Moon: Estou aqui, sentada no banco de um vagão de trem. Olho pela janela, e vejo o movimento. Oh! Como a vida é passageira. Ou seríamos nós, os passageiros?
Sabrina: Autora?
Moon: Observo a paisagem, o céu e os arbustos são da mesma forma. Será que estamos em Super Mario Bros, o primeiro jogo da franquia…
Sabrina: Autora!
Moon: Se não tiver um pão de queijo para me oferecer, pra quê está falando comigo?
Sabrina: Autora, eu estava no meu quarto, lendo um livro, quando de repente apareci dentro desse vagão de trem.
Moon: E daí? Parece que você quer chegar em algum lugar.
Sabrina: É lógico que quero chegar a algum lugar, Moon! Isso deveria ter alguma explicação coerente. Como cheguei aqui? Qual é o destino desse trem?
Moon: Quanta ingenuidade da sua parte, minha cara Sabrina.
Sabrina: Não vejo nada de ingênuo, querer uma explicação razoável de porque fui teletransportada aleatoriamente para cá!
Moon: Primeiro, eu precisa de alguém para me fazer companhia. Segundo, você parece que não sabe que as minhas histórias são cheias de coisas sem explicações. Terceiro, você poderia me fazer um favor?
Sabrina: Depende do favor. Eu já estou fazendo companhia pra você, e sem ter tido minha autorização primeiro!
Moon: Não me faça muitas perguntas. Questionamentos tiram todo o clima de uma boa história.
Sabrina: Nós duas temos visões diferentes, do que faz uma boa história.
Moon: Um bom autor já sabe as respostas, até antes dos leitores perguntarem.
Sabrina: Até aí eu concordo.
Moon: Exceto quando os leitores cismam em fazer perguntas que não tem relação nenhuma com o enredo.
Sabrina: Do tipo?
Moon: De qual casa de Hogwarts o personagem é?
Sabrina: Mas ninguém te perguntou isso, autora.
Moon: Eu sou da Sonserina, mas isso também ninguém me perguntou.
Sabrina: Francamente.
Moon: Francamente nada! Como você se sentiria, se estivesse sem o seu escritório?
Sabrina: Autora, você pode voltar para o escritório quando quiser. Não entendo o motivo para todo esse drama…
Moon: Ora, uma história precisa de drama. Personagens precisam de arcos! Até mesmo eu.
Sabrina: Você não é uma personagem.
Moon: Ninguém é personagem, na verdade. Somos todos atores interpretado papéis.
Sabrina: Por favor, não comece a tentar inventar reviravoltas de enredo.
Moon: Mas é preciso de reviravoltas!
Sabrina: Vamos apenas aproveitar a viagem.
Moon: Esse é o espírito!
Sabrina: Eu não tenho outra escolha, até essa história acabar.
Moon: Você fala como se fosse uma coisa ruim. Esse vagão tem ar condicionado, e não é você que tem que pagar a conta.
Sabrina: É. Não é uma coisa ruim.
Moon: Eu falei!