No estúdio da autora, em Happy Green Things.
Moon: *andando no corredor* Eu não aguento mais isso. Não posso tolerar, por mais um momento.
Cola-sama: Autora, o que houve? Teve seu ego como escritora ferido…?
Moon: Não! Isso é mil vezes pior, que o orgulho de escritora ferido.
Cola-sama: Eu disse “ego” e não orgulho.
Moon: Não importa. A questão não é sobre isso.
Cola-sama: Mesmo que se for, eu compreendo. Lidar com críticas é difícil.
Moon: Escute aqui, Cola-sama. Lidar com críticas, faz parte da vida. O segredo é saber filtrar o que realmente é, uma crítica construtiva que vai te ajudar alguma coisa.
Cola-sama: Muito bonito. Está em bons passos para a maturidade.
Moon: Obrigada, eu acho. Enfim, o problema é que o meu teclado está repetindo as teclas. E isso faz escrever ser difícil.
Cola-sama: Não tinha dado um jeito nisso, escrevendo mais devagar…?
Moon: A senhorita está bem informada! Sim, de fato eu tenho feito isso. Digitado o mais devagar que consigo.
Cola-sama: Que coisa.
Moon: Que coisa, o quê?
Cola-sama: Você está se gabando! Nem todo mundo sabe digitar rápido que nem a senhorita, sabe?
Moon: Não estou me gabando, que sei digitar rápido. Mesmo que eu saiba, do que adianta? O teclado está repetindo teclas. Re-pe-tin-do. Isso está ficando irritante.
Cola-sama: Então talvez você tenha que desistir, de fazer histórias diárias…
Moon: Você não acha isso ridículo? Passei um tempão, publicando de vez em quando e quando tomo uma resolução… PÁ!
Random: Nossa autora, como você adivinhou que eu trazia uma pá…?
Cola-sama: De onde esse boneco de palito veio?
Moon: Vocês fazem muitas perguntas. Random, isso é só uma onomatopeia. Não tinha como eu adivinhar, que você traria uma pá.
Random: Mas você adivinhou, sem querer.
Moon: É, eu não tinha pensado desse lado. E Cola-sama!
Cola-sama: Sim?
Moon: Personagens aparecem de repente. É uma surpresa atrás da outra! Enfim, o ritmo por aqui é assim. Você ainda não se acostumou?
Cola-sama: Isso eu me acostumei, faz bastante tempo. O que não me acostumo é… *começa a falar baixo* O boneco de palito.
Random: *começa a assobiar*
Moon: *fala baixo* Hã? O que tem o Random?
Cola-sama: *continua falando baixo* Ele é um boneco de palito! Um desenho de duas dimensões. No mundo real.
Moon: Nunca tinha pensado nesse lado! Random, você é especial!
Random: Sé-sério? *emocionado* Obrigado, autora. Você fez o meu dia, hoje.
Moon: Assim como dar tchau de volta, para pessoas que não conheço.
Cola-sama: Isso é estranhamente específico. Você fez isso, mesmo?
Moon: Hahahahaha.
Um título para essa história, que tem um lobo verde e um cachorro chamado Léo… É tudo de acordo com o meu plano.
Primeira parte
Em uma cafeteria, na cidade dos Cinco Monumentos.
Wolf: Como assim, o narrador não veio? O que seu xará estava pensando? Minha nossa! Já passou duas semanas. O que vou dizer pro meu cliente…
Léo: *comendo um sanduíche muito bem feito* Pois é, chefe. Eu não sei o que você vai dizer, mas posso te garantir que não vi o Locutor em lugar algum, dessa cafeteria.
Wolf: Não posso me dar por vencido, assim! Eu sou o Wolf, o detetive. Irei interrogar o Senhor Pom Bo.
Léo: Boa sorte. Vou aproveitar o meu sanduíche…
Wolf: Senhor Pom Bo! Senhor Pom Bo!
Pom Bo: [o urso terminou de atender o cliente, no caixa e olhou para o lobo de cor verde] Wolf!
Wolf: Escute aqui, eu preciso tirar uma dúvida urgente com o senhor. Você viu o narrador, por aqui? Nessas últimas duas semanas?
Pom Bo: Aquele moço estranho, que é silencioso? Não vi. Nem sei porque se referem a ele como narrador. Aqui ao menos, fala muito pouco.
