é a resposta para tudo.
Moon: Eu sei. Mas é bastante sonoro de se dizer, não acha?
Locutor-sama: *pega o cartão de Natal* Querida Moon, estou te trazendo umas lembranças como prova de nossa amizade. Jerê.
Moon: OOOOOOOOOOOOH!
P-san: Não acredito nisso.
Moon: Se você não acredita, então me dê presente de Natal.
P-san: Nossa! Querida autora, não precisa me fazer uma exigência tão grande. Mas eu te dou uma lembrancinha, além da minha incrível presença.
Moon: Eu só tenho personagem pretensioso…
Locutor-sama: Não sou pretensioso. Sou apenas dramático!
Moon: Se a carapuça te serviu…

— Estou escrevendo isso no dia 18/12. Ainda não foi o Natal. Se alguém me perguntar, o que quero de presente… Nem eu sei, exatamente. ~rimou~

Pixie Tales

Dias de luta, dias de pensar em pastel… Volta e meia volta a vontade de comer pastel. A história tem a ver com pastel? Não sei. Ainda não a escrevi, então ainda tenho que descobrir.

No apartamento da Matilde.
Era um dia escuro e tempestuoso. Mas isso não impedia a fada de aproveitar seu tempo para, manter a cabeça no lugar e não voar longe… Como as fadas fazem. Os pássaros também. E os pinguins. Mas eles não voam, você responde. Aí que está: É isso que eles querem que você pense.
Matilde: Que começo de história mais inusitado! E eu só estou tentando meditar.
Zezé: E de onde veio essa voz?
Tadeu: Será que temos um narrador atrás da cortina?
Matilde: Não digam isso nem brincando!
Zezé: Está bem. É momento de dizermos isso seriamente.
Tadeu: Será que temos um personagem que é onisciente?
Matilde: Muito engraçados os dois. Andaram lendo o dicionário, de novo?
Zezé: A Madrinha disse pra gente que, quanto mais cedo alcançarmos nosso intelectual e sermos gênios, melhor.
Tadeu: A mamãe vai fazer nós dois—
Matilde: Brincarem ali no canto. Estou tentando meditar.
Zezé: Agora fiquei na dúvida.
Matilde: Fale, Zezé.
Zezé: Eu nunca vi uma fada meditar.
Matilde: Você nunca viu. Entendi. Se puder me deixar em silêncio, vai ver pela primeira vez.
Tadeu: Mamãe é mesmo incrível!
Zezé: Tão intelectual.
Matilde: *coloca a mão na testa* E eu ainda deixo a Tuta influenciar vocês dois… Que tipo de mãe eu sou?
Zezé: Ah não!
Tadeu: Agora ela é uma fada com crise existencial.
Zezé: Isso significa uma coisa.
Tadeu: Que isso daria um ótimo quadro?
Zezé: Sim! Mas nós não somos pintores.
Tadeu: É mesmo.
Zezé: Então nós podíamos ir…
Tadeu: Ir até a cozinha, e abrir o pote de biscoitos!
[Os gêmeos saem correndo, com a mãe atrás dele. Voando.]
Matilde: Vocês não vão a lugar nenhum!
Zezé: Mas eu estou com fome.
Tadeu: E eu queria experimentar o gostinho de um biscoito.
Zezé: Deixa vai?
Tadeu: Deeeeeeeeeeixa?
Matilde: Tá. Vocês podem fazer isso. Mas!
Zezé: Mas?
Tadeu: Nós vamos ter que ler os termos e as condições. Já vi que hoje está difícil.
Matilde: Deixa de bobagem! Não tem termos e condições. Só tenho que voar um pouquinho, para pegar o pote de biscoitos. Lembram que deixei em cima do armário, porque vocês quebraram o outro sem querer? *pega o pote de biscoitos e volta para o chão*
Zezé: É verdade!
Tadeu: Mas podemos comer biscoito mesmo assim, não é?
Matilde: Eu vou permitir vocês dois de comerem biscoito.
Zezé: Ainda bem.
Tadeu: Obrigado pela gentileza de seu nobre espírito, mamãe.
Matilde: De nada. Mas por favor, parem de falar assim. Sejam crianças e digam a primeira coisa que vier a cabeça!
Zezé: Não.
Tadeu: Não mesmo!
Matilde: Então brinquem ao menos, ao invés de ficar lendo o dicionário.
Zezé: Então para quê serve o dicionário, se não podemos ler?
Matilde: Para buscar uma palavra em particular, que você não sabe o significado.
Tadeu: Ah.
Zezé: Então tá.
Matilde: Se quiserem brincar na cozinha, fiquem à vontade. Eu vou para a sala, tentar meditar um pouco. *a fada sai da cozinha*
Zezé: Vamos continuar lendo o dicionário, mesmo assim.
Tadeu: Vamos! *tira o dicionário do bolso*

— Como uma criança que é um duende, pode guardar um dicionário no bolso? Pergunta difícil de responder.

