Na Casa do Random.
Random: Olha só, Capitão! Um mapa!
Capitão Yay: Estou vendo. O que ele tem de tão especial?
Random: Ele é um mapa. Isso já não o faz especial o bastante?
Capitão Yay: Está tentando ser profundo.
Random: Não estou tentando. Estou sendo natural!
Capitão Yay: Você é um boneco de palito.
Random: Exato. Quer ser mais natural que isso?
Capitão Yay: Francamente.
Random: Mas eu sou natural!
Capitão Yay: Ser profundo não é ser natural.
Random: Ora, Capitão.
Capitão Yay: Ora você.
Random: De qualquer forma, um mapa é uma coisa bela.
Capitão Yay: Sim. Está bem.
Random: Quanta falta de entusiasmo.
Capitão Yay: Estou com sono. Dormi mal, essa noite.
Random: Você?
Capitão Yay: Foi por causa que tirei vários cochilos ontem.
Random: Ahá!
Capitão Yay: Foi um dia parado, sem responsabilidades.
Random: Sorte sua.
Capitão Yay: Você andou ocupado?
Random: Parcialmente.
Capitão Yay: Entendi.
Random: Planos.
Capitão Yay: Quais?
Random: São secretos.
Capitão Yay: Está bem, está bem.
Random: São secretíssimos!
Capitão Yay: Certo. Não preciso saber, meu caro.
Random: Está bem.
Capitão Yay: Falando assim, parece que você quer me falar.
Random: Não, eu não quero.
Capitão Yay: Está bem.
Random: Vai ficar curioso?
Capitão Yay: Não.
Random: Como você é sem graça.
Capitão Yay: Você disse que é secretíssimo!
Random: Certo. Certo!
Capitão Yay: E o mapa?
Random: Que mapa??
Capitão Yay: O mapa, meu caro, que você deixou ali, estendido em cima da mesa.
Random: Ah, o mapa.
Capitão Yay: Se fosse de tesouro, ainda seria mais interessante.
Random: O mapa é belo por si só, não seja capitalista.
Capitão Yay: Dinheiro não se dá em árvore, sabe.
Random: E dinheiro não encontra aventuras.
Capitão Yay: O mapa é real?
Random: Não.
Capitão Yay: Então não trás aventura nenhuma.
Random: Mas é bonito, pombas!
Capitão Yay: Certo.
Random: Se é belo, se tem valor sentimental, já é importante.
Capitão Yay: Importante no sentido de aventura??
Random: São símbolos de aventura.
Capitão Yay: O mapa e o que mais?
Random: O mapa e nós dois!
Capitão Yay: Bonito. Isso é profundo!
Random: Lógico. Sou natural, em ser profundo.
Capitão Yay: Está bem. Quanta humildade!
Random: Mas temos que reconhecer os nossos próprios talentos.
Capitão Yay: Tudo bem. Isso tenho que concordar com você.
Random: Fico feliz em saber que nós dois concordamos.
Capitão Yay: Sim. Não vamos brigar.
Random: Apesar de você estar com o sono descompensado.
Capitão Yay: Não me lembre disso.
Pensamento rápido é tão estranho, que parece uma bola de vôlei vindo na nossa direção!
[A Mansão da Tuta-sama. A guaxinim milionária está em seu quarto, arrumando suas perucas. O Kekekê entra pela janela.]
Kekekê: Tuta! Me esconda!
Tuta-sama: Kekekê! Minha nossa, meu amigo. O que foi que aconteceu? Está fugindo de quem?
Kekekê: Estou fugindo do Mago Glow!
Tuta-sama: E a fantasia de Mario?
Kekekê: Não me pegunte. É uma história comprida.
Tuta-sama: E como você conseguiu subir? É muito alto!
Kekekê: Isso, minha cara Tuta, eu não sei explicar.
Tuta-sama: Mas Kekekê… Meu caro, quanto mistério.
Kekekê: Pois é, pois é.
Tuta-sama: E você está super nervoso.
Kekekê: Lógico! Eu estou CANSADO de ser desrespeitado.
Tuta-sama: Conte-me, o quê aconteceu…
Kekekê: É uma história comprida. E também, muita coisa não entendo.
Tuta-sama: Só que agora, fiquei curiosa.