Wolf: Ou diz apenas o necessário!
Pom Bo: É. Talvez.
Wolf: Desde quando não aparece por aqui?
Pom Bo: *pensa um pouco, como se estivesse escolhendo que palavras usar* Ele não veio aqui mais, nos dias pares.
Wolf: Então ele veio nos outros dias!
Pom Bo: Bem, ele passou em frente da cafeteria, mas não entrou nos dias que costumava virr.
Wolf: Ahá!
Pom Bo: Ahá?
Wolf: Esquece. Só queria fazer uma dramaticidade. Para pensar… Igual ao alvo! O narrador.
Pom Bo: *confuso* Está bem. *pensando* Ele deve ter ficado doido, esse lobo.
Wolf: De qualquer forma, vou voltar para a minha mesa.
Pom Bo: Está bem.
Wolf: Léo! Léeeeeeo!
Léo: *lendo uma revista* Que foi?
Wolf: Vou contar as informações, que consegui com o Senhor Pom Bo.
Léo: Diga, então. Sou todo ouvidos.
Wolf: O narrador passou por aqui.
Léo: *espantado* Ele passou?? Mas eu não vi.
Wolf: Você não viu porque, ele passou em frente da cafeteria. E não entrou!
Léo: Nossa! Não tinha pensando nisso, eu só observava aqui dentro, nos dias que vim.
Wolf: Eu o subestimei… O narrador é mais inteligente do que eu pensava!
Léo: Posso ir embora, agora?
Wolf: *pensa um pouco* Está bem. Pode ir.
Léo: *respira fundo* Ok. Vou-me embora, se cuide chefe!
Wolf: Se cuide, você também!
[O cão sai da cafeteria, mais tranquilo.]
Léo: Ufa! Deu tudo certo, ainda bem. *escreve isso no celular*
Locutor-sama: *mensagem por um aplicativo no celular* Estou agradecido, xará. Um narrador tem que ter privacidade. E andei, até eu, deixando de seguir as pessoas! Um narrador tem que ser personagem, de vez em quando. Em sua própria vida.
Em outro lugar:
Tuta-sama: O quê será que deu, a investigação sobre o Locutor-sama, que pedi para o Wolf fazer? Espero que mantenha aqueles dois desocupados, por mais tempo.
— Anda bastante desafiador escrever, porque o o teclado está repetindo as teclas… E por agora, vou ter que lidar com isso. Espero que tenham gostado da historinha. =)
São similares, mas não a mesma coisa. A memória do ser humano não é cem por cento precisa.
Barman está começando a fazer o almoço da Casa Verde. O prato do dia terá soufflé de batata, torta de quatro queijos, arroz empanado… O quê? Está me perguntando o porquê de eu estar descrevendo o conteúdo do menu? Simples, leitor. É porque o Barman é um bom cozinheiro, apenas por isso. Mas o motivo dessa história não é para falar sobre comida. Fábio vai até a cozinha, em busca do amigo para contar uma coisa interessante para ele.
Fábio: Barman! Você não vai acreditar no que aconteceu.
Barman: Só vai saber disso, se me contar primeiro.
Fábio: É verdade. Sabe, eu estava montando minha fantasia de carnaval.
Barman: Ah! Esse ano, você vai participar. Que bom.
Fábio: Sim. Estou querendo fazer coisas diferentes esse ano, sabe como é. Mas retomando ao assunto, minha fantasia era de um coelho motoqueiro. Na verdade, eu só iria colocar as orelhas em um capacete, porque não quero vestir nada absurdo demais.
Barman: É um motivo razoável.
Fábio: Sim, sim. Enfim, estava fazendo isso na garagem da Casa Verde, e deixei minha incrível obra de arte secando. Isso foi ontem!
Barman: Obrigado por ser específico, quanto a linha do tempo.
Fábio: Bom, continuando na linha de tempo de eventos, o capacete sumiu.
Barman: *impressionado* Nossa! Vamos ver se quem estou pensando, pegou…
[Tempo depois]
Hello: O quê? Não, Senhor Jean Paul. Eu respeito obras de arte alheias! Tem certeza que você fez isso na garagem, Fábio?
Fábio: Certeza absoluta!
