Na casa do Kekekê.
[O duende olha de maneira dramática, para o seu amigo guaxinim, a milionária Tuta-sama.]
Tuta-sama: Kekekê.
Kekekê: Tuta.
Tuta-sama: Sabe o que dizem os romanos? Se estiver em Roma, coma bolinhos de chuva.
Kekekê: Não sabia que tinha bolinho de chuva em Roma.
Tuta-sama: Eu tenho contatos, meu bom amigo. E você? Tem bons contatos?
Kekekê: Claro que tenho! Você é meu bom contato.
Tuta-sama: Obrigado, meu amigo.
Kekekê: E como a vida está?
Tuta-sama: Bem corrida. Como você sabe a vida trás muitas surpresas. Ando muito viajada, e como uma andarilha de dimensões, vejo muita coisa. É uma coisa maravilhosa, mas também muito cansativa.
Kekekê: Eu entendo! Espero que agora você se permita descansar.
Tuta-sama: É lógico que me permito descansar! Depois de todo o trabalho que eu tive, eu quero mais sentar em um sofá confortável, ou me jogar na cama.
Kekekê: E comer bolinho de chuva?
Tuta-sama: E comer bolinho de chuva.
Kekekê: Pensei que aqui, podíamos ser sinceros. Tipo, não precisa me passar indiretas. Se quiser, posso fazer bolinho de chuva para você.
Tuta-sama: *olha para os lados* Euuu? Não! Não preciso que faça bolinho de chuva, meu amigo. Afinal de contas, é muito arriscado.
Kekekê: Arriscado? *confuso* Como assim? Que exagero. É só bolinho de chuva!
Tuta-sama: Não é só bolinho de chuva. Afinal de contas, uma coisa dessas pode fazer… *começa a falar mais baixo* chover.
Kekekê: Nossa! Caramba.
Tuta-sama: Sim! Eu sabia que você ia ficar chocado.
Kekekê: Agora fiquei curioso.
Tuta-sama: Com o quê?
Kekekê: Com o bolinho de chuva, ora bolas!
Tuta-sama: Não devia ficar curioso com essas coisas.
Kekekê: Mas foi você que começou o assunto!
Tuta-sama: O erro foi meu. Mas não precisa fazer bolinho de chuva.
Kekekê: Tem certeza?
Tuta-sama: Absoluta certeza. Não quero arriscar, vai que comece uma baita chuva.
Kekekê: Uma baita chuva! Por causa de bolinho de chuva??
Tuta-sama: Sim!
Kekekê: Tô achando isso um tanto exagerado.
Tuta-sama: Talvez até seja.
Kekekê: Tem certeza que isso não é um plano complexo, de me fazer cozinhar bolinhos de chuva pra você, minha cara amiga?
Tuta-sama: Não. E eu não vou me arriscar a te deixar bravo, amigo.
Kekekê: Ah! Mas eu dificilmente fico bravo. E agora fiquei com vontade de fazer bolinho de chuva! Você me deixou curioso, minha cara.
Tuta-sama: Vai querer mesmo se arriscar?
Kekekê: Ué, uma chuva não faz mal. A natureza agradece!
Tuta-sama: Bom, é lógico que um duende ia dizer isso!
— A história continua amanhã!