Kekekê: Basicamente, eu fui OBRIGADO a ir visitar o Mago Glow. As circunstâncias foram uma série de obrigações, que de repente fui dado pra cumprir.
[Tuta-sama está sentada em uma das poltronas, no seu quarto.]
Tuta-sama: Continue. Estou escutando.
Kekekê: Eu fui lá, né. Mesmo não querendo. Agora vivo minha vida corretamente, sem aquelas LOUCURAS insanas que vivi com o Glow. E fui obrigado a ir em uma festa a fantasia!
Tuta-sama: Caramba. Você está pulando detalhes.
Kekekê: Estou tenso demais, pra dar uma história bem feita e detalhada.
Tuta-sama: Está bem, está bem. Compreendo.
Kekekê: Eu fui obrigado a ir de Mário, porque a fantasia de Luigi não tinha.
Tuta-sama: Mas… Uma festa a fantasia. Como é que foi ser obrigado a ir nisso?
Kekekê: Bom. O Mago Glow é muito persuasivo. E chato.
Tuta-sama: Chato. Bom, isso eu concordo.
Kekekê: De qualquer forma, já começou mal. A atendente da loja chamou o Lugi de Mário Verde!
Tuta-sama: Minha nossa.
Kekekê: Isso doeu, sabe. Mário Verde? Estão todos loucos?
Tuta-sama: Foi só uma atendente, meu amigo.
Kekekê: Antes tivesse sido. E então, o mago Glow concordou.
Tuta-sama: Ele concordou??
Kekekê: Pra você ver. Então, eu acabei saindo a esquerda. Porque a direita estava travada.
Tuta-sama: Entendo, entendo.
Kekekê: Travada, não. Bloqueada!
Tuta-sama: Tudo bem, meu amigo.
Kekekê: Sou foragido de uma festa a fantasia.
Tuta-sama: E eu pensei que já tinha visto de tudo.
Kekekê: Pra você ver. Espero que o Mago Glow não chame a polícia.
Tuta-sama: Mas ele é super suspeito! Como uma pessoa como ele vai chamar a polícia?
Kekekê: Ele tem seus métodos. Você não precisa saber.
Tuta-sama: Minha nossa, como ele é extremamente suspeito.
Kekekê: Posso usar um dos seus quartos de hóspedes?
Tuta-sama: Mas é claro. Fique tranquilo, eu mando uma das meninas se entenderem com o Mago Glow.
Kekekê: Tem certeza?
Tuta-sama: Sim, deixe comigo. Eu cuido disso, e as meninas também.
Kekekê: Muito obrigado.
As coisas podem parecer fáceis, mas na verdade são difíceis. Ou seria o contrário? O limite está na sua mente!
[O pinguim P-san caminhava pela Floresta. Carregava uma bolsa, onde estava o robô chamado George. Na verdade, é um brinquedo que vem um GPS embutido.]
P-san: Tudo porque o bendito GPS do meu celular não quer funcionar! Fazer o quê. Talvez eu não devesse ter gasto bateria jogando Animal Crossing.
[Há barulhos estranhos na floresta. P-san procura, com coragem, de onde vem o barulho que está o deixando incomodado.]
P-san: UMA CORUJA!
????: Eu não sou uma coruja.
[O pinguim aproxima-se da estranha figura. De fato, não era uma coruja. E sim, o Urso Pimpão. Fantasiado de coruja!
P-san: Bela fantasia.
Urso Pimpão: Obrigado. Me perdi, de um baile a fantasia.
P-san: Que coincidência!
Urso Pimpão: Também se perdeu, de um baile a fantasia?
P-san: Só queria falar isso. Mas eu procurava uma aventura.
Urso Pimpão: Sério? Então me siga!
P-san: Pensei que estivesse perdido.
Urso Pimpão: Estou apenas perdido do baile a fantasia. E da condição humana, de pensar no seu próprio futuro!
P-san: Está bem, está bem! Só não invente moda.
Urso Pimpão: Não vou inventar moda. Essa fantasia é de loja!
P-san: Sério? De qual loja?
Urso Pimpão: Ah! É uma loja daqui de perto. Eu te levo!
P-san: Claro! Vamos lá. Quem sabe, tem uma fantasia de pirata.