Barman: Puxa vida, Hello. Desculpe por ter pensado que foi você. É que eu pensei…
Hello: Não é só porque eu gosto de coelhinhos, que faria uma coisa dessas. O Fábio fez com toda boa vontade, e usou sua habilidade artística, e eu respeito isso. Ué…? *Hello olha para trás* Ramsés! Colombo!
Colombo: Oi oi oi! Vocês devem estar procurando isso.
[O cão Colombo está vestindo o capacete em questão.]
Ramsés: Os duenditos pegaram para usar o capacete como casa. Tivemos um trabalho daqueles, para reproduzir o capacete. Tivemos que pegar um dos seus, Hello. Espero que sirva, Fábio.
Fábio: Minha nossa! Deixe eu testar… *coloca o capacete, e serviu direitinho*
Hello: Ah! Duenditos, é? Não acredito que eles estão usando uma coisa dessas, como casinha.
Colombo: Nós tentamos recuperar, mas eles gostaram bastante. E não estavam dispostos a negociar. *treme só de lembrar*
Barman: Bem, o que acha do capacete, Fábio?
Fábio: É excelente! Não se incomoda que eu use? Era seu, afinal. *tira o capacete*
Hello: Não tem problema. Esses duenditos são difíceis demais para se comunicar.
Fábio: E tem outra coisa, quais dos dois tem habilidades artísticas? *olha para o cão e depois para o gato*
Ramsés: Nós dois, lógico!
Colombo: Mas fui eu que tive que conseguir os materiais.
Hello: Ora, que fofos! São artistas como nós.
Barman: Pois é.
Fábio: Mas ficou uma cópia perfeita. Isso é um pouco assustador…
Colombo: É que eu tirei uma foto, sem os duenditos perceberem! E então, usamos de referência.
Ramsés: Apesar do Sir Bigodón ter tomado um baita susto. Mas somos artistas que trabalham com realismo.
Colombo: Ele só estava distraído. O pobre coelho não percebeu…
Ramsés: Deixe eu me orgulhar do meu trabalho por um minuto, sim?
Mistérios em histórias de detetive sempre criam uma atmosfera interessante, mas isso aqui é um blog com histórias de tom cômico. Não leve essa história de detive tão a sério!
Em uma cafeteria, na Cidade dos Cinco Monumentos.
Wolf: Léo, obrigado por ter vindo. É sempre bom contar com um parceiro como você.
Léo: Não há o que me agradecer, Wolf. Recebi sua ligação e vim o mais rápido que pude. Está precisando dos meus serviços para…?
Wolf: Nós iremos seguir alguém, hoje. É uma missão que requer grande discrição, e conto com a sua habilidade de se camuflar na multidão para fazer isso.
Léo: Entendo. Você pode ter me explicado com palavras, mas no fim não quis dizer nada.
Wolf: Ah! Tem razão. Eu deveria ser mais direto nas minhas intenções. Mas eu sou Wolf, o detetive. Eu preciso criar uma atmosfera, me utilizar de palavras misteriosas para… para…
Léo: Enrolar linhas dessa história?
Wolf: Não! Eu acrescento conteúdo.
Léo: Não acrescenta conteúdo nenhum. *falando baixo* Não me diga que vou ter que seguir o dono da cafeteria, o senhor Pom Bo!
[Um urso com cabelo encaracolado está servindo clientes no balcão.]
Wolf: Não. Isso não tem nada a ver com ele. O meu cliente quer que você siga o Locutor-sama!
Léo: O narrador, que na verdade se chama Leonard?
Wolf: Ele mesmo. Seu xará.
Léo: O meu nome é Leonardo, na verdade.
Wolf: Quase seu xará. Que coisa! Aceita ou não, o serviço?
Léo: Aceito o serviço, é claro! Me admiro é que o senhor Pom Bo permite você vir até aqui, considerando o que aconteceu daquela vez…
Wolf: Ele é muito compreensivo. Ufa, ainda bem que você aceitou o serviço. Eu não serviria para seguir o narrador, eu sou suspeito demais.
Léo: Suspeito por ser verde, ou por ser muito fofinho?
Wolf: Lógico que é por ser muito fofinho!
Léo: Claro, claro. O Locutor-sama frequenta essa cafeteria?
