[O narrador das histórias da Moon, está de folga. Ele está entediadíssimo. Mas alguém o salvará do tédio. Lógico, que em primeiro lugar terá que atender a porta. A oportunidade não entrará pela janela. Não dessa vez, pelo menos.]
Locutor-sama: Já vai, já vai. *abre a porta* Rika! O que está fazendo aqui?
Rika: Eu vim visitar o meu amigo em um dia de folga, ué. Bora jogar banco imobiliário?
Locutor-sama: *fez sinal para ela entrar* Banco imobiliário é muito chato.
Rika: *entra no apartamento* Ora, mas quem disse que estou me referindo ao jogo de tabuleiro?
Locutor-sama: Quer dizer que seu plano visa destruir o-
[Rika fica chocada e não permite que o narrador termine a frase.]
Rika: Que horror! Eu trouxe um banco de brinquedo, sem mobília.
[Ela tira de dentro da mochila um brinquedo da instituição financeira.]
Locutor-sama: Isso não se chama banco imobiliário. Está confundindo as coisas.
Rika: Não? *joga o brinquedo pela janela* Que chatice.
Locutor-sama: Rika, você acabou de jogar o brinquedo pela janela!
Rika: De fato, eu joguei o brinquedo pela janela.
Locutor-sama: “De fato?” VOCÊ PODE MACHUCAR ALGUÉM.
Rika: Tolinho. É um objeto mágico, ele some no meio do ar.
[Locutor está seriamente preocupado. Ele vai olhar pela janela.]
Locutor-sama: O brinquedo não está mais lá.
Rika: Aprenda em confiar em mim, meu amigo.
Locutor-sama: Está bem, está bem.
[Os dois ficam olhando um para o outro, sem dizer nada.]
Locutor-sama: Está bem. Está um ótimo momento para jogarmos banco imobiliário.
Rika: Banco imobiliário? Mas eu não trouxe o jogo de tabuleiro.
Locutor-sama: Não se preocupe. Nós podemos jogar, de qualquer forma.
Rika: Nós vamos jogar banco imobiliário invisível?
Locutor-sama: Não existe banco imobiliário invisível.
Rika: Então vamos jogar uma versão pirata de banco imobiliário?
Locutor-sama: Não. Eu vou pegar o meu banco imobiliário.
[Locutor vai para o fundo do apartamento. Ele volta, trazendo uma caixa do jogo]
Locutor-sama: Aqui está.
Rika: Não esperava que você tivesse jogo imobiliário.
Locutor-sama: Como assim? *coloca a caixa na mesa*
Rika: Você parece do tipo que tem, sei lá, jogo da vida.
Locutor-sama: Nunca fui tão insultado.
Rika: Estava brincando.
Locutor-sama: Não se brinca com isso.
Rika: Foi mal.
Locutor-sama: Tudo bem.
Rika: Posso abrir a caixa?
Locutor-sama: Não. Acabo de lembrar uma coisa.
Rika: Você é um verdadeiro estraga-prazeres?
Locutor-sama: Não é isso. Está faltando peças.
Rika: Que pena.
Locutor-sama: Realmente, é uma pena.
Rika: E jogo da vida, você tem?
Locutor-sama: Tenho.
Rika: Eu sabia!