Urso Pimpão: Boa ideia!
[Os dois encontram uma loja, no meio de uma floresta.]
P-san: Caramba! Quem diria, ter uma loja no meio de uma floresta.
Urso Pimpão: É a dimensão dos contos de fada.
P-san: Aqui?
Urso Pimpão: Ao menos lembra, não? Os Contos de Fada! Por causa do nome.
[Os dois entram na Loja de Fantasias.]
Urso Pimpão: E você, não sabe onde se mete, nas suas andanças?
P-san: Aventuras requerem improviso.
Urso Pimpão: Acho imprudente. De qualquer modo, veja quantas fantasias!
P-san: Tem fantasia de pinguim.
Urso Pimpão: Pra quê você está olhando, as fantasias de pinguim?
P-san: Eu quero ver se nós estamos bem representados!
Urso Pimpão: Boa ideia. Onde estão as fantasias de urso?
P-san: Estão ali!
[Pimpão olha as fantasias, com muita atenção.]
P-san: O que você acha? Pinguins estão bem representados. E quanto aos ursos?
Urso Pimpão: Não estamos bem representados.
P-san: Não, não. Não diga!
Urso Pimpão: Pois é. Não estamos assustadores o bastante.
P-san: Pimpão, Pimpão. Você é de pelúcia!
Urso Pimpão: Isso não quer dizer nada. Eu quero ser assustador, e representado de tal forma!
P-san: Está bem, está bem. Se acalme!
Urso Pimpão: Estou calmo.
P-san: Então fique calmo.
Urso Pimpão: Está bem! Olhe, as fantasias de pirata!
P-san: Legal. Vou ficar bem bonito!
Dias são incríveis, mas sabe o que é mais incrível?? Os dias de descanso reparador. Sim, meus títulos já não fazem mais sentido.
No escritório da autora, em Happy Green Things.
Rosalina: Autora, isso é ridículo.
Moon: Não entendo o que você está falando.
Rosalina: Não vou participar de uma historinha sobre windsurf.
Moon: Ora! Vai ser divertido.
Rosalina: Você nem sabe nada sobre prancha à vela!
Moon: Bom, eu…
Rosalina: Não adianta me falar que, você leu um artigo na Wikipédia.
Moon: Nem li, na verdade. Faz muita diferença?
Rosalina: Vamos lá, Moon. Outra história pra mim, por gentileza?
Moon: Está bem, está bem.
[Rosalina está em uma fila, para comprar ingressos no cinema.]
Rosalina: Caramba! Como cheguei até aqui?
Moon: “Há mais mistérios entre o céu e a terra do que a vã filosofia dos homens possa imaginar.”
Rosalina: O correto não é “Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia.”
Moon: Pra ser sincera, eu não me importo.
Rosalina: Nem eu. Faz tempo que li Hamlet. Difícil ter certeza se estou falando a frase, de uma referência deturpada.
Moon: Vai ser muito divertido, assistir esse filme!
Rosalina: Autora, todo mundo sabe que você não gosta de ir ao cinema.
Moon: Esses personagens, que sabem tudo sobre a minha vida!
Rosalina: Pra quê você está aqui na fila, comigo?
Moon: Eu estou atrasada pra escrever minhas histórias. Ter de pensar qual personagem vai interagir com você, dá muito trabalho.
Rosalina: Está certo, está certo. Mas devia ter uma motivação, pra vir até o cinema!
Moon: Não seja uma leitora tão exigente.
Rosalina: Autora, eu não posso simplesmente aparecer por aqui, sem saber qual ingresso de filme eu vou comprar e assistir!
Moon: O ponto não é o filme, e sim a fila que estamos.
Rosalina: Que está bem grande, por sinal.
Moon: Sim. Todo mundo resolveu assistir filme!
Rosalina: Como é que se chama isso?
Moon: Coincidência.
Rosalina: Não, não. É uma coisa dita por um psiquiatra suíço.
Moon: Não sei. Existem muitos psiquiatras suíços?
Rosalina: Ah! Inconsciente coletivo.
Moon: Propagandas com mensagem subliminar, pra fazer todo mundo ir ao cinema.