Wolf: Segundo as informações dadas pelo meu cliente, parece que sim. Ele frequenta nos dias pares.
Léo: Então ele deveria estar aqui, hoje?
Wolf: Sim. Ele chega aqui no horário de almoço.
Léo: Ah. Então está cedo demais.
Wolf: Peço que você fique por aqui. Está entendido? O cliente até me deu um adiantamento!
Léo: Caramba, mesmo com a sua reputação, você ganhou um adiantamento!
Wolf: Não sei o que você quis dizer. Minha reputação como fofinho é impecável.
Léo: Pode até ser, mas considero sua reputação como detetive um tanto duvidosa.
Wolf: Francamente, Léo! Você só pega na minha pata.
Léo: Bem, não acho justo com a Miss Cupcake fazer isso sozinha.
Wolf: *resmunga algo incompreensível* Bom! Fique por aqui, e me envie mensagem do que precisar.
Léo: Certo, chefe. E cuidado…
Wolf: Você é que tem que ter cuidado.
Léo: Mas o Senhor Pom Bo está desconfiado, que você vai aprontar algo.
Wolf: Não se preocupe, eu vou falar com ele… Senhor Pom Bo!
[O urso se vira em direção de Wolf e Léo.]
Pom Bo: O que há, Wolf?
Wolf: Eu não farei nada de suspeito. Palavra de escoteiro!
Léo: Você não é escoteiro.
Wolf: Quieto.
Escrever sobre fadas tem o seu charme, pois elas são notáveis de diversas maneiras. Principalmente porque elas são excelentes em se adaptar em situações diferentes…
Locutor-sama: Estamos aqui novamente, de volta com histórias no blog Consequence! Esta é mais uma história, da Fada Matilde. Ela retorna para a Livraria Muralha da Verdade para comprar o primeiro livro da série, Torre de Vigia de Lanternas. Ela se sente mentalmente preparada, para evitar spoilers. No episódio anterior, ela aprendeu a lição… Está equipada com um par de fones de ouvido, e música ligada!
Matilde: Certo! Espero encontrar a livraria mais vazia hoje, para procurar com tranquilidade o livro que quero. Claro, eu ainda não terminei de ler o livro 2, e está fazendo falta não ter lido o primeiro. Não vai ter jeito! Tudo por causa desses escritores, que não sabem terminar tudo em um só livro…
[A fada olha nos corredores com mais atenção, para que nenhum aglomerado de pessoas a pegasse desprevenida.]
Matilde: Ufa… Posso ir até a seção de livros distópicos, sem nenhum problema. A não ser que saiam pessoas, do teto da livraria! *olha pra cima, por via das dúvidas* Não! Nenhum grupo de nada, vindo de cima do telhado. Ainda bem…
[Matilde, voando, finalmente chega a seção que queria. E ali, acaba encontrando algo extraordinário para ela. Uma água-viva, com faixa preta de judô, folheava um livro de Distopia.]
Matilde: *tira os fones de ouvido* Nossa! Não é a primeira vez que vejo uma água-viva, é claro, mas nunca vi uma que praticava judô.
[A água-viva fecha o livro, e coloca na estante. Pega outro, e olha contracapa do livro.]
Matilde: Nunca pensei em ver uma coisa dessas em uma livraria… Nossa! O livro que ela tem em mãos, é o volume que eu quero comprar. Ainda bem que tem outros volumes na estante.
[A água-viva decide comprar o livro, e se afasta do lugar onde estava. Matilde, que a observava, não queria conversa, mas não deixava de ficar olhando para a água-viva. Depois que saiu do campo de visão da fada, Matilde finalmente pega o livro que queria.]
Matilde: Minha nossa! Esse volume tem tanto glitter como o outro. Quanto brilho, dá até para esquecer do mundo, só de observar essa capa.
[Matilde pegou o livro, satisfeita e foi até a fila do caixa. Nenhuma conversa que revelaria enredos do livro acontecera, ao menos ela estava concentrada na música. Logicamente ela tirou, depois de que sua vez estava chegando. E viu a água-viva novamente, comprando o livro.]
Matilde: Pensei que tinha visto de tudo dessa vida, mas pelo visto estava bastante enganada!
