Matilde: Que belo lugar! Uma praia para fadas, e outros seres mágicas como eu. Uma pena que preciso ficar sozinha de vez em quando, o Kekekê e a Tuta teriam adorado esse lugar!
[Matilde está em um momento nostálgico, de uma memória que ela nem sabe ao certo onde estava, e com as pessoas presentes no momento. Mas consegue lembrar-se da sensação maravilhosa de paz e tranquilidade.]
Matilde: Bom, eu precisava ficar sozinha, apesar deles serem ótimas companhias. Sim, há outros na praia, mas estou aqui, com meus pensamentos, e não falando sozinha. Aposto que a Moon não vai se lembrar de especificar que estou PENSANDO, SABE AUTORA?
[A autora gostaria de deixar bem claro que, tudo escrito até agora das falas da Matilde foram obras de seus pensamentos perfeitamente alinhados com o propósito de relaxar.]
Criança 1: EI! EI!
Criança 2: REUNIÃAAO!
Criança 3: *distraída*
Matilde: *abre os olhos, confusa com o que acaba de ouvir* Reunião em uma praia? *pensando e observando o que estava acontecendo*
Criança 2: REUNIÃAO!
[As três crianças, duas fadas e um duende, estavam juntas ao redor de um castelinho de areia. Cochichavam entre si, e não fora possível entender o motivo delas se juntarem pra conversar ali. Mas o resto da conversa era audível para a fada e outros que quisessem prestar atenção]
Criança 1: Bom, é isso. Nos já chegamos a uma conclusão.
Criança 2: Chegamos em uma conclusão coisa nenhuma!
Criança 3: Posso ir embora?
[A fada estava perguntando-se, o que será que elas tinham conversando, e qual era a conclusão? Não havia nenhuma pista. O castelo de areia feito por uma delas, talvez fosse uma pista? Nunca saberemos. Nem a fada, nem a autora, nem você, leitor.]
Matilde: *finge que está dormindo, pra evitar fofocar a conversa*.
Criança 3: Nós já fizemos essa reunião diversas vezes, nunca chegamos em uma conclusão. Então, é uma perda de tempo fingir que temos uma conclusão!
Criança 2: Como assim? É melhor que ter conclusão nenhuma.
Criança 1: Ué, foi você quem disse que não chegamos em nenhuma conclusão.
Criança 2: Sim, mas entenda. É melhor que nada.
Criança 3: Caramba! O mesmo padrão comportamental!
[Matilde teve um sobressalto. Crianças falavam assim, ou era ela que foi uma criança tola e ingênua, sem manjar de opinião sociocomportamental?]
Criança 3: Concluindo: Nós vamos embora, porque daqui a pouco meu pai vai nos chamar para ir pra casa.
Criança 2: Ah, pronto. Você sempre tem que ser um estra-festas!
Criança 1: Mas isso aqui não foi uma festa. Foi uma reunião séria!
Criança 2: *pensa um pouco* Está bem. Foi uma reunião séria.
Criança 3: Uma reunião séria, que não teve um final propriamente dito.
Criança 2: Teve sim! Teve a conclusão de que, para lanchinhos ocasionais, a melhor coisa a se comer é hambúrguer de soja!
Criança 1: Pensei que tínhamos concluído que, as batatinhas ainda eram as melhores…
Criança 3: Não há ninguém que desgoste de batatinhas.
[Como a terceira criança disse, um duende mais velho, que lembrava muito seu filho, apareceu pra levar o duende e as duas fadinhas embora.]
Matilde: Quem discute lanchinhos em uma praia?
— A fada Matilde tem muito que pensar. Vagamente baseado em fatos reais (só a parte da criança gritando reunião na verdade)