Rosalina: Moon…
Moon: Que foi? Estou querendo adicionar um tom de mistério, aqui.
Rosalina: Não tem nada de misterioso, em uma história sobre filas.
Moon: É só uma fila.
Rosalina: Ainda bem. A única coisa misteriosa aqui, é como vim parar nessa fila. E qual filme irei assistir!
Moon: Então não é uma única coisa.
Rosalina: Não implica.
Moon: Não estou sendo implicante. Você, talvez, sim.
Rosalina: Bom. Só porque você é a autora, não posso deixar fazer o que bem entende. Caso contrário, vai escrever sobre algo que leu na Wikipédia!
Moon: Ou pior! Que nem me dei ao trabalho de ler, o artigo.
Rosalina: Francamente, autora. Que coisa!
O mar é mesmo fascinante, e os peixes são misteriosos. Uma verdadeira obra de arte!
Na Casa do Random
Random: Não é uma coisa maluca pensar que, existe um peixe espada?
Capitão Yay: *lendo jornal* Existe tanta coisa estranha na natureza.
Random: Que reação mais fraca!
Capitão Yay: Já fui um personagem de mar, meu querido. Não acho um peixe espada uma coisa estranha.
Random: Eu sei que você já foi um personagem de mar, seu, seu… Sereio!
Capitão Yay: O correto é tritão, na verdade.
Random: Jura??
Capitão Yay: Juro. Eu já disse, fui um personagem de mar.
Random: Já sei, está no seu nome!
Capitão Yay: Eu podia ser um capitão espacial.
Random: Anchovas!
Capitão Yay: Isso é da sua aleatoriedade…?
Random: Não, é que anchovas me lembra espaço.
Capitão Yay: Então é, de fato, da sua aleatoriedade.
Random: De qualquer forma, acha que dá pra lutar com um peixe espada?
Capitão Yay: Lógico que não. Pra quê você iria brigar com um peixe espada?
Random: Eu não vou brigar com um peixe espada.
Capitão Yay: Não é isso que eu quis dizer! Pensei que ia usar o peixe, como uma espada.
Random: Sim! Era isso que eu queria dizer.
Capitão Yay: Ah, entendi. Ou melhor, não entendo. O peixe espada não é uma arma, Random. Ele é um peixe!
Random: Assim como o peixe palhaço não conta piadas?
Capitão Yay: É isso mesmo.
Random: Puxa vida. Estou desapontado.
Capitão Yay: Não fique. Peixes são legais, de qualquer forma.
Random: E aquelas espadas laser? Eu posso ter?
Capitão Yay: Você não vai gastar dinheiro a toa.
Random: Mas sempre quis ter uma dessas!
Capitão Yay: Outro dia, você quis fazer aulas de prancha à vela. Falou que era o sonho da sua vida!
Random: Eu sou um boneco de palito, com sonhos volúveis.
Capitão Yay: De qualquer modo! Não vou permitir que você gaste mais dinheiro, com besteira. Alguém tem que ser o personagem responsável!
Random: Claro, Capitão. Você é muito responsável.
Capitão Yay: Sou sim! O que está insinuando?
Random: Nada. Você nem comprou um estoque de água…
Capitão Yay: Água é útil para se hidratar!
Random: Comprou aquelas águas caríssimas, Capitão. Não água útil!
Capitão Yay: Eu prezo a qualidade de uma hidratação.
Random: Uma boa água, é aquela que vem de uma fonte honesta, e sincera.
Capitão Yay: Está dizendo que a água não é boa?
Random: Estou dizendo que, comprar água de gente rica não é prezar qualidade. É dar dinheiro para… para…
Capitão Yay: Chega! Saia da minha casa.
Random: Você está na minha casa.
Capitão Yay: Então eu que vou embora.
[Capitão Yay levanta do sofá, e joga o jornal no chão. Depois, sai pela porta.]
Random: E eu, vou comprar minhas espadas laser.
Uma música não precisa de sentido, pois se tem um bom ritmo, a letra pode deixar a desejar… Na verdade, ainda prefiro letras com significado, mas fico dividida com o ritmo de certas músicas!
No estúdio Happy Green Things.