[Matilde saia da livraria, após ter comprado seu livro. E na calçada, vê um narval fantasiado para o carnaval.]
Matilde: Não acredito! Estão adiantando as festas de carnaval? Esse mundo, cada vez com mais pressa.
É importante saber se reinventar, mas temos que saber exatamente o que precisamos mudar em nossas vidas.
Locutor-sama: Hoje temos outra história da fada Matilde, para apresentar no blog. Ela está procurando a si mesma, em uma jornada de autoconhecimento. Ou talvez seja eu, o narrador, querendo fazer o dia mais interessante. A fada Matilde decidiu que iria fazer isso em uma livraria da cidade, frequentada por fadas e outras criaturas mágicas.
Matilde: Muito bem! Aqui estou eu, na Livraria Muralha da Verdade. A melhor livraria para cumprir as necessidades de leituras, do universo mágico. Ah sim! Fazia bastante tempo que não vinha aqui.
[A fada olha para os lados, procurando qual seção devia encontrar o que queria.]
Matilde: *voando no corredor de Autoajuda* Hm…? Isso aqui é a seção de autoajuda, ou é uma seção de livros de palavrão? Francamente! Esses escritores e sua mania de colocar títulos, que chamem a atenção!
[A fada demorou no corredor onde havia os livros de autoajuda, acabou escolhendo o caminho errado e ficou presa por um tempão porque tinha muita gente ali.]
Matilde: *voa para o corredor dos livros de Distopia.* Finalmente… Encontrei um caminho que possa vir, para um local onde tem ar para respirar! Ufa. Ainda bem. Pelo visto a estratégia de colocar palavrão vende, nunca vi seção tão lotada quanto aquela. Bem. Depende, na época dos livros daquele menino bruxo…
[Os pensamentos de Matilde são interrompidos, por um livro cheio de brilhos. A capa era uma cidade futurística, com palavras em uma fonte compacta.]
Matilde: Minha nossa! É a primeira vez que vejo um livro de distopia, com glitter na capa. Estou admirada com a ousadia do escritor. Que coragem! É esse livro mesmo que vou comprar.
[Matilde está satisfeita com a escolha de livro. Sim! Ela escolheu o livro pela capa, decidiu não ler sobre o que era a história, porque ela não confia em contracapas dos livros.]
Matilde: Desde que comprei um livro que tomei um baita de um spoiler na contracapa, não tenho mais essa ingenuidade. Espero que você valha o seu preço, livro!
[Voou até em direção aos caixas. Teve que ter paciência, pois a fila de todos estava grande. Matilde respirou fundo, mas evitou folhear o livro. O medo de tomar um spoiler era real!]
Fada #1: Sabe que finalmente terminei de ler aquele livro, o Torre de Vigia de Lanternas?
Fada #2: É sério? Nossa, que bacana! Você gostou?
Matilde: *olha para o livro que comprou* Não!! Elas não vão contar spoiler do livro, justamente o que comprei…
Fada #1: A menina morreu, no final do livro. Foi uma morte heroica…
Matilde: NÃO! NÃO! Não acredito nisso!
Locutor-sama: E assim termina a história de Matilde, a fada que comprou o livro de qualquer modo, pois apesar de ter tomado o spoiler da história, não queria perder o tempo e o lugar da fila.
Matilde: *voltando para a casa* Eu… comprei o livro dois. *respira fundo* Paciência! Vou começar a ler, daqui mesmo! Não nesse exato momento, é claro. *entra dentro do seu carro de fada*
Fadas são criaturas interessantes, pois elas tem um senso de humor incomum… O quê? Você achou que falaria que elas são interessantes, porque sabem voar?
Locutor-sama: A fada Matilde foi até o SPA em que sua irmã Martha é dona, fazer uma rápida visita para ela. O local estava vazio, então não precisou se preocupar se estava atrapalhando o trabalho da irmã mais velha. A fada trouxe um presente, em um pacote muito bem embrulhado. A fada Martha está sentada em uma cadeira, na recepção. A mesa tem um notebook com bichinhos fofos.
Matilde: Martha! Olá, olá. *Matilde carrega o presente, em uma sacola pendurada no braço.*
Martha: Olá, Matilde, como você está? Faz tempo que não a vejo, vindo me visitar no trabalho.