Happy Green Things

Pensei que havia dito nas coisas que não tinha dito, mas pelo visto não deu muito certo.

No escritório da autora, em Happy Green Things.
Moon: Eu não sei, Locutor-sama. Como é que se lida com coisas difíceis?
Locutor-sama: Não sei. Você está cada vez mais filosófica nessas histórias, autora. Acho que é uma pergunta difícil de se responder…
Moon: Talvez seja realmente. Mas então eu reflito sozinha. Que não importa o que seja, lidar com as coisas diariamente dão coragem. As difíceis principalmente!
Locutor-sama: Já falou tudo, minha cara senhorita Moon. Não tenho nada para acrescentar nessa conversa.
Moon: Você está sendo preguiçoso! Eu criei o seu personagem para ser profundo. Adicione algo cheio de sagacidade nessa conversa.
Locutor-sama: Estou sem inspiração hoje, para ser honesto.
Moon: Ah! Que pena.
Locutor-sama: Nem tanto. Estive observando o vento, mexendo nas árvores e já achei isso bom o suficiente. Apreciar as pequenas coisas da vida…
Moon: No meio das dificuldades?
Locutor-sama: Sim.
Moon: Está vendo! Você está sendo profundo. Nem precisa pensar muito. É o seu talento natural.
Locutor-sama: Estou desconfiado desse excesso de elogios. Está querendo alguma coisa?
Moon: Eu? Lógico que não! Eu sou uma pessoa honesta. Isso quer dizer que meus elogios tem apenas… honestidade. Hoje está difícil para as palavras serem ditas, narrador!
Locutor-sama: As palavras estão sendo ditas, quer você queira aceitá-las ou não. Acho que é melhor não pensar muito, autora. Ou perderá o fio da meada… O que quer que isso signifique.
Moon: Há há há!
Locutor-sama: *olha para a autora, um tanto confuso*
Moon: “Perder o fio da meada” significado: esquecer o que estava dizendo!
Locutor-sama: Ah. Agora que você explicou, eu entendi. Que coisa interessante.
Moon: Muito interessante!
Locutor-sama: Coisa interessantíssima.
Moon: Que nem um pinguim de geladeira?
Locutor-sama: Queria entender, como a conversa tomou esse rumo.
Moon: Também gostaria. Mas só me veio na cabeça…
Locutor-sama: Eu não acredito que começou a pensar em pinguim de geladeira, repentinamente.
Moon: Também não acredito. E coincidências não existem!
Locutor-sama: Não sei do que você está falando. Será que poderia ter a gentileza de me encaixar, na sua linha de raciocínio, se for possível?
Moon: Bem… Se enredos de histórias tem um começo, meio e fim, a vida também tem. As coincidências só são o plano de alguém, por trás!
Locutor-sama: Ah. Mas e o livre arbítrio? Personagens não tem?
Moon: Suponho que tenham. É complexo demais para pensar em um assunto desses, sabe. Principalmente como eu queria realizar meu sonho…
Locutor-sama: Não sei se devo perguntar, mas seu sonho é ter um pinguim de geladeira?
Moon: Sim! É uma coisa muito bacana. E tem que ter uma gravata borboleta.
Locutor-sama: Provavelmente vai pedir uma cabine policial azul.
Moon: Não! É claro que não.
Locutor-sama: Ah.
Moon: Temos que honrar a memória dos pinguins!
Locutor-sama: Mas pinguins existem.
Moon: Oh.
Locutor-sama: É.
Moon: Caramba.
Locutor-sama: Acho que viajou longe demais nos seus pensamentos, senhorita Moon.
Moon: Sim. Eu perdi o trem dos pensamentos!

— Com sono. E questionando o rumo que essa história tomou… Um interessante emaranhado de palavras, se é que faço sentido ultimamente.