Locutor-sama: Eu, o narrador, estou preocupado. Presenciei o último post programado para o blog Consequence, e até onde sei não vi a senhorita Moon continuando a escrevê-lo. Será que ela irá desistir de continuar a escrever…? Estou preocupado. Da última vez, eu nem sei o quê-
[O narrador escuta passos, vindo do outro lado do corredor. Ele encontra Cola-sama.]
Cola-sama: Está me olhando assim porquê, senhor narrador?
Locutor-sama: Você está segurando um cabo de vassoura, Cola-sama.
Cola-sama: Isso aqui não é um cabo de vassoura. Isso era uma vassoura completa, e…
Locutor-sama: Teoricamente, ainda é um cabo de vassoura.
Cola-sama: Ora, ora! Você sabe de tudo, não é senhor onisciente? Já que aparentemente é proibido a contrarregra carregar um cabo de vassoura, vou transformar isso em uma espada.
Locutor-sama: Uma espada??!
Cola-sama: Sim, uma espada. Ou precisa repetir o que eu digo, pra adicionar palavras pra essa história?
Locutor-sama: Não sei do que você está falando, eu jamais usaria um artifício como esse. Nem sou eu que estou estou escrevendo!
Cola-sama: Sim, sim, já entendi.
Locutor-sama: E eu só repeti, pra destacar a minha incredulidade. Como isso vai virar uma espada-
[A Cola-sama fez o cabo de vassoura virar uma espada, com fumaça dramático e tudo mais.]
Cola-sama: Agora, se o senhor já parou de me importunar, eu tenho coisas importantes a fazer. Au Revoir.
[Cola-sama sai andando, após guardar sua espada em uma bainha.]
Locutor-sama: Espere! Isso é bastante surpreendente. Não sabia que você usava magia.
Cola-sama: Sim, sim. Muito surpreendente, senhorita garota mágica.
Locutor-sama: Eu não sou uma garota mágica.
Cola-sama: Realmente, eu esqueci. Você é a identidade secreta de uma garota mágica.
Locutor-sama: Isso me faz pensar…
Cola-sama: Pensar faz bem, te transforma em uma pessoa mais responsável.
Locutor-sama: De fato. Hoje você está dizendo até coisas sensatas.
Cola-sama: Não me venha com essa. Tem um monstro ali fora, que eu preciso derrotar. E você aí, com esse papo furado!
Locutor-sama: Sinto muito. Posso ajudar alguma coisa?
Cola-sama: Se quiser. É o monstro do…
Locutor-sama: Bloqueio criativo?
Cola-sama: Não, isso eu resolvo com uma pá. O problema é outro. Não vou dar nome aos bois, ele fica mais forte se damos um nome pra ele.
Locutor-sama: E quanto as garotas mágicas da autora?
Cola-sama: Não vou chamar um grupo de personagens pra resolver isso, sendo que elas nem estão tendo suas aventuras escritas!
Locutor-sama: Bom ponto!
[Cola-sama sai do Estúdio, agora com a espada em punho, para lutar com um monstro com uma forma não muito bem definida. Lalali também aparece, do lado de fora, e é ela que dá o ataque final, com suas duas espadas. O Locutor vai para o lado de fora também.]
Lalali: Foi uma batalha épica! Um excelente exercício.
Cola-sama: Pena que não foi uma batalha narrada.
Lalali: Sim, é uma boa história perdida.
Locutor-sama: Bom trabalho, vocês duas.
As pessoas costumam ir para as montanhas pra ficarem mais fortes, será que o senso de humor delas melhora, também?
Estúdio de Happy Green Things
Locutor-sama: Vago pelos corredores do estúdio da autora. Não encontro a senhorita Moon em lugar algum, e tudo aqui parece extremamente silencioso. Onde estão todos? Queria mostrar o meu novo penteado.
[O narrador escuta risadas, então ele decide segui-las pra descobrir o que está acontecendo.]
Locutor-sama: Autora! O que você está fazendo??
Moon: Não está vendo, estou jogando amarelinha, enquanto tenho efeitos especiais de risada ligados!
Locutor-sama: A amarelinha eu consigo entender, mas pra que as risadas?
Moon: Ora, Locutor! Eu estou apenas experimentando novos horizontes.
Locutor-sama: Experimentando… novos horizontes? O que as risadas falsas tem a ver com isso?