Matilde: É verdade! *pensa um pouco* Eu te trouxe um presente. *coloca o pacote na mesa*
Martha: Puxa vida… Um presente, pra mim! Fora de época, ainda por cima. *olha para o pacote, com atenção* O quê é?
Matilde: Não tem graça se eu dizer. Pode abrir, eu quero ver sua expressão surpresa.
Martha: Ah, vá. Me dê uma dica, ao menos. Você sabe que não gosto de ser surpreendida…
Matilde: Desde quando?
Martha: Desde que entraram um monte de dinossauros, aqui dentro.
Matilde: *resmunga algo incompreensível* Está bem. É de comer.
Martha: Você fez?
Matilde: Sim.
Martha: Então, é uma torta de abóbora!
Matilde: O quê? Não! É lógico que não é uma torta de abóbora.
Martha: Não? Mas combina com você!
Matilde: Até minha irmã, me acusa de ser uma bruxa.a
Martha: Eu não disse isso.
Matilde: Mas insinuou!
Martha: Isso eu não nego.
Matilde: Não é uma torta de abóbora.
Martha: Então, bolo de abóbora!
Matilde: Não! Não!
Martha: Tem certeza?
Matilde: Tenho certeza. Não tem nada a ver com abóbora.
Martha: Ah. Mas tem a ver com tortas?
Matilde: Sim. Tem a ver com torta.
Martha: Pena que não é torta de abóbora. Vou ter que visitar minha amiga bruxa.
Matilde: Puxa, você quer torta de abóbora e não uma torta que sua irmã fez??
Martha: Calma, sua fada impaciente. Irei abrir e resolver a questão, de uma vez por todas.
Matilde: Finalmente!
[A fada Martha abre o pacote. É uma torta de morango.]
Martha: É uma torta de morango!
Matilde: Sim. É uma torta de morango… É a primeira vez que faço uma, e gostaria que você experimentasse.
Martha: *emocionada* Nossa! Que honra!
Matilde: Sim. É uma honra mesmo… Pois me deu muito trabalho, e valorizo sua opinião. Então a honra de você experimentar é minha, não sua.
Martha: Tá bem! Vou trazer os talheres… E todo o resto! E para você também.
Matilde: Tá bom.
Martha: Pensando melhor, vamos para a cozinha.
[Pouco tempo depois.]
Martha: Minha nossa! Está excelente, sua torta de morango.
Matilde: Que bom que você gostou…
Martha: Gostei bastante. Vou comer mais um pedaço. E você? Gostou?
Matilde: Gostei também. Estou orgulhosa do meu trabalho.
Martha: É assim que se fala.
— Confesso que não faço ideia de como um SPA funciona. Nem que se tem uma cozinha… HOHOHOHO
Amizades verdadeiras duram para sempre. Mas para sempre também dura a eterna dúvida, a agenda de todo mundo vai estar aberta no mesmo dia??
O narrador está em seu dia de folga. Tudo muito tranquilo, e por causa disso, resolveu convidar seu amigo boneco de palito. Como esses dois velhos amigos, poderiam aproveitar o seu dia? Ir em uma sorveteria, ou em uma pastelaria! Qualquer coisa parecia interessante. Cinema, teatro? Algo cultural.
Locutor-sama: Na verdade autora, nos meus planos está ir até a sorveteria, mesmo. Nada extremamente complicado. A não ser é claro, que você pense em atrasar-me para encontrar o Random.
Moon: *apenas a voz* Imagine, eu não atrasaria você de maneira alguma. Vá com paz e tranquilidade, meu caro personagem. Não há nada que irá te impedir, de ir ao seu objetivo!
Locutor-sama: Ainda bem, ainda bem.
[Locutor-sama sai do apartamento e tranca sua porta. Após passar pelos lugares de sempre até chegar o portão do prédio, lembrou-se de que tinha que voltar, para pegar sua carteira.]
Locutor-sama: *no apartamento* Não acredito nisso! Estava bom demais, para ser verdade. Não dá para confiar em você autora.
Moon: Eu não fiz nada… Você que é o único responsável. Quem mandou não prestar atenção, por onde anda? E o que leva?
Locutor-sama: *pega a carteira, em cima da mesa* Não tem mais nada aqui, que tenho que levar…?
