Locutor-sama Adventures

Morar sozinho tem suas vantagens, ninguém pode interromper os seus monólogos.

No apartamento do narrador, Locutor-sama em sua moradia dramática.
Locutor-sama: *a campainha está tocando, ele está indo atender* Já vai, já vai.
[O narrador abre a sua porta, e ele está até muito bem humorado.]
Patrick: Olá vizinho! Tem uma xícara de açúcar para me emprestar?
[Ele olha pra cabeça do Locutor, que está coberta com um chapéu de sapo.]
Locutor-sama: Uma xícara de açúcar, Patrick? Se quiser, posso te dar um pacote fechado.
Patrick: Seria muito gentil da sua parte, meu amigo.
Locutor-sama: Entre, por favor. Não precisa de uma desculpa esfarrapada dessas, para vir me visitar.
Patrick: Eu realmente estou precisando de açúcar.
Locutor-sama: Está bem. Por hoje, eu irei acreditar.
[Locutor aponta um sofá, para o amigo sentar]
Patrick: Muito obrigado.
Locutor-sama: Não me agradeça ainda, preciso pegar o açúcar.
Patrick: Estava agradecendo por ter lugar pra sentar, na verdade.
[Locutor se retira para a cozinha. Ele logo retorna com o pacote de açúcar.]
Locutor-sama: Você tomou café da manhã?
Patrick: Não tomei. Acabei de chegar em casa de uma missão diplomática.
Locutor-sama: Então você está convidado, para tomar café da manhã comigo.
Patrick: É como aquele programa de televisão, que a mulher convidou até um palhaço de profissão pra tomar café da manhã com ela?
Locutor-sama: Pode ser. Venha logo, antes que eu simplesmente mude de ideia.
[Os dois agora estão na cozinha. O pão é fresco. O café também é muito bem feito.]
Patrick: Caramba! Não como pão caseiro desde quando saí de casa.
Locutor-sama: Ainda bem que você gostou, minha cara cobaia.
Patrick: Você sempre tem que fazer esse tipo de piada, não?
Locutor-sama: Sou um cara com um espírito daqueles.
Patrick: De fato. Ainda bem que admite.
Locutor-sama: Lógico que tenho que admitir! É uma das minhas melhores qualidades.
Patrick: Concordo. *percebe o que acabou de falar* Eu falei por falar!
Locutor-sama: Claro, claro. E como está o café?
Patrick: Está ótimo. Você sempre foi bom em fazer café.
Locutor-sama: Meu pai, em contrapartida, não sabia fazer café preto. Só café com leite.
Patrick: Ah! Eu me lembro disso.
Locutor-sama: E minha mãe brigava com ele, falando pra ele parar de tentar fazer café preto.
Patrick: Até que finalmente seu pai ouviu a voz da razão, e desistiu de fazer.
Locutor-sama: Sim. Demorou bastante para esse milagre acontecer, na verdade.
Patrick: Demorou mesmo. Mas ainda bem.
Locutor-sama: Ainda bem o quê?
Patrick: Que nós dois ainda sabemos conversar casualmente.
Locutor-sama: Mas é claro. Que ideia! Acha que só sei ficar zombando da sua cara?
Patrick: Tenho certeza que esse é um dos seus passatempos favoritos.
Locutor-sama: Que ideia absurda, a sua, meu amigo.