Moon: Eu encontrei no depósito, então porque não posso usá-las?
Locutor-sama: Você é livre pra fazer o que quiser, autora.
Moon: Exato, meu caro! Eu que faço as coisas por aqui, funcionarem.
Locutor-sama: Mas você já parece estar sem disposição, para continuar a brincar de amarelinha.
Moon: *cai no chão*
Locutor-sama: Senhorita Moon, você está bem??
[O narrador ajuda a autora, a se levantar.]
Locutor-sama: Senhorita Moon?
Moon: Droga! Não fique olhando pra mim, Locutor.
Locutor-sama: Sinto muito, senhorita Moon. Mas todo mundo tem limites.
Moon: De fato, de fato. Mas podia parar de olhar pra mim, com essa expressão de expectativa….
Locutor-sama: É que eu queria que alguém comentasse sobre o meu penteado.
Moon: Está lindo, apesar de parecer que você foi em um salão de beleza, mantido por focas.
Locutor-sama: Não vale, você sabe desse detalhe por ter escrito a história.
Moon: Sim! É difícil que as coisas saiam do meu poder.
Locutor-sama: Mas as coisas acontecem por aqui, mesmo quando não está escrevendo.
Moon: Está bem, está bem. Mas de qualquer modo, as coisas estão em meu poder.
Locutor-sama: Não podia desligar o efeito especial as risadas, agora??
Moon: Eu já desliguei.
Locutor-sama: Que ótimo, agora está na minha cabeça.
Moon: Caramba, as risadas estão dentro da sua cabeça? Isso que é uma reviravolta.
Locutor-sama: Não vejo como isso pode ser uma reviravolta, mas tudo bem.
Há dias que as coisas interessantes fogem, porque elas precisam ter seu momento de descanso. É uma coisa engraçada, as coisas que acontecem, não acham?
No estúdio Happy Green Things, no escritório da autora.
Lalali: A autora está sentada na sua cadeira, em frente a sua mesa, questionando a existência de mariscos. Provavelmente ela está com fome. E então, tudo está normal, em mais um dia no Estúdio Happy Green Things.
Moon: Lalali, o que é que você está fazendo…?
Lalali: Ah, olá autora. Eu estou narrando.
Moon: Isso eu pude perceber, minha caríssima Lalali, mas o motivo me escapa…
Lalali: É que o Locutor-sama pediu-me para substiuí-lo, enquanto está no salão de beleza mantido por focas.
Moon: Focas…?
Lalali: Não sou eu quem você deve perguntar, mas a si mesma. Como um salão pode ser mantido por focas, se focas não tem cabelo??
Moon: Elas podem fazer o que quiserem, basta terem foco no seu objetivo!!
Lalali: Que piada horrível, autora!
Moon: Mas foca com foco, é uma piada que nunca fica velha.
Lalali: Não sei, as suas ideias não gostaram muito…
[As ideias da autora, estão na porta do escritório, todas com uma expressão desconfortável.]
Lalali: Está vendo, elas estão todas ali…
Moon: Mas como elas são exigentes!
Lalali: De qualquer forma, eu trouxe aqui a Cola-sama, que também vai fazer uma substituição!
[Cola-sama sai detrás de uma estante do escritório.]
Lalali: Contemple, a Cola-sama fazendo o papel do Random!!
Cola-sama: Tenho mesmo que fazer isso…?
Lalali: É lógico que sim! Vai ser divertido!
Cola-sama: Rabanete…
Lalali: Esse é o espírito…! *emocionada*
Moon: Não acredito, que estou com pena da Cola-sama..
Cola-sama: Espaguete…
Moon: Isso realmente não é necessário.
Lalali:Pode até ser que não seja necessário mas, não é mais divertido? E a Cola-sama tem que fazer outras coisas, ao invés de ficar constantemente reclamando das coisas. Isso não faz bem pra saúde mental de ninguém…
Moon: Tem razão.
Cola-sama: De qualquer maneira, eu acho isso absurdo.
Lalali: Cola-sama!! Mantenha-se no personagem.
Cola-sama:*suspira* Caneta tinteiro.
Lalali: Onde? Eu tenho medo de canetas tinteiros…
Cola-sama: Isso também é um absurdo.