Moon: A campainha no apartamento toca. Surpresa: É a Tuta-sama.
Tuta-sama: ALÔ Locutor! Eu trouxe para você um amigo novo.
Locutor-sama: Mas… É um cachorro!
[Um cachorrinho salsicha de cor dourada, está em uma coleira cor vermelha.]
Locutor-sama: Que bonitinho! Ele tem um nome?
Tuta-sama: Chama-se Amendoim.
Locutor-sama: Amendoim… Prazer, Amendoim. Eu sou o Locutor.
[O cachorrinho faz festinha para o narrador, que lembrou-se de agradecer Tuta-sama a surpresa. A guaxinim se despede dele, e aí finalmente lembra do sorvete.]
Locutor-sama: Caramba! Amendoim, deixe-me ver para avisar o Random… Cadê o meu celular?
[Amendoim aponta para o sofá.]
Locutor-sama: Você é inteligente. Obrigado, Amendoim!
[O narrador começa a mexer no celular, para chamar o Random]
Locutor-sama: Random! Mudança de planos. Ganhei um cachorro. Um dachshund! Presente da Tuta-sama…
Random: Legal! Agora você finalmente tem o que fazer.
Locutor-sama: Como assim, finalmente tenho o que fazer…?
Random: Ora, você vive enchendo a paciência da Tuta-sama! E outros personagens. Mas a guaxinim é a sua favorita.
Locutor-sama: Ela é um personagem interessante, ué.
Random: E você é um fofoqueiro… Abre a janela, porque estou com uma pomba-táxi.
[O narrador faz como o Random pede. O boneco de palito aparece na janela, em cima de uma pomba.]
Random: Obrigado! Olá Amendoim, como vai?
Locutor-sama: Como é que você já sabe…
Random: Tenho meus contatos! Deixe eu pagar o táxi.
[A pomba tira uma maquininha, e Random passa o cartão.]
Locutor-sama: Muito prático. Da onde você tirou esse sacolão?
Random: Você faz perguntas demais, meu caro! Mas aqui tem os itens necessários para o cachorrinho.
Locutor-sama: Obrigado!
Random: Não me agradeça ainda, temos que tomar sorvete. E comprar comida de cachorro, eu não podia trazer isso, poderia?
Locutor-sama: Não, é claro que não.
Sonhos são sonhos, mas e diamantes? São de verdade, ou são vindos alienígenas disfarçados de outro planeta, em um estado dormente?
O pinguim está em uma missão difícil, envolvendo um roubo de diamantes. Não são apenas objetos de grande valor, como também são uma espécie rara de alienígenas, que estão adormecidos. Deixe-me explicar melhor: Os diamantes são naves. Há pessoas pequeninas lá dentro.
P-san: Aaaargh. Detesto ter que lidar com humanos… É nessas horas que não ajuda nada, a minha aparência de pinguim. Mas estou com tanta preguiça, de fazer isso da forma mais fácil.
[P-san coloca uma peruca, tirada de algum lugar que desconheço, e começa a cantar uma música.]
Indivíduo #1: Você está ouvindo isso?
Indivíduo #2: Uma música do 5 castanho-avermelhadas?
Indivíduo #3: Não… Não… Não!
Indivíduo #1: O que há com você??
Indivíduo #3: Da última vez que ouvi essa música, fiquei durante seis meses com ela na cabeça.
Indivíduo #2: Deve ter sido terrível.
Indivíduo #3: Sim! A música, quando cola na minha cabeça, não pára mais. Sabe como é difícil, concentrar-se para coisas importantes, quando se está com uma música do 5 castanho-avermelhadas?
Indivíduo #1: Consigo imaginar. É como daquela vez em que, minha mãe mandou-me para o supermercado. E era hora de uma promoção.
Indivíduo #2: Você foi empurrado por pessoas ansiosas por preços baixos? O HORROR!!
Indivíduo #3: Mas tu voltastes, assim como eu, para contar história.
Indivíduo #1: Tem razão, meu caro. E quanto a você? Onde fostes da última vez, nas férias?
Indivíduo #2: Fiquei em casa… Olhando para a praia, da minha janela!
P-san: Minha nossa, esses devem ser os guardas mais burros que já encontrei.
