Na Casa Verde, jardim.
P-san: A vida é como um bando de pinguins reunidos, discutindo as últimas das geleiras. E quando digo geleiras, quero dizer o bar. Os petiscos são ótimos!
Hello: Não consigo imaginar, o tipo de petisco que se tem no bar dos pinguins.
P-san: Petiscos dos mais variados tipos de peixes.
Hello: Caramba! Isso parece bom pra comer.
P-san: Bom, considerando que no meu planeta tem variedade o suficiente de pessoas, até mesmo você poderia experimentar.
Hello: Sério? A vantagem de ser alienígena!
P-san: Sim. A vantagem de ser alienígena, é que nosso estômago tem resistência a quase tudo.
Hello: Exceto neve.
P-san: E outras coisas, não?
Hello: Sim! Mas me lembrei da neve.
P-san: Não me diga que já tentou comer neve.
[Silêncio constrangedor. Hello olhou para o outro lado. O pinguim repetiu a pergunta.]
P-san: Hello!
Hello: Sim. Eu já tentei comer neve.
[Ninguém sabia dizer o que era sério, nessa conversa entre a ruiva e o pinguim de dois metros. Resolveram que mudaria de assunto no momento, atitude sábia.]
Hello: Dia bonito, não acha?
P-san: Lindo demais.
Hello: Sabia o que seria legal?
P-san: Não sei. Comer pão de queijo?
Hello: Sim! Eu aceitaria.
P-san: É uma pena que não tenho pão de queijo.
Hello: É uma pena mesmo.
Na cozinha da Casa Verde.
Sabrina: Barman, você acha que a vida vale a pena ser vivida, ou ela é uma questão de existência?
Barman: A vida vale a pena ser vivida, sim. Não é só a questão de existir.
Sabrina: Então me diga qual o sentido de estar já fazendo pão de queijo. São Dez horas da manhã!
Barman: Eu sinto uma emergência.
Sabrina: Pão de queijo não é uma emergência.
Barman: Não deixe a Hello escutar isso.
Sabrina: Tenho certeza que ela não prestaria atenção no que estou dizendo. E além do mais, eu até gosto de pão de queijo. Mas a essa hora?
Barman: Se não vai querer comer, tudo bem pra mim.
Sabrina: *pensa um pouco* Está bem cheiroso.
Barman: Exato. Realmente não vai querer?
Sabrina: *pensando* Está bem. Você fez o suficiente pra Hello e os outros?
Barman: Lógico!