Lalali: Também quis aleatória.
Moon: Isso já está saindo do controle.
Cola-sama: Concordo plenamente. Você podia terminar com essa história.
Moon: Não sei ainda.
Cola-sama: Como não sabe??
Moon: Estou escrevendo no bloco de notas, então…
Cola-sama: Ah, está sempre inventando moda, como sempre.
Moon: É que teve um dia que deixou de funcionar os acentos, não sei bem explicar…
Lalali: Tudo bem, autora. O que importa é escrever!
Cola-sama: Eu ia dizer alguma coisa, mas deixa pra lá.
Moon: É bom mesmo!
Lalali: Não quer encerrar com uma aleatoriedade?
Cola-sama: Não.
Lalali: Podemos contar isso com uma aleatoriedade, o que acha, autora?
Moon: Pode ser. Pra mim, tanto faz.
As estampas com figura de táxi, existem para marcar alguma coisa em um universo distópico. Não me perguntem, estou apenas usando utilizando palavras de um gerador aleatório!
[Capitão Yay estava sonhando. Ele via o personagem encanador bigodudo, na praia. Ele estava vivendo sua folga em paz e tranquilidade, porém algo vindo do céu o interrompeu. Um satélite caindo na água!]
Capitão Yay: *acorda* MINHA NOSSA! *levanta da cama* Isso foi muito repentino. O que será que aconteceria depois?? Se eu continuar a dormir, o sonho também continuará…?
[O personagem se deita novamente na cama, na expectativa. Porém, ele não consegue dormir mais, e depois de se virar de um lado para o outro na cama, esquerda e depois direita, ele resolve levantar.]
Capitão Yay: Chega! Vou tomar café da manhã e começar finalmente meu dia.
[O café da manhã está sendo feito pelo protagonista dessa história, que está se perguntando de onde saiu tantos enfeites de abacaxis, dentro de seu apartamento.]
Capitão Yay: Eu realmente não me lembro, de ter comprado essas coisas.
[Depois de passar uns vinte minutos questionando a existência, ele resolve ligar para um conhecido, diga-se de passagem, para resolver uma questão.]
Capitão Yay: *terminou de lavar a louça do café da manhã* Minha nossa! Esse barulho é a campainha.
[O Capitão vai atender a porta. O pato Luis Pupu está lá.]
Luis Pupu: Bom dia, bom dia.
Capitão Yay: Bom dia. Obrigado por comparecer tão cedo!
Luis Pupu: Estou surpeso. Sempre soube que você era rabugento…
Capitão Yay: Eu não sou rabugento! Fui eu que o chamei aqui.
Luis Pupu: Pensei que tivesse sido o Random…
Capitão Yay:
Luis Pupu: *desconfiado, mas mesmo assim entrou no apartamento do Capitão Yay.*
Capitão Yay: Preciso que você espalhe a verdade, pato Luis Pupu.
Luis Pupu: E essa verdade seria…?
Capitão Yay: A verdade seria que, girafas são animais que não existem.
Luis Pupu: Girafas… não existem?
[Silêncio constragedor, em todo apartamento do Capitão.]
Capitão Yay: Exatamente! Girafas não existem, então eu gostaria que você espalhasse a verdade para todos, pois você é um grande fofoqueiro!
Luis Pupu: Eu sou um espião! Um espião!
Capitão Yay: Sério? Se eu fosse um espião, não ficaria falando por aí iso.
Luis Pupu: Mas sou obrigado a falar, pois as pessoas ficam falando por aí, que sou fofoqueiro! Sou um pato sério, sou perito em espionagem, eu não fico pegando informações pra espalhar por aí, como se eu fosse… um desocupado.
Capitão Yay: Está bem, está bem. Peço desculpas.
Luis Pupu: De qualquer modo, eu não vou por aí, espalhar que girafas não existem. Isso é contra as regras.
Capitão Yay: Regras? Que regras! A girafa é um animal muito esquisito.
Luis Pupu: Pode ser, mas eu não me importo.
Capitão Yay: Pode ser, mas você não se importa? Isso quer dizer que não existe nenhuma regra assim??
Luis Pupu: Você nunca vai saber. E estou achando a sua pessoa muito paranóica.