[O pinguim vai empurrado o carrinho, com cuidado, para as rodinhas não fazerem barulho. O estoque inteiro dos diamantes-naves estão todos ali.]
P-san: Foi bem fácil. E eu pensei que teria que inventar um plano complexo e mirabolante! Agora posso voltar para casa, e ver minha novela.
[Mal ele terminou de falar essas palavras, o invisível fio do destino o preparou um obstáculo… A falta de atenção, para a sua própria aparência. Sim! Ele continuava com a peruca! E estava correndo o risco, de ser confundido com uma diva pop. Uma diva pop pinguim, mas ainda assim uma diva pop.]
Pessoa aleatória na rua: Olhe só! É a Alicia Sara Young!
[Uma multidão se aproxima do P-san, que estava saindo de um túnel no meio de um lugar deserto, mas de alguma forma haviam pessoas aleatórias na rua para atrapalhar a sua missão.]
Pessoa aleatória na rua #2: Me dá seu autógrafo, Alicia Sara Young!
Pessoa aleatória na rua #3: Cante a sua música, a Almofada!
P-san: Ahn… Sim, é claro que sim! *pensando* Vou atrasar minha novela…
Escrever é uma arte, uma arte é escrever… Mesmo que você use desenhos, ao invés de palavras.
Capitão Yay: Essa história não é sobre um homem. Ela é sobre um boneco de palito, conhecido pela sua habilidade de ser aleatório. Está no nome dele, Random. Significa isso: Aleatório. E nessa história, que participei, será sobre…
Random: Escrever a própria história!
Capitão Yay: Não sabia que tinha um toque motivacional.
Random: Mas é claro que tem. Eu sou motivacional! E outra coisa, como você não sabia que havia um toque motivacional? O tom da sua narrativa fala de futuro.
Capitão Yay: Mas é um meu eu futuro que sabe. E eu não sou, o meu eu futuro.
Random: É verdade! E você já está motivacional. Então… Vamos escrever nossa própria história. Capitão!
Capitão Yay: Certo. Começo de que forma?
Random: Simples. Você senta na cadeira, que fica em frente do seu computador.
Capitão Yay: *faz como o Random diz*
Random: Agora, meu caro… Você abre o arquivo, para escrever.
Capitão Yay: Minha nossa! É um documento em branco. Tem certeza que dará certo?
Random: Claro que vai dar certo… Comece com uma palavra qualquer. Tipo sabonete!
Capitão Yay: Sabonete?
Random: Sabonete! Não entendi o seu tom de dúvida.
Capitão Yay: Quem que vai querer ler, uma história sobre sabonete?
Random: A questão não é, sobre quem é que vai querer ler uma história de sabonete. É sobre como vender uma história, sobre sabonete!
Capitão Yay: Pensei que era apenas um exercício criativo, não uma estratégia de marketing!
Random: Só estou tentando te motivar.
Capitão Yay: Não, Random. Desse modo não funciona.
Random: Como não? Todo mundo precisa de motivação!
Capitão Yay: Isso é verdade, mas…
Random: Mas?
Capitão Yay: Essa história está muito séria. Diga qualquer coisa, a primeira coisa que vier a sua cabeça!
Random: Lápis.
Capitão Yay: Lápis! Lápis… Exatamente Random, isso é o que você faz de melhor.
Random: Não é nada disso! Não é aleatoriedade, vinda da minha cabeça.
Capitão Yay: Não?
Random: Não. De onde veio esse lápis, que está atrás da sua orelha?
Capitão Yay: Sabe que não sei…?
Random: Você, não sabendo de alguma coisa!
Capitão Yay: Ora, ninguém é perfeito. Ou prefeito.
Random: Ninguém é prefeito? Existem prefeitos sim, Capitão.
Capitão Yay: Não existem… Eles vieram de uma fábrica!
Random: Quanta bobagem, Capitão! Você está dizendo bobagens, ao invés de escrevê-las.
Capitão Yay: Tem razão! Onde é que estou com a cabeça? Devo entregar-me ao meu espírito e corpo, as letras, palavras, e frases! Mais nada tem sentido nessa vida, além de criar.
Random: Não acredito que até você, tem que ser dramático. O Locutor-sama tá influenciado os personagens…
— Escritor para escrever, começa a falar sobre a escrita. Assunto = história. Beijos.