Capitão Yay: Eu não sou paranóico, sou precavido.
Luis Pupu: De qualquer forma, você está me fazendo perder tempo. Com licença, eu vou embora.
Capitão Yay: Que final mais insatisfatório..
A Terra é um belo planeta, porém ela é um globo. Mas é esse o plano!
[Matilde no seu apartamento, no telefone conversando com Kekekê]
Matilde: É hoje, Kekekê! Irei rever a minha amiga Lily, depois de tanto tempo sem conversarmos!
Kekekê: Legal! Sobre o que vocês irão conversar?
Matilde: Não sei ainda, Kekekê. Mas hoje eu te convido para ir.
Kekekê: *espantado* E-eu? Seria uma honra!
Matilde: Não exagere, Kekekê. Só vamos até uma cafeteria, conversar enquanto comemos pão de queijo!
Kekekê: Pode ser perigoso.
Matilde: Perigoso? Como assim?
Kekekê: Podem haver terraplanistas.
Matilde: Deixa de ser bobo, Kekekê. Os terraplanistas não existem!
Kekekê: É o que você pensa…
Na cafeteria dos globalóides.
[Kekekê e Matilde entram na cafeteria e encontram rapidamente a Lily]
Kekekê: Ela está ali!
Matilde: Oi Lily!
Lily: Oi, Matilde! Oi Kekekê! Chegaram bem na hora! Acabei de pedir o menu!
Kekekê: Oi Lily!
Matilde: Ainda bem que você já pediu o menu. Estou doida para comer pães de queijo!
Kekekê: Eu adoro pão de queijo!
Lily: Então, vamos pedir três bandejas de pão de queijo e falta vocês escolherem os sucos que quiserem. Eu vou de melancia.
Matilde: Eu quero suco de maracujá, acho que combina com pão de queijo.
Kekekê: Eu prefiro suco de laranja.
[O garçom chega para anotar os pedidos. Infelizmente, não tem suco de laranja.
Kekekê: Serve de abacaxi, mesmo.
Garçom: Está bem então, senhor. Peço desculpas pelo inconveniente.
Lily: Enquanto estamos esperando, sobre o que vamos falar, Matilde? Faz tempo que não nos vemos!
Matilde: Não sei, eu estava pensando… Você acha que terraplanistas existem?
Lily: Terra… pla…nistas? Tipo… em… achar que a terra… é… plana?
Kekekê: Exatamente Lily! A Matilde pensa que eles não existem.
Matilde: Quem é louco o bastante para pensar que a Terra é plana?
Lily: Nisso eu vou ter que concordar com a Matilde. Quem é louco a esse ponto? É lógico que a terra não pode ser plana. Já foi provado um milhão de vezes que ela é um globo!
Kekekê: Exato, mas existem pessoas loucas. Loucas e criativas.
Matilde: Ainda bem que você adicionou “e criativas” senão ficaria feio.
Kekekê: São as pessoas criativas, as mais loucas que você vai encontrar.
Matilde: Tenho certeza que você está confundindo as coisas.
Lily: Calma, gente, eu tenho certeza que criatividade não precisa necessariamente estar ligada à loucura… bem, talvez precise… mas não é um pré-requisito
Matilde: De qualquer modo, eu não vou deixar nenhum terraplanista interromper o meu apreciar de pães de queijo.
Kekekê: E eu, não vou permitir que nenhum terraplanista roube meus pães de queijo.
Lily: Gente, não existe terraplanistas aqui! É uma cafeteria globalóide!
Kekekê: Ainda bem! Eu tinha esquecido.
Matilde: Como é que você esqueceu, sendo que a placa é GIGANTESCA?
Lily: Realmente… E ainda é em formato de globo!
Matilde: Mais específico que isso impossível!
Kekekê: Aah, eu sou distraído
Lily: Deveras… Mas cadê nosso pedido mesmo?
[O garçom chega com os pedidos. Todo mundo fica feliz.]
Matilde: Não quero saber de terraplanista. Só isso!
Lily: Terraplanista nem acredita em pão de queijo! Eu vou é comer!
Kekekê: Sim, sim! Ao menos o pão de queijo aqui é bom!
– História escrita em colaboração com Ayumi! Obrigada!